Edoard Manet. Foto via internet

Vamos restituir a dignidade do ócio

O que é o ócio? Por que sua dignidade está tão comprometida?

Ócio e a honra perdida na sociedade contemporânea. O capitalismo marginalizou essa palavra tão bem utilizada no passado. Em tempo de pandemia ainda vale pensar no ócio como algo que se entende como qualidade de vida. Vamos entender o ócio e praticá-lo na sua plenitude perto deste período de festas atípico e nunca antes vivido pela humanidade.

Hoje a pergunta mais comum é: ‘O que você faz? Qual é o teu trabalho?

São as perguntas imediatas logo depois das apresentações formais numa roda de bate-papo.

Nunca recebemos uma resposta como esta: ‘Me dedico ao ócio’. Isso porque “ócio” é condição de vida inadmissível numa sociedade capitalista e porque erroneamente é sinônimo de preguiça, inércia, sem ocupação.

Os italianos, no entanto, desfazem o equívoco sobre a etimologia da palavra dedicando uma farta literatura sobre o tema.

Sêneca

Um dos primeiros a escrever sobre ócio foi o filósofo Sêneca, que viveu no império romano. O texto intitulado “L`Ozio e la serenità” justifica o seu exílio e retirada da vida pública. Entre os antigos romanos o ócio era o repouso da atividade prática comum e como tal incluía também a vida contemplativa.

Sêneca sustentava que a contemplação era também uma ação (que na realidade é contraria ao sentido místico temporal, de ser uma visão mística da natureza e de Deus). Mario Scaffidi Abbade, que faz a interpretação do texto de Sêneca do latim para o italiano, acrescenta que

“ócio é ação por excelência porque contempla todas as ações, nos dois sentidos dos verbos observar e conter”.

Seguindo o raciocínio de Sêneca, o curador reconhece no pensamento do filósofo da antiguidade, que próximo ao termo De otio – latim – existe o da serenidade – De Tranquilliate animi –, no qual não se exclui a participação na vida ativa e em certos casos (estado de ânsia, aborrecimento, melancolia) se pode encontrar na vida social.

“Portanto, como a contemplação não é a ausência de atividade, assim a serenidade também não é a falta de paixão, mas o equilíbrio harmônico das duas situações – ócio e serenidade”.

Domenico de Masi

Na atualidade, o sociólogo italiano, Domenico de Masi, defende a teoria do ócio criativo como novo conceito de trabalho. O sociólogo argumenta que será a forma de trabalhar do futuro, depois da era industrial.

A ideia dele é que as pessoas poderão produzir melhor desenvolvendo a ociosidade criativa.

“O ócio criativo é uma arte que se aprende e se aperfeiçoa com o tempo e com o exercício. Existe uma alienação por excesso de trabalho pós-industrial e de ócio criativo, assim como existia uma alienação por excesso de exploração pelo trabalho industrial.

É necessário aprender que o trabalho não é tudo na vida e que existem outros grandes valores: o estudo para produzir saber; a diversão para produzir alegria; o sexo para produzir prazer; a família para produzir solidariedade, etc.”

Mas é no livro de bolso, “Viva o Ócio Abaixo o Negócio”, de Federico Zuccelli, que se busca restituir a dignidade etimológica desta palavra, entre as “mais maltratadas do vocabulário”, como se refere o texto. O livro faz um apanhado geral e histórico do sentido do ócio no mundo antigo e moderno.

“Ócio é uma nobre expressão que os latinos chamavam de otium, autium e que significava ‘estou bem’. É repouso da ocupação, e termo contrário do negócio Nec otium, equivalente negócio, empresa”.

Zucelli

Zuccelli avança em sua pesquisa e mostra que foram os gregos que imprimiram o verdadeiro sentido do ócio, denominando-o de “scholé”. Isto é, escola – um lugar onde se ensina e se aprende. “O grego médio, cidadão comum, não tinha uma ocupação oficial e estável, como também não perdia oportunidade de desfrutar de uma vida ociosa.

Principalmente os atenienses reuniam-se habitualmente na porta de suas casas ou seja em um barbeiro, comércio, para começar uma discussão que durava o dia inteiro”, registra um trecho do livro.

Preguiçoso

Enfim, ao contrário do preguiçoso, que é indiferente, negligente e desconfortável em relação à vida, o ocioso ama viver, conversar, amar, passear, é curioso, alegre e desfruta das pequenas coisas.

“A vida não é trabalho, mas laboratório da mente e somente a mente tem o direito e dever de agitar-se. O negócio nos basta para viver e viver com a companhia do pensamento, entre as nuvens. Sonhar. Mas para sonhar é necessário desprender-se dos laços opressivos e contundentes do comércio, e olhar as estrelas.

Como será possível erguer o olhar para o céu, quem tem a tarefa frenética e hiperativa de lucrar e ter os melhores ganhos?”, finaliza Zucceli

A resposta a Zuecceli seria retirarmos a ação, tarefa frenética e hiperativa  de lucrar , e substitui-la por viver com qualidade, que implica em ter tempo para a família, desfrutar de momentos prazerosos,  sem ser escravo do consumo. O exercício de de desfrutar a vida é um estado de espírito e não depende de dinheiro.

É se dar ao direito de ganhar minutos ou horas sentindo o aroma de uma flor num jardim, ou provocar um sorriso em  uma criança, no brilho das estrelas, no frescor da primavera, no sabor d’água pura limpando a tua pele… São sensações que  não tem preço e melhoram a nossa relação com a vida!

* Foto via internet. Édouard Manet/ 1863 – Dejeuner sur l’herbe

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Fazer o bem que mal tem

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Foto retirada do site http://www.joaopaulosegundo.org.br/fotos-detail.php?id=29

Ao invés de dar mais atenção ao que  aconteceu de negativo em 2015, enumerar tragédias, falar sobre corrupção e traçar um panorama sombrio para 2016 (isso inevitavelmente estará na mídia),  PanHoramarte sugere uma tarefa de casa para os seus leitores neste fim de ano: listar iniciativas, individuais ou coletivas que ajudaram a melhorar o mundo.

Comece a listar nomes e ações pelo teu círculo de amigos e vai descobrir que tem muita gente fazendo o bem no anonimato sem a intenção de aparecer na mídia, de tornar-se uma celebridade ou de ganhar dinheiro.

Tem muita gente que faz o bem pelo puro e simples objetivo de aliviar as dores de outros seres humanos menos favorecidos.

A ideia desse artigo era fazer um balanço de 2015, no campo das artes, da literatura, analisar os fatos e suas consequências. Mas que nada!

Mais vale contar histórias que deram certo e que ajudam a construir um mundo melhor. Gratifica e enche o coração de esperança de que tudo, tudo, pode dar certo em 2016.

Buscando na memória histórias e nomes, me surpreendi ao me dar conta que somente no meu restrito círculo de amizade já tinha alguns exemplos emocionantes.

Lembrei de André Figueiredo, Lucia Helena Fernandes Stall, Suzel Hamamoto, Wanda Moreira Martins….

André ajudou um brasileiro a ter uma casa pela ong Teto

presente_consciente - CopyAndré, o jovem  português que me fez conhecer um trabalho voluntário muito bem coordenado. Maravilhoso!

A ong Teto que constrói casas para quem não tem onde morar. André não teve dúvidas em passar um fim de semana levantando paredes numa favela do Rio de Janeiro e em desembolsar uma razoável quantia em dinheiro para ajudar na compra de materiais de construção.

A grande família de Lucia

DSC00769A amiga Lucia conseguiu transformar cinco meninos de rua em homens de bem, pela determinação e persistência de uma ação de apoio emocional e financeiro iniciada há 17 anos  – O contrato. Na foto, as famílias e filhos dos foram um dia meninos de rua.

“Um trabalho de transformação social precisa atingir até a segunda geração”, diz ela. Sem dúvida. Lucia tem razão e 2015 para ela foi com muitos desafios em relação aos meninos. Alex Marcelino que lhe dá o beijo de agradecimento na foto, tem um carinho especial pelo que sua madrinha fez por ele este ano.

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Natal Solidário de Christian Hamamoto, criado por Suzel (a mãe)

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foto retirada da página do Facebook

Suzel, a mãe, continuou a ação de filho Christian ( in memorian), distribuir presentes para crianças carentes que vivem na periferia de Curitiba, há três anos.

Seus olhos brilham quando conta os resultados da campanha e a acolhida das crianças  e suas famílias.

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História de amor entre Wanda e as crianças do Lar Bom Jesus começou nas férias

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fotos do Facebook de Wanda Moreira Martins

Wanda foi passar as férias em Natal há cerca de quatro anos e por acaso comentou para um guia turístico que gostaria muito de fazer algo, de ajudar alguém. Ele respondeu: se você quer ajudar uma causa, eu tenho uma pessoa que vai gostar de conhecer.

E assim começou a história de Wanda e das crianças do Lar Bom Jesus, em Natal. Todos os anos essa paulista vai até o nordeste e proporciona um festa de Natal digna para os filhos adotivos de Cleide, que por sua vez é a heroína da história.Cleide juntou as crianças abandonadas na rua e montou um lar para elas, na Região Metropolitana de Natal.

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Foto retirada do Facebook de Wanda

A festa desse ano foi sensacional, para Wanda. “Acho que a mais emocionante de todas”, diz ela . “Vocês não imaginam como eles estavam felizes. Paramos pra almoçar no NafNaf na praia de Jacumã, dai eles viram o painel de fotos dos famosos que já estiveram lá e ficavam falando entre eles :”estamos aqui no mesmo lugar que esses caras (os famosos) estiveram … Nem acredito , nem acredito “. E teve um momento que foi o mais emocionante de todos, estávamos nas dunas móveis e os bugueiros fizeram uma parada pra fotos, eles começaram a subir numa das dunas, a mais alta, de forma espontânea começaram a dar as mãos uns para os outros e gritar que estavam felizes, muito felizes. Subi também e fiz parte desse lindo momento”.

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foto retirada do Facebook de Wanda

Somente no relato de quatro exemplos quase uma página escrevi e vejam, tentando resumir ao máximo para não me tornar piegas e repetitiva. Garanto que faltaria espaço para apresentar outras histórias dos amigos de meus amigos ou a tua história de amor ao próximo.

É a forma que encontrei de compensar o anonimato desses heróis e heroínas que não estão preocupados em divulgar seus feitos e sim realizá-los.

Ao escrever sobre eles, me sinto mais leve e cumpro o meu papel de comunicadora e, talvez,  o fato de divulgar ações singelas, possa inspirar mais pessoas a realizar algo de bom. Pequenas atitudes, muitas vezes, são gigantes para o outro.

Como a escola João Paulo II de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, que está precisando de ajuda para continuar a funcionar depois da morte de seu fundador Belmiro Valverde Jobim Castor.

Ou um tratamento de saúde digno a uma criança necessitada, pagando médico e remédios. Estou fazendo isso ao neto da pessoa que cuida de minha mãe. Um triste e lamentável episódio decorrente do péssimo funcionamento da saúde pública no Brasil. Ou simplesmente comprar material escolar para quem não pode comprar.

Acho que a caridade (caritatem, latim) amor ao próximo, deve ser desenvolvida pelo sentido correto, amar e oferecer algo e não aquilo que não te serve mais. Isso não é caridade!

Vamos olhar para o outro, sobretudo para as crianças que representam o futuro da humanidade.

Então, fazer o bem, que mal tem?

Que venha 2016 com mais amor e solidariedade!

 

 

 

 

http://nepo.com.br/2013/11/18/o-aparato-de-tomada-de-decisoes/

Decisões

Já sei que esse título chega a ser duvidoso de tão perfeito. Parece tão conciso, tão quadrado, tão medido, como se no mundo existisse duas barras chocolate: a negra ou a branca. Você só tem que escolher qual você gosta mais. Quando você é criança você quer as duas, e teus pais insistem que você tem que decidir por uma. Você segue indeciso que quer as duas, afinal você gosta das duas. O chocolate negro é tão bom como o branco. Porque eu não posso ter os dois. E teus pais explicam que os dois não é possível. Você tem que escolher. Você não se decide e teus pais aí então entram com a ameaça:

– Você vai acabar sem nenhuma!

Quantas situações como essa vivenciamos ao longo da vida? Quando a gente pensa dá até vontade de voltar no tempo. Ai se as escolhas na vida fossem tão fáceis como escolher entre o chocolate preto ou branco.

Comecei a me dar conta dos pesos das decisões quando sai de casa. Até a Universidade realmente as decisões não foram algo que me custasse muito. Sempre fui muito segura do que eu queria e muito honesta comigo mesma sobre isso. Tomava as decisões sem muitas dificuldades. Até na hora mais complicada da adolescência, o de escolher as profissões tive claro que priorizava o jornalismo sobre o ballet clássico.

Até hoje não questiono sobre essa decisão e se o faço, não é com remorso ou arrependimento. No entanto, entendi que quando saí de casa, cada decisão tinha uma peso maior sobre o meu futuro ou a minha vida. Ainda lembro quando decidi não retornar ao Brasil e estender meu visto por mais um ano na Inglaterra. Passei semanas pensando: às vezes decidia voltar, às vezes ficar. Não tinha certeza sobre nada e me causava dias e noites de ansiedade pensar em ir ou voltar.

Outras das decisões que me custou foi quando tinha que decidir sobre mudar de trabalho: o que eu tinha me oferecia muitas vantagens, o outro crescimento profissional, aprendizado, melhor salário mas também mais horas. Decisões: é um toma lá, da cá.

Eu sei, é uma angústia porque tudo que, na verdade, não custa tomar uma decisão é porque a decisão já está tomada. Agora quando entra em jogo vantagens e desvantagens, medo, mudança, expectativas e possíveis decepções, aí o bicho pega.

Foi lendo Martha Medeiros outro dia que me dei conta que o que me aflige, é o que aflige a 99,9% da população.   Todo mundo tem medo que a decisão que toma seja a errada: e isso só acontece porque somos humanos. Só nos tornamos adultos, ou pelo menos nos damos conta da nossa maturidade, quando a gente perde o medo de errar.

Escolher errado todo mundo vai fazer: saber redirecionar suas escolhas para que elas saiam mais ou menos como o esperado não é todo mundo que vai fazer. Por isso muita gente tem medo da mudança. A mudança é escolha, é crescimento, é aprendizagem. Parafraseando Martha Medeiros, “não somos apenas a somas das nossas escolhas, mas também o produto das nossas renúncias”. Crescer é tomar decisões e viver em paz com a dúvida.

O que não dá é idealizar aquilo que não aconteceu. Ou tentar decidir de forma precipitada pra se livrar do problema. Buscar certezas talvez seja o maior erro de ser humano: porque certeza absoluta só temos da morte. E mudar nem sempre tem porque ser mal. Tomar as rédeas da vida e se dar conta que você é o protagonista da sua própria história é o que faz de você singular diante de um mundo com tantas pessoas que passam a vida deixando que outros decidam por eles.

 

 

 

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A lenda da capela segundo um bugre. Transcrito por Sebastião Paraná – 1899

 

( Texto que faz parte da introdução do novo livro do casal Luiz Ernesto Wanke/  Maria Marlene Wanke chamado ‘Faxinal dos Polacos’, a ser lançado em 2016)

A história que se segue foi colhida por um pioneiro das letras do Paraná, ouvidas de um índio, lá pelo final do século dezenove. O vilão é um dos imigrantes eslavos que se instalaram ao longo do vale do rio Iguaçu desde a nascente em Curitiba até a região de União da Vitória. Pelo final, entende-se que era um ucraniano. Sublinhe-se o medo dos indígenas pela figura recém-instalada do imigrante e pelo cuidado que os nativos tinham que o estoque natural da floresta fosse extinto (o que parcialmente se concretizou):

“Toda a tribo vinha fugindo das margens do Iguaçu porque os cristãos derrubavam as florestas a machado sem pena nenhuma dos grandes troncos de árvores, onde viviam as araras e os mutuns e em cuja sombra rarificava o macaco, que às vezes caia nas garras do tigre (onça), nosso rival nas caçadas das selvas. Depois largavam fogo à derrubada, plantavam milho e feijão e, terminada a colheita, caminhavam para diante, devastando sempre.

Uma noite, quando acordamos, estávamos completamente cercados e só às custa da força do tacape conseguimos abrir caminho entre os nossos inimigos. Na fuga vimos que tinha sido presa uma das filhas mais belas e formosas da tribo, Janaina era seu nome, que caiu sobre o poder do chefe dos imigrantes, que era homem forte e comandava muita gente. Os pajés agitaram as maracas e a inúbia soou com força em todas as matas, reunindo a gente que escapara da morte ou cativeiro. Mas antes de chegarem os guerreiros das outras tribos, veio um velho de muito longe e entrou no Conselho dos Pajés e disse:

“- Na guerra contra os brancos que usam armas de fogo não devemos esperar senão a morte.”

Um dos nossos guerreiros escondera perto do acampamento dos nossos inimigos, um ‘filtro do amor’, que nós conhecemos, a fim de Janaina se fazer apaixonar pelo chefe. O amor de Janaina inspirará confiança e um dia, quando todos estiverem adormecidos com o ariru servido, não escapará nenhum e suas cabeças virão ornar as estacas de nossas tabas e as carnes dos mais robustos, servidas em nossas festas, lançando ao poço os corpos ruins para que não envenenem os corvos.

Os pajés ouviram o recém-chegado e o seu plano foi o plano dos pajés.

O chefe do bando ficou apaixonado, mas, infelizmente, Janaina também se deixou apaixonar pelo moço, de forma que nada foi conseguido. O chefe já era casado e houve luta entre as duas (sua mulher e Janaina). No dia seguinte Janaina disse ao chefe dos imigrantes brancos:

“- Parta para a beira do rio, onde fico à sua espera, à noite fugimos pela floresta e se você não for, amarrarei os meus pés com um cipó e me lançarei ao rio.”

Mas o chefe não foi procurar Janaina. Quando amanheceu o dia, ele correu ao rio onde só viu sua roupa, com uma coroa de maracujá do mato em cima. O homem deu um grito de desespero e ficou tão louco que se atirou na corrente para nunca mais reaparecer. A senhora branca soube do fato, montou num cavalo e correu o rio onde só viu a roupa de Janaina. Em prantos, gritou e amaldiçoou o rio, cuspindo três vezes nele.

Então as águas cavaram o chão e se esconderam no fundo da terra, os peixes ficaram cegos e a floresta fanou-se e morreu.

Seus restos formaram o esteio da capela Greco-católica.”