Bloco de rua que fez a alegria de uma escola, em um bairro de Natal.

Muito riso… muita alegria porque é carnaval

Quem sobreviveu a loucura dos últimos quatro anos e o horror da pandemia não só pode, como deve pular e brincar até exaustão nesse carnaval.

E muito mais… com poética e arte use e abuse em criar fantasias com aquilo que possui em sua casa, um pouco de cor, plumas, máscaras, e extravase suas emoções sem medo. 

Dancem e cantem na rua, na praia, em casa, no bar, com amigos, onde uma banda estiver para animar a festa. Um pouco de cada coisa, o delírio do trio elétrico ou bloco, tudo vale “quando a alma não é pequena”. Vamos festejar porque conseguimos vencer e afastar um governo genocida e diminuir o poder de fundamentalistas religiosos e respeitar todas as crenças, pelo menos por enquanto.

Aqui no nordeste, em Natal, a brincadeira já começou e o que é melhor, algumas escolas já resgataram o carnaval de rua, simples, alegre, com uma banda para animar e fazer adultos e crianças dançarem e se saracotearem. 

A imagem é antiga e não perde a atualidade. A festa na praia é tradicional sempre no sábado de carnaval, em Ponta Negra. Este ano promete porque é preciso cantar e dançar depois de permanecer quase três anos sem chegar perto um do outro.  Agora podemos dar aquele  abraço carinhoso.

Quem não sabe cantar a música de Chico Buarque que vale para esses dias. 

          Não existe pecado ao  Sul do Equador

 

 

Não existe pecado do lado de baixo do equador
Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor
Me deixa ser teu escracho, capacho, teu cacho
Um riacho de amor
Quando é lição de esculacho, olha aí, sai de baixo
Que eu sou professor

Deixa a tristeza pra lá, vem comer, me jantar
Sarapatel, caruru, tucupi, tacacá
Vê se me usa, me abusa, lambuza
Que a tua cafuza
Não pode esperar
Deixa a tristeza pra lá, vem comer, me jantar
Sarapatel, caruru, tucupi, tacacá
Vê se me esgota, me bota na mesa
Que a tua holandesa
Não pode esperar

Não existe pecado do lado de baixo do equador
Vamos fazer um pecado, rasgado, suado a todo vapor
Me deixa ser teu escracho, capacho, teu cacho, diacho
Um riacho de amor
Quando é missão de esculacho, olha aí, sai de baixo
Eu sou embaixador

Ninguém sabe ao certo a origem do carnaval.

Quer saber mais leia este artigo aqui: O carnaval começou pelo cristianismo.

Ninguém coloca em dúvida o quanto é espetacular o desfile de escolas de samba na Marquês de Sapucaí, mas vale também ampliar nosso olhar crítico e entender o carnaval como expressão da arte popular.

Não deixe de ler este artigo aqui: Carnaval no Brasil é antes de tudo manifestação popular

Em 2021 estávamos assim:

“Na ausência do carnaval, a nossa festa máxima,  muitas vezes usada  para extravasar tudo que está contido lá no fundo do coração, muito mais as nossas tristezas e indignações perante ao mundo, do que alegrias, devemos conjugar o verbo esperançar e tentar abrir caminhos para transformar o que está errado, ao menos em nosso pequeno universo, no qual vivemos o nosso dia a dia.

Se alfabetizar de novo, cujo verbo esperançar seja o primeiro conjugado para desenvolver o espírito crítico. 

“já esperançar é ir atrás, é se juntar, é não desistir. É ser capaz de recusar aquilo que apodrece a nossa capacidade de integridade e a nossa fé”

Leia mais neste artigo aqui: Sem folia de carnaval a hora é de esperançar.

 Esperançamos e deu certo. Vamos lá minha gente dançar e cantar porque é carnaval!

 

 

Carybe

Você chorou?

Lula e Janja, ao quebrarem o protocolo oficial, transmutaram a atitude perversa de Bolsonaro, em um ato de amor e acolhimento. O povo brasileiro subiu a rampa com um homem que não é mito, mas simplesmente um ser humano que se emociona e chora diante da miséria e das injustiças sociais. Nós choramos! Sim…Todos nós que respeitamos a diversidade, o sincretismo, as diferentes culturas e acreditamos na arte como meio de transformação social.

IMG_1105 (1)

Vida

Guinea e as três Marias – Efigênia Rolim

 

Para os curitibanos ela é a popular Rainha do Papel e da Bala e também uma grande artista genial e admirada por todos. Até título de cidadã honorária recebeu nossa querida Efigênia, poeta, escritora, artista e sonhadora. Certamente sua criatividade foi reinventada todos os dias, a cada momento que criava uma obra de uma dessas geringonças recicláveis que indústria produz e o homem consome. Seus universos criativos alcançaram personagens mirabolantes e instalações incríveis. A Guinea e as três Marias, sem data, é feita de bonecas, plástico, madeira, metal e tecidos. Hoje Efigênia, com mais de 90 anos, vive no Asilo São Vicente de Paula em Curitiba, mas suas obras ainda voam pelo mundo e enriquecem a imaginação das pessoas.

 

8F8C55B7-8A3D-412E-9D1A-83F190C7C5C8_1_105_c (1)

Arte

Presépio na lata/2010 – Hélio Leite

O artista paranaense Hélio Leite é um figura que vive em outro mundo e cria para nós viventes deste universo conturbado puros delírios e fantasias em miniaturas. Todas com material reaproveitável, ou seja que antes eram apenas lixo reciclável.  Isto é, Hélio Leite com a artista Efigênia Rolim são significadores do insignificante. Maravilhosas obras que nos fazem viajar na fantasia. Esta, especialmente, criada em 2010 é lata (metal), madeira, tinta acrílica e fio de cabelo do artista.