queen

Rainha em Perigo

 ‘A Armada Retrato da Elizabeth I da Inglaterra’, uma das três pinturas alegóricas representando a Rainha de Tudor cercada por símbolos imperiais e atrás mostrando a  Invencível Armada Espanhola derrotada em 1588, está em perigo. A pintura, feita por um artista anônimo, será vendida pelos descendentes de Sir Francis Drake, o segundo no comando da frota inglesa, que participou na famosa batalha naval.
 Avaliação
Quatro estimativas recentes avaliaram a obra em 12 milhões de euros, se for vendida no mercado aberto. No caso de um acordo privado que poderia de fato ser vendida por “apenas” 7,5 milhões.
O Museu Real de Greenwich, em Londres, lançou um apelo para levantar esta cifra na esperança de que a pintura faça parte da sua coleção permanente. L’Art Fund prometeu doar € 750.000 para a causa e está dirigindo uma das maiores campanhas de angariação de fundos que o mundo da arte já viu.
Talvez a obra não cairá nas mãos de um particular, esperamos que o amor pela coroa salve a Rainha.
Fonte: Exibart
234
René Magritte, Os Amantes (1928) Nova York, Museu de Arte Moderna

Beijar bem é arte também

Beijar é a arte da entrega das emoções que envolvem sexo, prazer e amor.​

Quando digo que o beijar é um ato de entrega, me refiro ao fato de que existem diferentes beijos que denunciam sutilmente o quanto estamos ou não a fim de entregar o nosso coração ao parceiro.

É mais ou menos igual a um abraço forte que abarca as reentrâncias e saliências do nosso corpo e que encosta o nosso coração ao coração do outro para passar o fluxo intenso de um sentimento que nada tem de um simples abraço amistoso.

O beijo na boca que defino como uma total entrega, é aquele que faz estremecer o corpo inteiro, da cabeça aos pés, fazendo vibrar as nossas infinitas e mais remotas fibras nervosas no momento em que os lábios se aproximam um do outro e se unem imantados pela pele,entrelaçando as línguas,frenéticas, enlevadas na volúpia do prazer  que, num mesmo espaço de emoções, deseja chegar mais perto do coração do outro.  Essa é a grande diferença entre o beijo e o ato sexual em si.
René Magritte, Os Amantes (1928) Nova York, Museu de Arte Moderna

Nem todos conseguem beijar dessa forma por medo de deixarem o coração à mercê do outro.

Um grande equívoco!

O beijo da entrega, por inteiro, corpo e coração, é inesquecível. Traz gozo para a alma e sensação de extrema felicidade para ambos, considerando que a entrega é recíproca, uma troca tão intensa, capaz de oferecer uma eternidade de sensações por alguns minutos de beijar.

Uma sensação que independe de viver para sempre  com o parceiro que beijou e, sim, de ter passado pelo paraíso.

Beijar,  beijando de verdade deixa para sempre o gostinho úmido, voluptuoso,  gravado nas profundezas de uma memória sagrada, como se fosse um estoque energético de alguma partícula cósmica, ampla e resplandecente, que nutre e mantém sempre acesa a chama do prazer pela vida!

IMG_0074

Um espetáculo de feiras livres no Brasil

As feiras livres desse nosso país tropical, sobretudo no norte e nordeste são inesquecíveis e únicas.

Coloridas e bizarras são as particularidades que saltam aos olhos na entrada da Feira do Alecrim, em Natal, Rio Grande do Norte, e na de Maceió, próximo ao Mercado Municipal.

IMG_0085

Essas feiras livres brasileiras são verdadeiros espetáculos,exuberantes nas cores das frutas, fartura nos cereais, ervas medicinais e carnes de toda as espécies, enfim gêneros de primeiras necessidades.

img_0048

Em Maceió, Alagoas, a feira é permanente e se estende por praticamente uma quadra, perto do Mercado Municipal.

Carne, panela, velas, roupas, mandinga de candomblé, tudo em uma grande mistura

Lá se vende carnes, ervas, verduras, panelas, roupas, velas e mandingas do candomblé, tudo espremido em diversas barracas que criam entre si ruelas escuras, misteriosas, que atraem o visitante a percorrer e captar imagens dessa arte genuína que representa o “ser”  e o “ter” de um povo que vive em outro Brasil.

dsc01411

Poderá ser surpreendido com o tintilar de panelas penduradas  sob o toldo das barracas ou se encantar com as mais extravagantes ervas medicinais, unguentos, pomadas, garrafadas, sabonetes, com a promessa de curar todas as doenças do mundo.

IMG_0106

Barracas sagradas que ofertam sabedoria trazida pelos índios, os nossos pajés que detém o conhecimento das plantas curativas brasileiras, infinitas e muitas ainda desconhecidas, muitas roubadas pelos estrangeiros, cascas, folhas, raízes, flores aos borbotões, que deixam no ar um cheiro gostoso da clorofila da vida.

IMG_0098

As bananas às pencas, enfeitam e dão um toque especial na barraca. De todos os gostos, verde, amarelinha, com ou sem pintinhas. A fartura impera para o cliente escolher.

IMG_0121

Alecrim

A Feira do Alecrim, em Natal, Rio Grande do Norte, é realizada todos os sábados e está localizada em um dos bairros mais antigos da capital Potiguar.

IMG_0051Cantada em cordéis, a feira é também um espetáculo que choca quando os visitantes se deparam com inúmeras barracas de carnes cruas, ou de sol, de todas espécies expostas,  ou que encanta quando sentem o cheiro de frutas e folhas no ar  e se deparam com o colorido e a diversidade de espécies tropicais.

img_0094

Rio Grande do Norte é um grande produtor de frutas, desde as mais comuns, banana, caju, abacate, abacaxi, manga, até as mais exóticas como seriguela, cajá, imbu, graviola, entre outras.

“Amigo vou lhe dizer, ouvinte vou te contar. Se arrume pois sábado vamos juntos passear, e na feira do Alecrim maravilhas vou te mostrar”.

Com esses versos o poeta cordelista Elinaldo Gomes de Medeiros, o “Boquinha de Mel”, inicia a história da feira do Alecrim contada em um dos seus cordéis intitulado “A feira do Alecrim homenageia seus heróis”. Transcrito do Jornal a Tribuna do Norte.

Olhar Crítico

IMG_0082

As feiras livres no mundo estão resistindo no tempo e desafiando os gigantes do consumo, os supermercados com suas prateleiras inodoras  e insalubres.

IMG_0104

Essa tradição é uma força viva, imagem cultural de um povo ao demonstrar a forma de “ser” e de “viver” das pessoas daquele lugar.

Para perceber basta passear tranquilamente com olhar que transita entre o poético e a pesquisa e observar o que é mais destacado no local, os tipos de frutas ou verduras mais expostas, que cereais são consumidos, como as pessoas colocam à venda, gritam as promoções ou silenciosas mostram as etiquetas dos preços, e muitos outros detalhes que é possível sentir aguçando o olhar.

Isso é arte culinária!

IMG_0093

O exercício sensorial e artístico de ir a feira livre fazer compras deve ser herança passada de mãe para filha, ou filho, para que este hábito se perpetue no tempo.  Entre as feiras mais extravagantes do mundo, o Mercado das Bruxas, em La Paz, na Bolívia, está em primeiro lugar.

 

Immagine

Parla!

In my wanderings as a science teacher I always transited through schools laboratories. On one of these “experiences” discovered an unpublished, important and original phenomenon, with respect to life: when a seed (I made with beans seeds sealed in a glass capsule) germinates and grow in the early days – and despite increasing its volume producing a tender stem and even leaves – its total mass decreases.

That’s right: in these early days of grow, the assembly of bulb and plant weight less and less! (click to see more)

I conclude that to create a life is needed mass consumption (taken from environment) and energy. The matter is provided by the environment and the energy, from sun in photoshynthesis. And in its death, the living being returns to the environment this amount of enerma – energy and matter – received.

Is my constant struggle to spread this discovery, so far without much success. Anyway, especially for this reason, I have dealt with theoretical concepts about the fundament ‘life’. And, believe me, it is a complicated matter.

When I started high school, my biology teacher, José Pinto Rosas, on the first day of class, defined ‘life’ in 32 different ways, which caused my admiration not much for his knowledge, but for his extraordinary memory to remember it all. Finally, he ended his listing with a popular Brazilian expression: ‘life is a hole!’.

Without remembering the content of the teacher’s speech, now I know that none of these definitions would be complete. Simply because it is impossible to translate directly in words this invisible ‘spark’ that is life. One can, when much, define it through its properties or effects.

As my students got confused about the concept of ‘life’ and ‘living organism’, to clarify this doubt I always used the interpretation of a masterpiece made more than five hundred years ago and in a time when this type of knowledge did not exist: the ceiling painting of Sistine Chapel executed by Michelangelo.

It is surprising that noticing well, there are ‘impossible’ in there that this genius turned into ‘possible’.

It starts by the image of God. Let’s agree that represent God under any circumstances is impossible. He is the Absolute! But is not didactically nice to see Him – under the painter invention – as a friendly old man, white beared surrounded by angels? Moreover, painting Him on the ceiling of the chapel, where we need to lift our heads to admire it, forcing us to recognize our smallness towards the Creator.

Michelangelo’s brushstrokes went further representing the infinite goodness of God. How? Well, the Creator on the painting leans and humbly stretches his arm to reach  the man. Again the act denounces His greatness and in a certain way, the obvious love for his creature.

Is not the same posture at the time of a couple kiss? Generally one of the characters contributes with the displacement – even minimal – toward the other.

A  love contained within a reciprocal act!

By the painter interpretation, the divine touch is not completed yet and there is a small space between God’s finger and the creature. Here the painter – intuitively or not – introduces another human feeling that is hope. And it is what gives the viewer the certainty that the divine act will be completed.

Finally, the divine intention shows that there will be a transfer. Any child in school understands what God is giving to this man.

And they don’t say an image is worth a thousand words?