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Um monólogo entre nós

 

A vida passa tão rápido como um vento

Sentimos o vento fresco em nossos rostos
na mesma hora
rapidamente ele desapareceu
deixa só um sentimento atrás
um sentimento fresco
tudo isso

a mulher estava pensando outra coisa
e falou
tem hora que gostaria de sumir
por que não fazemos o que gostaríamos
nós somos culpados,
ai deixamos a vida passar
depois falar disso ficou quieta

de novo comecei de falar
nós impedi muita coisa baby
primeiro nós nos impedimos
depois responsabilidades
regras
tabus
sei lá
muita coisa

se tivéssemos a coragem
para viver nós mesmo
ficaríamos mais feliz ainda
temos medo pra tomar risco
não lembramos que
o maior risco já tomamos:
a morte
dessa vez ela olhou em meus olhos
mas, não vivemos essa beleza
sempre tem regras
é escuro tudo
escuro pior do que morte

falei estou vendo meu lado escuro
e ouvindo meu lado surdo
todos nós temos um lado escuro baby
no interior
nem sabemos mesmo
as vezes escutamos nos
queremos escutar
não sabemos
o que queremos exatamente

ela parece que não me escutando
falou uma voz baixa
a vida deveria ser tão fácil
na verdade é fácil
mas as pessoas mexem
nossas vidas

vá analisar as vidas das famas
ricos
bonitos
poderosos
todos são infelizes
então o que
uma pessoa tem que querer da vida
beleza
fama
dinheiro
sei lá
para um pouco depois continua
porque não consigo amar ninguém
sempre as pessoas me decepcionam
Falei esqueça tudo baby
estou vendo
você se vestiu sua vida como um vestido
um vestido vermelho
sua vida é vermelha
olha nessa imagem
e pensa como a vida é bonita
Ela estava murmurando sem escutar eu
Puxa vida!
precisamos só um pouco vento
que lembrarmos somos vivos
tudo isso

Erol Anar
“Os Poemas de Maio”
Janeiro de 2014

 

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