Pavilhão do Japão. Bienal de 2013

Bienal de Veneza: arte contemporânea e a provocação entre a obra física e a magia do conceito

The Probable Trust Registry: The Rules of the Game #1-3, 2013. Installation + Participatory Group Performance: three embossed gold vinyl wall texts on 70% grey walls; three circular gold reception desks, each 1,83 m D x 1,6 m H; contracts; signatories’ contact data registry; three administrators; self-selected members of the public. #13001.1-3. Photo credit: E. Frossard. Courtesy Elizabeth Dee Gallery. Collection of the Adrian Piper Research Archive Foundation Berlin. © APRA Foundation Berlin. - See more at: http://www.artslife.com/2015/05/09/premi-della-56-esposizione-internazionale-darte/#sthash.V4BGhJbm.dpuf
The Probable Trust Registry: The Rules of the Game #1-3, 2013. Installation + Participatory Group Performance: three embossed gold vinyl wall texts on 70% grey walls; three circular gold reception desks, each 1,83 m D x 1,6 m H; contracts; signatories’ contact data registry; three administrators; self-selected members of the public. #13001.1-3. Photo credit: E. Frossard. Courtesy Elizabeth Dee Gallery. Collection of the Adrian Piper Research Archive Foundation Berlin. © APRA Foundation Berlin. – See more at: http://www.artslife.com/2015/05/09/premi-della-56-esposizione-internazionale-darte/#sthash.V4BGhJbm.dpuf

Embora a Bienal de Veneza mobilize artistas contemporâneos de renome e seja um evento internacional fascinante para os que vivem o cotidiano das artes plásticas, a linguagem das obras e das instalações, algumas puras metáforas ou conceitos sobre um tema, é de difícil entendimento para o público leigo. Talvez por isso a arte contemporânea seja tão criticada em um tempo que se coloca em discussão o que é arte e não arte.

Pavilhão da Rússia. Bienal de Veneza de 2013
Pavilhão da Rússia. Bienal de Veneza de 2013

Muitas vezes a poética do conceito encanta muito mais que a própria obra e quando o espectador se posta diante dela para apreciá-la sente que a imagem material não corresponde ou não se formata com a viagem criativa que fez sobre o significado proposto a partir do conceito do artista.

É como ler um livro de ficção e depois assistir o filme sobre o mesmo tema. Existem anos-luz de distância entre a obra física, material, à concepção criativa do pensamento do espectador sobre o trabalho artístico. Este espaço entre a realidade visual e a magia do pensamento na poética da arte jamais será preenchido. O pensamento e a criatividade, tanto do artista, quanto do espectador, viajam até o infinito e a matéria é finita.

Pavilhão do Japão. Bienal de 2013
Pavilhão do Japão. Bienal de 2013

Por isso, existe uma espécie de decepção sentida pelo visitante leigo a uma mostra de arte contemporânea e isso consequentemente restringe o interesse para um grupo seleto. É uma pena! A arte contemporânea traduz, com refinamento, os paradigmas da sociedade moderna. Entender a atualidade sob o olhar da arte é aprimorar os sentidos.

Esta reflexão se faz necessária para interpretar o conteúdo das curadorias de bienais que ocorrem em todos os cantos do planeta, quanto conduzem o tema geral da exposição para questões sociais, ambientais e políticas. Nas sucessivas bienais de Veneza esta postura é visível, especialmente na 56a.  Exposição Internacional de Arte 2015 que a atenção é voltada às questões geopolíticas mais urgentes. Leia mais no site da Bienal em italiano

Obra da artista Rosana
Obra da artista Rosana

Veneza está abrindo  cada vez mais para  participações de novas nações e o júri 56a. mostra, Naomi Beckwith(USA), Sabine Breitwieser (Áustria), Mario Codognato (Itália), Ranjit Hoskote (Índia), Yongwoo Lee (Corea do Sul), entregou o Leão de Ouro de melhor pavilhão para a representação da Armênia, sob o título Armenity, que se debruça sobre os 100 anos de genocídio armênio. As obras foram instaladas num mosteiro e na ilha de San Lazaro dos Armênios, na cidade italiana.

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Foto Internet. Obra da artista brasileira Rosana Palazyan

 

Neste pavilhão, que tem como subtítulo “Artistas contemporâneos da diáspora armênia”, estão expostas obras de 18 artistas convidados, entre eles a brasileira Rosana Palazyan, carioca, nascida no Engenho de Dentro, que faz parte da terceira geração –  os netos dos que sobreviveram ao massacre perpetrado pelo Império Otomano na gigantesca e compulsória marcha para tirar os armênios da atual Turquia.

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O melhor artista da mostra  segundo o júri,  foi Adrian Piper e quem levou o Leão de Ouro, com a obra The Probable Trust Registry: The Rules of the Game#1-3 (USA, 1948; Arsenale, Corderie). “Adrian é vanguarda na medida em que renovou a prática conceitual inserindo uma subjetividade pessoal – do seu ser, do seu público, da platéia em platéia em geral. A sua apresentação convida a uma prática permanente de responsabilidade pessoal ao caráter efêmero e fuga dos sistemas de valores”. Publicação original da premiação.

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O Leão de Prata ficou por conta de uma jovem artista da Coreia do Sul, Im Huen-Soon, com Factory Complex, 1969. “Por um emocionante vídeo instalação que mostra a precariedade da nautreza em relação as condições do trabalho feminino na Ásia. Factory Complex é quase um documentário, mas é apresentado por meio do encontro direto e imediato, leve, dos sujeitos e suas condições de trabalho”.

Três menções especiais para Harun Farocki (Alemanha), Coletivo Abounaddara( Síria), Massinissa Selmani(Algeria).Harun recebeu por ter sido uma figura fundamental no cinema depois da guerra. Ao Coletivo da Síria, pela sua extraordinária coragem em documentar o conflito político e luta pela sobrevivência humana na Síria de hoje, sem se esgueirar. Para Massinissa Selmani pelo trabalho realizado por intermédio de um simples médium, mas capaz de incindir além de sua dimensão. O juri decidiu também premiar o pavilhão dos Estados Unidos pela representação da Joan Jonas, um artista importante por sua obra e sua influência – They Come to Us Without a Word.

Brasileiros

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Foto Internet. André Komatsu, Berna Reale e Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux, publicado no site Brasileiroshttp://brasileiros.com.br/2015/05/artistas-dao-toques-finais-no-pavilhao-brasileiro-em-veneza/

O pavilhão brasileiro se representa na Bienal de Veneza de 2015, com o título É Tanta Coisa Que Não Cabe Aqui, com obras dos artistas André Komatsu, Berna Reale e Antonio Manuel, convidados pelo curador Luiz Camillo Osorio. Os três construíram um lugar de aprisionamento como crítica a uma falsa liberdade em que transita o indivíduo contemporâneo.

“É como se o trio dissesse que para, sermos livres, precisamos estar trancafiados num espaço cirurgicamente limpo, falso, montado por nossa imaginação, na estética do ‘condomínio’, citando Christian Dunker. E há também o aprisionamento do outro, na pobreza econômica, na violência física, social e cultural, que é uma maneira de garantir nossa própria e mesquinha sobrevivência”, do site brasileiros.

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Outra  brasileira que se faz presente em Veneza é a mineira Sonia Gomes que está entre os 136 selecionados pelo curador da Bienal, o nigeriano  Okwui Enwezor. Sonia trabalha com tecidos, bordados, torcidos e rasgados. “O material chega pedindo socorro. ‘Não me deixe morrer. Me deixe viver em outro corpo’”. Leia mais sobre Sonia Gomes.image

 

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Viajando com a buzina do trem

 

Por Erol Anar / Depois de a serração  acabar cheguei numa praia. Olhando ao horizonte via um navio rumando para longe, pensava que você estava nele e não tirava os olhos até vê-lo sumir. Sabia da impossibilidade de ver esse navio novamente e você dentro dele. Num hotel da principal rua da cidade, ao lado da janela, observava a noite e as luzes como se fossem uma mulher deitada na minha frente. Nas ruas as pessoas andavam rápido como se não quisessem se atrasar, algumas entravam no cinema, os vendedores de frutas gritavam, havia prostitutas também. Meu coração era um ponto de incêndio da cidade bombardeada no lado mais populoso dela.

 De repente estava segurando um barulho de trem e voltava para minha infância, lembrava das brincadeiras na ferroviária, sob os trilhos que carregavam nossos sonhos para longe dali. Deixamos nossas infâncias nas locomotivas, acenávamos nos despedindo dela. Para onde levaram nossos sonhos infantis? Quem sabe? Nossas infâncias sumiram como as fumaças do trem dissipadas pelo vento.

 

Eu te esqueci nos caminhos distantes
E por lá me lembrei de mim …

 

 

Os navios viajando dentro de mim

Os navios deixaram os portos e rumaram ao oceano existente em mim. Eu acenava nas praias nos mares dentro de mim, visitei pequenas ilhas. Descobri minhas ilhas próprias e entendi que descobrir suas ilhas próprias é mais importante do que descobrir a América.

 

Os navios estavam partindo

dos portos dentro de mim.

As velas estavam abertas

para rumarem ao norte do meu coração.

Meu coração esqueceu você

enquanto te enterrava

nos oceanos mais fundos.[1]

 

Eu sentia saudade de sonhar. Nunca me lembrava meus sonhos. Durante noites seguidas ficava sem dormir, depois dormia profundamente e queria sonhar. Acordava em planetas distantes, com coisas vivas e plantas esquisitas. Às vezes acordava e tinha meus sonhos interrompidos, era estranho porque acordava dentro do próprio sonho. Passava de um sonho para outro, mas não despertava na vida real.

 

Eu te esqueci nos caminhos distantes
E por lá me lembrei de mim …

[1] Próprio autor.

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Sátira de um namoro de jardim…

 

Na hora marcada

O rapaz elegante adentra o jardim

Tão nervoso, por um triz não levou um escorregão

Vexame que poderia colocar em risco sua fama de valentão

Munido de uma rosa na mão

E com ares de galante conquistador

Tenta impressionar a mocinha

Que tinha um olhar lânguido como de uma fuinha

A coitada estava exasperada

Com receio que tudo acabasse em marmelada

O rapaz parecia ser um bom partido

Apesar da panca de metido

No fundo do quintal

O cachorro desconfiado deu um estridente latido

Sentaram-se no banco

Sem saber o que dizer

Ele havia escrito um discurso romântico

Mas no calor da emoção

As palavras de sua cabeça desapareceram de sopetão

O coitado começou a gaguejar

A mocinha em pensamento a praquejar

À certa altura e nada acontecendo

Ambos não conseguiam conter um irresistível bocejar

O silêncio era de amargar

Aquele romance de jardim parecia estar fadado a fracassar

Antes mesmo do próximo olhar se cogitar

O tempo foi passando

E o nervosismo mútuo pouco à pouco se dissipando

Ele de repente lançou uma bela piscada

Que causou no coração da moça uma fisgada

Estavam enamorados finalmente

Ambos agora promissores pretendentes

O rapaz tomou coragem e lascou um beijinho na moça

Que cheirava à detergente de lavar louça

O rosto dela ficou vermelho como uma cereja

Após sentir dele um bafo pesado de cerveja

A vizinha que observava à tudo atrás do muro

De tanta curiosidade ficou com o pescoço duro

Não conseguiu conter a emoção

De ter  muito para fofocar na próxima procissão

Mulher de língua comprida

Que de tanto falar pelos cotovelos

Criou na língua um calo

Duro como de um brócolis o talo

À certa altura da conquista

O rapaz tentou avançar o sinal

A mocinha ofendida lhe lascou uma bofetada

Que senhora raquetada!

O rapaz nocauteado perdeu os sentidos

Sem dar-se conta, primeiro, dos pecados cometidos

A mocinha arrependida

Jogou-se no chão

Para socorrer o bonitão

Passou a alisar dele o viçoso bigodão

Que mais parecia um maço de algodão

Quando o pobre ainda atordoado pela chapuletada

Pediu que a moça lhe desse com amor um beijo

Uma legião agora de bisbilhoteiras

Se posicionaram atrás da vegetação

Em pelotão

Todo mundo queria ver

Que rumos levaria  aquele romance de revista

Desabrochando em direção ao anoitecer

O rapaz depois do beijo

Sentiu-se leve como um pão de queijo

Perdidamente apaixonado estava

Pela mocinha desnaturada

O namoro de jardim

Acabou na porta da igreja

Depois de uma cerimônia benfazeja

Os dois pombinhos

Para a lua-de-mel partiram

Em amor e paixão se confundiram

Foram felizes e muito riram

Juntos para sempre

Almas gêmeas se descobriram

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Adesso sono profani i luoghi che erano sacri in tempi antichi.

I turisti che visitano ogni giorno il cerchio sacro di Stonehenge, in Inghilterra, o Mont Saint Michel, in Francia, Machu Picchu, in Perù, a causa del grande flusso e la velocità come le visite sono elaborate, sentono di meno la storia e il mito che circondano questi siti costruiti nell`antichità.

In funzione della confusione e della curiosità, i visitatori sono indifferenti e profani, nel giro dentro di uno spazio in che l’uomo lo ha fatto sacro nel passato.

Il modo migliore per apprezzare gli aspetti artistici e sentire l’aura di mito e del mistero che circondano i luoghi, è visitare da solo o in eventi organizzati con l’obiettivo di fare una comunione maggiore con il significato storico e spirituale.

Stonehenge
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Stonehenge. Foto per Mari Weigert

Gli antichi cerchi di pietre megalitiche (pietre di grandi dimensioni) esistono in tutte le parti del mondo, anche se poco si sa su di esse. E ‘ possibile dedurre qualcosa su chi ha eretto i siti da Stonehenge, che si unisce da Silbury a Avebury nel Wiltshire, sud-ovest dell’Inghilterra, così come la data delle opere e quasi nulla sul perché che è stato costruito.

Per alcuni, i cerchi sono conduttori dell`energia della terra, cosi come quello che gli aghi di agopuntura fanno con il corpo. Gli altri suggeriscono una connessione con riti della fertilità, ma l’unica cosa che sembra certa è la connessione di queste costruzioni con le stagioni dell`anno.

Il complesso megalitico di Avebury, nel Wiltshire, è stato costruito in più fasi ed è stato maggiore in passato rispetto ad oggi è Stonehenge. Si calcola che è stato costruito nel periodo neolitico verso il  2500 aC. Il grande cerchio di pietra è rimasto importante per l’età del bronzo (2200-1500 aC), quando molte tombe sono state costruite nelle vicinanze. Oggi, Stonehenge, Avebury e gli altri luoghi sono il cuore di un sito patrimonio mondiale con una concentrazione unica e densa di importanti monumenti preistorici.

Machu Picchu
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Machu Picchu. Foto per Janine Malanski

La città perduta di Machu Picchu in Perù, localizzata nell`alto della montagna, nell`Ande peruviano, è uno dei luoghi più spettacolari del mondo. Le rovine sono circondati, in tre lati, da una gola di più di mille metri di profondità – dove passa il fiume Urubamba, affluente del fiume Amazzonia – e sul quarto lato da una dorsale montuosa che sembra un guardiano.

Il vantaggio di viaggiare da soli è di avere in concreto tutta la giornata  per godere  un posto come questo. Il biglietto per entrare è possibile comprare a partire dalle 9 del mattino e il parco chiude alle 18 e quindi  è possibile andare prima sui cammini vicino alle rovine come la ponte Inca, con 30 minuti a piedi e poi quella della Porta del Sole, che richiede due ore di strada. Verso le 15 è che si deve conoscere le rovine, internamente, quando il flusso intenso di turisti è di meno.

 Mont Saint Michel
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foto internet

 

L’isola sacra collegata alla terraferma conforme il movimento della marea, nella regione della Normandia in Francia oggi attira migliaia di turisti durante tutto l’anno per visitare l’abbazia, che nel secolo diciotto è diventato un luogo di pellegrinaggio cristiano a causa del Vescovo Aubert, di Avranches, che ha costruito un santuario dedicato a San Michele Arcangelo. Si ritiene che il sito era usato dai druidi per adorare il sole e al dio Mitra e usato anche come cimitero celtica. La Merveilhe un insieme  di edifici religiosi gotici del secolo tredicesimo, domina l’isola.

Informazioni utili:

http://www.english-heritage.org.uk.

http://www.ot-montsaintmichel.com/en/accueil.htm

http://www.manualdoturista.com.br/detalhes.asp?pesquisa=1135&detalhes=7