Kim Fielding - Black water. Imagem fotográfica sobre superfície iluminada.

Milhões de artigos sobre 100 anos da Semana da Arte Moderna em 0,59″

Antes de escrever sobre os 100 anos da Semana de Arte Moderna digitei a frase no mecanismo de busca do Google. Nove milhões de resultados em 0,59 segundos naquele momento.

Uau!….Imaginem a velocidade e a voracidade de como nossa mente é envolvida pelas informações.

Não quis ser mais uma nesse universo de nove milhões repetindo e analisando a Semana como um evento de arte, sim num prisma de comunicação na web.

Deixei de lado vontade de me transportar há 100 anos e fazer conjeturas sobre o desejo de ruptura daqueles jovens poetas, escritores, artistas rebeldes e incorporei a comunicação no mundo atual e a linguagem da arte como transgressora.

Anita Malfatti, Graça Aranha,  Mário e Oswald de Andrade, Menoti Del Picchia, Vitor Brecheret,Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos,Tácito de Almeida, Di Cavalcanti, Agenor Fernandes Barbosa, estarão sempre entre nós. Num clique no mouse ou toque com o dedo estaremos vivendo e sentido de perto suas ideias, assim como suas obras em jpg, pequenas, grandes, em 360 graus…..

 

Kim Fielding - Bodybag, Imagem fotográfica sobre superfície iluminada
Praia do Flamengo 1938. Brunon Lechoviski

A contemporaneidade na arte me empolga e sua linguagem vinculada ao ‘espírito do tempo’ sempre traz conteúdos novos apesar dos inúmeros resultados na internet sobre um mesmo tema.

“Se o pintor Brunon Bronislaw Lechowsk (1887-1941), nascido em Varsóvia, Polônia, que viveu alguns anos no Paraná, tivesse conhecido a tecnologia virtual teria outra visão em relação aos seus ideais e provavelmente estaria navegando por diversos lugares do mundo com o @.com.

Lechowski era um visionário de sua época e quis mostrar ao mundo que era possível se libertar de um processo social engessado em princípios definidos pelas instituições. Viajou pelo mundo e permaneceu 16 anos no Brasil.

Para realizar seu objetivo de angariar fundos para criar a Casa Internacional do Artista precisou construir um equipamento expositivo para percorrer vários países e dar exemplos: uma tenda que poderia ser armada em praças, jardins e parques servindo de morada durante a viagem e com espaço para suas exposições.

A razão de citar Lechowski neste trabalho sobre o mundo online é de dimensionar as diferenças temporais no comportamento da humanidade. Hoje para o artista plástico o mouse e a tela do computador abrem as portas para um novo espaço. Um espaço em que a máquina e corpo vivem em simbiose, que faz o homem viver num outro nível de consciência, num território livre sem leis e sistemas culturais. Parte da pesquisa sobre internet e arte.

Atualmente as experiências em mídias digitais geralmente transformam artistas em pesquisadores realizando suas criações em laboratórios, impensáveis até tempo atrás. 

Criando em rede, conectado com outros artistas ou outras máquinas, o autor assiste como espectador, observador, ao nascimentos de sua própria arte”, Philadelpho Menezes. Signos Plurais.

 

O modernismo no Brasil propunha a valorização da origem popular de nossa cultura, o desenvolvimento de uma língua essencialmente nacional e a discussão dos conflitos sociais. 

Carnaval - Di Cavalcanti

Flávio de Carvalho foi um dos mais expressivos representantes do modernismo. O artista criou o CAM ( Clube dos Artistas Modernos), em 1932., dirigiu o Teatro de Experiência em pleno Estado Novo, uma época de rigor, censura e arbitrariedade contra os artistas.

Flávio de Carvalho desfilando no centro de São Paulo de saia, 1956

A inquietude dos jovens em 1922 foi sufocada pelo advento do Estado Novo 10 anos depois. Mais uma vez, neste momento da história brasileira a censura esteve presente. Primeiro a corte portuguesa ou igreja se revezaram na função fiscalizadora da produção artística. 

Cenas da vida brasileira. João Câmera - 1975

Na luta dos poderes constituídos pelo controle da arte dos artistas, muitos movimentos surgiram e a produção artística nunca parou na defesa da arte pela arte, da arte como linguagem social, da arte como identidade de um povo. 

A necessidade do livre-pensamento para artistas, filósofos e cientistas, é como o ar que eles respiram. Sem liberdade não vivem e por ela perdem até a vida.  Para chegar até aonde estamos foram necessárias boas doses de rebeldia por parte desse seleto grupo. 

Viva a liberdade na Arte! Viva o mundo virtual!

Todas fotos publicadas neste artigo foram cedidas pela Associação. Todos os direitos reservados.

Música e literatura mudam a vida das crianças do Guarituba

Hoje as famílias vibram em aplausos quando assistem os adolescentes tocando na Orquestra de Cordas da Associação São Roque, ao contrário do que acontecia no início do projeto cultural. Nem iam assistir...

 No início da implantação do projeto cultural (2008) o cenário era outro. Poucos pais iam prestigiar os filhos nas apresentações musicais.

O aprimoramento cultural idealizado pela instituição beneficente não envolveu somente crianças e adolescentes, mas uma comunidade inteira, por empenho, dedicação de músicos, regentes e professores que trabalharam arduamente ao lado dos dirigentes da instituição para construir o que a Associação São Roque é hoje.

 Para as famílias,  as apresentações eram  consideradas apenas mais uma atividade de contraturno  que amparava as crianças enquanto  os pais trabalhavam em busca do sustento e sobrevivência. 

O relato é de Anna Thais Fuck, personalidade forte e determinada , porém de um coração que se agiganta e se emociona ao falar sobre o projeto cultural. Anna foi uma das fundadoras da Associação São Roque junto com o Frei Rui Guido Dapiné, em 1988. A instituição irá celebrar em 19 de março deste ano 34 anos de serviços beneficentes.

 Agora o leitor pergunta: como começou esta história? Guarituba onde fica?

Guarituba  é uma comunidade localizada em Piraquara, cidade próxima a Curitiba. Surgiu há muitos e muitos anos próximo ao Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná porque nele eram atendidos os doentes de hanseníase. As famílias que vinham do interior para tratamento se instalavam ao redor.  

Em histórias duras e tristes – principalmente como essa que envolvia uma doença muito estigmatizada – existem quase sempre uma alma bondosa ou pessoas abnegadas que dão apoio. Foi o caso do Frei Rui Guido Depiné ( 1942- 2020) e as irmãs franciscanas da capelania São Roque. O religiosos ajudaram muito as pessoas doentes e as famílias num tempo difícil, daí surgiu a Associação Beneficente São Roque que angariava fundos para manter o trabalho filantrópico.

foto Associação São Roque todos os direitos reservados
foto Associação São Roque todos os direitos reservados

Quando Anna conheceu o Frei Rui  em 1987 e seu trabalho de apoio a comunidade carente próximo ao hospital  não teve dúvidas, na época, em ajudá-lo a angariar remédios e cestas básicas para as famílias. A Associação foi o segundo passo para consolidar um objetivo que tinha como foco ‘o olhar para o outro’ e a necessidade de amenizar o sofrimento do próximo. A partir daí, foi apenas o tempo de unir mentes brilhantes e com boas ideais para colocar a ‘mão na massa”. 

Foi o tempo de ‘pôr em prática’ a transformação social pela arte, sobretudo com música e literatura.  

Em 2013, pela Lei de Incentivo a Cultura foi elaborado um projeto, no qual envolveria atividades culturais para aprimoramento do espírito de crianças e adolescentes. Depois disso, a instituição não parou mais de mostrar trabalho, um trabalho maravilhoso, sobretudo, amparado na poética artística de quem acredita que é possível mudar o mundo. Para ter certeza do que estamos falando basta visitar o site da Associação São Roque num clique só irá se emocionar com as fotos vídeos e história.  As atividades culturais da instituição beneficiam cerca de  200 crianças, adolescentes e jovens.

Cerca  de  30 crianças, entre 6 e 8 anos, participam da  Musicalização Infantil. São aulas que motivam, sensibilizam e despertam os pequenos artistas para os elementos básicos da Música. Fonte  ASR

Os Coros Gato na Tuba, infantil e juvenil, são formados por 110 cantores, de 8 a 20 anos. Eles desenvolvem repertório bem variado, indo do popular, o rock, a música regional brasileira, aos clássicos da história da Música. Os grupos já realizaram muitos concertos em Curitiba, Piraquara, Antonina, Itajaí, Lapa e Morretes.  Fonte ASR

Grupos de Flauta Doce e os Grupos de Cordas. As atividades são bastante intensas, com ensaios de Canto Coral, aulas de Instrumentos de Cordas, aulas de Flauta Doce, Teoria Musical, Música de Câmara, Pré-vestibular e Estudo Orientado, além de inúmeras apresentações artísticas. Fonte ASR

Gravado ao vivo em 10/11 de dezembro de 2019 no Teatro Bom Jesus (Curitiba/Brasil), como parte do espetáculo “São Roque Aplaude 2019 – Cordel de Natal”, com alunos e professores de literatura e música da Associação Beneficente São Roque. Este show foi uma homenagem ao folclore natalino brasileiro. “Saudades-Rancheira” é a segunda das “Seis Peças Fáceis Para Violão”, do músico ítalo-brasileiro Ernesto Marangoni, conhecido no início do século XX por restaurar, produzir e difundir diversos instrumentos musicais pelo interior do Brasil, sendo também um virtuose do acordeão. Esta obra evoca o ambiente simples e harmonioso do povo caipira, imitando os sons da beira do rio e das contentes serestas ao ar livre, além de ser também didática (pensada para o aprendizado do violão), já que além de construtor e músico, Marangoni era também professor.

Contasonhos visa principalmente o incentivo à leitura, formando leitores de 07 a 11 anos e desenvolvendo habilidades linguísticas. Assim como a literatura infantil o projeto tem três finalidades mais abrangentes: educar, instruir e distrair. A terceira, talvez a mais importante, pois o interesse pelo livro existirá a partir dela, que se deve ao ato de contar histórias. O prazer deve envolver as ideias e os ideais que queremos transmitir à criança. Fonte site ASR

Adora Ser consiste na criação de um espaço único voltado ao público adolescente de 12 a 18 anos, onde ele se sinta encorajado a realizar o autoconhecimento e sanar dúvidas sobre essa fase tão importante da vida. Nos encontros serão abordados os mais diversos temas que envolvem o universo dos adolescentes sempre com o amparo de atividades e materiais artísticos que facilitem a compreensão. Fonte stie ASR

Biblioteca Monteiro Lobato
Em nossa biblioteca temos as mais ricas obras literárias. Os alunos realizam semanalmente o empréstimo de livros, possibilitando assim o acesso ilimitado a literatura.

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“O leite dos sonhos”. Bienal de Veneza 2022

Os italianos não perdem a mania de pincelar com lirismo a vida. "O leite dos sonhos" é o título da 59º edição Bienal de Veneza.

A mostra de arte mais antiga do mundo  foi  programada para acontecer entre 23 de abril e 27 de novembro de 2022,  O artista  alagoano Jonathas de Andrade foi escolhido e é um dos primeiros nomes brasileiros para representar-nos no pavilhão brasileiro da Bienal.  “No comunicado oficial, o artista se disse surpreso e honrado com o convite:  ‘A ideia de representar o Brasil hoje, seja onde for, é antes de tudo um desafio pela responsabilidade diante do quadro de complexidades cruciais que o país enfrenta. Que a arte consiga traduzir o embaraço que é viver nos nossos tempos e que inspire sonhos que permitam desatar esses nós’.  fonte O Globo. 

Como  uma apaixonada por Veneza, sobretudo quando conjuga o verbo poetizar espalhando arte por todos os cantos de seus casarões a vielas memoráveis, celebro a escolha do artista alagoano.  Confesso que sua vídeo instalação, O Peixe,  me impressionou muito quando assisti na Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto.  Gravei trechos e coloquei no meu canal no Youtube e o vídeo foi um dos mais assistidos e controverso. 

A exposição Internacional de arte terá como título  Il latte dei sogni/ The Milk of Dreams ( O leite dos sonhos). A exposição leva o nome de um livro de Leonora Carrington no qual, como explica Cecilia Alemani, «a artista surrealista descreve um mundo mágico em que a vida é constantemente reinventada pelo prisma da imaginação e no qual se permite mudar, transformar, tornar-se diferente de si mesmo. A exposição propõe uma viagem imaginária pela metamorfose dos corpos e definições do humano”.

O título sugestivo nos remete a nossa ancestralidade, a mãe (terra) que alimenta, a nossa capacidade de sonhar, O leite que alimenta os nossos sonhos está contaminado? Essa é a minha interpretação, mas a curadora, Cecilia Alemani, explica que foi um título escolhido de um processo participativo envolvendo os artistas de todos os gêneros. “Desses diálogos – acrescentou o curador – emergiu persistentemente uma série de questões que não só evocam este preciso momento histórico em que a própria sobrevivência da humanidade está ameaçada, mas que resumem muitas outras questões que têm dominado as ciências, as artes e os mitos de nossa Tempo.

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‘O Corpo na Linha de Borda’ tece sensibilidades

Os fios unem em tramas os tecidos, os corpos e expressam identidades. "O Corpo na Linha de Borda" é uma explosão de sensibilidades.

Uma mostra de arte imperdível que poderá ser visitada até 22 de fevereiro, no MuMa (Museu Municipal de Arte de Curitiba). Quando entrar prepare-se para sentir a alma de cada um dos 12 artistas paranaenses que compartilharam o espaço para mostrar que a arte no isolamento da pandemia trouxe para eles vida. Há três anos o projeto começou a germinar e exatamente no período do isolamento social foi executado. “Essa coisa da costura, do bordado vira um mantra”, confessa o artista Rafael Codognoto, que desde criança gostou de objetos e de costura “Achei sempre uma forma interessante de unir pedaços com costura.

Cada artista merece, na verdade, um artigo só deles, tal é a riqueza interior e a proposta criativa de cada um. Na medida que vamos conhecendo-os pela poética que buscam, eles crescem e agigantam-se aos nossos olhos e nos tornamos parte de suas emoções pelas obras expostas.

A ‘nossa’ Efigência Rolim deixa expressa a sua loucura lúcida na obra “A professora”, 2020. Coloquei a propósito ‘nossa’ porque Efigênia é patrimônio do Paraná, um mix de todas as gentes num só espírito. A ‘Rainha do Papel e da Bala’ hoje octagenária sem pudores conta que quando começou sua arte todos a chamavam de louca. “Mas é um pouquinho de loucura que está dentro de mim, eu vou mostrar para as criaturas que a vida é sempre assim”.

E o mais interessante na mostra, é  a apresentação dos artista e da obra em um vídeo de poucos minutos. Esse recurso é feito por intermédio de um QR (código virtuall) que identifica o vídeo no Youtube e você assiste no celular, ali caminhando entre os trabalhos, como se o artista estivesse falando só com você.

O coletivo é composto por Ana Beatriz Artigas, Bernadete Amorim, Claudia Lara, Efigênia Rolim, Giovana Casagrande, Gustavo Caboco, Leila Alberti, Luan Valloto, Luciá Consalter, Marília Diaz, Rafael Codognoto e Verônica Filipak.

“Iniciamos a preparação para este momento, que guarda algo de experiencial e de imprevisível, por meio de encontros sistemáticos, porém orgânicos por um longo período. Também adotamos uma metodologia comum entre artistas, o caderno de artista, alfarrábios de notas individuais, porém desta vez, de alguma forma orquestrados num sistema de comunicação e trocas que combinamos entre nós. Estamos e estaremos em exercício de observação, pesquisa, ação e trocas. Vivemos um momento tão intenso de reformulação: repensar, reavaliar, reimaginar, refletir sobre o que tem funcionado e o que combinamos entre nós,  afirma a curadora Leila Alberti.

 
Rafael Codognoto - 2021. Serpentes Mentais
A professora 2020 - Efigênia Rolim

A instalação Desejo e Saudades, em parceria Leila Alberti e Giovana Casagrande – 2020 e 2021, traz estampado nos bordados sobre uma cama, um leito, numa colcha,  a trajetória de vida das duas artistas. Abaixo as cerâmicas envoltas em tramas e fios que representam a base do trabalho das duas artistas.

“O que te passa em mente esta instalação sobre o leito”, pergunta para mim,  Leila. “A vulva pulsando em vida”, respondi. No entanto, no conceito das artistas,  as imagens no entorno são  parte da trajetória de vida de cada uma delas  e o espaço vazio no meio  com as bordas em renda significam a transposição, a morte. Segundo Leila,  inspirado  na vida de sua mãe que faleceu no período de pandemia, não de Covid, mas cumprindo sua missão terrena, numa  caminhada de 90 e poucos anos  neste planeta azul.

A instalação de Marilia Diaz não é menos instigante. Apresenta diante dos olhos do observador todo universo feminino, na delicadeza dos tecidos com tule, com o vermelho das paixões, do branco da pureza da inocência. A mulher mãe, a mulher que alimenta, a mulher que sonha. “Corpo  Apropriado” é uma instalação com um guarda-roupa de 1920, colagem, crochê, feltragem  sobre roupas de mulheres. Então eu pensei na história das mulheres, das mulheres que eu conheço e escolhi algumas amigas. Elas me deram roupas, roupas brancas e foi como tudo começou”. conta Marilia. “O cordão umbilical é o fio condutor que fala de todas as mulheres (…). Esses processos envolvem as histórias dessas mulheres e também a minha própria história “…..

O que mais empolga o observador,  ao circular pela mostra, naquele imenso salão do MuMa, é perceber que ele apresenta uma hierarquia na trajetória de vida de uma pessoa. As  angústias, alegrias, beleza, feiura que refletem no corpo físico a partir das emoções. “A cura Ancestral”, de Claudia Lara, é parada obrigatória para refletir sobre essa caminhada.

 

 

 

 

Desejos e Saudade - 21/22. Leila Alberti e Giovana Casagrande
Corpo Apropriado 2019 a 2021. Marilia Diaz
Cura Ancestral - 2021

“Cura Ancestral e Código das agulhas, 2021, de Claudia Lara. Estas obras trazem um sentido de reverência ao corpo ancião, através da homenagem feita às avós e bisavós. Dar valor aos saberes e fazeres destas mulheres, que por vezes não sabiam ler ou escrever, mas que na matemática do bordado, do tricô ou do crochê faziam a comunicação da paciência,da criação e do afeto.”,   explica Claudia, que criou a instalação com o  apoio das fiandeiras da Associação  São Roque. Fonte: Facebook

Noturno – 2021. Luciá Consalter. Instalação em tecido e desenhos sobre papel.

Ela me visitou: fios da memória Wapichana. Gustavo Caboco e Lucilene Wapichana. Um projeto de mãe e filho. Uma ideia de diáspora indígena no território brasileiro. Bordado, uma maneira de relacionar as bordas, a ideia de fronteira e a própria ideia de ela me visitou. A ideia de retorno: Paraná - Roraima. Quem é ela? A memória das avós vindo de Roraima ao Paraná. Um trabalho realizado por intermédio das relações familiares através das bordas.
Amostra Social LGBTQIAP+ - 2021. Luan Valloto
Detalhes da cura ancestral
"Durante, 2020/2021 de Bernadete Amorim em exposição no MuMA. Em suas anotações, no percurso do processo de criação, ela levantou questões: o que criamos? Que espaço criamos para criar? Qual conteúdo filosófico e crítico que estaria no fluxo desses pensamentos para a construção das emoções? Pequenos e vigorosos cosmos, em um grande universo, parecem flutuar no espaço expositivo. Artista e pesquisadora extremada nos comove com a potência de sua relação com a arte. Salta aos olhos como uma explosão pulsante de vida." Facebook

Ainda Horizontes ou Corpo do Mundo – 2021. Verônica Filipak

O que me escapa - 2021. Ana Beatriz Artigas.O corpo casa, o dentro e fora, o silencioso e barulhento. As marcas, mapeadas pelas costuras na pele do tecido transparente e aveludado,protegem e demarcam o interno da casa, ou seria do corpo? Ao adentrar na cabana/casa o olhar é conduzido à explorar as entranhas no emaranhado de fios, pulsantes em cores e percepções.