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Italianos têm 500 euros para consumir cultura. No Brasil, alguns acham cultura mamata

Itália visionária investe na cultura de seus jovens

Enquanto no Brasil a cultura é colocada em segundo plano, artistas são agredidos e acusados de  ‘mamarem’ na Lei Rouanet de incentivo à cultura, na Itália o governo está dando 500 euros para que o jovem italiano ou residente use em ingressos a museus, cinema, teatro, concertos, feiras parques naturais e eventos.

Isso é mamata? Certamente que não. É um pensamento visionário que investe no futuro de uma nação.

O ‘bônus cultura’ é online e válido para jovens que completam 18 anos até dezembro de 2017 , que se registram no Sistema público de gerenciamento de identidade digital – para depois baixar o aplicativo ’18app’.

Milhões de euros

O investimento vai custar 290 milhões de euros para o governo italiano e se plataforma ’18app’ der certo, o benefício de 500 euros também será estendido aos professores no próximo ano, para que eles possam se atualizar. O governo também divulgou o número exato de jovens: 574.953 jovens, sendo 528 italianos, 11 mil de origem europeia e 34 mil não europeia.

Presume-se que a ideia da iniciativa  é nortear os investimentos em cultura, pelo que o subsecretário do Conselho de Ministros, Tommaso Nannicini, afirmou em entrevista. “Pela primeira vez os fundos para promover a cultura não serão repartidos por meio de sistemas burocráticos, mas pelas decisões de milhares de jovens. O dinheiro irá para onde os jovens dirigirem as escolhas.”

Olhar Crítico

Fantástico! A medida não só beneficia uma juventude, oferecendo-lhe a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos culturais, como amplia o seu olhar para o futuro. A ideia é direcionar investimentos para os setores que interessem a juventude a participar e fazer o ambiente cultural fluir.

A iniciativa do governo italiano deve ser exemplo para um país como o nosso que precisa investir mais na questão cultural. Dar oportunidade aos artistas, escritores, músicos, enfim, todos os setores envolvidos com atividades culturais, seja por meio de leis que estimulem o Mecenato, ou  por qualquer outra medida, é investir no futuro do Brasil. Assim como, dar oportunidade ao jovem para que ele possa comprar e ler um livro, ir ao teatro, cinema, museus, assistir a um espetáculo musical é refinar o conhecimento. Liberdade ao pensamento!

A educação proporciona o pensamento crítico e a construção do conhecimento. Essa era a fala de Paulo Freire, que pode ser inserida nessa comparação sobre a questão cultural  entre Brasil e Itália.

 

 

 

 

 

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Você é de esquerda ou de direita

 

Hoje não existe meio termo no Brasil. As pessoas são ou de direita ou de esquerda. Pelo menos, é assim que se determina nos diálogos inflamados das redes sociais, dentro das famílias e em bate-papos com amigos. As duas posições ganharam força no país depois das eleições presidenciais e se estabeleceram  como rótulo para o brasileiro, com a ação do impeachment.

No sentido exato elas são definidas como lado oposto um do outro, por todos os dicionários da língua portuguesa. No entanto, para o internauta mais acalorado são rótulos usados para discriminar politicamente  qualquer indivíduo que conteste uma ideia contrária a sua.

Tão forte que ecoa em todos os lugares, ‘Você  é esquerda, petista’ ou ‘Você é direita, coxinha’…

No meu caso, pessoalmente, num primeiro momento, esses rótulos me irritavam demais. Depois fui relaxando e me tornando ‘zen’. Lembrei, com isso, de quando jovem estar dançando com um indivíduo e ele, sem o mínimo polimento, a certa altura me perguntou: você está no ataque ou na defensiva? Surpresa respondi sem piscar os olhos e imediatamente: estou ‘zen’.

Que?!!, mais surpreso ficou…( a figura nem sabia o que era zen).

Sem dúvida, é melhor ficar ‘zen’, isto é meditar  no mais clássico ‘zen budismo’, olhando para parede, com seus dedos, o polegar e o indicador juntos(isto é,  sem quebrá-los de tanto apertar), com as mãos sob o joelho, com os olhos revirando de raiva e contando até 10 (esqueçam, esse último detalhe acrescentado por mim, não é nada zen), quando nos deparamos com um inconveniente desconhecido nos rotulando, a bel prazer, quando é contestado. Juro que no meu caso tem sido um grande aprendizado sobre o exercício da paciência. Para manter as amizades, o equilíbrio familiar, ser educada na web, enfim viver numa estável convivência social.

Esses dias, aliás já há alguns meses, tomei conhecimento por intermédio de um desconhecido que sou esquerda por defender um fato. Bom!!!! Nem mais preciso queimar meus neurônios ou ter crises existenciais para saber o que sou! .

Quando me cansei e desistir de comentar e mostrar a minha versão sobre o caso, eu me transformei, para quem há minutos atrás tinha me denominado de esquerda, sem me conhecer,  sem saber sobre minha ideologia e estilo de vida, numa petista sem argumentos. Vejam só que pretensão desse personagem infeliz deduzir a minha filiação política em poucos minutos de discussão!

Lamentavelmente, esse é o quadro nas redes sociais. Isso ocorre quando se cai na asneira de defender uma ideia contrária da dos demais em um post. Os comentários normalmente são exaltados, plenos de rótulos e preconceitos.

Nem se atreva a falar de cultura popular e enaltecer a sensibilidade e o sensorial. Por ter escrito sobre Benzedeiras, fui tachada de cristã idiota, que pelo visto ofendi os mais ‘ferinos’ princípios do energúmeno.

É o lado mau dessa fantástica ferramenta de comunicação que transformou o mundo numa ‘aldeia global’, como já dizia o visionário Marshall McLuhan.

No atual, transviaram a frase de Che Guevara “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”. Os homens embruteceram e sobretudo, perderam a ternura. 

A causa…..

Vamos deixar por conta das novas tecnologias que atuam num outro nível da psique humana. Se antes era um carro que aumentava o ego de um indivíduo complexado, agora é a tela do computador ou celular.

No passado era  um escudo que protegia um corpo numa guerra. Hoje a mente- energia do pensamento– está protegida atrás de uma tela de computador ou de um android, Ifhone….

Tudo o que se pensa é dito de forma rápida e voraz. Não existe mais borrão. Rascunho está agonizando, pois os dias estão contados para o e-mail, assim como o jornal em papel impresso e os canais abertos da televisão. A web – a grande teia – é um território infinito, inexpugnável e sem lei…

Abriu espaço para divulgação com liberdade na arte e na literatura, no entanto, intimidou a expressão da criatividade. Ou melhor, abriu espaço também para vulgaridades.

Há décadas, o protesto político era transformado em música e cantada pelos quatro cantos do Brasil.  A exemplo de, “Pra não dizer que não falei em flores”,  de Geraldo Vandré, ….

A charge era temida porque era ácida e inteligente. Sempre com criatividade dava a sua versão, em traços, sobre uma notícia que não era aceita ou algo que era preciso denunciar.  Se aguardava com curiosidade a charge do dia nos grandes jornais.

Onde estão os chargistas?

E as tiras nos jornais, que saudades! Eu sei.. é papo de gente antiga. Mas, tenho esse direito e reconheço com orgulho que protestar e se rebelar com arte e intelectualidade é bem mais divertido. Os recados ficavam por conta das entrelinhas…

Outro exemplo é Quino, o criador da nossa adorável Mafalda. O ilustrador argentino criticava severamente regimes autoritários sem perder o bom humor e a elegância. Mafalda, a danadinha da menina precoce, nunca perdeu a atualidade e está presente até hoje nos corações de gente de todas as idades.

No entanto, a internet –  pode ser um contra-senso dizer – não oculta nada de ninguém e esconde a face do que não tem. Mente e fala a verdade.

Imaginem a maioria dos ‘caciques’ políticos, as ‘velhas raposas’, perdidas nesse emaranhado tecnológico. Estão a todo momento precisando rever suas estratégias.  Com certeza, já perderam o chão inúmeras vezes, pois são de um tempo em que se pagava para abafar fatos indesejados, críticas negativas, provas irrefutáveis.

A internet promoveu a alforria da comunicação tanto para o bem como para o mal. São muitas as agressões gratuitas e muito lixo circulando nesse mundo infinito.

Por fim, há esperança, nem tudo está perdido, somente a web nos dá a fantástica possibilidade de trocar ideias, conhecer pessoas e ter acesso a entrevistas como essa, com o argentino Joaquim Salvador Lavado, publicado no site Socialista Morena. Quando a repórter perguntou para Quino, você é de esquerda ou de direita? A resposta foi uma pergunta. DE QUE LADO BATE O CORAÇÃO?

 

 

 

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‘Pessoas são Músicas’. Apoie essa causa

‘Olhe a pessoa que está ao seu lado e você vai descobrir, olhando fundo, que há uma melodia brilhando no disco do olhar’. 

O lirismo da frase povoa os sonhos do publicitário e jornalista, José Oliva, que é também poeta e músico e conhecido nos meio culturais de Curitiba.”
“As Pessoas são Músicas” exalta  e reconhece quem faz a diferença em nossas vidas.
É um texto da mais nova Caixinha de Atitude, projeto que Oliva desenvolve há 18 anos, “Abra para reconhecer. Leia para ouvir e se conectar”. Ele precisa de mais um pouco para encerrar o crowndfunding no Kickante e gravar a trilha sonora e o clipe lançamento da Caixinha de Atitude que é o CD “Pessoas são Músicas”.
Vale contribuir para o desenvolvimento de um projeto que é lúdico, doce e que aquece o coração de quem precisa de um chamego.
Mais importante em toda a proposta de Oliva, é que ele coloca em destaque artistas singulares que circulam na terra das Araucárias, sobretudo na Feira do Artesanato do Largo da Ordem, em Curitiba, no Paraná. Hélio Leite, João Bello e Efigênia Rolim.

PESSOAS SÃO MÚSICAS, VOCÊ JÁ PERCEBEU?

Elas entram na vida da gente e deixam sinais. Como a sonoridade do vento ao final da tarde. Como os ataques de guitarras e metais presentes em cada clarão da manhã.

Olhe a pessoa que está ao seu lado e você vai descobrir, olhando fundo, que há uma melodia brilhando no disco do olhar. Procure escutar.

Pessoas foram compostas para serem ouvidas, sentidas, compreendidas, interpretadas. Para tocarem nossas vidas com a mesma força do instante em que foram criadas, para tocarem suas próprias vidas com toda essa magia de serem músicas.

E de poderem alçar todos os vôos, de poderem vibrar com todas as notas, de poderem cumprir, afinal, todo o sentido que a elas foi dado pelo Compositor.

Pessoas são músicas como você. Está ouvindo? Como você. Pessoas têm que fazer sucesso. Mesmo que não estejam nas paradas. Mesmo que não toquem no rádio.

Caixinha de Atitude
“A Caixinha trata da atitude e da importância da gente reconhecer as pessoas que marcam e fazem a diferença em nossas vidas. Essa Caixinha vem com o cartaz com o título “Que pessoas são músicas para você”, destacando o valor de reconhecer quem nos toca. Junto vem um livreto, onde trato da atitude do reconhecimento, destacando a importância de reconhecer as pessoas que nos marcam e nos conectam com a humanidade’, explica Oliva.
Além disso, como em todas as Caixinhas, continua ele –  “há um objeto que estimula a atitude, nesta, o objeto é um adesivo que existirá na última página do livreto. Esse adesivo deverá ser retirado por quem adquirir ou receber a Caixinha e colado na tampa da Caixinha. No adesivo, há um espaço em branco para a pessoa escrever o nome de alguém e embaixo a frase –
Você é música para mim, para entregar a quem se reconhece como marcante.
 Encartado no livreto virá o CD com músicas que o José Oliva compôs com vários parceiros também referências na poesia e na música de Curitiba: Zeca Correa Leite, Antonio Thadeu Wojciechowski, Plínio Oliveira, Roberto Prado, Rubem Rolim, Fernando Louco, Reinaldo Godinho, Edu Hoffmann, Lápis e intérpretes como Rogéria Holtz, Rodrigo Del Hey, Celso Pirata, Selma Baptista, Sandra Avila, Tao do Trio, Henrique Mhaô, Jordana Soleti, Chico da Luz, além de oito arranjadores e 54 músicos”.
Mas o projeto não se resume apenas no livreto e CD, comporá mais itens, que têm ainda como foco principal homenagear outros artistas e músicos que fazem parte da vida cultural de Curitiba.
 “O Clipe será montado sobre a trilha que é uma música chamada Nascente dos Sonhos, composta por Ana Sônia de Barros, Edu Hoffmann, Efigênia Rolim e por mim, homenageando três figuras fundamentais de nossa cultura popular – Hélio Leites, João Bello e a própria Efigênia Rolim. Será gravada sob arranjo do maestro Vicente Ribeiro e o Clipe terá direção do premiado Beto Carminatti em locações tomadas na Feira de Artesanato do Largo da Ordem, cenário da atuação de Hélio Leites e Efigênia”.
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Libro racconta l’esperienza del socialismo utopistico in Brasile

 

Sono i sognatori come il francese Jean-Maurice Faivre che lasciano la storia più colorata e emozionante.

Lui è arrivato in Brasile nel 1826, ha vissuto in piena corte imperiale e 23 anni più tardi, si è immerso nella selva del Paraná a costruire una società più giusta, basata sul pensiero del socialismo utopistico.

La storia di Faivre, un dottore francese che è venuto a lavorare nel Brasile Imperiale, è raccontata dal giornalista brasiliano, Luiz Manfredini, nel libro  “Retrato no entardecer de agosto” (Immagine al tramonto di agosto).

Società senza schiavitù

Un’ interessante ricerca sulla vita di un uomo che credeva essere possibile costruire una società senza schiavitù, miseria e lucro, sulle rive del Fiume Ivai, nel Brasile del novecento. Cioè, in piena selva.

Purtroppo, Faivre è scomparso senza realizzare il suo sogno di uguaglianza sociale, in cui la storia ha chiamato formalmente come il socialismo utopistico, movimento creato da Charles Fourier, anche un francese.

Sogno di uguaglianza

La Colonia Thereza, fondata nel 1847, allora quinto distretto della Provincia di San Paolo, oggi lo Stato del Paraná, è cominciata con 25 famiglie  che Faivre  ha cercato in Francia. La piccola comunità non si è sviluppata come era necessario e è finita per  l’abbandono e l’isolamento.

“Seguendo, da modo rustico, l’ideologia fouriesta, che ha conosciuto a Parigi, quando ancora era studente, Faivre ha immaginato che rifugiarsi nella selva, insieme a persone della stessa nazionalità,  sviluppando una vita libera e egualitaria, sarebbe sicuro delle iniquità – soprattutto morali – che aveva devastato il mondo delle città.

Nella Colonia, dove ha vietato la schiavitù 40 anni prima dell’abolizione in Brasile, ha distribuito gratuitamente terra ai membri della comunità, a cui aveva dato soldi e pagato i loro debiti a Jura (Francia) e dare condizione di si mantenere durante i primi due anni di colonia.

Società giusta

Il costo del lavoro e della vita sociale sono stati divisi e nella stessa uguaglianza anche i profitti. La colonia ha presentato certo sviluppo: ha  prodotto ‘cachaça’ e ‘rapadura’ ( un dolce -zucchero da canna), ha costruito una fabbrica di mattoni e ha sviluppato l’agricoltura di sussistenza.

Ma ben presto la maggioranza dei francesi che lui aveva portato al Brasile lo abbandonarono. L’isolamento della colonia e altri fattori hanno accelerato suo il decadimento. Nel 1858 Faivre è morto da febbre infida senza vedere i suoi sogni realizzati.

Secondo Luiz Manfredini il  romanzo storico “Retrato do entardecer de agosto” è il risultato di 20 anni di ricerca.

“In un giorno impreciso nel 1988, ho letto nella colonna di un giornale della città l’informazioni che il medico francese Jean Maurice Faivre – noto Dr. Faivre, oggi nome di una via centrale di Curitiba – aveva tentato distribuire nel interno del Paraná, nella metà del XIX secolo, una comunità sotto l’influenza del socialismo utopistico di Charles Fourier anche francese. In questo momento tutto è cominciato “, dice.

“Io conoscevo l’opera di Friedrich Engels  sul socialismo utopistico al socialismo scientifico e avevo letto diversi testi sull’ideologia di Fourier. Conoscere un’esperienza seguendo tale ideologia in piena selva del Parana, nella metà del XIX secolo, è stato un richiamo irresistibile. ”

20 anni

Manfredini afferma che non è rimasto 20 anni scrivendo, ma anni e anni di costosa ricerca  che lo ha coinvolto in un’indagine a Curitiba, San Paolo, Rio de Janeiro e Parigi. Questo, infatti, ha consumato molta energia e tempo, aggiungesi angoscia  e incertezze del genere. Queste, sì, hanno richiesto anni “, ricorda.

Oggi, l’illustre Dr. Faivre denomina una via a Curitiba. Probabilmente sono pochi i passanti su questa strada che hanno alcuna idea della storia della vita e della passione che ha consumato questo visionario del XIX secolo: un uomo che è stato alle ultime conseguenze per dimostrare un sogno che negava la schiavitù, il profitto e le differenze sociali… Si è perso in esso!