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Divinos segredos de beleza. Uma Nefertiti

Toda a mulher vaidosa tem divinos segredos de beleza que fazem a diferença (ao menos para ela) que tenta driblar o que é inevitável: o envelhecimento. Fórmulas mágicas, talvez, que a fazem acreditar na preservação da juventude.

Ser a Nefertiti da contemporaneidade.

Alimentar o sonho de ser a mais bela para quem ama, destacar-se  entre as próprias mulheres ou  simplesmente ser feliz com a sua imagem no espelho.

Ser feliz com a sua imagem no espelho!  Gostar de si mesma. “Ama ao próximo como ama a ti mesmo”, é bíblico!

Como vamos gostar do outro se não nos aceitamos! Portanto, ser feliz com sua imagem no espelho é um exercício diário, mental.

Por isso, aqui vai uma receita infalível passada por uma amiga do coração.

“Eu sou, eu sou o poder divino que governa em mim, para manter a beleza e a eterna juventude na minha mente e em meu corpo”. 

A repetição é técnica da neurolinguística e te convence. A frase pode ser outra, que tenha um conteúdo para melhorar a autoestima e fortalecer o eu. Tente e veja como funciona…

No entanto, outras são até esdrúxulas, caseiras e passadas de mãe para a filha, de mulher para mulher, como um legado inestimável.

Segredos

Divinos porque sempre são aplicados como parte de um ritual.

Os segredos são confidenciados em “ boca pequena” para outra mulher , num impulso de compaixão ou simplesmente para divulgar a receita milagrosa, normalmente no burburinho de um salão de beleza ou em qualquer outra atividade exclusivamente de mulher.

Tempos atrás, numa das tardes relaxantes na sauna do clube social que frequento, escutei uma dessas receitas infalíveis para deixar o tom de pele mais escuro.A fórmula mágica era nada mais, nada menos, que o bronzeador artificial, sem sol.

Até aí, tudo bem, não é nenhuma novidade o uso de bronzeador artificial, produto que é passado como creme e, que ao estimular a melanina da pele começa a escurecer, isto é, se a pele for morena é possível que dê resultado. Contudo, se for branca, extraordinariamente branca, o resultado é um desastre, será apenas um tom amarelo icterícia.

Não foi uso do bronzeador que me chamou a atenção.

Neste caso, o divino segredo daquela mulher de 60 anos, era a forma como se preparava para o seu encontro amoroso. Ao que entendi e por ser discreta, não perguntei se era separada ou solteira, presumi pelos detalhes do ritual, que o prazer da companhia de um homem não fazia parte de sua rotina diária.

O mais fascinante disso tudo, é que a narração do ritual revelava a centelha juvenil ainda acesa na alma daquela mulher madura. Uma prova que sensualidade não tem idade!

Ela moldou o seu aspecto físico no estilo loira de pele bronzeada.

Detalhes físicos à parte e o que importa são as dicas de se tornar perfeitamente tostadinha, que me foram passadas num horário de massagem. Estava eu e ela, cada qual, na mão de uma massoterapeuta perto uma da outra, quando trocamos figurinhas – entre um apertão e outro das profissionais que queriam tirar em 40 minutos, as celulites de toda uma vida.

Cor desbotada

Aí, em dado momento, papo vai e papo vem, ela me aconselhou usar o tal bronzeador, talvez penalizada com a minha cor desbotada. E sem pedir licença começou a dar a receita: “Quando sei que vou ter um encontro à noite, começo a me preparar já de manhã”, confessou ela.

“No banho faço uma boa esfoliação para deixar a pele bem limpa e depois esfrego pacientemente o creme no corpo. “Muita delicadeza neste trabalho porque não dá para colocar mais num lugar e menos no outro, pois depois de algumas horas a pele mancha em tons claros e escuro, como se fosse uma tinta mal aplicada”, recomendou. “ Nas costas a minha mãe me ajuda.E mais, não esqueça que nos próximos sete dias não deve esfregar muito a pele com a toalha porque a cor sai rapidinho”.

Vejam todo esse empenho para um encontro!

Xixi

Outro segredinho, este muito mais esdrúxulo, me foi revelado por uma manicure, entre uma cutucada e outra nas cutículas da minha unha do pé. O assunto desta vez era manter a pele sem rugas.

“Tenho uma cliente com uma pele fantástica e tem mais de 50 anos”, confidenciou a mocinha. “Ela me confessou que usa o próprio xixi na pele. Você acredita?”, me perguntou a manicure. Cruzes respondi com uma careta! Aí já é demais, apelação, desespero…

O nome de médicos, curandeiros, fórmulas mágicas, corre solto nesses territórios exclusivos do universo feminino. Uma das receitas mais antigas que é “divina”, resultado comprovado por muitas amigas e mãe, é o Creme Nívea, ampola de arovit, óleo de amêndoas e hipoglós.

Cheira horrivelmente bundinha de neném e pode se transformar num perigoso espanta marido da cama quando você passa antes de dormir.

“Chá de pitangueira é ótimo para emagrecer”, falam. “Onde você consegue! Oras bolas, na rua.

Está cheio de pé Pitanga por aí, nunca viu?…. Isso a fulana contou comendo um suculento bombom de uva e leite condensado, saboreando-o como se fosse o manjar dos deuses – aqueles docinhos que a tia, mãe, ou amiga da dona do salão fazem e estão apetitosamente expostos no balcão….

Suco de cenoura

A minha mãe uma vez caiu na asneira de tomar vários copos de suco de cenoura durante o dia para fortalecer a pele e passar o suco no rosto para dar vitamina à cútis. Até hoje – eu era uma menina – isto faz muito tempo, rsss – me lembro da cor amarela de minha mãe, isto é, meio “acenourada” por uns dias. No mínimo, errou na quantidade e o milagre não surtiu efeito.

Chá de Rosas

Um chá de rosas secas, que se compra em ervanário, é infalível para aumentar o brilho pessoal. O ritual será completo se você colocar a água que usará para o chá no sereno, melhor ainda na noite de lua cheia. Parece feitiçaria, mas as que experimentaram garantem que dá resultado. É o banho das deusas.

O detalhe mais importante na difusão destes divinos segredos é que as receitas repassadas , afora os de mãe para filha, nesses ambientes coletivos de exclusividade da mulher, como os salões de beleza, tem uma bandeira muito democrática.

Quando estamos no “salão” deixamos na entrada todas as amarras sociais, transcendendo às diferenças e as competições.

Ali, como anônimas, escondidas atrás de cremes, tintas, secadores e toda parafernália industrial em prol da beleza, nos inserimos sem distinção de raça, cor, credo, situação econômica, nível intelectual, em bate-papos descontraídos, plenos de significativas informações fúteis.

Afinal, todas desejamos sair dali e brilhar triunfantes em nossos eventos como verdadeiras Nefertiti – A mais bela chegou!
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China está com tudo, até na arte

É crescente e visível o interesse da Europa por tudo que se relaciona a China, sobretudo na arte.

Na há dúvida que a posição econômica do gigante emergente impõe essa abertura e a crise europeia obriga o mais conservador e erudito europeu do seleto mundo das artes a se curvar ao brilho do “vil metal”.

Os chineses estão, sim, cada vez mais, conquistando espaços para suas mostras em território europeu.

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Mostra em Roma

Um exemplo é o Palazzo Venezia, em Roma, que desde junho de 2015 até 28 de fevereiro de 2016, apresenta a mostra “Tesori della Cina Imperiale”. A mostra é pequena, apesar de expor peças milenares de cerâmicas e algumas de porcelana sobre as dinastias que passaram pelo império chinês. Talvez pela expectativa criada pelo nome poderia ser mais apoteótica e não é.

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Ai Weiwei

Outro exemplo é a exposição, que começou esse ano, do arquiteto e artista chinês Ai Weiwei, na sofisticada loja de departamentos Bon Marché, em Paris. Ai Weiwei, famoso pelo seu Ninho de Pássaro (Estádio Nacional de Pequim, nas Olimpíadas de 2008), ativista político, levou seus animais e figuras aladas e os instalou por todos os cantos da loja. 

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A ideia de não utilizar o espaço de uma galeria, museu ou salões de cultura, e sim centros comerciais, começou em Shanghai e Hong Kong, concebida pelo bilionário chinês Adrian Cheng, 36 anos, que fundou a organização sem fins lucrativos K11 Art Foundation, em 2010. 

Galerias

A fundação prevê a construção de 17 novos centros comerciais até 2020, que deverão funcionar também como espaços de exposições e galerias.

As Cheng Companhia de Desenvolvimento Mundial já estão inseridas nos centros comerciais em Shanghai e Hong Kong, com obras de artistas como Olafur Eliasson, Damien Hirst, Yoshitomo Nara, espalhadas pelos corredores das lojas.

Bilionário Chinês

O bilionário quer introduzir o povo chinês na arte contemporânea, que segundo ele é uma “experiência estrangeira”. Para ele, situações como “entrar em um cubo branco”, por exemplo, para chineses não é apenas intimidante, como mas faz parte de um conceito que não está enraizado na psique da maioria. “Por isso, estamos introduzindo a arte em um ambiente que eles já conhecem e estamos observando com os nossos públicos locais, que muitas vezes se consome arte tanto quanto se consome os produtos do centro comercial”.

Na China a marca K11 tem 19 projetos planejado e quando se fala em projetos, inclui centros principalmente no varejo, museus e lojas. Os de Hong Kong e Shangai já estão funcionando os demais estarão prontos até 2020 e todos irão mostrar arte.

Enquanto isso, a Fundação de Arte K11 eo Institute of Contemporary Arts (ICA), em Londres estão em parceria em uma série de exposições em uma tentativa de fomentar o intercâmbio cultural entre a China e a capital do Reino Unido. Adrian Cheng tem uma fortuna estimada em U$14 bilhões de acordo com o site Wealthx.com, que incluiu o filantropo em uma lista dos 20 maiores bilionários do mundo com menos de 35 anos.

 

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Falsário que virou artista

A história de Rizvan Rahman começa com vendas de obras de arte de artistas pós-guerra, é acusado de falsário, passa por uma prisão, onde pinta para ocupar a mente, e quando é libertado devido a um talento nato, vira artista e se dá bem devido a ajuda de um benfeitor que decide bancar sua arte.

 

Study_of_a_Hand-Rizvan-RahmanPor dois anos Rizvan Rahman ganhou a vida vendendo obras de contrafação de arte de artistas pós-guerra.

Em outubro de 2011 foi condenado a 18 meses de detenção, cumprindo pena na prisão de Ranby, em Nottinghamshire, na Inglaterra. No entanto, nenhuma prova demonstrou que fosse realmente ele o autor das falsificações.

Rizvan Rahman sempre negou a realização das cópias, mas os seus dotes de artista contribuíram para aumentar as dúvidas. Durante os meses que passou na cela, Rahaman teve a possibilidade de pintar e usar a arte para escapar das tensões e ocupar o tempo e a mente. Neste período de pintura forçada, realizou 22 grandes óleos, que está atualmente sendo exposto numa mostra exclusiva no distrito de Mayfair, em Londres.

Painting_of_a_Naked_Man-Rizvan-RahmanDepois de ter cumprido a pena e de ter reembolsado todas as pessoas por ele enganadas, Rizvan, abriu espaço para a sua carreira de artista, com a esperança que as suas obras seriam julgadas sem prejuízos. É estranho crer, uma vez em liberdade houve um crescente interesse por suas obras, ao ponto de um anônimo benfeitor decidir ajudá-lo economicamente para permitir que continuasse a pintar sem preocupações.

Publicado originalmente no Exibart

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Mãos à obra brasileiro, vamos acabar com o Aedes aegypti

Todo mundo já sabe que o ano brasileiro começa depois do carnaval. Então, mãos à obra,vamos acabar com Aedes!

Aproveitar a energia, criatividade do espírito carnavalesco para outras ações, a começar pela limpeza das cidades brasileiras, na grande maioria, sujas e malcheirosas!

Sem exageros. É só passar perto do Tietê, em São Paulo, e se dar conta da verdade ou em qualquer outra cidade brasileira, sempre tem um bairro ou lugar que cheira esgoto ou bueiro entupido.

Grandes parceiras na proliferação do Aedes aegypti, que se mantém ileso em diversos locais do Brasil, provocando com isso o  Zika vírus para comprometer a vida das futuras crianças brasileiras. Em Pernambuco as mulheres são orientadas a não engravidar até que a ciência tenha controle e dados sobre a doença.

Isso é grave!

Somos tão subdesenvolvidos como no passado ou até pior, com mais plástico e papel circulando nos lugares indevidos e água parada em ruas sujas a todos os cantos. Aí perguntam, como isso foi acontecer, de onde surgiu a zica?

País emergente. Que balela! 

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um resumo do dia….

Para justificar esse desabafo, vou citar um exemplo que vivencio diariamente quando estou em Natal, no Rio Grande do Norte.

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Foto em frente do Blue Marlin e do bar do flat, Hemingway. Pobre do escritor deve estar revirando no túmulo por ter a desonra de estar diante da sujeira brasileira…
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saldo do que ficou num guarda-sol em Ponta-Negra, Natal.

A praia de Ponta Negra seria paradisíaca, se não fosse a sujeira de alguns veranistas, a omissão da fiscalização da prefeitura da cidade e a falta de consciência ambiental dos hotéis, bares e comércios à beira-mar, que na cara dura jogam seus esgotos na praia e alimentam, com água lodosa uma canaleta, construída para escoar a água da chuva, no entanto, serve para manter um líquido sujo, resultado de sabe lá o quê dos hotéis. Garantindo, dessa forma, o local ideal para o Aedes viver em paz.

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Visual hotel e Blue Marlin (flat) são os que mantém a valeta fedida no calçadão de Ponta Negra há anos. Faz aniversário de sujeira. O Blue Marlin é um flat construído por noruegueses. Imaginem, Noruega, exemplo em tanta coisa, mas nesses confins, num mundo subdesenvolvido e colonial não é preciso manter a classe.

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Flat construído e pertencente a noruegueses….

A denúncia foi feita aos órgãos competentes e dizem que vão tomar providências. Quando?

O jeito é contar. Sim, contar e mostrar para todo mundo o  que está errado. Mesmo que seja apenas como um alívio pessoal. Afinal tentou-se mudar.

Mesmo se tornando inconveniente juntando a lata de cerveja ou refrigerante que está jogada na areia próximo às pessoas que estão refesteladas em suas cadeiras de praia indiferentes ao lixo que voa, para lá para cá, como se fossem brinquedos lúdicos no ar.

O leitor pergunta, cadê a arte, literatura do assunto. Nem tudo é deleite na arte e a denúncia faz parte do trabalho do artista. No entanto, cabe ao segmento viagem, uma viagem à triste realidade brasileira!

O pós-carnaval é o momento apropriado para tratar do tema, considerando o estado lastimável que amanhecem as cidades depois de uma noite de folia, a praia nem se fala. É lata de cerveja e copo de plástico por todo o canto. Não deixa de ser uma OBRA SURREAL, DE UM BRASIL AINDA COLONIAL!

Mas, gente, estamos no século XXI  e a arte mostra nas instalações contemporâneas que tudo no mundo está mergulhado no lixo consumido pelas pessoas!

Mãos à obra, vamos acabar com o Aedes aegypti  e provar que é possível reverter o quadro somente com uma ação conjunta de conscientização e limpeza. A vacina que estão tentando criar é paliativa e tem efeitos colaterais, a raiz do problema é a sujeira brasileiro!