Cidade típica e cheia de histórias

A fama das termas de Karlov Vary

A fama das “Águas Quentes de Carlos” circula no mundo especialmente na Europa. É o sentido do nome da cidade – Karlovy Vary – que faz alusão à temperatura do rio Tepla e ao rei da Boêmia Carlos IV, que a fundou em 1358 na República Tcheca.

DSC01726DSC01742A simples lembrança de que muitos personagens ilustres, como o Czar Pedro, O Grande, Frederico I, da Prússia, Louis Pasteur, J.W. Goethe, Beethoven, Wagner, Strauss, estiveram em Karlovy Vary e provaram do poder curativo de suas águas termais já justifica o passeio. A pequena cidade está localizada cerca de 100 quilômetros a oeste de Praga.

Pequena e acolhedora

Karlov Vary tem um pouco mais de 55 mil habitantes é acolhedora e tranquila encravada numa montanha, com uma arquitetura peculiar.

DSC01758Os spas e as 12 fontes dispersas pelo pequeno centro são a grande atração do local. As águas chegam a uma temperatura média de 40 graus centígrados e máxima de 72 graus centígrados e são indicadas para o sistema digestivo ou desordens metabólicas, apesar de cada fonte ter uma característica e ser indicada para um tratamento específico.
A composição delas é similar, mas diferem na temperatura e na quantidade de dióxido de carbono.
A água tem um sabor acentuado que se aproxima ao de ferrugem e é um pouco salgada. No maior e mais famoso gêiser da cidade, chamado Vridlo, a água jorra de uma profundidade de mais de três mil metros e alcança uma altura de quase 15 metros, com uma temperatura de mais 70 graus centígrados.

Próximo às fontes há sempre uma variedade de lojinhas para compras de lembranças, que incluem uma xícara própria para beber a água quente da fonte, uma espécie de caneca com um canudo de cerâmica

Há também uma bebida feita a base de ervas conhecida por ser a “13ª fonte curativa”. O licor produzido na região desde 1807 chama-se Becherovka e foi criado pelo químico Josef Becher. Sua composição exata não é revelada, mas toda a fabricação pode ser vista no museu Jan Becher, que explica as origens da bebida.

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Entre um passeio e outro pela rua principal poderá ser vista a casa em que viveu e desenvolveu pesquisas o cientista francês Louis Pasteur, responsável por muitas descobertas no campo da Química e da Medicina.

A cidade é pequena e fácil de ser conhecida a pé.

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Entre os pontos turísticos estão o antigo mercado central e as colunatas, onde antigamente realizavam-se feiras, concertos e encontros. A colunata mais importante e grandiosa é a Mill Colonnade, construída entre 1871 e 1881. Lá, 124 imponentes colunas dão suporte e servem de passeio para cinco fontes termais.

Van Gogh autoritratto

Attraverso il disegno e il colore Van Gogh svelava gli stati d’animo della persona

Van Gogh amava dipingere ritratti. I suoi autoritratti o le immagini delle persone erano vere analisi pittorica e psicologica, in cui gli emozioni espressa nella faccia si svela attraverso il disegno e i colori.

Van Gogh. Autoritratto. 1886. L'Aia Coleção Gemeentmuseum
Van Gogh. Autoritratto. 1886. L’Aia Coleção Gemeentmuseum

“Van Gogh ama dipingere persone e fare ritratti di amici che posano per lui. Quando nessuno è disiponibile, non avendo denaro necessario a pagare un modello, dipinge sé stesso servendosi di un specchio. Van Gogh sperimenta vari metodi, passando da uno stili tradizionale ad uno molto originale. A Parigi a tecnica si basa su trattini colarato che irradiano, partendo dagli occhi, mentre in Provenza la ricerca continua soprattutto con l’uso di colori contrastanti stesi a larghe pennellate”, afferma il studio del staff di Cornelia Homburg.

Vicent Van Gogh. Ritratto de Alexander Reid. 1887 . Culture Sport Glasgow. per conto di Glasgow City Concil
Vicent Van Gogh. Ritratto de Alexander Reid. 1887 . Culture Sport Glasgow. per conto di Glasgow City Concil
Ritratto di giovanne contadino. Van Gogh. 1887. Roma, Galleria dell'Arte Moderna e Contemporanea
Ritratto di giovanne contadino. Van Gogh. 1887. Roma, Galleria dell’Arte Moderna e Contemporanea
Van Gogh autoritratto

Pelas cores Van Gogh comunica-se com os sentimentos do observador

Van Gogh adorava pintar retratos. Seus autorretratos ou retratos são verdadeiras analises pictórica e psicológica, cujas emoções expressas na fisionomia desvendam-se  por intermédio do desenho e das cores.

Van Gogh. Autorretrato. 1886. Óleo sobre Tela. L'Aia Coleção Gemeentmuseum
Van Gogh. Autorretrato. 1886. Óleo sobre Tela. L’Aia Coleção Gemeentmuseum

“Van Gogh ama pintar as pessoas e retratos de amigos que posam para ele. Quando nenhum era disponível e não tendo dinheiro para pagar um modelo, pinta a si mesmo com a ajuda de um espelho. Vicent experimenta vários métodos, passando de um estilo tradicional para um modo original. Em Paris, a técnica se baseia em traços coloridos partindo dos olhos, enquanto que em Provance a pesquisa continua com o uso das cores contrastantes, alongadas e em largas pinceladas”, estudo feito pela equipe de Cornelia Homburg.

Vicent Van Gogh. Retrato de Alexander Reid. 1887 . Culture Sport Glasgow, em nome de Glasgow City Concil
Vicent Van Gogh. Retrato de Alexander Reid. 1887 . Culture Sport Glasgow. em nome de Glasgow City Concil
Retrato de um jovem camponês. Van Gogh. 1887. Roma, Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea
Retrato de um jovem camponês. Van Gogh. 1887. Roma, Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea

 

 

Giuditta che taglia la testa a Oloferne. Caravaggio 1598-1599

O que não fizeram os bárbaros fizeram os Barberini

Já diziam os romanos que os tesouros de Roma ou foram saqueados pelos bárbaros ou pelo Papa Urbano VIII.

Palazzo Barberini - Roma

A frase é em latim e conhecida dos romanos tradicionais que fazem uma sátira quando se referem ao Palácio Barberini, localizado no centro de Roma. O local hoje foi transformado em galeria de arte.

“Quod non Fecerunt Barbari Fecerunt Barberini” traduzido para o português significa: “O que não fizeram os bárbaros fizeram os Barberini”.

Traduzindo é mais ou menos assim, o que não foi saqueado pelos bárbaros na invasão, foi levado pela família Barberini na época do Papa Urbano VIII, entre 1623 a 1644.

Pasquino, a estátua falante
Pasquino a estátua falante de Roma
Pasquino a estátua falante de Roma

O dito popular foi escrito na Idade Média e colocado pela população de Roma na estátua “Pasquino”, como forma de protesto contra as atitudes do Papa. A escultura existe e está em ruínas, localizada próximo na Piazza Navona. 

Durante o período temporário de dominação papal, os habitantes de Roma esperavam o escurecer para pendurar na estátua piadas, cartazes e versos contra aqueles que detinham o poder.

Um Papa nada justo
Papa Urbano VIII- Gian Lorenzo Bernini
Papa Urbano VIII- Gian Lorenzo Bernini

Maffeo Barberini – o Papa Urbano VIII – não era considerado pelo povo italiano, na época, um “papa justo” porque favorecia somente os membros da família ajudando-os a enriquecer cada vez mais.

O descontentamento da população era baseado no fato de que o Papa saqueou obras de arte e materiais preciosos da história romana.

De acordo com relatos do escultor Bernini, o pontífice apoderou-se das traves de bronze que sustentavam os pórticos do Pantheon. Ele as substituiu com traves de madeira de carvalho. A original serviu para construir 80 canhões para o Castelo Sant’Angelo.

Papa Urbano também autorizou a construção do gigantesco Baldaquino na Basílica de São Pedro, que até hoje não foi terminado.

Essa é apenas uma das inúmeras histórias que se conta de “boca em boca” entre a população romana. A estátua Pasquino está localizada perto da Piazza Navona e é conhecida como a “estátua falante de Roma”.

Legado inestimável
Interior do Palácio Barberini
Galeria no interior do Palácio Barberini

Histórias à parte, é importante destacar que o legado artístico deixado no Palácio Barberini é inestimável. O prédio foi projetado pelo arquiteto Carlo Maderno no pontificado de Urbano no século XVII. Mais tarde foi construído de fato como obra dos jovens arquitetos Bernini e Borromini.

Atualmente a Galeria Nacional do Palácio Barberini abriga importantes coleções de pinturas datadas dos séculos XII ao XVII.

Caravaggio e El Greco

Para os fãs de Caravaggio a tela “Judite e Holofernes” vale a visita ao local. Uma das obras-prima do artista italiano, retrata a raiva e determinação de uma jovem ao matar seu algoz e compõe o jogo de cores e sombra do mestre.

El GrecoEl Greco está presente com as obras Batismo de Cristo (1546) e Adoração dos Pastores (1548).

A luz prateada, o intervalo colorístico preparado para resfriar os tons, as pinceladas rápidas, o uso do claro-escuro são fortes contrastes típicos da forma pintar do espanhol El grego.

O afresco “O Triunfo da Divina Providência”que decora o grande salão do Palácio foi encomendado pelo papa e realizado pelo pintor e arquiteto Pietro da Cortona. A cena central, cujo tema é nome do afresco, representa a Providência envolta num manto dourado.

Está sentada numa nuvem e tem a cabeça circundada com um alo de luz. É um afresco pleno de simbologia com figuras que representam a prudência, justiça, misericórdia, verdade e beleza.

Afresco magnífico
Pietro de Cortona Divina Providencia
Pietro de Cortona Divina Providencia, obra do grande salão do Palácio

É sem dúvida um afresco esplendoroso que enche os olhos de quem ergue a cabeça e aprecia o teto ao entrar no salão.

Uma herança que o mundo moderno agradece ao papa que esqueceu do seu povo, embora soubesse apreciar na arte as virtudes que ele deixou de praticar na vida real: justiça, misericórdia e verdade.