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Museu mostra legado dos misteriosos etruscos

 Esculturas lembram as gregas, mas com fisionomia de povos asiáticos, a cerâmica é de acabamento refinado, com desenhos  que contam um pouco dos usos e costumes desta civilização que viveu  na Península Itálica há pelo menos 500 anos antes de Cristo : os etruscos.

Alguns dos achados arqueológicos podem ser apreciados no Museo  Nazionale Etrusco di Roma, na Villa Giulia.

Sarcófago dos Esposos
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Entre as obras mais importantes expostas no museu, encontra-se o Sarcófago dos Esposos, em terracota, que apresenta um casal  reclinado em um sofá como se estivesse assistindo alguma apresentação, talvez a própria festa de funeral. A obra tem característica iônica, isto é de povos que habitavam a costa central da Anatólia, na Turquia; no penteado, finura do rosto, a suavidade das superfícies.

Porém, tudo interpretado de uma maneira não clássica.

A posição do casal é trabalhada com o peso mais à direita, rompendo com o equilíbrio da composição. Tudo é bem nítido: o rosto triangular, o queixo pontudo, olhos amendoados e um sorriso de serenidade imperturbável, dos gregos, neste caso, mas que exprime uma ironia no conjunto do semblante.

Apolo de Veio

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Outra obra do museu, a escultura de Apolo de Veio também apresenta relações iônicas na escultura, não somente no penteado e traços fisionômicos, como na forma de vestir, com pregas.

A escultura, uma obra-prima da arte etrusca datada do século 6 a.C. voltou a ser exposta em 2014, depois que uma limpeza recuperou suas cores originais.Percorrer as salas do museu e observar as obras expostas  é iniciar um viagem ao passado, estudar um pouco das civilizações grega, persa e romana a fim de compreender e interpretar a etrusca.

Os misteriosos etruscos  viveram em algumas regiões da Itália, quando a glória da Grécia não tinha sido sobrepujada por Roma. Quando os gregos só paravam de lutar contra os próprios gregos, para ter tempo suficiente de resistir aos ataques dos poderosos exércitos da  antiga Pérsia e os romanos se preparavam para começar as guerras e conquistas.

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Região da Etrúria

A aula de história antiga não para por aí. Este povo  viveu numa região chamada Etrúria, que hoje corresponde à Toscana, Umbria e até o rio Tevere, no Lazio setentrional e com propagação em Emília Romana, Campanha e Lombardia, na Itália. O que seria o Sul da Etrúria é hoje uma região rica em história e cultura. Habitada desde a Idade do Ferro, essa parte da Itália que corresponde a Tuscania, Tarquinia, Vulci (cidades da região do Lazio, província de Viterbo), representou o ponto máximo de desenvolvimento da cultura etrusca.

Da origem deste povo muitos historiadores divergem e alguns  têm como base a teoria de que se tratava de povos orientais, lídios da Ásia Menor, hoje a Turquia. Outra corrente, talvez a mais aceita, considera que os etruscos eram tribos autóctones, pré-indo-europeias. A língua etrusca não era indo-européia. O alfabeto etrusco mais antigo foi encontrado num túmulo em Marsiliana (região da Toscana), com 26 letras, das quais as 22 do alfabeto fenício  e sinais acrescentados pelos gregos.

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De qualquer modo,  na arte, esta civilização deixou como legado a maneira refinada de moldar e desenhar em cerâmicas, esculturas  e o trabalho no ouro,  perfeito na forma e na criação.

A Mulher que Chora - Pablo Picasso

Um dia você aprende

É curioso como as coisas que um dia você aprendeu na infância, às vezes reaparecem na sua cabeça sem pedir permissão.

De repente, assim do nada, algumas lembranças adquirem vida e começam a brotar no seu misterioso inconsciente e, de repente, não mais que de repente, lembramos de alguma aula que tivemos quando éramos criança, de algum poema que lemos ou costumávamos declamar, de alguma música, de algum momento especial em família.

Alguns deles nem tão especiais, mas que por passe de mágica, reaparecem como uma lembrança bonita e terna de um momento que parece que não teve importância nenhuma.

É engraçado pensar como esses momentos nos definem como pessoa. Às vezes tenho a impressão de ver meus professores diante de mim contando a mesma coisa. A única diferença é que a perspectiva das suas palavras, hoje em dia, é completamente diferente. Depois de muitos anos parece que vamos tomando consciência daquilo que nos disseram quando pequenos e vamos tomando rumos nas nossas vidas de acordo ou em desacordo com aquilo que aprendemos.

Na realidade não aceitamos tudo que nos ensinaram como um dogma.

Questionamos, processamos, depuramos  toda essa informação,  e junto às experiências adquiridas, pouco a pouco, vamos dando forma ao protagonista da nossa história.

Hoje de manhã, no caminho do trabalho, divagando no metrô, estava justamente pensando num poema atribuído a Shakespeare, mas que na realidade é de autoria de Veronica Shafttal, que o declamou no dia da sua formatura. Acho que vi esse poema pela primeira vez com mais ou menos 15 anos, da mão de uma professora de literatura que deve pensar até hoje que esse era realmente um poema de Shakespeare.

Pouco importa de quem é o poema. Desde o seu texto original até todas as suas alterações são bastante pertinentes e me tocaram fundo no momento que o li pela primeira vez.

Fiquei pensando na frase: “Não importa em quantos pedaços seu coração foi partido; o mundo não para, para que você o conserte”.

No meio da multidão do metrô, feita uma sardinha enlatada,  lia meu livro e pensava nessa frase, não atribuindo um sentido romântico, da dor do amor não correspondido, mas sim na dor do sentido da vida. Quantas vezes na vida, não rompem nosso coração? Quantas vezes nossos amigos, famílias, etc. já nos defraudaram?! Nos decepcionamos com os outros e com nós mesmos, por nossas atitudes, pelas atitudes alheias e sofremos. E ainda assim é preciso  levantar a cabeça e seguir adiante, porque como bem diz o poema “o mundo não para, para que você o conserte”.

É complicado falar sobre dores, porque cada um sabe o que sofre e como as sofre. Acho que a grande diferença está em como as encaram e as ferramentas que lhe deram para que as supere. Porque quando falamos de sentimentos, temos que entender que eles são singulares e nessa singularidade temos que aprender a gestiona-las sozinha. Quem sabe essa é a parte oculta do poema. Ou a extensão que eu atribuo. O mundo não para,  para que você o conserte e quem vai consertá-lo é você mesmo.

Não porque o mundo é cruel, não porque as pessoas não querem. Mas somente você é a pessoa capaz de entender o que está passando por dentro e saber na realidade o que está sentindo. Não mentir para si mesmo quem sabe é o grande desafio da humanidade, porque só assim um entenderá o que quer, o que sente e em que direção vai. E nessa direção, nosso aprendizado, o que aprendemos ontem e hoje é útil porque por vezes temos que voltar no caminho e buscar nossas ferramentas e armas para encarar o que vem.

Isso é como os desenhos animados dos super-heróis de quando éramos pequenos: cada um tem o seu poder e ele é intrasferível. Nietzche explica isso como ninguém. A teoria do super-homem deveria ser um imperativo em si mesmo.
Como todo mundo, meu coração já foi partido milhões de vezes.

Isso não é nada novo, porque por muito forte que um tente parecer todos sabemos que dentro de si leva tristezas e decepções. Faz parte da vida. Consigo também, se carrega momentos de felicidade, de êxtases, de diversão. Convenhamos que se a vida fosse feita só de tristezas metade da humanidade não estaria pelo labor de vive-la. E em vez de 7 bilhões de homo sapiens vagando pela Terra, teríamos não muito mais que 3 bilhões com tendências masoquistas para sobreviver essa maré de infelicidade. Porque convenhamos, tem gente que adora fazer da sua vida um drama.

Mas é lei de vida, as decepções vêm e o mundo não para, para que você as entendas e recobre sentido. Não temos mais remédio que seguir adiante, fazendo do dia -a-dia o melhor que um pode fazer. Por vezes vou entender situações passadas e superadas só anos mais tarde, quando num ataque de epifania tenho um insight sobre o ocorrido. Geralmente passa quando justamente tenho essas lembranças como hoje de manhã e aquilo que de certa forma já estava esquecido, recobra força quando um menos espera.

Devo ter nascido saudosista, não sei. Piegas quem sabe. Mas essa auto-terapia que me faço, por vezes, me ajuda muito a entender o meu entorno, o comportamento dos outros e meu mesmo.  E, como diz o poema, um dia você aprende. Aprende que aquilo que te ensinaram só vai servir de algo quando você toma consciência que é responsável pelo seu destino, responsável pelas decisões tomadas e responsável pela sua própria felicidade.

 

Um dia você aprende que…

Depois de algum tempo você aprende a diferença,

a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se,

e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos  e presentes não são promessas

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,

com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,

porque o terreno amanhã é incerto demais para os planos

e o futuro tem o costume de cair em meio a um vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe,

algumas pessoas simplesmente não se importam…

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,

ela vai feri-lo de vez em quando

e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para se construir confiança

e apenas segundos para destrui-la,

e que você pode fazer coisas em um instante,

das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer

mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida,

mas quem você tem na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram

escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos

se compreendemos que os amigos mudam,

percebe que seu melhor amigo

e você podem fazer qualquer coisa,

ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que devemos deixar as pessoas que amamos com

palavras amorosas,

pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes

tem influência sobre nós,

mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve

comparar com os outros,

mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo

para se tornar a pessoa que quer ser,

e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou,

mas onde está indo, mas se você não

sabe para onde está indo,

qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus actos

ou eles o controlarão, e que ser

flexível não significa ser fraco

ou não ter personalidade,

pois não importa quão delicada

e frágil seja uma situação,

sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas

que fizeram o que era necessário fazer,

enfrentando as consequências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes

a pessoa que você espera que o chute,

quando você cai é uma das poucas

que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver

com os tipos de experiências que se

teve, e o que você aprendeu com elas,

do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você

do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer

a uma criança que sonhos são bobagens,

poucas coisas são tão humilhantes,

e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva

tem o direito de estar com raiva, mas isso

não lhe dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do

jeito que você quer que ame,

não significa que esse alguém não sabe amar,

contudo, o ama como pode,

pois existem pessoas que nos amam,

mas simplesmente não sabem como demonstrar

ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente

ser perdoado por alguém,

algumas vezes você tem que aprender

a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga,

você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos

pedaços seu coração foi partido,

o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa

voltar para trás, portanto, plante seu jardim

e decore sua alma,

ao invés de esperar que alguém lhe traga flores…

E você aprende que realmente pode suportar…

que realmente é forte,

e que pode ir muito mais longe depois de

pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor

e que você tem valor diante da vida!

Nossas dúvidas são traidoras

e nos fazem perder o bem que poderíamos

conquistar, se não fosse o medo de tentar.

 

 

Texto original – poema original de Veronica Shaffstal

 

After a while

 

After a while you learn

the subtle difference between

holding a hand and chaining a soul

and you learn

that love doesn’t mean leaning

and company doesn’t always mean security.

And you begin to learn

that kisses aren’t contracts

and presents aren’t promises

and you begin to accept your defeats

with your head up and your eyes ahead

with the grace of woman, not the grief of a child

and you learn

to build all your roads on today

because tomorrow’s ground is

too uncertain for plans

and futures have a way of falling down

in mid-flight.

After a while you learn

that even sunshine burns

if you get too much

so you plant your own garden

and decorate your own soul

instead of waiting for someone

to bring you flowers.

And you learn that you really can endure

you really are strong

you really do have worth

and you learn

and you learn

with every goodbye, you learn…

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Bonecas de Luiz Galdino representam a mulher brasileira

As delicadas bonecas de cerâmica de Luiz Galdino com seus vestidos coloridos, representam a mulher brasileira esbanjando sensualidade nas curvas de seu corpo.

Elas enfeitam as vitrines das diversas lojas de produtos artesanais nas regiões turísticas nordestinas, incluindo Natal, no Rio Grande do Norte. É comum qualquer vendedora dessas lojas apontar para uma peça de cerâmica de Galdino (o mais popular entre os artesãos) e dizer com orgulho: esta é de Luiz Galdino, mestre ceramista conhecido internacionalmente.

Galdino faz a diferença

Talvez, a suavidade dos traços fisionômicos e pequenos detalhes, algo muito sutil, diferencia as bonecas de Galdino de inúmeras outras cópias colocadas, lado a lado, nas prateleiras das lojas.

12341625_436160219926699_3443222830370490157_nO ceramista é natural de Alto do Moura, Caruaru, Pernambuco, filho do famoso ceramista Manuel Galdino de Freitas. Nasceu manipulando o barro e tornou-se, pelas mãos do pai, um mestre nesta arte. Nos últimos anos se dedicou prioritariamente a confeccionar peças que representam mulheres e por esta escolha estética contagiou a produção artesanal nordestina, dinamizou a economia e melhorou as condições de vida dos artesões locais, especialmente de Alto do Moura.

O acervo artístico de Luiz Galdino  é apresentado em seu blog e em sua página no Facebook, com peças da mulher nordestina, cigana violeira, noiva brejeira, namoradeiras, entre outras.

Seu portfólio revela o infinito universo criativo do mestre da cerâmica.

19598513_679407892268596_3805804694176279315_nVale a pena visitar e apreciar o seu trabalho, inclusive, dar um clique no link em que ele mostra as etapas no processo de fabricação de uma peça de barro. O ceramista tem também esculturas em exposições permanentes em várias cidades brasileiras, no Centro de Convenções de João Pessoa, Museu Casa do Pontal em Angra dos Reis, Convento dos Frades Capuchinhos de Caruaru. Participou de feiras e exposições em Recife, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio, São Paulo e duas internacionais.

Quem foi seu pai Mestre Galdino

“Manoel Pãozeiro, São Francisco Cangaceiro, a lombinha sentada, a viagem de Maria ao Egito, o galinho de Jesus e a raposa que come o macaco. Essas são algumas das peças mais famosas do Mestre Galdino que se encontram no museu em sua homenagem no Alto do Moura.

Criado em dezembro de 1996, o museu abriga cerca de 30 peças do artesão, poesias, fotografias e textos sobre a vida e obra do ceramista popular que faleceu há 14 anos.

Ceramista, cantador de viola e poeta de cordel, Mestre Galdino (Manuel Galdino de Freitas) nasceu em 1928 e foi um dos artistas mais famosos do Alto do Moura, em Caruaru. Gostava de fazer moringas e monges, mas sua arte maior estava nos pequenos bonecos de barro. Para cada boneco que produzia, costumava escrever uma história que ia anotando num caderno – chegou a escrever mais de mil histórias.

Vaidoso, quando alguém indagava se havia aprendido o ofício com o Mestre Vitalino, ele respondia em versos: “Galdino é bonequeiro/e sou poeta também/tem boneco em minha casa/que bonequeiro não tem/na arte só devo a Deus/lição não devo a ninguém”.

Cuidadoso, depois de modelar as peças, deixava oito dias para secar. Após esse período, as peças iam para o forno (de tijolo, no fundo do quintal de sua casa) e passavam dez horas lá dentro. Finalmente, as peças ficavam mais quatro horas com o fogo apagado, “para desenfornar”. Caso não seguisse todo esse ritual, dizia o mestre, “o bicho ficava encruado e feio”.

Uma das mais famosas obras do Mestre Galdino, produzida no final da década de 1980, ocupava quase metade de sua mesa de trabalho. Era a história, em barro, de dois irmãos que resolveram casar e pagaram pelo pecado do incesto tendo 118 filhos deformados.”Fonte internet.

 

 

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Paradoxo do sucesso

 

Para mim, não existe autoridade que definirá o valor literário e estético, ou mesmo ético das obras escritas. Se aprofundarmos nossos conhecimentos na história da literatura e da vida de famosos escritores, encontraremos muitos exemplos disso.

Gombrich escreveu no livro de sua autoria ‘‘ História da Arte’’ , no primeiro parágrafo : ’’na realidade não existe arte, existem somente artistas’’. Se pensarmos nessa idéia, e fizermos uma comparação , não há literatura, mas somente escritores; ou não há poemas, mas sim poetas; nãoo há romances, mas sim romancistas.

Há autoridade na literatura? Quem irá determinar que escrito tem valor literário e estético ou não? Se existe esta autoridade, quem será? Escritor, crítico de literatura , editor ou leitores? Será a mídia?

Para mim, não existe autoridade que definirá o valor literário e estético, ou mesmo ético das obras escritas. Se aprofundarmos nossos conhecimentos na história da literatura e da vida de famosos escritores, encontraremos muitos exemplos disso.

Quando o grande escritor Dostoiévski escreveu seu livro Gente Pobre ,sua estréia literária, que revela uma impressionante maturidade se considerarmos que tinha então apenas 25 anos; Bielinski, grande crítico literário da época, elogiou-o muito. Ele iniciou sua carreira literária muito bem. Mas os livros seguintes, Bielinski, Turgeniev também outros críticos e escritores da época, o criticaram negativamente; e as críticas negativas foram pesadas. Até Dostoiévski morrer a situação não se modificou. No entanto hoje, ele esta no topo da literatura, a maior parte dos críticos atuais o colocam como o melhor escritor de todos os tempos.

Um escritor de vanguarda da literatura norte-americana, Jack London, não tinha publicada, curtas histórias que escrevia e enviava para revistas de literatura durante anos. Suas curtas histórias retornavam para ele com educadas recusas para publicação. Contudo, hoje essas mesmas histórias são exemplos para a literatura norte-americana.

O escritor brasileiro Paulo Coelho, durante anos não teve publicado seus livros, ele disse que: ‘‘trinta e duas editoras rejeitaram a publicação do seu primeiro livro’’, ele pensava que sua habilidade como escritor estava comprometida. A Academia Brasileira de Letras também o rejeitou como membro . Mais tarde esta mesma instituição o aceitou como membro, recebendo-o com todas as honras, numa cerimônia. O que mudou? Paulo Coelho é o mesmo escritor! O que mudou foi que seus livros foram traduzidos para inúmeras línguas ao redor do mundo, vendeu milhtes de livros e tornou-se sucesso na Europa, EUA, e outras partes do mundo.

Então, ninguém, nem editores, nem outros escritores, nem críticos de literatura são os que definem a medida do sucesso do escritor. O escritor tem força para passar por eles e chegar ao topo da literatura universal.

Erol Anar