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Louvre ainda é o museu mais visitado do mundo

Entrar pela pirâmide de vidro que dá acesso ao Museu do Louvre, em Paris, na capital francesa, é embarcar numa viagem no tempo por intermédio de obras de artes.Um dia é pouco para desfrutar dos tesouros artísticos reunidos na França, muitos dos quais usurpados de povos que foram derrotados, a maioria pelas guerras napoleônicas, em tempos remotos.

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Portanto, independente da forma como foram conquistadas estas obras estão reunidas em um só espaço expositivo e a humanidade só  tem a agradecer o governo francês pela preservação destes tesouros de valor inestimável e que são testemunhos da história universal.

Exibart publicou:

“O Museu do Louvre, em Paris, França, confirma novamente que foi o museu mais visitado do mundo em 2014. Mais 9 milhões e 300 mil visitantes cruzaram a pirâmide de vidro nos últimos 12 meses, 100 mil a mais do que em 2013.  Segundo o relatório ‘The Global Attractions Attendance Report’.

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Os visitantes estrangeiros foram responsáveis por 70 por cento das vendas de bilhetes e no topo desta lista estão os turistas americanos, chineses, mas também italianos, ingleses e brasileiros. Além da grande atração, a sempre Mona Lisa, a segunda obra mais visitada foi a Vitória Alada de Samotrácia, descoberta recentemente e restaurada graças ao crowdfunding.

Se.gundo fontes oficiais do Museu, mais da metade dos visitantes têm menos de 30 anos de idade.  Estamos na espera da abertura de Abu Dhabi, previsto para 2015?” 

Louvre de Abu Dhabi

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Louvre Abu Dhabi

Louvre Abu Dhabi é um museu que atualmente está em fase de construção em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos. Inicialmente a inauguração estava prevista para 2012-2013, mas atrasos têm levado a prever uma nova data,  2015. Será um dos componentes de um gigantesco bairro cultural que está sendo construído na  ilha de Saadiyat, junto a outros três museus e a um centro de entretenimento.

Em 7 de março de 2007, o Museu do Louvre em Paris, anunciou que associaria o seu nome ao deste novo museu, como parte de um acordo de 30 anos entre a cidade de Abu Dhabi e o governo francês. O museu, desenhado pelo arquiteto francês Jean Nouvel, terá uma área total de 24 000 m² e o custo da construção está estimado entre 832 e 108 milhões de euros.

Está previsto que o espaço exiba obras de arte de todo o mundo, focando principalmente as pontes entre a arte ocidental e a arte oriental; no entanto, é um projeto que tem originado grandes controvérsias no mundo da arte, dado que têm surgido muitas objeções relativamente à legitimidade dos motivos financeiros do Louvre que originaram o acordo. (Texto retirado da Wikepédia

Publicado originalmente no Exibart

 

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Ausência de arte nos subterrâneos da Capadócia dificulta estudos

Ausência de afrescos nas paredes subterrâneas dificultam estudos do local

A ausência total de afrescos, pinturas, esculturas nas paredes das cidades subterrâneas da Capadócia, Turquia, dificulta estudos por parte dos historiadores de arte sobre a origem dos locais. As surpreendentes escavações feitas em tufos vulcânicos, que podem atingir entre oito e nove andares, poderão ter existido como cidade subterrânea durante o cristianismo ou foram criadas como medida de segurança durante a ameaça das invasões árabes na região.
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Estas cidades rupestres, com seus túneis estreitos, suas chaminés de ventilação, as suas salas e corredores, representam pelo que são, sem dúvida, admiráveis obras de arte do mundo antigo.

Estima-se que existam muitas no subsolo da Capadócia, porém as mais conhecidas são as de Kaymakli e de Dreinkuyu, que se encontram entre Nevsehir-Nigde.
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Cristianismo

A ideia de que foram construídas por medida de segurança pela população cristã se baseia no fato de que os árabes não ocupavam o território, apenas pilhavam e incendiavam as cidades conquistadas e depois se retiravam do local. Sendo por isso que a população cristã procurava um refúgio provisório, escondendo-se então nestas cidades.
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Túneis

Os sistemas de encerramento de túneis pelas pesadas mós de pedra deslizantes, os andares comunicando-se entre eles por estreitas passagens, as chaminés de ventilação e os túneis secundários de fuga, revelam uma astuciosa estratégia de defesa em caso de alerta. As salas eram construídas em diferentes dimensões, atelies de produção vinícola, dormitórios, refeitórios, igrejas, em suma, tudo que é necessário para a vida cotidiana.
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Kaymakli

A cidade subterrânea de Kaymakli, que se encontra a 20 quilômetros a Sul de Nevsehir, foi aberta ao público em 1964 e cobre uma superfície de 2,5 quilômetros quadrados, provavelmente com sete ou oito andares. O vasto labirinto possui estábulos no primeiro andar, que coloca a hipótese de existirem outros andares inferiores ainda não desenterrados. A ausência de pintura nas paredes e a falta de expressões artísticas impossibilitam os historiadores de datarem o período de construção.

A Capadócia, localizada na Anatólia Central, na Turquia, é uma das regiões mais antigas do mundo. Em uma de suas cidades, Çatalhöyük, foi encontrado um afresco datado de mais de seis mil anos a.C., reproduzindo num primeiro plano as casas e ao fundo um vulcão expelindo lavas.
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A formação geológica da Capadócia é resultado de duas forças naturais opostas. A primeira é o período de formação devido às erupções constantes dos vulcões da Anatólia Central que bombardeavam a zona de lava, de tufo e de outros elementos vulcânicos recobrindo os arredores. A segunda é o período de destruição causada pela erosão no fim das atividades vulcânicas.

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Um verão na capital da República Tcheca.

Estilo sóbrio e fechado

O estilo sóbrio e fechado das pessoas que vivem em Praga, na capital da República Tcheca, compensa na medida em que o turista começa a sentir a alma da cidade no verão.Praga desabrocha como uma flor e celebra o sol com música por toda a parte. É uma metrópole, não pelo potencial industrial, mas pela diversidade de cultura e de povos que se estabeleceram no local ou estão de passagem.

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Muita música

A agenda de concertos de músicas clássicas e óperas está completa por mais de dois meses nas imponentes igrejas, grande parte barrocas,  e   nos teatros – alguns com arquitetura e decoração da Belle Époque” . O virtuosismo é uma constante nas apresentações. São músicos de Orquestras Sinfônicas e cantores da melhor qualidade artística.

Talentos à parte também encontramos pelas ruas se apresentando popularmente para os caminhantes afoitos. Praga é uma pequena Paris, ainda melhor, com o aconchego de uma cidade pequena.

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Ponte Carlos

Passar pela Ponte de Carlos VI, com suas 30 esculturas barrocas (sacras) é uma experiência interessante, principalmente pela simples razão de o espectador  questionar o porquê  das obras estarem enegrecidas pelo tempo e algumas com teias de aranha. Desleixo ou falta de dinheiro para restauração, não foi possível descobrir.

A resposta com certeza está inserida na sua trajetória histórica. Praga está localizada no leste europeu e fez parte dos países da “cortina de ferro”(1948-1989) e segundo relato dos habitantes, muitos prédios e obras que lembravam a burguesia e o fausto foram abandonados e  quase à ruína.

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No entanto, este aspecto enegrecido de sua arquitetura e algumas obras que pedem limpeza dão um tom kafkaniano à Praga, talvez à propósito. Talvez ao mostrar a paisagem sombria da ponte que dá acesso aos quarteirões, de um lado Mala Strana e de outro o Josefov, bairro Judeu, o turista poderá imaginar a tortura existencial de Franz Kafka, escritor tcheco, quando circulava pelas ruas de sua cidade natal, num inverno rigoroso.

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Kafka  vivia atormentado por temores e crises existenciais  que eram provocadas pela relação neurótica  entre pai dominador e filho sensível e por uma  vida limitada dentro de um  serviço burocrático, situações  que resultaram em uma de suas mais conhecidas obras, “Metamorfose”, pela qual descreve a sensação de se transformar em uma barata.  Sentir  Praga com este olhar é se transportar para o mundo de Kafka. Para quem admira o escritor vale a pena visitar o Museu que mantém documentos e a história dele.

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Mas a Praga atual oferece ao visitante também a possibilidade de ampliar o olhar para enfoque mais alegre e mundano. Para isto  basta aproveitar a diversidade de eventos musicais e desfrutar de todos os pontos turísticos que fazem a história da cidade.  Torre Astronômica (Orloj), um prédio com um enorme relógio que foi construído em 1410. É o terceiro relógio astronômico  mais antigo do mundo e o único que ainda funciona. Mais dicas sobre os diversos podem ser achadas na internet em sites. Mais fotos de Praga no mariweigert.blogspot.com

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Espiritualidade e luz na pauta das bienais

Duas grandes bienais, a de Veneza em 2013, e a Bienal de São Paulo em 2014, colocaram em cena obras com conceitos que fazem o observador refletir sobre espiritualidade e religião. A Luz do Mundo será o tema da Bienal Internacional de Curitiba, em 2015. Coincidência? Certamente que não é.

É a visão crítica de um tempo de contrastes em que o homem se desconstrói pelo consumo e pela individualidade e na mesma medida, busca entender o porquê da sua existência. Essa foi a curadoria geral da Bienal de Veneza de 2013, proposta pelo italiano Massimiliano Gioni.  A ideia era ir mais à frente na questão, muito mais do que reunir artistas com seus impulsos criativos, segundo ele.

Para Gioni foi mais importante se perguntar naquele momento “qual é o mundo dos artistas?”. Com este foco se inspirou no sonho do americano  Marino Auriti, de criar um local que reunisse o saber do mundo. Com essa premissa, o Palácio Enciclopédico – abriu espaço para mostrar o Livro Vermelho, de Carl Gustav Jung, o psicanalista suíço que procurou desvendar os mistérios da mente e criou o conceito do inconsciente coletivo.IMG_20151110_154203