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Livro sobre as estações e a influência no organismo

“Estudos das Estações Frio-Calor” é o quarto livro de Geralda Henriqueta Nadyr Carniel sobre a Medicina Chinesa escrito numa linguagem fácil, para leigos entenderem como o movimento das estações influência na saúde do homem. O lançamento será no dia 11 de junho, no Memorial de Curitiba.

Para o dia do lançamento, Geralda convidou o grupo Espaçonautas – teatro e circo – para contar de forma simples e didática, sobretudo poética os conceitos de sua terapia Frio-Calor, para que as pessoas possam aprender e fazer o auto cuidado, cura pessoal, amor e atenção ao planeta Terra e a todos os seres que nele habitam.

O corpo funciona como um radar sempre conectado aos movimentos da primavera, verão, outono e inverno, mais a canícula que, na medicina chinesa, é a passagem entre uma e outra. “As estações são os livros do Universo”, garante ela. “Esses livros são mutáveis porque o nascimento sem fim do Universo, aparentemente igual a cada ano e cada dia, segue a rota estabelecida pelo Tao, (Deus).

O movimento é como um quebra-cabeça e o segredo da boa saúde é descobrir quais as peças chaves para manter o equilíbrio.  Para descobrir as peças-chaves desse jogo, essa senhorinha de 81 anos tem dedicado quase 30 anos de sua vida  em estudos e tratamentos para entender como funciona a combinação entre o homem, equilíbrio da saúde, conectada ao ritmo das estações.

É quase uma brincadeira, bela e ritmada. A primavera rege o fígado e a vesícula, seu sabor é amargo e o elemento madeira, verde. Da madeira nasce o fogo, que é o verão, no qual o coração está em evidencia, do fogo surge o metal, que representa o outono, rege os pulmões. O inverno é água, a estação mais Yin e na qual devemos cuidar dos rins.

Estudando o equilíbrio Yin e do Yang – Frio e Calor e os princípios que os taoistas já sabiam há mais de cinco mil anos e que hoje é base para muitos tratamentos, sobretudo a acupuntura, Geralda desenvolveu uma terapia simples, a base de compressas quentes, frias, bolsa de água quente, sal e o toque nos pontos afetados. Centenas de pessoas passaram pelo Centro de Equilíbrio de Energia em Curitiba e conseguiram melhorar de seus males.

CIMG0263Para quem não conhece Geralda Nadyr Henriqueta Carniel,o PanHoramarte apresenta aos leitores nesse artigo. A terapia Frio-Calor  é simples e eficaz, seu tratamento é o movimento do esquenta e esfria com bolsas e panos, tonifica e relaxa, diversas partes do corpo adoecido. Sempre com o toque nos pontos doloridos e a supervisão de Geralda.

As recomendações parecem saídas do outro mundo, na quais se referem aos olhos excessivamente vermelhos para dizer que  o fígado está cheio.

– Cheio do que? – ” De calor perverso”, responde rapidamente ela. “O teu corpo está úmido, vertendo água. Friagem. Precisa de escalda-pé”, recomenda.

Parece o diálogo do impossível, mas é a oitava maravilha do mundo para mandar embora a dor e se sentir novinho em folha.

Por várias vezes acompanhei e divulguei Geralda nos seus tratamentos e também experimentei as terapias, assessorei os lançamentos de seus livros. Todos esses anos ela incansavelmente  ensina e aplica a terapia Frio-Calor com bons resultados, e registrados nas velhas fichas catalogadas no  Centro de Equilíbrio de Energia, o local em que desenvolve o trabalho, em Curitiba.

Todas a vezes me surpreendia com sua vivacidade.  Simples e singela não tinha pudores, em entrevistas na TV  ou para jornais, em dado momento, abrir a bolsa, tirar uma toalhinha branca,  a bolsa de água quente de borracha (aquela antiga e de cor laranja), e dar uma ideia de como realizava o trabalho. Sem se intimidar com as câmeras, certa vez, fez do apresentador seu paciente.

DSC00906Geralda é uma das poucas pessoas que adotou a humanidade no seu projeto de vida. Nasceu gaúcha e viveu no Paraná parte de sua vida. Formada em Farmácia, foi freira e ajudou a construir uma instituição de caridade em Santa Catarina.

Aos interessados em ler e aprender  sobre a mais simples versão da medicina chinesa, nos moldes brasileiros,  poderá entrar em contato com o CEE, ou participar do lançamento.

Lançamento do livro  “Estudos das Estações Frio-Calor”, de Geralda Nadyr Henriqueta Carniel.

Local: Memorial de Curitiba, no Paraná

Data: 11 de junho

Horário: 15:30

Endereço:R. Dr. Claudino dos Santos, 79 – São Francisco, Curitiba, Paraná.

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Mil faces da escravidão

A escravidão tem mil faces, sim. Não é apenas algo que se possa visualizar como imagem física de uma pessoa acorrentada, ou submetida a um trabalho árduo sem direitos, em cativeiro.

Existe formas mais sutis de escravidão, invisíveis, que tiram a liberdade das pessoas, sem que elas se sintam de fato acorrentadas. A mente é capaz de escravizar o homem pelos tormentos, medos e manias.  Portanto, ela está oculta por outro rótulo. Muitas vezes, é provocada pela própria pessoa, ou por manipulação do meio social.

Logo, a escravidão tem mil faces.

Grande parte da sociedade é conduzida a consumir produtos  que incorporam aos hábitos diários, como os vícios, bebidas, cigarros, drogas, medicamentos. No caso dos chamados vícios, as pessoas que induzem o outro ao vício são indiretamente o opressor, o feitor. Digam que não é verdade!

Estados psicológicos como os medos e fobias nos escravizam a tal ponto que nos tornamos dependentes de medicamentos para nos entregarmos inteiramente à indústria farmacêutica.

A palavra escravo é definida pelo dicionário Aurélio como “que ou aquele que está inteiramente sujeito a outrem, ou a alguma coisa – um que ou aquele que está sujeito a um senhor, como propriedade dele”.

Atentem para o detalhe: “sujeito a outrem ou a alguma coisa“. Aí que mora o grande perigo e prova que  podemos, indiretamente, nós próprios colocarmos correntes que nos tiram a liberdade em função de um sistema político, de usos e costumes, de fatores religioso, de conceitos morais ou culturais.

A liberdade, neste caso, somente pode ser conquistada com um espírito crítico aguçado e força de vontade, condições capazes de nos dar a segurança para afastar de nossas vidas os grilhões da dependência e de todas as situações que dissimulam uma finalidade  de escravização.

A busca pela liberdade exige um minucioso trabalho de observação, isso porque a  nossa liberdade termina onde começa a liberdade do outro. A forma como interpretamos o processo de liberdade é fundamental para “estabelecer” o que deve ser  o verdadeiro código de ética e de direitos humanos.

Curiosamente, o livro  1822, de Laurentino Gomes,  compara a postura em relação à escravidão do patriarca brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva com a do americano Thomas Jefferson. O conceito de liberdade de Thomas Jefferson quando escreveu a declaração de independência americana – pela qual “todos os homens nascem iguais”e com direitos que incluíam a liberdade, era totalmente oposta a de Bonifácio. “Tomas Jefferson bateu-se até o fim da vida contra qualquer proposta de abolição da escravatura. Jefferson era dono de 150 escravos e tinha entre suas principais atividades o tráfico negreiro. No seu entender, portanto, todos os homens nasciam livres e com direitos, desde que fossem brancos. Bonifácio, ao contrário, nunca teve escravos e era um abolicionista convicto”.

Portanto, a escravidão é um sistema tão antigo, arcaico, que deveria estar obsoleto e ultrapassado. Infelizmente, no entanto, de alguma forma, dissimulada ou não, a escravidão está presente a todo momento na sociedade moderna…..

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As dez pinturas roubadas ou perdidas mais procuradas no mundo

Art Loss Register, o maior banco de dados privado de pinturas perdidas e roubadas, compilou uma lista das dez mais procuradas obras de arte do mundo.

O fato ganhou notícia pela recente descoberta de um suposto Caravaggio em um sótão em Toulouse, França, uma versão da famosa pintura ‘Judih e Holofernes’, desaparecida há mais de 150 anos e cujo valor é de 120 milhões de euros.

Publicação original The Telegraph e Exibart

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1. Lucian Freud, “Francis Bacon”

(desapareceu em 1988, tem uma recompensa 167 mil euros para quem achar).
O trabalho foi, provavelmente, tirada da Neue Nationalgalerie em Berlim por um admirador de Bacon ou talvez por um estudante: no momento do roubo, o museu estava cheio de crianças em uma atividade escolar.
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2. Rembrandt, “A tempestade no Mar da Galiléia”

(desapareceu em 1990 e tem uma recompensa de 4 milhões de euros).
É uma das 13 obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston. Depois de mais de vinte anos, o FBI ainda está investigando esse roubo de arte incrível e fornece milhões de dólares a quem fornecer informações importantes.

3. Picasso, “Le pigeon aux petits pois”

(desapareceu em 2010, recompensa não especificada). Roubado junto com outras cinco obras do Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris. Depois de descobrir sua identidade e em pânico, o ladrão jogou a pintura no lixo, foi o que declarou à polícia.O último leilão da pintura foi estimado 25 milhões de euros.
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4. Picasso, “Arlequim” Head (desapareceu em 2012, recompensa não especificada).

Este trabalho realizado em 1917 e foi roubada do museu Kunsthal em Roterdão. A pintura foi provavelmente queimada por um dos suspeitos em uma tentativa de se livrar dos bens roubados.
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5. Jan Van Eyck, “O justo juízes do Altarpiece de Ghent”

(desapareceu em 1934, recompensa não especificada).
A pintura era parte do altar da Catedral de Saint Bavo, em Ghent, Bélgica. A obra foi removida durante a noite e logo depois foi requisitado um resgate para o bispo da cidade, que ele se recusou a pagar. O ladrão no leito de morte deixou claro que ele nunca iria revelar onde estava a pintura e levou com ele o segredo para o túmulo.
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6. Cézanne, “Vista de Auvers-sur-Oise” (desapareceu no ano 2000, recompensa não especificada).

Enquanto os cidadãos de Oxford estavam comemorando a chegada do novo milênio, um criminoso entrou no Museu Ashmolean e roubou a pintura. A pintura nunca mais foi vista de novo.
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7. Raphael, “Retrato de um homem novo” (desapareceu em 1945, recompensa não especificada).

Ele foi apreendido pela Gestapo para decorar a residência de Berlim de Hitler. Em 1945, um nazista, oficial de Hans Frank, retirou-a da coleção do Führer e desde então a pintura nunca mais foi vista.
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8. Caravaggio “Natividade com Saint Lawrence e Francisco de Assis” (que desapareceu em 1969, recompensa não especificada).

Foi roubado, provavelmente nas mãos da Máfia, o Oratório de San Lorenzo, em Palermo. Recentemente, um arrependido, disse que a pintura foi queimada na década de oitenta.
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9. Van Gogh, “Congregação Deixando a Igreja Reformada na Nuene” (que desapareceu em 2002, uma recompensa de 2 milhões de euros).

Dois homens entraram no Vincent Van Gogh Museum em Amesterdam através do telhado e roubaram duas obras do famoso pintor holandês. Embora a polícia tenha prendido os ladrões um ano depois, as pinturas não foram recuperadas.
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10. Vermeer, “The Concert” (desapareceu em 1990, a recompensa é de 4 milhões de euros).

Essa pintura estava entre as que foram roubadas no Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston. Estimada em 164 milhões de euros, foi a obra de maior valor roubada na história.

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A estética da imagem do homem, o barco e a água

A imagem do homem em seu barco, no mar, rio ou lago, é pura arte.

O conjunto estético foi e continuará sendo fonte de inspiração para artistas e escritores. “Mar Morto”, de Jorge Amado, é um dos livros que destaca a relação do homem com o mar e suas artimanhas. Ernest Hemingway em O Velho e o Mar explora o tema e envolve o leitor com a trama do velho pescador Santiago e um peixe gigante.

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Baudelaire

É o poeta, crítico e escritor francês, Charles Baudelaire, no século XIX, que desenvolve uma poética sobre este fascínio. No lirismo de suas rimas certamente feitas contemplando a imensidão do mar, o poeta  demonstra sua paixão:(…)”Vós sois, ambos os dois, discretos tenebrosos;Homem, ninguém sondou teus negros paroxismos, Ó mar, ninguém conhece os teus fundos abismos; Os segredos guardais, avaros, receosos!(…)”(O Homem e o Mar – As flores do mal).

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Sobretudo, é na arte pictórica em que a beleza estética da imagem do homem,barco e a água é exaltada. Impressionistas como Claude Monet, Edouard Manet, Edgar Degas não economizaram nas cores de suas paletas para dar luz às inspirações e representar bucólicas paisagens marítimas ou em rios com embarcações ao vento.

Olhar crítico

A professora de Estética nos meios de Comunicação, Cristina Costa, no seu livro Questões de Arte,  escreve sobre o prazer do belo e cita uma frase de Mikel Dufrenne, filósofo francês: “Mas o que é, então, o Belo? Não é uma ideia ou um modelo. É uma qualidade presente em certos objetos – sempre singulares – que nos são dados à percepção”.

Ao final, a imagem do homem em seu barco inserida num mar azul ou em um lago, rio de águas tranquilas, no entardecer,  é plena de significados e extraordinariamente  bela. A professora de crítica de arte da Sapienza Universidade de Roma, Maria Letizia Proieti, fala sobre o belo segundo Freud e explica que o belo se aproxima do “não sabido”.  ‘Non lo so che’. Traduzindo em miúdos: a pessoa pode se deparar todos os dias com uma imagem, o entardecer, o homem e o mar, e nunca fazer caso disso. Porém, tem um momento em que se evidencia e a imagem  desperta a atenção e “vem ao seu encontro como se estivesse marcado hora”. Assim é o artista, o poeta, o escritor delineando suas inspirações. Sem dúvida o homem e o mar despertaram mim o “não sabido”.