As Rosas. 1925 - 1926. Claude Monet

Monet sempre marca presença nas primaveras européias

O brilho da primavera européia estará sempre presente nas telas impressionistas de Claude Monet. E para quem deseja apreciar a arte de um artista que abriu a janela de seu atelier e deixou a luz e a cor entrar, a mostra Monet em Roma está especial. O pintor que imortalizou as Ninféias era fascinado pela natureza, sobretudo flores. “Amo a água, mas amo também as flores”, deixou registrado para a posteridade.

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Londres. O Parlamento. Reflexos sobre o Tamisa. Claude Monet – 1905

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Hoje, os recursos multimídia aproximam o amante da arte às telas famosas recriando para o observador os detalhes e a sensação de sentir-se parte da obra.

Se não é possível conhecer a casa e o jardim de Monet, em Giverny, na Normandia, ou apreciar os gigantescos painéis das Ninféias, no Museu L’Orangerie, em Paris, ao menos o visitante poderá ter a sensação de estar visitando esses locais com a força da imagem e a emoção da música ambiente.

Esse é a proposta da mostra Monet, no Complesso  del Vittoriano, Roma, que convida quem a visita, a percorrer um longo corredor simulando água no chão e o exuberante jardim do pintor em Giverny, nas paredes laterais. Ela permanece até 3 de junho.

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No interior estão expostas 60 obras vindas do Museu Marmottan Monet de Paris, as mesmas obras que o artista conservava em seus últimos dias em Giverny e que foram doadas pelo seu filho Michel ao Museu.

Impressionismo

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Ponte Japonesa. Monet. 1918-1919

A visão do mundo impressionista compreendia o velho, o novo, natureza e indústria, beleza e banalidade e marcou o início da era moderna na arte. A invenção da fotografia certamente impulsionou as tendências deste movimento pictórico do século XIX e transformou o mundo.

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palheta, óculos e cachimbo do pintor.

O impressionismo empurrou o pintor para fora de seu ateliê e lhe mostrou o mundo real que precisava ser pincelado. Ao contrário daquele proposto pelos  delírios da aristocracia francesa e a competitiva e poderosa igreja católica européia (Itália, Espanha e Portugal).

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Efeitos do sol num entardecer. 1875

“ Escancararam as janelas e deixaram  entrar o sol e passar o ar”, escreveu Edmond Duranty em 1876, sobre as telas impressionistas.

Charles Baudelaire

Da mesma forma outro crítico e também poeta, Charles Baudelaire, deixou registrada a sua indignação sobre a fotografia e arte em cartas enviadas aos seus amigos.

“Como a fotografia nos dá todas as garantias desejáveis de exatidão (eles crêem nisso, os insensatos!), a arte, é a fotografia. A partir desse momento, a sociedade imunda pôs-se à rua, como um só Narciso, para contemplar sua imagem trivial sobre o metal”, disse ele.

Grande loucura industrial

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Mais adiante escreve que:

“ A cada dia a arte diminui o respeito por sim mesma, se prosterna diante da realidade exterior, e o pintor torna-se mais e mais inclinado a pintar, não o que sonha, mas o que vê. Entretanto, é uma felicidade sonhar, e seria uma glória exprimir o que se sonha; mas, que digo eu! 

Conhece ainda o pintor tal felicidade? O observador de boa fé afirmará que a invasão da fotografia e a grande loucura industrial são estranhas a este resultado deplorável? É permitido supor que um povo, cujos olhos se acostumam a considerar os resultados de uma ciência material, como os produtos do belo não acabe por ter diminuída, singularmente, ao fim de um certo tempo, sua faculdade de julgar e de sentir o que há de mais etéreo e imaterial?”, afirmou Baudelaire, durante o “Salão de 1859”. “O Público Moderno e a Fotografia./

Na antiguidade os pintores faziam o papel dos fotógrafos de agora e pela sua arte deixaram um testemunho da história da humanidade. O impressionismo é exatamente a transição entre a aceitação da nova tecnologia e a arte se adaptando às mudanças.

 Pensem qual seria a reação de Baudelaire hoje com os celulares e a explosão dos selfies!

 

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Antônio Nóbrega e sua arrebatadora música e dança

 “Esses cantos, esses toques e essas danças são as pedras do meu céu e as estrelas do meu chão. Com eles, soletro, penso e disperso meu sonho humano. Com eles aprendi amar meu país e seu povo”. Eles são o meu Lunário Perpétuo.”

A homenagem do PanHoramarte ao talento insuperável de Anônio Nóbrega, no dia do seu aniversário. Um artista completo na sua arte que espalha as raízes brasileiras em prosa, verso,canto e dança pelo mundo.

Arrebatadora música

Arrebatadora  é a pessoa de Antonio Nóbrega, sim, Ariano Suassuna, como de fato disse e imortalizou a frase sobre o talento de seu amigo. Aos simples mortais cabe apenas se  deixar levar pelo prazer intenso que  proporciona os espetáculos criados por este pernambucano que já cantou e dançou descalço para quase meio mundo.

Uma arte que mostra os ritmos e a cultura das raízes populares do Brasil e quão comovente e pura é a essência original deste povo.

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Foto internet. Site Antonio Nóbrega
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Foto Internet. Site Antonio Nóbrega
Um homem de corpo miúdo, mas que se torna gigante no palco.

Encanta o público, mesmo num visual quase único – chapéu de coco, pés descalços, vestes simples e um violino ao lado do corpo, ou violão.Vale a pena acompanhar o trabalho deste artista mesmo que seja em vídeos, ou acompanhar as apresentações de seus próximos espetáculos pelo seu site Antonio Nóbrega.

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Foto Internet Site Antonio Nóbrega
É violinista desde criança.

Entre 1968 e 1970, já participava da Orquestra de Câmara da Paraíba e da Orquestra Sinfônica do Recife. Em 1971, foi convidado por Ariano Suassuna a integrar o Quinteto Armorial, grupo precursor na criação de uma música de câmara brasileira de raízes populares.

Mais informações sobre o seu trabalho, sobre a Companhia Antonio Nóbrega de Dança, funcionando em São Paulo, no Instituto Brincante, são encontradas em seu siteE mais ainda, se quiser conhecer um pouco daquilo que é Antonio Nóbrega, entre em seu blog e veja suas ideias sobre a vida.

“De minha parte, eu ao longo deste últimos 30 anos, aprendi toques, instrumentais, cantos, loas, danças, com os brincantes, com os tocadores de alfaias, com os cantadores e emboladores e fui recriando isto em vários e vários espetáculos.

Por certo, é fechar com chave de ouro este pequeno escrito, sem pretensões, seja a de mostrar e pontuar aqui os talentos genuínos que se tramam na diversidade brasileira. Precisa escrever mais?

Viva a internet e o youtube que não dão a oportunidade de apreciar um trabalho extraordinário como é desse brasileiro!

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Nasone ou bebedouros em Roma são pitorescos e únicos

O turista mais observador deve já ter notado em algumas calçadas de Roma pequenos cilindros de ferro com um cano que escorre água continuamente. Os Nasones, bebedouros públicos, são antigos e dão um toque especial à paisagem da cidade eterna.

Diferente das famosas e magnífica fontes, cuja esculturas que a enfeitam sempre carregam a assinatura dos grandes mestres da arte como, Giacomo della Porta, Gianlorenzo Bernini.

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A história começou com a unificação da Itália

Segundo a pesquisadora em História da Arte, Ilaria Beltramme, que publicou o livro “101 cose da fare a Roma almeno uma volta nella vita”, os bebedouros surgiram depois da unificação da Itália. Segundo o relato, com o aumento da população romana foi necessário reorganizar o sistema de água da cidade. Uma das soluções foi instalar os cilindros ferros, de centena de quilos e por eles deixar escorrer água fresca e potável continuamente, para o uso e consumo do povo romano.

Nasone quer dizer Narigão

Os primeiros eram mais finos do que os que estão hoje espalhados por alguns pontos da cidade. Estes últimos, no entanto, foram batizados pela população de “nasone” – narigão – pelo formato próprio, curvo, que lembra um nariz, com um famoso furinho em cima, que ao tampar o orifício abaixo com o dedo, a água espirra por ele. Um jeito inovador, para a época, de beber água sem contaminar o local ao colocar a boca.

Há quase dois séculos, garante a historiadora, que os romanos e turistas podem beber água pura, fresca, gratuitamente.

Os bebedouros são encontrados em alguns pontos como Campo di Fiori, Vaticano, nos bairros Trastevere, Paliori. Basta prestar atenção quando se caminha pelos locais, sentir sede, aproveitar para encher a garrafa de água e continuar a caminhada.

Água corrente

Num certo tempo, a distribuição de água gratuita gerou polêmica entre os administradores públicos romanos. “Por que tanta água grátis” se perguntavam. “Por que não colocar uma torneira para limitar o consumo”.

Mas a idéia já foi descartada porque o fato de deixar a água parada dentro dos tubos de ferro a deixava aquecida e imprópria para o consumo.

Assim, o desajeitado bebedouro faz a felicidade da população e dos visitantes, além de revelar, mais uma vez, que os romanos são únicos na forma de mostrar e oferecer a bendita água que é abundante em suas terras.

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Cascate dell’Iguazù dalla poetica indigena

Nel mese di aprile è stato istituito il Giorno dell’indio (19) in Brasile. Forse sarebbe un modo di ricordare quello che è più brasiliano di tutti gli abitanti e il primo di questo vasto territorio. Quindi, è opportuno raccontare la leggenda delle Cascate dell’Iguazù idealizata dalla poesia indigena. Così, si parla dello cuore dell’indigena e anche del luogo che è tra i più belli del mondo.
Nei tempi primitivi le cascate non erano localizzate in tra due paese: metà nell’Argentina e l’altra in Brasile. Era uno territorio unico dove vivevano gli indigena della tribù Caingangue.
Prima di raccontare le due leggende, che nel passato era trasmesso oralmente del padre a figlio, il lettore deve fare un trasporto mentale al cuore dell’indigena contemplando quello straordinario bene costruito per la natura e fatto dalla mano di Dio.

Cascate dell’Iguazú

Situato nella regione occidentale del Paraná. Il sistema consiste di 275 cascate, con altezze fino a 70 metri, lungo 2,7 chilometri del fiume Iguazú. La Garganta del Diablo (“Gola del diavolo”) (lato argentino), una gola a forma di U profonda 150 metri e lunga 700 metri, è la più imponente, e segna il confine tra Argentina e Brasile. La maggioranza delle cascate è nel territorio argentino, ma dal lato brasiliano (600 metri) si ottiene una visione più panoramica della Garganta del Diablo.

Le cascate sono condivise dal Parco nazionale dell’Iguazú (Argentina) e dal Parco nazionale dell’Iguaçu (Brasile). Questi parchi sono stati designati dall’UNESCO patrimonio dell’umanità nel 1984 e 1986 rispettivamente. Le cascate di Iguazù sono una delle sette meraviglie del mondo. Da Wikipedia.

Due leggende

Gli indi Caingangues che vivevano sulle rive dei fiumi Iguazù e Paraná hanno messo le divinità delle loro credenze in due leggende. La fonte di questa trascrizione è del libro Paraná Cadernos da Gente n. 3, leggende e racconti popolari di Paraná.

Le Caingangues di questa regione credevano che il mondo era governato da M’Boy o Mbá, un dio che aveva la forma da serpente ed era il figlio di Tupã (il dio maggiore degli indigeni brasiliani).  Il cacique di questa tribù (Igobi) aveva una figlia di nome Naipi, così bella, che le acque del fiume si fermava quando lei le guardava.

A causa della sua bellezza è stata consacrata al dio M’Boy e viveva per il suo culto. Tuttavia, un giovane guerriero di nome Tarobá si innamorò di Naipi. Nel giorno della consacrazione della principessa, Tarobá fuggì con Naipi, in una piroga(barca) fiume abasso.Quando M’Boy ha saputo della fuga è stato  furioso ed è entrato nelle viscere della terra torcendo il suo corpo di serpente. In questa furia si produsse un enorme crepaccio diventando in una gigantesca cascate. I fuggiaschi furono inghiottiti dall’acqua.

La seconda leggenda dice che quando il dio Mbá morì, sua moglie Jacira piangeva senza sosta e si ha seduta su una grande roccia da cui sgorgava un filetto d’acqua. Questo filetto crebbe con le sue lacrime fino a diventare le cascate. Le lacrime di Jacira.

Dicono che se rimanere in silenzo sentirai una voce proveniente dalle acque: Mbá, Mbá, Mbá … Raccontata per: Dalmont Pastorello Benites.

Puerile

Sembra così puerile parlare delle leggende, specialmente come è raccontato… dallo sguardo indigena in questo mondo, in cui tutto ciò che viene fatto oggi è vorace e veloce. Tuttavia, vale come un modo per mantenere viva la storia e preservare una cultura primitiva.

 A celebrare il giorno del indio?

Foto Claudia Andajur. Inhotim
Foto Claudia Andajur. Inhotim

Il giorno è ricordato solo nelle aule. Fuori, gli indigeni non hanno nulla da celebrare. L’uomo bianco ha arrivato colonizzando e insegnando a scambiare il suo territorio per specchi e bigiotteria. Questa irrancidimento continua e indi impoveriti, malati, alcolizzati, scambiano foreste per denaro o vivono oppressi da una costante discriminazione sociale.

La data è stata creata nel 1943 dal presidente Getúlio Vargas. Il 19 aprile è stato scelto al primo congresso indiano interamericano. Celebrare?

No. Credo che non.  Forse rimpiangere la mancanza di rispetto per un’etnia veramente brasiliana. Lamentare le invasioni di riserve indigene per vendite illegali degli alberi nobili delle foreste, discriminazione e perversità al bruciare vivo un indigena in Brasilia, capitale del Brasile, violenze nella costruzione della Usina Belo Monte, costruita sul fiume Xingu. Tutto imposto dal bianco a scopo di lucro e guidato dalla corruzione.

Autentico indio brasiliano che in futuro rimarrà solo alla luce dell’arte e delle sue leggende!