Seus murais dialogam com a pobreza, violência, dor, abandono, numa explosão de cores e sensibilidade nas expressões e nos traços. Uma arte visceral. Um grito que sai das entranhas para denunciar a fragilidade da criança, da mulher, do negro, índio, das minorias que sofrem pelo preconceito numa sociedade injusta e desigual.
É correto dizer que são murais porque Angelo faz questão de destacar que não é grafiteiro e sim, muralista. “Na verdade sou muralista e venho de influências e inspirações ligadas a Diego Rivera, Cândido Portinari (Retirantes)”, frisa.
“O grafite está em toda a manifestação daquilo que se projeta numa parede, num muro, no sentido de marcação de território que surgiu na década de 70 nos EUA, seja qual for o material. O Brasil acabou associando o grafite ao spray, que é uma ferramenta a mais, adicionada à arte. Desse modo, como meu trabalho é muito mais conceitual do que marcação de território, eu sou muralista. Me denomino muralista fauvista”.
Sem dúvida a obra de Angelo Campos é exclusivamente conceitual e fala por imagens, no entanto, ele faz uma mixagem do muralismo com o grafite, especialmente porque o grafite possui hoje uma identidade também vinculada ao conceitual. Basta lembrar das pontuações feitas por Banksy nas críticas sociais sobre política, ambiente, consumo, capitalismo, guerr
2 Comments
Gratificante ter tido está oportunidade em compartilhar . Eu olhar e reflexão através da arte .
Gratifica a mim ao dobro por ter apreciado o que escrevi e pelas fotos que me mandou senti o teu trabalho e o teu talento.