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‘Vida’ é conversa musical sobre a trajetória de Puppa Santana

 Desafio qualquer pessoa que escutar o álbum ‘Vida’, de Puppa Santana Trio, a ficar estático, sem balançar o corpo e acompanhar com o pé o ritmo da música. É impossível!

Tão contagiante, como inevitável o envolvimento. Pode ter certeza!

Nos primeiros acordes o corpo já não obedece mais que não seja aquele balanço da música. Talvez porque as composições são resultados da paixão de Puppa Santana pelos ritmos, pela percussão e porque contam um pouco das cidades em que viveu e suas relações de amizade.

Experimente!… Escute aqui ou reserve sua mesa no Full Jazz em Curitiba, nos dias 16,17, 18 de maio.

” O álbum ‘Vida’ é a história de minha trajetória musical”, conta Puppa. “São 30 anos de pesquisa em harmonia e melodia. Comecei minha vida ouvindo os atabaques e tambores  do candomblé na casa de minha avó, uma respeitada mãe de santo em Salvador e a partir daí , iniciei os estudos e me envolvi com os diversos ritmos musicais. Passei batido por Beatles e fui mergulhar na polirritmia do Jazz, a música da alma, uma música livre!”.

Largo da Ordem

O álbum é composto por 10 músicas e quase todas apresentam uma conversa sonora  sobre algumas cidades brasileiras. Especialmente aquelas em que o músico viveu. Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, São Paulo, Rio, sem contar as viagens que fez fora do Brasil.

Largo da Ordem, por exemplo,  a frequência sonora é a personalidade de Curitiba. O ritmo contagia no início quando a ideia é traduzir a festa da feirinha no domingo e os acordes tornam-se mais lentos  no final, tristes na escravidão de segunda-feira quase sempre cinzenta da cidade em que Puppa já vive há seis anos e na qual sua gente enfrenta as quatro estações num só dia.

Nem por isso, Puppa deixa de ser bem humorado, sorridente e revela que a sua relação com a música é de amor. “Tudo que fiz foi com muito amor e zelo”, afirma. O baiano mistura com maestria ritmos como samba, afro, jazz, soul music e pop rock.

Puppa Santana faz o lançamento do seu álbum VIDA, acompanhado por Alex Barbosa no contra baixo e Fernando Cesar ao piano. Também recebe a cantora Andressa Marx e o cantor cariosa Paulo Ney que farão participações especiais durante as noites  no Full Jazz.

Na Bahia, foram muitos parceiros, como Cesario Leony, Bira Marques, Luis Oliveira, Leitieres Leites, Joatan Nascimento, João Teoria, André Becker, Yacoce Simões, Isaias Rabelo, Luisinho Assis, Andre Magalhães, Jerry Marlon, Paulo Andrade, Zito Moura e muitos outros colegas.

Vale conferir e participar desse bate-papo maravilhoso em a que conversa seduz pelo ritmo e não pelas palavras!

 

Foto retirada da internet publicada no site da Oi Futuro

‘Poesia Visual é a liberdade da palavra’

A Poesia Visual materializa as rimas do poeta como se palavra adquirisse vida fora do papel. A alquimia só é possível com uso da tecnologia que cria a realidade virtual. Isso não significa o fim do poema declamado ou lido em um deleite solitário, apenas um jeito inovador de sentir intensamente as cismas do poeta sonhador.

Quando a amiga VeraLu Andrade começou contar sobre o projeto Poesia Visual e Digital que desenvolve no Rio de Janeiro, lembrei da exposição sobre Fernando Pessoa que visitei no ex, ‘in memorian’, Museu da Língua Portuguesa. Inesquecível e difícil de verbalizar a emoção de penetrar na ‘alma das palavras’ dos poemas de Pessoa, visualizando sua figura projetada e palavras que se desfaziam no ar, num contraste de luz e sombra. Cria um ambiente tão envolvente que nenhum adjetivo que colocar aqui irá descrever a sensação.

‘Palavra-Movimento’

Um ambiente tão sedutor como ‘Palavra-Movimento‘, do bailarino, coreógrafo e poeta Eduardo Macedo, que acontece no Centro Cultural da Oi Futuro, no Rio de Janeiro. A exposição é a mais recente produção do projeto Poesia Visual e Digital, cujo curador é Alberto Saraiva e patrocinador é a própria Oi Futuro. É ele que diz: Poesia Visual é a liberdade da palavra.

Eduardo Macedo criou 17 poemas relacionados à palavra. Em 10 monitores com áudios que integram o espaço em som ambiente, Eduardo dança e coreografa as letras com o corpo.

“A poesia, hoje, rompeu os limites que continham sua liberdade. A produção atual unifica o poema como coisa visual, objetual, sonora, gestual e textual. Esse fluxo é uma das principais características da poesia de nosso tempo,” afirma o curador.

No papo vai e papo vem com VeraLu, descobri que o projeto tem bons anos de trabalho árduo e criativo. São 120 títulos já publicados. Além das mostras com recursos digitais, publica-se também o que foi feito durante o ano. Um testemunho.

Ganhei dela dois livros magníficos, os últimos saídos do prelo, que mostram parte das exposições realizadas e identificam os poetas. Em um deles, no volume Poesia Visual 4, Antonio Cícero, filósofo, escritor e poeta, junto com Jorge Salomão, também poeta, compositor e diretor de teatro, assinam o Manifesto Supernovas. Nele, os dois reforçam o papel da poesia na contemporaneidade.

“A valorização da Ação, da Produção, da Experimentação, da Contradição e da Novidade, que tantos deploram, é a própria evidência do triunfo da Poesia em nosso tempo. Poesia é fazer, produzir. Produzir não é reproduzir prosaicamente o que já existe. Por isso, nenhuma outra época da história e nenhuma outra sociedade jamais foi tão rica de possibilidades criativas quanto esta, MOSAICAL, que exalta o tempo, a transformação e e as diferenças, e NÃO, a identidade estilística; NÃO, a estabilidade do bom gosto, NÃO, a ditadura do passado. O passado, como a natureza, não é para nós nem totem , nem tabu. Ambos são matérias-primas e alimentos. Podemos e devemos usá-los. Mas não podemos nem queremos voltar atrás. O nosso caminho é cada vez mais radical, mais crítico, mais reflexivo. Hoje, mais do que nunca, a arte é combate, liberdade e transformação do mundo”.

Liberdade

A arte em todas as suas manifestações liberta o homem da vida inodora e insonsa.  Ao ler este Manifesto lembrei das palavras da cineasta francesa Claire Denis. “A vida é real e precisamos acrescentar bastante fantasia para aguentar o que é insosso nela”.

Quando vivemos o cotidiano sem ampliar o olhar com poética artística, não vivemos em plenitude. Somos marionetes nas mãos de um poder que tem como foco uma sociedade sem lirismo, sem diferenças, controvérsias e sem transgressão.

Os fracos têm medo dessa liberdade que aflora no coração dos poetas, artistas, que são testemunhos de seu tempo. Não foi ontem, nem hoje e nem será amanhã que veremos a arte sucumbir à mediocridade.

Salve a Poesia Visual que se conecta com as diferentes linguagens virtuais!

 “Não estamos aqui para aceitar a divisão de trabalhos que tentamos nos impor, mas para derrubar as cercas de arame farpado do APARTHEID CULTURAL (…)”

Palavras que não perderam a atualidade num momento em que a cultura e educação no Brasil correm riscos de retrocesso.  Jorge Salomão e Antonio Cícero publicaram o Manifesto Supernovas em 1985 e suas reflexões permanecem para sempre!

Abaixo o Apartheid Cultural!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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“Madonna que chatice são suas aulas de pop arte agora”

O novo álbum de Madonna, MadameX, que sairá no dia 14 de junho, aguardado com muita expectativa pelos fãs, não agrada os entusiastas em arte. A polêmica é em torno da capa do álbum.

“Provavelmente Madonna faz referências a Frida Kahlo e ao artista russo Pyotr Pavlensky”.Esse foi um comentário postado por um astuto artista no Instagram, segundo cita o site TheArt Newspaper na sua matéria.

Na imagem promocional a própria artista aparece com as sobrancelhas grossas semelhantes a de Frida Kahlo e a boca costurada em referência ao trabalho de Pavelnsky, feito em 2012, em protesto pela prisão das integrantes da grupo punk Pussy Riot. Em  2014, pregou seus testículos na Praça Vermelha, em Moscou.  “Um artista nu, olhando para seus testículos pregados na calçada é uma metáfora de apatia, indiferença política e fatalismo da sociedade russa”

O site Exibart escreve que a  ‘Signora Ciccone'(Madonna Louise Veronica Ciccone) vagamente transpôs em seu rosto essas referências.

“Madame X, Madonna … que chatice são suas aulas de arte pop agora”, conclui o material publicado no  site.

Em seu novo álbum Madonna aparece em dueto com o cantor e compositor colombiano Maluma. Os fãs já estão amando  clip  Medellin.

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La ‘croce gloriosa’ esalta la vita nei mosaici di San Clemente

Il mosaico absidale della basilica superiore di San Clemente a Roma è un invito alla reflessione sul ruolo del cristianesimo nella storia del mondo occidentale. La lettura fatta dagli artigiani dell’inizio dalla era cristiana sulla crocifissione di Cristo sfugge all’immagine del Maestro sofferente sulla croce.

La riflessione sul Trionfo della Croce o dalla Croce Gloriosa si presenta come una simbologia di vita e fede.Gli studiosi di mosaici bisantini la chiamano la “croce fogliata”, a causa degli elementi vegetali che simboleggiano, secondo la ricerca, la rigenerazione e la salvezza del peccato. L’ albero della vida della antiguità.

Senza paura

Reflessione propria mia: il principio essenziale era la joia della vita con fede, senza reaffermare la sofferenza come modo di provocare timore a Dio.In effetti, ciò che esisteva dietro la croce gloriosa è il passaggio dal mondo pagano romano al cristianesimo.

L’arte bizantina ci ha lasciato un’eredità legata alla fede di un popolo del primo medioevo.La simbologia di questa opera d’arte – uno dei migliori della scuola romana di artisti che lavoravano con i mosaici nel dodicesimo secolo – è interessante in relazione al contenuto religioso.Per la gente ignorante e analfabeta dell’antichità, quasi la maggior parte, i mosaici e gli affreschi erano un’allegoria che faceva il ruolo di un libro per insegnare la storia del cristianesimo. La Chiesa cattolica in Europa ha incoraggiato e notevolmente ampliato le arti visive fino al settimo secolo.

Il bene e il male

Nell’iconografia dei mosaici del Trionfo della Croce, a San Clemente, gli apostoli sono rappresentati dai 12 colombi bianchi, collocati accanto a Cristo nella croce. Da ogni lato della croce, a sinistra c’è Maria e a destra, San Giovanni,  e sopra, la mano di Dio che protegge la croce che vivifica e sotto, dopo il ramo verde, l’immagine del serpente e dell’agnello – il bene e il male.

La croce si apre ai quattro fiumi del paradiso e questo significa i quattro dottori della chiesa, i santi Ambrogio, Agostino, Girolamo e Gregorio, le figure alate. e pecore che rappresentano i fedeli. I bellissimi mosaici dell’abside centrale di San Clemente documentano la storia antica del cristianesimo in Occidente in un periodo in cui la chiesa stava iniziando a imporre il suo potere politico.

 Un tempio pagano

La costruzione della Basilica accanto al Colosseo ha avuto quattro distinti livelli archeologici. Nel 385 una primitiva chiesa cristiana citata da San Girolamo, sepolta e scoperta nel 1861,  che contiene al suo interno anche frammenti di un tempio pagano romano. Dopo un’altra Basilica fu costruita e distrutta da un incendio nel 1084 (d.C).

I mosaici furono realizzati tra il 1120 e il 1130, sotto il pontificato di Papa Pascoal II. Il modello, secondo gli studiosi, segue i primi cristiani e alcuni critici hanno sottolineato il riutilizzo di pezzi dell’antico mosaico perduto nell’incendio.

In altre parole, l’opera d’arte dà un nuovo significato ai modi pagani di parlare di Cristo. Il risultato finale di questa integrazione rende il mosaico di San Clemente una rappresentazione teologica della riforma gregoriana: la chiesa aveva più potere dei re.

Arte bizantina

L’arte del mosaico, nota come arte bizantina, fu portata in Europa quando l’impero romano ha conquistado l’Oriente e istituito la sua capitale a Costantinopoli. L’arte ha entrato attraverso l’Italia meridionale. Ne è un esempio la Cattedrale di Monreale, anche Ravenna con le sue magnifiche chiese ricoperte di mosaici.

Ha un’estetica basata sull’armonia delle composizioni, sulla forma, sul colore, sullo spazio, sulla luce irreale, che dovrebbe creare una sensazione dell’infinito e dell’eterno per stimolare l’astrazione. La tecnica era ampiamente usata nelle antiche tradizioni artistiche orientali.