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O amor é uma escada quebrada

 

Por Erol Anar / O amor é uma escada quebrada que subimos através de muito esforço e depois de muito cansados, chegamos ao topo. Lá há um porto fechado, nossos portos estão fechados para amores, para amigos e para os outros e até para nós mesmos.

 

Eu subi até você por uma escada quebrada,
mas lá todas as portas estavam fechadas
para o amor, o tempo e a vida…
Parecia uma matruska,
você estava escondida dentro de você mesma…
Mas eu sou uma pessoa
que aprende enquanto perde,
E que quando erra tenta de novo,
que lembra enquanto esquece,
que quando vai para longe
ao mesmo tempo fica mais perto…
Eu sou um viajante que ainda não sabe seus segredos
e me movo continuamente, no caos que existe dentro de mim…[1]

 

Depois eu estava tirando escadas quebradas existentes dentro de mim e joguei-as fora. Encontrei uma escada rumando para o infinito e subi em direção ao meu próprio eu. Subia agitado como um escalador indo para o topo da montanha mais alta do mundo. Queria ficar totalmente na liberdade e abrir todas as minhas portas ao final daquelas longas escadas.

 

Eu me esqueci de você pelos caminhos distantes
E por lá me lembrei de mim …

[1] Próprio autor.

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‘É bonita por natureza e abençoada por Deus’

 

Natal, como na música “País Tropical”, Jorge Ben, é bonita por natureza e abençoada por Deus.

O roteiro de férias em Natal, capital do Rio Grande do Norte, para quem deseja aproveitar o clima tropical brasileiro em praias de águas mornas e areias brancas é garantido até em julho, quando a temperatura cai para 23 graus e as chuvas são abundantes.

“É uma chuva de nuvem que já passa”, dizem os moradores para acalmar turistas em aflição.

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Quilômetros de praia

Ponta Negra e o Morro do Careca são os pontos turísticos mais procurados na parte urbana. Além disso, Natal oferece muitas opções de passeios nos arredores, Genipabu, Tabatinga, Pipa, Lagoas de Arituba, Carcará, Pintagui, entre outras.

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O bairro de Ponta Negra  é bem servido de hotéis e pousadas torna-se o ponto de partida para iniciar roteiros turísticos que são feitos de buggy (carro com tração nas rodas que anda nas dunas) ou micro-ônibus.

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Ponta Negra

Para quem se instala em Ponta Negra vale dar uma volta na ex-vila de pescadores para desfrutar do clima interiorano e conhecer a minúscula igreja que se destaca no meio da vila. O padre da Igreja de São João Batista celebra missas todos os dias, de segunda à sexta, logo depois que o sol nasce, às 6 da manhã, e nos fins de semana, além da manhã também no fim da tarde.

Outras religiões convivem harmonicamente na pequena comunidade sem problemas para quem deseja aprimorar o espírito, como evangélicas e centros espíritas.

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Esbanjando simpatia

O jeito acolhedor desse povo sorridente é possível se certificar no comércio, nas feirinhas de artesanato e até no largo sorriso, que se abre numa boca de poucos dentes, daquele homem simples que trabalha na coleta de lixo.46893_488696257846069_1709984873_n

Os vendedores ambulantes na praia são inúmeros e passam e repassam num desfile sem fim, na frente dos turistas refestelados em seus guarda-sois.579721_488693164513045_94104765_n

Assim é praia de Ponta Negra que pode assustar comportados turistas europeus, mas atraí o brasileiro que se perde em meio a este comércio inusitado feito quase dentro do mar.

O colorido das cangas, saídas de banho, biquínis, chapéus, toalhas bordadas, jogadas nos ombros dos vendedores ou carregadas em carrinhos improvisados são um espetáculo à parte.

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Sem contar a venda informal de comida, crepes, espetinhos, tapioca, caipiras, vendedores de coco, cerveja e água. Apreciar este desfile sem fim, que não é de carnaval, e resistir ao desejo de consumir, já vale a ida até a praia.

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Outra atração interessante é a Feira do Alecrim. Esta entre as mais antigas feiras do nordeste. É realizada todos os sábados pela manhã no bairro do Alecrim (local de muitos estabelecimentos comerciais) e por ser original, sugere  um bom tema para fotos inesquecíveis.

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Percorrê-la é como se sentir passeando em feiras antigas, em tempo do Brasil Colônia, em que tudo era vendido. Frutas suculentas e coloridas, carnes de sol, e animais vivos, bode, galinhas, caranguejos, manteiga, tapioca, tudo junto misturado.

Olhar Crítico

Natal é uma cidade bucólica vista da beira da praia, mas como toda cidade brasileira sofre o descaso de maus governos.

O povo que vive nela está acostumado com a sua cidade que é bonita por natureza e abençoada por Deus, mas não a protege como devia. É muito lixo na praia jogado fora do latão e hotéis que fazem do mar a descarga de seu esgoto. É uma pena que os órgãos que deveriam fiscalizar fecham os olhos para esta questão.

Por enquanto, a beleza natural e o pouco dos esforços ainda são suficientes para que a cidade mantenha um bom fluxo de turistas. Mas até quando? Que tal natalense pensar mais e assiduamente na proteção de sua casa!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É uma cidade essencialmente turística com seu mar azul e areia morna e branca para

 

A cidade tem ar de província e os recursos de uma capital brasileira, até com congestionamento no trânsito. As praias que circundam a cidade são areia branca, fina, macia, e o mar azul transparente. As lagoas que se localizam em locais mais distantes completam

O inverno se configura com a chuva apenas pois a temperatura, apesar de mais amena,  não muda tanto ao ponto de fazer o turista desistir da praia. Até banhos de mar é possível arriscar em pleno inverno, em julho, entre um chuva e outra, “aquela de nuvem”. É comum o morador dizer: é chuva de nuvem, já vai passar.

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Broken stairs

I went up until you for broken stairs,

but all the doors were closed for the love,
the time and the life…
Matruska seemed one,
you were hidden inside of same you…
But I am a person that he learns while loses,
That when makes mistake tries of new,
that he remembers while forgets,
that when goes for far at the same time he is more close…
I am a traveller who not yet knows its secrets
and I move myself continuously,

in the chaos that exists inside of me…

Of the book “the Love already Finished” of Erol Anar
drawing by g.d. eksioglu

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A dona de casa…

 

A dona-de-casa

Lavava

Cozinhava

 Dobrava

Costurava

Chuleava

Na cozinha, no quarto, no banheiro, na sala

Ininterruptamente trabalhava…

Cuidava das crianças muito bem

Mesmo que estivesse de cansaço estraçalhada

Dava um show de palhaçada

Esperando no fim de tantos esforços Hercúleos

 Dos  pequenos receber uma boa abraçada…

Dedicada também era ao marido

Fazia as comidas que gostava

Remendava cada meia que vinha furada

Arrumava a papelada que este deixava sempre alvoroçada

Tarde da noite, acordada o esperava…

A casa estava sempre a postos para ser por ela arrumada

Coisas não faltavam para deixá-la até o talo atarefada

Procurava ser sempre muito organizada

Para não se deixar soterrar pela bagunçada…

Era chamada de a rainha do lar!

Por vezes de tão exasperada queria deste abdicar

Mas sua paciência de Jó lhe dizia:

“Calma dona-de-casa

Depois da tormenta sempre vem a calmaria!”

E tudo continuava em alto som de gritaria…

E assim ela ia

Exercitando-se na sua domiciliar academia

Todo o dia era uma nova maratona

A casa tinha perfume de azeitona

A dona-de-casa às vezes era apelidada de mandona

Sonhava em passar umas boas férias em Barcelona

Ou dormir por um mês sem interrupção

Na mais confortável poltrona…

Agora vamos deixar a dona-de-casa descansar

Não devemos a paciência dela abusar

Pode se enfezar

E o ferro de passar na nossa cabeça arremessar

Não dá para esperar que esta mulher

Que faz das tripas coração

Tenha tamanho sangue de barata, afinal,

Já perdera a conta das tantas milhares de vezes que descascara uma batata…

Não importava o quando se esforçava

Não precisava de nada

Para a casa ficar tudo de novo de sujeita impregnada

Deixando-a desesperada

Tentada a bater em retirada

Quando se via por aquela avalanche de balbúrdia entrincheirada…

Sua lista de coisas a fazer tinha

Desde regar as plantas até traça com veneno liquefazer

Se tinha momentos de lazer?

Bom, é melhor esta pergunta nem à tona trazer!

Caso contrário ela lhe rogará uma praga de maldizer

A coitada estava com o esqueleto a apodrecer

Depois de trabalhar tanto

Da alvorada do dia até a escuridão do anoitecer…

Esta mulher era um fortaleza de paciência e bravura

Tinha na essência muita candura

Mas quando estava com a coluna de exaustão dura

Perdia a brandura

Deixava quem viesse lhe atazanar a mente

Enrolado em atadura…

É pedir demais manter a candura

Após um dia de tanta agrura

A coitada tem todos os motivos mesmo para perder a compostura

Esperando at eternum para ela

A abolição da escravatura!

(Arte de Sally Edelstein)