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Trajetória dos jogos: da Grécia antiga aos dias de hoje

O mundo inteiro passa a olhar com mais atenção para cenário mágico do Cristo Redentor e a paisagem luxuriante do Rio de Janeiro em época dos Jogos Olímpicos 2016. Mesmo com todas a feridas sociais que não recebem o devido tratamento dos governos e políticos que representam a cidade maravilhosa, a beleza do Rio é indiscutível e que nesse momento de celebração desportista predomine a poesia de sua história!

Esse é um momento para torcer e vibrar em cada vitória conquistada por atletas de diversos países representados nas 42 modalidades. As melhores energias para Brasil, anfitrião desse edição competitiva que começou 776 a.C, em Olímpia, na antiga Grécia.

Nesses 19 dias atletas estarão tentando se superar nas 306 provas que valem medalhas, 136 femininas, 161 masculinas e nove mistas.

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foto internet – via www.joseferreira.com.br

Muita história de 776 a. C, em Olímpia,  até os dias de hoje. Inicialmente era uma manifestação local da cidade grega, na qual se disputava apenas uma corrida chamada Station. Sucessivamente foi acrescentado o boxe, a luta e o pentatlo. Aos poucos os jogos se transformaram num evento importante para a Grécia antiga, alcançando o auge nos séculos V e VI a. C.  O número de competições cresceu para vinte e as celebrações se estendiam para mais dias. Era também um iniciativa religiosa dedicada a Zeus. Os vencedores eram admirados e imortalizados.

Quando a Grécia estava em guerra os jogos olímpicos eram suspensos e essa trégua era denominada “Trégua Olímpica Ekecheiria. Os jogos aconteciam a cada quatro anos e os gregos usavam as Olimpíadas como um método de contagem dos anos.

A participação era reservada para os gregos livres ou àqueles que tinham antepassados gregos. Como era necessário uma dedicação muito exclusiva para a formação de um atleta, significava que apenas os membros das classes mais ricas tinham condições de competir. Os jogos gradualmente perderam a importância na Grécia a partir do aumento do poder romano.

Quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, os Jogos Olímpicos eram vistos como uma festa pagã e em 393 d.C, o imperador Teodósio I  proibiu a realização do evento, colocando um ponto final em uma história de quase mil anos.

Os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna começaram em 1896, em Atenas, na Grécia, no mesmo local de nascimento, na antiguidade. Aí foi formado o Comitê Olímpico Internacional (CIO) para organizar o evento, sob a presidência do grego Demetrius Vikelas.

A primeira competição da era moderna foi um sucesso. Com quase 250 participantes, a iniciativa se transformou no maior evento esportivo internacional da época. A Grécia queria tornar-se sede permanente dos jogos olímpicos, mas o Comitê decidiu que as Olimpíadas seriam organizadas a cada vez em uma nação diferente. A segunda Olimpíada foi em Paris, na França.Depois do sucesso das edições iniciais, as Olimpíadas atravessaram um período de crise. Duas seguidas, de 1900 em Paris e de 1904 em Saint Louis foram organizadas com a ajuda das Exposições Universais que se realizavam naqueles anos nas duas cidades.Em 1906, para celebrar o décimo aniversário da primeira Olimpíada moderna, o CIO organizou em Atenas o evento. Houve uma ampla participação internacional e grande interesse público, que contribuiu para crescer a popularidade da competição esportiva. Em 1916, os jogos foram cancelados por causa da primeira guerra e a mesma coisa ocorre de 1940 a 1944. Além disso, os vencedores da primeira guerra impediram as nações derrotadas de participarem dos jogos em 1920.  Desde 1992, o COI, em cada Olimpíada, pede oficialmente à comunidade internacional (com o apoio da ONU) para observar a Trégua Olímpica.

 

 

 

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Olimpíada- Rio 2016 divide artistas

Artistas estão divididos sobre a importância ou não das Olimpíadas serem realizadas no Brasil, um país em plena crise econômica, com uma presidente destituída de seu cargo e com uma epidemia de Zica vírus ameaçando a saúde de turistas e atletas.
Sites internacionais comentam o assunto e revelam que essa situação incerta também se reflete nas reações de artistas do Brasil e do exterior, que saíram ambos em apoio e contra os jogos.
 
“É lamentável que a realização dos Jogos Olímpicos seja num momento tão crítico para o país”, disse Adriana Varejão, um artista brasileira  que fez as paredes exteriores do Estádio Aquático Rio 2016 – “Celacanto provoca maremoto”. 
Falando ao The Art Newspaper, em junho, Varejão disse que ainda há “um lado positivo” para o evento. “Os atletas estão vindo de todo o mundo para isso, e eu quero recebê-los na minha cidade com este trabalho.
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foto internet – site http://www.newyorkstepbystep.com/
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O artista japonês Mariko Mori também está otimista. “Eu acredito que a arte poderia abraçar o lado positivo e a força criativa na construção de um futuro brilhante.” Sua instalação, um anel suspenso acima de uma cachoeira, pouco mais de uma hora de carro do Rio de Janeiro, muda de cor do ouro para azul.

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Foto internet, site opovo.com
Contramão
Na contramão, alguns críticos resolveram montar uma exposição com obras de diversos artistas que mostram o quanto o Rio de Janeiro sofreu para hospedar o evento.
“Permanências e Destruições”, organizada por João Paulo Quintella é um projeto de arte que ocupa os espaços urbanos abandonados da cidade. Uma das instalações aproveita uma torre abandonada que foi projetada por Oscar Niemeyer.
(From L) Spanish actress Adriana Ugarte, Spanish director Pedro Almodovar and Spanish actress Emma Suarez pose as they arrive on May 17, 2016 for the screening of the film "Julieta" at the 69th Cannes Film Festival in Cannes, southern France.  / AFP PHOTO / Valery HACHE

História de Julieta seria banal se não fosse Almodóvar

 

Foto internet via Huffingtonpost

A história de Julieta seria banal se não fosse contada pela cineasta Pedro Almodóvar num filme. O drama de relacionamento entre uma mãe e filha é o último trabalho do famoso diretor espanhol que coleciona fãs no mundo inteiro.

Almodóvar começa o filme apresentando Julieta,uma mulher madura, que está prestes a mudar de país, mudar de vida. Daí para frente, a história se desenvolve com o toque mágico do diretor espanhol, um excelente contador de histórias, que se apropria novamente do universo feminino nessa sua última produção cinematográfica. É o relato da vida de uma jovem (Adriana Ugarte) que se torna mãe prematuramente. As cenas intercalam o passado e o presente e a atriz Emma Suarez interpreta a personagem 20 anos mais tarde.

Para definir com poética artística o trabalho de Almodóvar, é possível dizer que todas as cenas são bem pinceladas, na busca de uma obra prima. Até as telas penduradas na parede, inseridas como pano de fundo, para aqueles que são aficionados por cinema e por artes plásticas, têm o sentido visual de conjunto que promovem a interação entre o espectador e o filme. São técnicas sutis utilizadas para intensificar o relato.

Para muitos, o filme aborrece pelo drama sombrio. Talvez jovens que estão habituados com o cinema de ação e dos efeitos especiais. Mas não decepciona o expectador que opta em analisar o que uma história de vida representa para cada indivíduo nesse planeta.