Tesouros artísticos devolvidos à Itália
Um grande museu dinamarquês, o Ny Carlsberg Glyptotek, concordou em restituir à Itália cerca de 500 peças antigas adquiridas na década de 70. As relíquias históricas foram descobertas em escavações ilegais e retiradas clandestinamente do território italiano.

O Ny Carlsberg Glyptotek, localizado em Copenhague, capital da Dinamarca, detém a maior coleção de antiguidades do norte da Europa. O acordo entre os dois países foi histórico e está em negociação desde 2012. Serão devolvidas peças do século VIII aC. – uma carruagem bronze, escudo, armas, queimadores de incenso, talheres, encontradas na tumba de um príncipe etrusco, entre outros objetos arqueológicos. As peças deverão ser entregues entre dezembro até o final de 2017.
Fara in Sabine
Acredita-se que os objetos poderiam pertencer a necrópole Sabine em Colle del Forno, perto de Roma, assim como podem ser enviados para o Museu Cívico Arqueológico de Fara in Sabine.
Um comunicado emitido pela Glyptotek reconheceu que “as investigações têm mostrado que os objetos tinham sido descobertos em escavações ilegais na Itália e exportado sem licença”. As 500 peças, segundo a imprensa dinamarquesa, foram negociados por um especialista em arte antiga, Robert Hecht, julgado pelos tribunais italianos em 2005, por conspirar em receber antiguidades ilegalmente retiradas da Itália. O caso terminou sem veredito em 2012, depois que o estatuto de limitações expirou. Ele morreu poucas semanas depois da decisão, com 92 anos.
Glyptotek
O diretor do Glyptotek, Flemming Friborg, confirmou que os objetos a serem restituídos foram “adquiridos principalmente” de Hecht, que “naquele tempo era considerado um indivíduo respeitável”. Frigorb reconhece que as aquisições não deveriam ser feitas. “O que a princípio parecia que iria se transformar num impasse político legal, agora, através de um diálogo acadêmico intenso foi transformado em um acordo poderoso e visionário”.
Em troca da restituição há muito aguardada, o ministério italiano de cultura se comprometeu a emprestar peças significativas para o museu dinamarquês, em itinerância contínua. O Glyptotek também irá colaborar mais estreitamente com as instituições italianas em pesquisa e exposições.
Olhar Crítico
O mundo da arte é também uma ‘briga de foice’ como diz o ditado popular. A Itália foi buscar seus direitos com razão, mas os próprios italianos também já foram obrigados a devolver obras retiradas ilegalmente de outros países. Num giro na internet foi possível descobrir duas apropriações indevidas da Itália, uma Líbia e outra do Paquistão. Líbia recuperou a Vênus de Sirene e o Pasquitão, 96 objetos em terracota.
Se assim fosse na América do Sul tão saqueada em suas relíquias históricas, como os tesouros Incas e muitos outros mais, pelos europeus conquistadores. O acordo, sem dúvida, abre um precedente judicial nas vendas clandestinas de obras arte, que muitas vezes chegam aos museus. Basta visitar o Louvre, na França, ou o Museu Britânico, em Londres, para ver a infinidade de peças antigas retiradas do seu lugar de origem. Será que foram todas legalmente?
Fonte: The Art Newspaper




Mas o mais paradoxal dessa história, é que os artistas, para permanecerem fiéis à promessa declarada pelo milionário, enviaram a conta da realização da obra (15 mil dólares) ao presidente do México Enrique Peña Nieto, indicando come endereço para pagamento a Torre Trump. O surreal nessa iniciativa é que a obra foi realizada num terreno privado com o pleno consentimento do proprietário, um rico empreendedor republicano, que entende que a obra irá beneficiar o local e trazer turistas e visitas à região. O empreendedor votará em Trump e declarou ser um tipo pragmático.
O mesmo coletivo artístico, em fevereiro, começou a hostilizar Trump, que é conhecido pela sua campanha racista, sexista e agressiva nos confrontos com as minorias sociais, imitou o ônibus utilizado pelo candidato em sua campanha, reconstruindo um outro com as mesmas cores, mas ao invés do slong, ‘Faça a América Grande de Novo’, eles modificaram sem a alterar a coloração e a gráfica original, simplesmente substituindo a palavra América por Ponche de Frutas. E ainda não contentes com o resultado, a dupla levou a obra aos comícios de Trump, permitindo que os fãs do candidato, que não sabiam da brincadeira tirassem fotos junto ao ônibus.

