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Gatos e suas inspiradoras traquinagens

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Os egípcios consideravam os gatos sagrados. Atualmente, em passeios turísticos muitos guias em Roma, Itália, dizem que foi Cleópatra quem introduziu o bichano no convívio doméstico da cultura romana.

img_0069Independente da história, os gatos efetivamente exercem fascínio nas pessoas e suas traquinagens e o modo de ser, felino, elegante, inteligente são fonte inspiradora para artistas, sobretudo fiéis companheiros de alguns famosos em momentos de criação e lazer.

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Uma americana, Alisson Nastasidecidiu mostrar 50 fotos, num livro, de famosos com seus gatos. 

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A criança e o gato – Renoir

Pierre-Auguste Renoir, o pintor impressionista francês presenteou a humanidade com inúmeras telas em que coloca pessoas com seus gatos de estimação. Provavelmente, ele era apaixonado por gatos.

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Um passeio mais detalhado a Roma poderá levá-lo a um interessante e histórico condomínio de gatos. Nas famosas ruínas do Largo Torre Argentina, as pessoas abandonam gatos e ali voluntários tratam de alimentá-los. img_7687

Eles vivem tranquilos naquele espaço com tanta memória alheios ao barulho e o caos do trânsito romano. Uma placa da prefeitura solicita que não abandonem mais gatos ali, tal é o número.

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Por fim, conviver com eles é um reciclar eterno de energia. Sem vincular a questão a fatos esotéricos, o reciclar energia significa transformar o tédio em ternura ao perceber o quanto são refinadas em suas traquinagens. Um puro deleite!

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Ao belo e enigmático AmonRá, meu gato( in memorian) foi um aprendizado conviver durante 16 anos. A inspiração que precisei para essa reflexão.

Interessante que pela fleuma, os gatos não mostram envelhecimento. Talvez eles saibam o segredo da eterna juventude!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Instagram muda a arte

A democratização da arte provocada pela internet

A matéria publicada está semana no site italiano Exibart reforça mais uma vez  a pesquisa que fiz , www.parana.e-meio.art.br,  com os artistas plásticos paranaenses em 2006, no Paraná, sobre a democratização da arte provocada pela internet.
O artigo italiano cita o Istagram como uma surpreendente ferramenta de marketing que está mudando o comportamento na comercialização e divulgação sobre arte.
Estudo
 Na  monografia final de pós-graduação, a primeira sobre o assunto internet e o mundo das artes visuais, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), numa  época em que nem se falava em Curitiba de redes sociais, a resposta nas considerações finais poderá ser lida no século XXII.
 “Ao final, já é possível vislumbrar que a “Rede do Tamanho do Mundo” poderá ser, sim, um meio de democratização da arte, poderá, porém com a ressalva de que a tecnologia exige uma sociedade mais evoluída culturalmente, ambientalmente e socialmente.
Ainda com uma outra ressalva, a Web tem menos de 50 anos, jovem demais para se cometer a imprudência de fazer conclusões antecipadas ou expor um pré- conceito definitivo sobre o assunto. (…).
A possível dedução é que a Internet e a web estão dentro do que se chama Física Quântica, em que nenhuma das propriedades de qualquer parte dessa rede é fundamental; todas decorrem das propriedades de outras partes, e a consistência global de suas inter-relações determina a estrutura da rede toda.
Talvez no século XXII nossos descendentes saberão responder se homem soube usar como deveria e se foi válida para nós simples mortais.”.
 Exibart
 Mas não precisamos ir muito longe e deixar para os nossos descendentes a resposta. O que o Exibart publicou já mostra mudanças radicais e uma nova ordem no comércio e divulgação das artes plásticas. O texto inicia desse modo:
“Um colecionador como Leonardo DiCaprio comprou obras que viu pela primeira vez no Instagram; o CEO da Christie (chefe executivo), Bretth Gorvy, utiliza o aplicativo das fotografias para mostrar os novos lotes; os artistas mostram as obras deles; cortam a intermediação da galeria de arte”.
O modo que tem o Instagram de mudar o mundo da arte, é uma realidade subestimada, segundo os novaiorquinos Feuer/Mesler. No caso da mostra atual de Loie Hollowell,  a cada pessoa que chega, incluindo colecionadores, dizem que a viram no Instagram. Tudo bem que ver as coisas ao vivo tem um outro gosto, também encontrar-se numa feira de arte – sabemos que quando acabou Artíssima (Turim) – é também um ritual e concorda que talvez este novo método (se chegou ao mundo da arte) funcionaria para obras de baixo custo.
Raciocinando friamente, quem diabos sonharia, de conseguir um quadro que custasse milhões por um “clique” na tela do seu smartphone? No entanto, a pulga atrás da orelha existe. Não creio que esse modo de comprar seja aplicado na arte – diz ainda Artnet do colecionador Stefan Simchowitz .
Poderia ser um modo de vender fotos e cartazes. Mas então, por que não fotografias, visto que somos um social de excelência. Quem sabe que o próximo inimigo jurado dos galeristas não se transforme ele próprio esse vetor para difusão das imagens das obras”.
Particularmente, como autora da tese que em 2006 constatou que apenas 10 por cento de 200 artistas pesquisados sabiam usar internet, acredito que muita coisa ainda vai mudar até o século XXII.
Muitas respostas serão dadas e o comportamento no mundo das artes será outro!
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Caos sonoro em Inhotim e o esquilo intruso

Milhares de cigarras formam um coro único em Inhotim, em Minas Gerais. Vale o registro para mostrar que a arte e a natureza ali se fundem com o Som da Terra do artista americano Doug Aitken numa sinfonia inusitada. Mas quem dá o tom é o burburinho das pessoas e o esquilo que rouba a cena e um bocadinho da fruta.

É um deleite, sim… Respire fundo e deixe-se levar pela inspiração. Dizem que o canto das cigarras é executado pelos machos para atraírem as fêmeas a copularem. O canto da fertilidade e o celebrar da criatividade!

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Que finaliza no Largo das Orquídeas. Todas elas, nesse museu a céu aberto são 17 mil, as delicadas  Cattleya walkeriana  entrelaçadas, abraçadas às 48 palmeiras. img_0477

Por serem belas correm o risco de desaparecerem da paisagem brasileira.

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Inhotim é inesquecível e inigualável! Um orgasmo artístico para quem o concebeu…

 

 

 

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Mídia americana falhou diz jornalista da Nieman Lab, em Havard

“A mídia americana falhou espetacularmente neste ciclo eleitoral”.

A frase é de  Joshua Benton, diretor do Nieman Journalism Lab, de Havard, EUA. No artigo publicado na manhã após a vitória de Donald Trump, no Nieman LabBenton admite o quão ruim foi o trabalho dos jornalistas americanos pela surpresa dos resultados.

Atribui que as estruturas do ecossistema da mídia de hoje estimulam a desconexão entre duas realidades e o primeiro na lista dos culpados é o Facebook.

Uma análise interessante que serve para refletir sobre situações que ocorrem também aqui no Brasil.

“Para todas as suas maravilhas – alcançando quase 2 bilhões de pessoas por mês, dirigindo mais tráfego e atenção às notícias do que para qualquer outra coisa na terra. O Facebook também se tornou um ponto único de falha para a informação cívica. Nossa democracia tem muitos problemas, mas há pouca coisa que poderia impactá-la para melhor . Para tal o Facebook  precisa  cuidar – realmente ter cuidado – sobre a veracidade das notícias que seus usuários compartilham e assimilam”, escreve Benton.

Olhar Crítico

O interessante que ao ler o artigo do jornalista americano percebi que ele relatava algo em relação a um comportamento social igual ao que ocorre aqui. Isto é, muda apenas o nome das pessoas, o lugar,o idioma, mas a estratégia é a mesma. A falha, como ele diz, no funcionamento do processo de informações seguramente  provocada por um único ponto.

Vejam o texto:

“Como Craig Silverman da BuzzFeed documentou repetidamente – e como qualquer um que passou muito tempo nas páginas de perfil de seus parentes, amigos. Provavelmente pode atestar – que o Facebook se tornou um esgoto de desinformação.

Parte disso é impulsionado pela ideologia, mas muito é impulsionado puramente pela estrutura de incentivo econômico que o Facebook criou. O material falso, quando se conecta com as noções preconcebidas ou o senso de identidade de um usuário do Facebook, se espalha como um incêndio. (E é muito mais barato fazer esse material do que notícias reais.)

Um exemplo: eu sou de uma pequena cidade no sul da Louisiana. Um dia antes da eleição olhei a página de Facebook do prefeito atual. Entre os itens que ele postou lá, nas últimas 48 horas da campanha: Hillary Clinton chamando para uma Guerra Civil caso Trump fosse eleito.

O papa Francisco choca o mundo ao aprovar Donald Trump para o presidente. Barack Obama admite que era nascido no Quênia. Agente do FBI que era suspeito de estar envolvido no caso de corrupção de Hillary está morto.

Estas não são legítimas histórias anti-Hillary. (Havia muitos delas, com certeza, tanto em sua página como neste ciclo eleitoral.) Essas são fraudes imaginárias, inventadas. No entanto, o Facebook construiu uma plataforma para a dispersão ativa dessas mentiras – em parte porque essas mentiras circulam realmente, muito bem.

(O “endosso” do papa tem mais de 868 mil ações do Facebook). 

Em uma coluna pouco antes da eleição, Jim Rutenberg do New York Times argumentou que ‘a cura para o jornalismo falso é uma dose esmagadora de bom jornalismo.’ Eu gostaria que fosse verdade, mas acho que as evidências mostram que não é.

Houve uma enorme quantidade de jornalismo bem feito em Trump e em todo esse ciclo eleitoral, dos antigos gigantes como o Times e The Washington Post. Nativos digitais como BuzzFeed e The Daily Beast. (Havia uma abundância de repórteres e boa transmissão sobre a eleição, bem, embora o que apareceu no ar deixou muito a desejar.) 

O problema é que a pessoas buscavam e aqueles que o fizeram, não foi o bastantes para confiar nela e para informar suas decisões políticas. E mesmo para muitos deles, o bom jornalismo foi dominado pelos vislumbres fragmentários de bobagens. (…)

Existem ideias lá fora, muitas delas problemáticas em seus próprios caminhos.

Simples seria contratar editores para gerenciar o que aparece na sua seção de tendências – uma maneira de evitar a  desinformação se espalhar.

O Facebook preparou seus editores de tendências depois que ele obteve o empurrão dos conservadores; Que foi um ato de covardia, e desde então, histórias de notícias falsas foram algoritmicamente empurradas para milhões com freqüência alarmante.

Outra ideia seria contratar uma equipe de jornalistas para separar pelo menos a pior das notícias falsas do fluxo. Não as polêmicas (de ambos os lados) que às vezes torcem fatos – eu estou falando sobre a farsa pura e simples.

Histórias conhecidas por serem falsas podem ser reduzidas no algoritmo do Facebook, e os usuários que tentam compartilhá-las podem receber uma notificação dizendo que a história é falsa.

Os sites que publicam material fraudulento demais podem ser reduzidos ou ser expulso totalmente. (..). Eu não sei qual seria a solução correta – mas eu sei que a preocupação de  Mark Zuckerberg  com o problema é absolutamente fundamental para a saúde do nosso ecossistema de informação.”