Não importa que é tudo junto e misturado. O que importa é paixão pela arte que inspirou o empresário e colecionador Ricardo Brennand a criar seu pequeno mundo artístico.
Exatamente a réplica de um castelo inglês foi o que Brennad construiu em plena Recife tropical, em Pernambuco. Não confundam Ricardo Brennand (1927- 2020) com o famoso ceramista e artista plástico, Francisco Brennand (1927-2019).
Ricardo, que também amava as artes era primo de Francisco, e aos 92 anos morreu em consequência do Covid 19. O empresário integrou na paisagem da capital nordestina a arquitetura européia medieval em uma área verde fora da cidade. Ajustou na sua réplica ao entorno, um ambiente que nos é familiar quando assistimos filmes de época que se passam em castelos na Europa.
a
O seu amor incondicional pela arte não parou por aí. Fez muito mais. O empresário colocou dentro deste castelo um acervo totalmente original. Muitas peças góticas e medievais, assim como reproduções de obras famosas como o Pensador de Rodin.
Num verdadeiro jogo de paciência, de 50 anos de aquisição de objetos de arte, Ricardo Brennand compôs o cenário interno de seu castelo com esculturas, pinturas, tapetes, móveis, adagas, armaduras. Estas obras todas, inclusive o castelo, hoje fazem parte do Instituto Ricardo Brennand, que está à disposição do público desde 2008.
Um dos destaques na abertura da instituição foi a vinda das telas do pintor holandês, Albert Eckhout, que retratou o que viu no Brasil no século 17: a flora, a fauna, o povo e a cultura de Pernambuco. Os quadros de Eckhout jamais deixaram o Museu Nacional de Copenhagen, na Dinamarca, em 350 anos. Hoje, o Instituto mantém o acervo do nerlendês, Frans Fost. O primeiro artista a pintar panorama nas Américas, a serviço de Maurício de Nassau, segundo Wikipédia