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Telas marcantes de pintores do surrealismo

Imagem Max Ernst - Duas Crianças Ameaçadas por um Rouxinol. Um clássico do surrealismo
Duas Crianças são Ameaçadas por um Rouxinol – 1929. Um clássico do surrealismo

 

“Duas Crianças São Ameaçadas por um Rouxinol”(1924). Essa obra é clássica do surrealismo, uma tela de Max Ernst( 1891-1976). Essa pintura foi criada pouco tempo após ao manifesto de André Breton.  O pesadelo macabro, a irrealidade ao mesmo tempo mágica e assustadora que eclode no tema.

Max Ernst foi um pintor alemão naturalizado norte-americano que passou pelas inquietações do entre e pós-guerra, em diversos movimentos artísticos como o futurismo, cubismo, expressionismo, dadaísmo, pintura metafísica. Ao final ele reconhece no Manifesto Surrealista de André Breton uma perfeita súmula de suas ideias.

Desvendar o inconsciente, revolucionar o real.

Imagem Pintura de Dali
Persistência da Memória/ 1931. Salvador Dali. foto via internet

“Persistência da Mémoria” tela de Salvador Dalí (1904-1989). A pintura dos relógios  se derretendo é conhecidas no mundo inteiro. Inigualável e inesquecível. Inúmeras reproduções foram feitas sobre essa tela de Dalí, que expressa de forma marcante  o que o surrealismo difundia – dar liberdade ao inconsciente para transmitir sem as travas do raciocínio, do consciente. Elementos irreais misturam-se com o real.

“Toda a minha ambição no campo pictórico é materializar as imagens da irracionalidade concreta com a mais imperialista fúria da precisão”, disse Salvador Dalí quando a criou.

A tela original encontra-se no MoMa, Museu de Arte Moderna de Nova York, e segundo conta a história, a pintura surgiu enquanto o artista catalão esperava sua esposa Gala voltar do teatro. Quando Gala voltou o pintor catalão perguntou a ela, se achava que em três anos esqueceria da imagem. “Ninguém poderá esquecê-la uma vez vista”. Fonte:Wikepidia.

Imagem Ceci n'est pas une pipe. Parece um cachimbo mas não é. Surrealismo
Isto não é um cachimbo. René Magritte

“Traição das Imagens” tela do artista belga René Magritte (1898-1967) é a obra-prima do surrealismo. É a imagem de um cachimbo, embora o pintor o negasse. “Isto não é um cachimbo” está escrito em francês.  Na verdade, é um jogo psicológico e filosófico do pintor defendendo a ideia de que a “imagem de um cachimbo não é na realidade um cachimbo”.

Imagem Chagall . A Alma das Cidades - expressou o pós-guerra
A Alma das Cidades (1933/44) . Foto Mari Weigert

“A Alma da Cidade” é uma tela surrealista do pintor russo Marc Chagall (1887-1953) criada quando a guerra estava prestes a acabar e as feridas ainda estavam abertas. Sua esposa Bella tinha morrido. A dupla angústia do pintor traduz-se na tela  quase didática.

Certa vez, um repórter dos EUA perguntou-lhe se estava satisfeito com a vida que teve, quais eram as suas convicções e como encarava a morte.

“Estou satisfeito”, respondeu-lhe o artista, “e continuo acreditando na minha Santíssima Trindade estritamente pessoal: creio em Deus, na pintura e na música de Mozart. Não, não temo a morte. A única coisa que desejo é fazer livremente o que eu quiser. Minha prece é meu trabalho. Quanto ao resto, tudo continuará. Haverá outros Chagalls. Sempre os há. Sempre haverá cores puras, música, poesia. Sempre haverá artistas atraídos pela luz”. Fonte: Os gênios da Pintura.

 

 

Olhar crítico

O universo dos pintores surrealistas é extremamente crítico e suas obras estão sempre além da matéria, do real, sem, é claro, esquecer o que  é real. Esse é o grande paradoxo.

Todos grandes nomes do surrealismo foram, sem dúvida, intelectuais ou com personalidades marcantes que estudá-los é um passatempo fascinante um mergulho nos mistérios da mente que a arte traduz com tanta eficiência.

O surrealismo como movimento jamais perderá a atualidade simplesmente porque ele representa o onírico, o sonho, o inconsciente, algo inerente ao ser humano.

A vazão de nossa liberdade interior sempre estará conectada a algo impalpável, que se confunde com a realidade. Se o homem perder a capacidade de sonhar e perder-se em seus devaneios, perderá o estímulo de amar a vida ou amar o outro.

 

 

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Arte naïf em dose familiar apresenta o universo lúdico da cultura nordestina

Pintura naïf. Nivaldo do Vale. Nordeste brasileiro
Cavalos. Nivaldo do Vale

A família “do Vale” respira arte em dose tripla. A manifestação artística que brota do coração de Ivanise(mãe), Nivaldo(pai) e Divaldo do Vale (filho), é a chamada arte ingênua ou naïf. As obras do casal, sobretudo destacam o universo lúdico da cultura popular do nordeste brasileiro.  A família vive em Parnamirim, Região Metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte.

Como tudo começou
Imagem da família de artistas naïf
A família do Vale e sua arte naïf.

Para o pequeno grupo de artistas a pintura entrou sem pedir licença. Nivaldo foi quem iniciou a relação com a arte em 1964, quando decidiu colocar na tela, as cores e as formas da vida nordestina. “Nivaldo é um feiticeiro da cor, um reciclador das legítimas tradições populares, um pesquisador (se assim pode-se considerar) da alma simples do povo”, escreveu uma vez o famoso artista plástico portiguar, Dorian Gray sobre ele.

Ivanise começou a pintar em 1985, já casada com Nivaldo que a presenteou com tintas, pincéis e tela. Aí ela perguntou a ele: agora seremos dois artistas? Sim, respondeu firme e convicto.

Pintura naïf de Divaldo do Vale
Beija-flor. Divaldo do Vale.

Divaldo, o filho, viveu sua infância e adolescência rodeado de obras de artes, telas, pincéis e tintas.  Começou a pintar em 1999 e já participou de várias exposições coletivas. No entanto, o artista faz questão de dizer que seus temas são mais voltados a vida urbana e a natureza.

O que é arte naïf

Uma obra naïf ou ingênua é uma manifestação artística produzida sem escolaridade profissional. É arte amadora. “Trata-se do artista naïf, aquele que, sem ter tido escolaridade artística e sem acesso aos círculos dos artistas profissionais ou aos equipamentos eletrônicos da atualidade, profissionalizam-se, utilizando técnicas tradicionais, aprendidas de forma intuitiva”. Fonte: Questões de Arte, Cristina Costa.

Por que a palavra naïf

A palavra naïf é um termo francês que significa ingênuo, inocente. Parte da criatividade autêntica do ser humano baseada na simplificação dos objetos decorativos, espontâneos, coloridos e calorosos.  Esse tipo de arte está associada mais à pintura e começou no século XIX. “Os franceses chamavam esses artistas ingênuos de pintores de domingo, porque só podiam se dedicar à arte nos fins de semana, mas, ainda assim, alcançavam, graças a seu esforço, bom nível de produção artística”- Cristina Costa.

Ivanise
Imagem de uma tela naïf.
As bailarinas. Ivanise do Vale.

Ivanise tem um jeito doce e tranquilo e agora aposentada de seu trabalho – foi administradora do Museu Café Filho, em Natal – gosta de uma boa prosa quando senta na cadeira de balanço na varanda de sua casa e vai contando de mansinho como faz para criar suas obras.  “Não uso um lápis, um traço, vou direto com tinta e pincel na tela e vou organizando tudo que vem na imaginação”, diz a artista. Mas, faz uma pausa, fica quieta e depois confidencia:

“Primeiro eu faço as almas para depois poder vestir meus personagens”.

Os temas são, na maioria, os mesmos e fazem parte da sua vida e o que viveu na infância. São João da Roça, Boi de Reis, Mulheres apanhando algodão, o Circo, Parque de Diversões, Cortadores de Cana, entre outros. O que muda são as feições de seus personagens.

Imagem do Farol de Mãe Luiza, em Natal. Pintura ingênua de Ivanise do Vale.
Farol Mãe Luiza, Natal, Ivanise do Vale. Foto Mari Weigert

Acredita que sua inspiração tem conexão com o espiritual. Não esquece o dia que pintou uma tela que foi doada à  Marinha e o tema era mar, navio e marinheiro. Aí, em certo momento, começou a criar seu marinheiro. “Não conseguia achar a alma dele e pedi ajuda a Nivaldo, que estava doente, mas ele me respondeu que não poderia. Que não estava bem. Aí, olhei para o quadro, apaguei tudo, chorei e fui dormir”,  revelou.  “Não dia seguinte comecei tudo de novo e dessa vez a minha imaginação funcionou, me liguei com a alma do marinheiro e gostei do resultado do quadro”.

As telas de Ivanise e Nivaldo enfeitam as paredes da casa do casal. Para quem entra, de imediato, na sala, a grande tela assinada por Nivaldo, dá boas vindas ao visitante. Três personagens do”Boi de Reis”.

Imagem Boi de Reis. Uma pintura naïf.
Boi de Reis, do artista naïf potiguar, Nivaldo do Vale. Foto Mari Weigert

O artista, certamente, a você leitor, se o visitar, vai fazer questão de explicar com todo o orgulho de quem cultua as festas tradicionais, que as vestimentas dos três personagens do folguedo popular jamais mudarão e que cada estado brasileiro dá um nome diferente a esse folguedo que no Rio Grande do Norte é Boi de Reis, mas pode ser Bumba-Meu Boi ou Folia de Reis.

 

 

 

 

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Instalação contemporânea é arte que não deixará vestígios

Instalação é talvez a expressão artística que mais caracteriza  a arte contemporânea, mas o seu destino é inevitável: a impermanência.

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O Rapto das Sabinas, na forma de uma vela colossal para fazê-la queimar lentamente durante a exposição e abandonar à sua aniquilação. Urs Fischer/ Veneza 2011

É o signo da atualidade, pelo qual o observador é bombardeado pelos estímulos sonoros, táteis, eletrônicos e visuais, sem que ele tenha possibilidade de interiorizar a sua procedência.

O que é uma instalação na arte

A instalação é uma manifestação artística organizada dentro de um ambiente a partir de um conceito determinado pelo artista, que pode ou não ser desmontada e transferida para outro local.

O sentido efêmero dessa poética artística, que começou a aparecer nas décadas de 60 e 70 do século passado, com o desenvolvimento da vídeo arte, da performance corporal, da tecnologia, reflete o mundo moderno, que se esvai e que se descarta rápido. Então a pergunta é, como as gerações futuras irão desfrutar de uma arte que desaparece?

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Inhotim

A impressionante instalação de De Lama a Lâmina, em Inhotim, Minas Gerais, é um exemplo da efemeridade. Mathew Barney elaborou sua instalação a partir de domo geodésicos em aço e vidro, trator florestal e escultura em polietileno.

De Lama a Lâmina é o último desdobramento de uma performance criada cinco anos antes (2004) a obra em questão (2009), num carnaval, junto com um parceiro músico, cujo princípio organizador da obra evoca o dualismo entre a criação e a destruição, progresso e conservação, fecundidade e morte.

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O Vermelho Real de Tunga, em Inhotim, é também contundente e tem como finalidade pontuar o quanto a vida é efêmera.

“O tempo é implacável  e o vermelho desbota, evapora como o sangue também, sem o sangue, sem fertilidade, a vida se esvai. A instalação contemporânea é temporal, sobretudo True Rouge, o Vermelho Real, que contextualizado evapora pela luz, a energia da vida….”

Algumas instalações apresentadas nas bienais, tanto de São Paulo como a de Veneza, muitas delas poderão ser vistas em fotos que documentam o trabalho do artista e representam o momento da exposição, o conceito a que propõem para o diálogo com o espectador.  Mas elas só existiram para  fazer a leitura do comportamento da humanidade naquele momento.

Vídeos e outros recursos tecnológico têm um tempo limitado de vida, portanto, são passageiros  e pouco deles permanecerão por mil anos. Não são como o mármore duro e frio e quase eterno.

No entanto, viver uma instalação nestes moldes é provar  de algo além do que se conhece dentro de si, entrando num mundo em que a porta sensorial é estreita, às vezes invisível e articulada em seu efeito.

As instalações artísticas externam o lado mais subjetivo da consciência do sujeito e são colocadas como desafios para espectador vivenciar ou “êxtase” ou “ódio”.

São obras que fazem parte do mundo contemporâneo que hoje está se desintegrando, com a expectativa do fim do caos para se estabelecer a ordem, num novo começo sem vestígios do passado.

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Entre vinhos e história: de Champagne a Borgonha em carro

Faz uns 10 anos que assisti um filme sobre um cara que queria uma viagem incrível na Califórnia percorrendo todas as melhores vinícolas da região. Nela, começa a contar sua paixão pelos vinhos elaborados com as uvas Pinots Noirs.

Quem gosta de vinho sabe exatamente que filme eu me refiro: Sideways. Eu lembro que nessa época eu nem era tão apaixonada pelo mundo vitivinícola como agora, mas lembro de ter ficado fascinada com o personagem. Como uma pessoa pode adquirir tanto gosto e apreço por uma planta?!

Sideways me inspirou a viajar pela França e conhecer a região dos vinhos

Esse filme despertou não só meu interesse pelos vinhos elaborados com uvas Pinots, mas também pela região tão famosa e conhecida, produtora dos melhores vinhos do mundo: a Borgonha.

Preparei minha mala e planejei detalhadamente uma viagem de 15 dias pela França de carro. Minha intenção não era só percorrer a Borgonha mas aquilo que os dias , a vontade e a quilometragem deixasse.

Era eu, uma malinha de mão, um guia turístico do país, o carro e o GPS me guiando: o destino – aonde o vento me levar.

Champagne

Sai da Bélgica com destino a Champagne, com primeira parada em Reims, uma cidade histórica da província, berço  do Champagne como conhecemos hoje em dia. A cidade é pequena e de fato não é muito bonita, mas pra quem gosta de história e principalmente relacionada com o nascimento do Champagne, Reims é uma das paradas obrigatórias nessa viagem.

Éperney

Dormi uma noite ali e logo de manhã segui para Éperney, outra cidade ainda menor que Reims mas muito mais importante quando falamos de vinho e de Champagne. A pequena vila de Éperney gira em torno do turismo enológico e da produção de uns dos melhores Champagnes da região. A cidade esta rodeada por vinhedos, entre eles o grande e conhecido Möet & Chandon, com um belo chateau no centro da cidade que oferece visitas e degustações diárias.

Diz a lenda que existem cerca de 200 milhões de garrafas no subsolo da cidade. Infelizmente não pude verificar se a cifra é real.
Troyes
Troyes

Troyes

Certamente dos três destinos que tive a oportunidade de visitar em Champagne, o mais pitoresco e charmoso sem dúvida é Troyes. A cidade que tem forma de uma rolha de champagne, convida o turista a ver a arquitetura mais singular de toda região. Suas casas de madeira, ruas estreitas, palácios, igrejas, esculturas e vidreiras são o legado de uma das correntes artísticas mais importantes de cidade: a Escola de Troyes. Bastou com um passeio para ver que essa cidade era realmente impressionante.

Borgonha

Depois de Troyes, Champagne para mim tinha acabado, mas a viagem estava apenas começando.  A ideia era começar a adentrar pelos vinhedos da Borgonha respeitando a sua geografia. Mas nada mais do que começar a dirigir.  Fiz uma lista meio anárquica saltando de vinhedos a cidades históricas, vilas charmosas e paisagens exuberantes. Realmente a Borgonha era um mundo a parte que eu não ia conseguir explorar em tão pouco tempo.

Dijon
Dijon

Dijon e Baune

De Troyes fui direto a Dijon, que acho que todo mundo conhece pela tão famosa mostarda que leva o seu nome. De fato, nessa viagem fiquei sabendo que a mostarda de Dijon é apenas um processo que foi feito em Dijon, mas que pode ser reproduzido em todo o mundo levando o mesmo nome.

A cidade é um encanto e emana esse ar “Je ne sois quoi” francês que faz com que tudo ganhe movimento, elegância e beleza. Depois de París e Lyon, é um dos centros culturais mais importantes do país. E vale a pena não só visitar por sua cultura enológica senão também pelo encanto da sua arquitetura e a beleza da sua natureza e os gostos mais singulares da sua gastronomia.

Museu da Mostarda em Beaune
Museu da Mostarda em Beaune
Aula para aprender a fazer mostarda
Aula para aprender a fazer mostarda

Como fazer mostarda

Passei meus dias entre Dijon e Baune, a outra cidade da região linda e que possui uma oferta turística muito singular. Ainda que Dijon seja conhecida como a capital da Mostarda, Baune tem o que Dijon não tem: o museu da mostarda, com direito a visita guiada, degustação e aula gastronômica “faça você mesmo”.

Hospicie de Beaune
Hospicie de Beaune

Considerando todo seu legado vitivinícola, a cidade tem um turismo que gira em torno disso: com museu do vinho que explica sobre a história dos principais produtores locais e suas principais denominações de origem. Do lado do museu encontramos o Hospicies de Beaune, um hospital fundado em 1443 que atendia as pessoas mas carentes da região. Desde 1859, para arrecadar fundos para a manutenção do hospital, seus donos começaram a leiloar os vinhos que eram produzidos nas suas terras. Hoje em dia, pessoas de todo o mundo vão a cidade em novembro só pra comprar algumas das suas famosas colheitas. 

Côtes D’Or e Côte de Chalonnaise.

Borgonha está dividida em várias regiões vinícolas; as importantes e visitadas nessa viagem foram: Côtes D’Or e Côte de Chalonnaise. Cote D’Or está dividida em outras duas regiões; ao norte, se localiza Cotes-de-Nuits e ao sul  Cotes-de-Beaune.

Cotes-de-Nuits e Cotes-de-Beaune

Em geral, em Cotes de Nuits se produzem vinhos mais estruturados, equilibrados e intensos, enquanto em Cotes de Beaune predomina vinhos como elegância e frescor. Toda regra porém tem sua exceção, e Cotes de Baune também pode produzir vinhos tão bons como os que produzem em Cote de Nuits: um exemplo claro esta na visita que fiz ao Chateau Pommard, um vinhedo de alta gama, localizado em Cotes de Baune mas que produz um vinho de excelente qualidade e delicadeza. Cada parcela do vinhedo tem um “terroir” diferente, que proporciona diferentes aromas em uma única uva.

Chateau Pommard
Chateau Pommard

Além da qualidade do vinho, o Chateau Pommard também é conhecido pela sua elegância, o que não é um imperativo nas visitas as bodegas da região.

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Além dos tintos famosos, a Borgonha tem uma produção muito importante de vinhos brancos, mais bem 90% da sua produção. Entre as denominações de origem mais conhecidas está o Chablis e entre as uvas mais cultivadas a Aligoté e a Chardonay.

Entre Baune Dijon e muitos vinhedos, ainda tive oportunidade de visitar Flauvigny (a cidade que foi rodada o filme Chocolat), Vezelay (que tem uma catedral impressionante), Salieu, Cluny (e o seu Mosteiro) até finalmente chegar a Lyon.

Pra quem tem tempo, aconselharia mais de três semanas para fazer esse tipo de viagem. Confesso que fiquei com retro-gosto na boca de não ter tido visitado mais bodegas. Mas também isso é sempre uma boa desculpa para voltar!