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Histórias de Flávio: Olímpica piscina

Um dia inventei de fazer natação.... Ai, Pera aí, lembrei de uma outra coisa aqui...

Sabe… quando criança era sempre o último a ser escolhido no futebol.

Sim! Já fiquei um primeiro tempo inteeeeeeiro sem encostar na danada da bola. Pois é, ninguém passava o brinquedo mais antigo pra mim, aíí que sacanagem né? ⚽️
Quem esteve comigo nessa fase da vida vai lembrar do Manteiga derretida mais fofo do bairro do Rocio, ohww!🥰🥰🥰

Pare Ju!( assim que me chamo quando falo comigo mesmo). Isso é passado cara e nem era sobre isso que você ia falar, seu maravilhoso!

O tempo passou, cresci, e assim pude escolher um esporte pra seguir uma carreira sólida. irraaaahhhhh!

Agora vai…
Um dia inventei de fazer natação e levei a minha amiga Juciane Batista comigo.
Compramos tudo que precisávamos pra sermos atletas de respeito;
Tudo aquilo que vocês já imaginam…
Sunga, maiô etc…tudo tamanho P
Eita que naquele tempo nosso metabolismo era ágil.
Fomos pro nosso primeiro dia de aula com o professor Cezar,  devia de ser 2008.

 

Flávio e Ju

Fui no vestiário, coloquei a sunga preta de listras laterais, e quando eu estava voltando… peguei a Ju correndo e saltando na piscina com os joelhos juntos e agarrados entre os braços,
a i  m e u  d e u s!

Eu, como sempre em todas as piscinas da vida, preferi as escadas.

Minha companheira já estava toda toda, deê maiô azul-marinho, com touca e óculos de natação (só faltou aquele negocinho do nariz, pra ficar igualzinha uma nadadora do nado sincronizado). Emocionante!

O profe perguntou se alguém sabia nadar. E se precisávamos de ajuda para arrumar os óculos

A melhor amiga já levantou a mão,
___eu sei!
___nossa, sério? Eu falei.
Ela só me olhou com aquela cara de tri atleta!

Eu disse ao treinador que sabia nada de nadar. Apesar de nascer na beira do valo grande. (encontro dum braço do mar com rio ribeira de Iguape) acho que é isso.

Ele ajustou meus óculos.
A Ju arrumou sozinha… vai vendo!

No primeiro minuto da aula de natação o professor manda o aluno puxar o ar e soltar dentro da água.
Começamos mergulhar.

Usei os dedos, polegar e o fura bolo para tampar o nariz, Que fiasco! Não consegui fazer diferente, foi mais forte que eu!

E a Ju, mainga! Mergulhava bonitinho mas ficava com os óculo cheio d’água. Tadinha… e ela nem percebia, na afobação pra mergulhar.
Como bom Amigo que sou, toda hora ia lá esgotar seus óculos, já que dispensou a ajuda do mestre, meio bravinho já com a bagunça.

E continuamos nessa vibe….
Primeira semana.
Mergulhamos todo mundo desse jeito mesmo.

Segunda semana
Eu, Já nadando com a prancha
A Ju ainda mergulhando – aíii to rindo, desculpa!

Terceira semana
Eu já nadando a cachorrinho

A Ju mergulhava que uma maravilha, aiiii desculpa genteeee kkkkkk

Quarta semana
A Jucineia estava nadandinho, mas me fez pagar o Pato

Eu já nadando de costas e me achando o Gustavo Borges

Mas não disseram pra que serviam aquelas bandeiras em cima da piscina, achei que estava nadando em alto mar, ouvindo até uma voz.
___Flávio, Flávio, parecia uma sereia! FLAVIOOOOOO
Era a Ju chorando de rir porque eu acabei de bater a cabeça no outro lado da piscina.

Eita vida, né
Um dia eu era menino sem chutar a bola e no outro o jovem (pero no mucho) que ria da amiga, por não conseguir nadar!

Sempre pensei como é injusto com quem tem maior dificuldade no esporte; a Ju conseguiu nadar que é uma maravilha. Eu, não pude dizer o mesmo do futebol ⚽

** Nota da editoria:

Flávio Cunha é o novo colaborador do PanHoramarte. As Histórias de Flávio terão sempre uma pitada de bom humor. Característica de quem conhece ele, que faz de fatos singelos do cotidiano ‘causos’ leves e engraçados. Suas mãos são mágicas para deixar um cabelo bonito, escrever e mais…. fazer uma bela manta de crochê nos invernos curitibanos. No Instagram oflaviocunha

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Diferenças entre compreensão e conhecimento explicam o momento no Brasil

"Ouvimos e compreendemos apenas o que já sabemos pela metade". Quem disse isso não fui eu, mas o filósofo e poetaDavid Thoerau.Temos o hábito de confundir nosso conhecimento, que é sempre limitado e incompleto, entre o que é realidade dos fatos ao que desejamos como realidade.

oraciocínio acima é para definir filosoficamente, de um jeito mais elegante a era da pós-verdade, denominação também elegante para tratar a mentira. Em consequência disso, tentar entender o comportamento das pessoas, sobretudo no Brasil de hoje.

Ao ler o artigo de  Maria Popova, em seu blog sobre literatura, o Brainpicking, lembrei da séria disputa de opiniões baseada em notícias falsas na sociedade brasileira. Na disputa eleitoral e em todas as questões políticas, desde o impeachment da Dilma,  que  transformou a vida das pessoas num verdadeiro inferno devido a disseminação de notícias falsas. Isso provocou entre famílias, amigos, grupos, uma polarização de ideias jamais visto na história do Brasil. Uma ação muito bem elaborada para provocar confusão social e promover o crescimento da extrema-direita.

Jaume Plensa - Bienal de Veneza 2025

O texto de Maria Popova é permeado de citações para mostrar a grande diferença entre os dois conceitos e é dirigido a outro foco. Na verdade,  a partir do ensaio de Aldous Huxley, dentro do livro Divine Within ( não encontrei a versão em português), o artigo tenta explicar o indivíduo num processo de meditação.  O  conhecimento parcial  das coisas e o entendimento pela metade que se agrega ao fato. O filósofo e poeta americano,  David Thoerau, reconheceu isso ao contemplar os nossos preconceitos e lamentou dizendo que “ouvimos e compreendemos apenas o que já sabemos pela metade”, 

 Em outros palavras, o nível de preconceitos que existe dentro de uma pessoa interfere na compreensão do seu conhecimento.  

Vale a pena ler alguns trechos do artigo até para entender melhor  comportamentos e a própria sociedade.  Portanto, concluir  pelo raciocínio de Huxley, que separa o significado de compreensão e conhecimento, que grande parte da sociedade brasileira é profundamente  preconceituosa e conservadora. 

Maria Popova escreve:

Gerações após Thoreau e gerações antes de a neurociência começaram a iluminar os pontos cegos da consciência, Aldous Huxley ( 1894 -1963) explorou essa confusão eterna de conceitos em “Conhecimento e compreensão” – um dos vinte e seis ensaios perspicazes coletados em The Divine Within (sem tradução para o português)

O conhecimento é adquirido quando conseguimos encaixar uma nova experiência no sistema de conceitos baseado em nossas antigas experiências. A compreensão surge quando nos libertamos do antigo e, assim, tornamos possível um contato direto e não mediado com o novo, o mistério, momento a momento, de nossa existência.

Como as unidades de conhecimento são conceitos, e os conceitos podem ser transmitidos em palavras e símbolos, o próprio conhecimento pode ser transmitido entre pessoas.

A compreensão, por outro lado, é íntima e subjetiva, não um conteúdo conceitual, mas uma imediata reação mental lançada sobre uma experiência – o que significa que ela não pode ser transmitida e transacionada como o conhecimento.

Nossos antepassados conceberam formas de transmitir o conhecimento de uma geração para a outra – em palavras e símbolos, em histórias e equações – que garantiam a sobrevivência de nossa espécie preservando e transmitindo os resultados da experiência. Mas conhecer os resultados de uma experiência não é o mesmo que compreender a própria experiência. Para complicar a questão, podemos compreender as palavras e os símbolos pelos quais falamos uns aos outros sobre nossa experiência, mas ainda perdemos o imediatismo da realidade que esses conceitos pretendem transmitir. Huxley escreve:

A compreensão não é conceitual e, portanto, não pode ser transmitida. É uma experiência imediata, e a experiência imediata só pode ser falada (de forma muito inadequada), nunca compartilhada. Ninguém pode realmente sentir a dor ou tristeza de outra pessoa, o amor, a alegria ou a fome de outra pessoa. E da mesma forma ninguém pode experimentar a compreensão de outra pessoa de um determinado evento ou situação … Devemos sempre lembrar que o conhecimento da compreensão não é a mesma coisa que a compreensão, que é a matéria-prima desse conhecimento. É tão diferente de compreensão quanto a prescrição do médico para a penicilina é diferente da penicilina.

A compreensão não é herdada, nem pode ser adquirida laboriosamente. É algo que, quando as circunstâncias são favoráveis, chega até nós, por assim dizer, por conta própria. Todos nós somos conhecedores, o tempo todo; é apenas ocasionalmente e apesar de nós mesmos que compreendemos o mistério de determinada realidade.

No cerne do ensaio de Huxley está a observação de que uma grande parte do sofrimento humano decorre de nossa tendência de confundir o conhecimento conceitual com a compreensão, “conceitos caseiros para dada realidade.” Tal sofrimento pode, portanto, ser amenizado substituindo a confusão com clareza – com uma consciência total da realidade, não filtrada pelo “pseudo-conhecimento sem sentido” que surge de nossos hábitos reflexivos e humanos de “simplificação excessiva, generalização excessiva e abstração.”

Tal consciência total, observa Huxley, pode produzir uma onda inicial de pânico com os dois fatos elementares que revela: que somos “profundamente ignorantes” – isto é, carecemos para sempre de conhecimento completo da realidade; e que somos “impotentes a ponto de ficarmos desamparados” – isto é, o que somos (o que chamamos de personalidade) e o que fazemos (o que chamamos de escolha) são meramente a vida do universo que vive através de nós. (Qualquer pessoa capaz de pensar com calma, profundidade e sem defesa sobre o livre arbítrio reconhecerá isso prontamente.)

E, no entanto, além da onda inicial de pânico, encontra-se um mar profundo e insondável de serenidade – uma paz flutuante e um acordo alegre com o universo, disponível mediante a rendição a esta consciência total, após a liberação do empreendimento narrativo, a intoxicação de identidade, o condicionado reflexo que chamamos de self, nosso eu.

Huxley escreve:

Esta descoberta pode parecer à primeira vista um tanto humilhante e até deprimente. Mas se eu os aceitar de todo o coração, os fatos se tornam uma fonte de paz, um motivo de serenidade e alegria.

[…]

Em minha ignorância, tenho certeza de que sou eternamente eu. Essa convicção está enraizada na memória carregada de emoção. Só quando, nas palavras de São João da Cruz, a memória for esvaziada, poderei escapar da sensação de minha separação estanque e assim me preparar para a compreensão, momento a momento, da realidade em todos os seus níveis. 

Mas a memória não pode ser esvaziada por um ato de vontade, ou por disciplina sistemática ou por concentração – mesmo pela concentração na ideia de vazio. Só pode ser esvaziado por consciência total. Assim, se estou ciente de minhas distrações – que são em sua maioria memórias carregadas de emoção ou fantasias baseadas em tais memórias – o turbilhão mental irá parar automaticamente e a memória será esvaziada, pelo menos por um ou dois momentos. 

Novamente, se eu me tornar totalmente consciente de minha inveja, meu ressentimento, minha falta de caridade, esses sentimentos serão substituídos, durante o tempo de minha consciência, por uma reação mais realista aos eventos que acontecem ao meu redor. 

Minha consciência, é claro, não deve ser contaminada por aprovação ou condenação. Os julgamentos de valor são reações condicionadas e verbalizadas às reações primárias. A consciência total é uma resposta primária, sem escolha e imparcial à situação presente como um todo.

indio

‘Posso ser quem você é, sem deixar de ser quem eu sou’

Essa frase, cuja eloquência já define sua autoria, foi utilizada na década de 80 pelo movimento indígena na luta por seus direitos constitucionais.

O indígena pode viver como o homem branco,  escrever livros, ir ao teatro, usufruir do mundo moderno, ele tem competência para isso, sem negar a sua ancestralidade. “Sem precisar abrir mão daquilo que sou”,  afirma Daniel Munduruku.

O escritor e professor indígena, Daniel Munduruku, é hoje a voz mais influente que estendeu a ponte ligando a narrativa oral dos povos da floresta e a escrita. A fala serena do escritor indígena num encontro nos Estados Gerais da Cultura, sob o título ‘Sobre Piolhos e Outros Afagos’ , nos transporta para outro universo, do presente, do aqui e agora, da relação do homem (microcosmo) com o planeta (macrocosmo).

Acredito que o leitor perderia muito se o PanHoramarte tentasse transmitir  na totalidade suas reflexões sobre a vida e cultura indígena. Vale mais escutá-lo e sentir-se como estivesse no afago do catar piolho. Quer imagem mais simbólica repleta de afeto do que é catar piolho no outro. Essa foto de Claudia Andujar mostra  exatamente essa afeição.

Daniel pertence a etnia Munduruku e se destaca por mostrar a importância em preservar a genuína ancestralidade brasileira por intermédio de seus livros publicados e premiados  como “As serpentes que roubaram a noite e outros mitos”,  “Histórias de Índios”, entre outros.

.Daniel Munduruku - foto cedida aos EGC
.Daniel Munduruku - foto cedida aos EGC

A escuta pelas palavras de um indígena nos apresenta uma outra realidade  existencial, muita mais solidária e verdadeira. É tocante quando o escritor apresenta os papéis dos pais e avós numa aldeia. É de uma simbologia existencial difícil de traduzir em palavras, apenas senti-la à  flor da pele.  

Os pais são responsáveis pelo corpo de uma criança. Isto é, de sua subsistência, crescimento, trabalho, entre outras atividades materiais.. Os avós são responsáveis pelo desenvolvimento espiritual da criança indígena.  “Pelas narrativas simbólicas avós devem dar sentido a existência dos netos”.  

Claudia Andujar - Inhotim

É uma pena que o colonizador não conseguiu captar a mensagem de sabedoria do indígena e chegou com a fúria da exploração a vontade de escravizar esses primeiros povos. Vale mergulhar nos livros de Daniel Munduruku e deliciar-se com as narrativas.  Segundo ele, o indígena vive o presente sem a expectativa de futuro. Sem estar o tempo inteiro tentando acumular coisas. O futuro não é importante e sim o presente, que segundo Daniel, por esta razão se chama presente e deve estar atrelado à memória, ao passado.

Claudia Andujar - Inhotim

As fotos reproduzem a mostra permanente de Claudia Andujar, em Inhotim, e foram reproduzidas  pela autora deste texto em 2016. As lentes e o olhar  sensível de Andujar mostram a pureza e a serenidade na alma de um indígena. Talvez, o indígena contemporâneo não tenha mais essa  expressão completamente serena por viver em constante situação de  violência provocada por  um governo que não o considera brasileiro e deseja expulsá-lo de suas terras. 

Claudia Andujar - Inhotim

“A gente olha apenas o passado e o presente. Entre os indígenas não existe a palavra futuro. Eles nomeiam as coisas a partir da experiência vivida. Como não se experimentou o futuro, não existe uma palavra que o nomeie. Não existe essa ideia de futuro. Claro que cada povo tem a sua dinâmica de compreensão cosmogônica. Mas costuma ser assim. O passado é fundamental porque é o tempo da memória, é essa memória que vai dizer quem eu sou e o que eu faço nesse mundo. Sem apressar, sem querer dar salto, mas se percebendo parte da natureza. Uma visão que olha pra trás. É esse passado que nos impulsiona para frente, para aquilo que há de vir. O indígena nunca pergunta para uma criança sua, pois de antemão ela já sabe que essa criança não será nada, porque ela já é tudo o que ela deveria ser. Porque ela é criança, e precisa viver essa estação plenamente. Brincar.  Quando a uma criança indígena foi perguntado o que ela queria ser quando crescer, ela respondeu “avô”. Fonte: Estados Gerais da Cultura.

O futuro é algo que faz com que a gente não se comprometa com as coisas ao nosso redor”

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parte de uma xilogravura de J.Borges.

Mais de 10 anos na luta para registrar o Forró como patrimônio cultural brasileiro

A ideia de registrar o Forró, o verdadeiro de raiz, aquele pé-de-serra, como patrimônio imaterial brasileiro surgiu no nordeste, onde quase todas as festas vibram ao som de um bom baião, xaxado e xote.

Mas é uma luta que já se arrasta há mais de 10 anos e o povo que ama a alegria do balançar dos quadris das damas e o arrasta-pé cheio de ginga, quer garantir a autenticidade da festa.

Num inventário preliminar o IPHAN constatou que o Forró  não se resume somente às festas de São João e existe em 14 estados brasileiros com o devido destaque. O Forró envolve os ritmos matrizes – baião, xaxado, xote, instrumentos musicais específicos, danças, participação feminina e muita música vibrante. 

O Forró mexe com a alma do povo genuíno, aquele que vive em sintonia com a vida brasileira, a maioria humilde, simples,  que, no entanto, conserva no coração a alegria de viver em um país cheio de cores e belezas naturais.

 

Como uma admiradora da cultura popular e num constante ir e vir há quase 10 anos para Natal, no Rio Grande do Norte, posso afirmar que o Forró vive no coração de todo o nordestino. Qualquer feira popular ou de artesanato tem o seu dia de curtir o Forró pé-de-serra. Antes da pandemia participei destas festas e como uma sulista sem ginga dura no corpo e sem noção da rapidez dos passos demorei para pegar a manha. Demorei para pegar a manha, aliás acho que nem cheguei perto.

 

Joana Alves é uma dessas grandes defensoras para preservar o Forró como cultura imaterial. Ela atua frente a Associação Balaio do Nordeste.  É uma paraibana arretada, arte educadora, artesã, produtora e articuladora cultural. “Forró é grande é imenso e no Brasil todo e não pode ficar restrito a três ou quatro estados. Até lá fora do Brasil ele existe”, contou Joana num encontro com os Estados Gerais da Cultura.  

Joana explica que toda uma pesquisa  sobre a importância do Forró, a partir da realização de Fóruns de debates, o resultado será entregue ao IPHAN para definir em outubro o registro. Segundo retorno da instituição até 13 de dezembro o Forró será registrado como patrimônio imaterial.

 

Militante e ativista cultural, gestora de cultura, pesquisadora das culturas tradicionais e populares brasileiras, Rejane Nóbrega alerta para o perigo da descaracterização do Forró. Daí a necessidade de garantir o registro e preservá-lo na sua originalidade.

Algumas festas muito populares e de grande  repercussão turística, especialmente no Ceará, na Paraíba, estão inserido o que se chama “Forró de plástico”,  certamente um resultado da intensa globolização.

 

O Brasil tem forrozeiros inesquecíveis e entre os nomes mais famosos, citamos os mestres  Luiz Gonzaga e Sivuca. Mas escolhemos  Luizinho Calixto  para mostrar as habilidades nesses ritmos vibrantes do Forró por ser um dos últimos mestres da sanfona de oito baixos.

Luizinho é tido como um dos melhores do Brasil na atualidade, muito conhecido por seu virtuosismo e também por ter sido o primeiro a criar um método escrito para sanfona de 8 baixos no modelo de afinação transportada no Nordeste do Brasil.

Luizinho, também toca acordeom de 120 baixos, violão e cavaquinho e também alguns dos instrumentos de percussão, como zabumba, pandeiro, triangulo, agogô e reco-reco.  Luizinho é compositor e diretor musical, também nas horas vagas é artista plástico.

Então minha gente o Forró é nosso!

Vamos entrar juntos nesse movimento que irá  garantir que as verdadeiras raízes do Forró pé-de-serra sejam  reconhecidas como patrimônio cultural brasileiro.