O crítico de arte americano, Ben Davis, relaciona cinco clássicos de Hollywood que apresentam a imagem de pintores e escultores como heróis trágicos, irreprimíveis e eróticos entre os anos 30 e 50. Segundo ele, os cineastas estavam apaixonados pela vida dos artistas muito antes de Leonardo DiCaprio ser escalado para atuar como Leonardo da Vinci.
Arte em cartaz
Para certificar-se que é real a informação sobre a preferência atual por biografias de artistas e escultores, basta dar uma olhada nos últimos lançamentos em cartaz no mundo. A tendência é visível. Citamos como exemplo, No Portão da Eternidade, a história de Vicent Van Gogh, isso sem contar a animação feita em 2017, Amando Vicent.
Outro filme Nunca deixe de Lembrar inspirado na história de Gerhard Richter, um pintor alemão que viveu na Alemanha nazista. Mais o Mrs Lowry and Son – filme que conta a história sobre o artista britânico, Laurence Stephen Lowry e o relacionamento com sua mãe, fazem parte dos novos e mostram como o cinema americano está voltado para este tema atualmente.
Escolhas de Ben Davis
O crítico nesse material da Artnet nos presenteia com uma pesquisa muito interessante. Para cinéfilos basta acessar o site verificar as etapas que ele publicou o material. Numa primeira análise, resgatou clássicos entre as décadas de 30 a 50.
O filme The Affairs of Cellini (1934), que trata da vida de Benvenuto Cellini (1500-1571). Rembrandt ( 1936), que dispensa explicações, The Moon Sixpence (1942), inspirado na vida de Paul Gauguin, Moulin Rouge (1952), sobre a vida Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) e The Lust of Life (1956), sobre Van Gogh. Esse último citado, talvez tenha sido o primeiro de de uma séria de outros que surgiram sobre ele. O filme rendeu um Oscar para Kirk Douglas que fez o papel do artista e para o melhor coadjuvante Antony Quinn.
The Agony e o Ecstasy e El Greco
Agonia e Êxtase e El Greco da década de 60, segundo artigo, foram dois clássicos que, na opinião de Davis, representam o climax do estilo hollywoodiano de ‘espetáculo fantasiado, produzidos para contrabalancear o surgimento do ‘filme de arte’ europeu. Ambos fazem o estilo dramalhão, sobretudo o primeiro com Charlton Heston representando Michelangelo.
Décadas de 70 e 80
Ben Davis não perdoa e sem tem ‘papas na língua’ quando trata de analisar as décadas 70 e 80 na produção de filmes biográficos sobre artistas na terra do cinema americano. Um período em que os produtores e diretores de Hollywood estavam ocupados com outros temas, consolidando filmes de sucesso, como O Poderoso Chefão, Guerra nas Estrêlas.
Retratar vida de artista agradava um público mais intelectual e seletivo. Assim mesmo, ele cita The far Shore, sobre o artista Tom Thomson, Gauguin, o Selvagem e Caravaggio.
Fonte: Artnet
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