Aedes_aegypti

Mãos à obra brasileiro, vamos acabar com o Aedes aegypti

Todo mundo já sabe que o ano brasileiro começa depois do carnaval. Então, mãos à obra,vamos acabar com Aedes!

Aproveitar a energia, criatividade do espírito carnavalesco para outras ações, a começar pela limpeza das cidades brasileiras, na grande maioria, sujas e malcheirosas!

Sem exageros. É só passar perto do Tietê, em São Paulo, e se dar conta da verdade ou em qualquer outra cidade brasileira, sempre tem um bairro ou lugar que cheira esgoto ou bueiro entupido.

Grandes parceiras na proliferação do Aedes aegypti, que se mantém ileso em diversos locais do Brasil, provocando com isso o  Zika vírus para comprometer a vida das futuras crianças brasileiras. Em Pernambuco as mulheres são orientadas a não engravidar até que a ciência tenha controle e dados sobre a doença.

Isso é grave!

Somos tão subdesenvolvidos como no passado ou até pior, com mais plástico e papel circulando nos lugares indevidos e água parada em ruas sujas a todos os cantos. Aí perguntam, como isso foi acontecer, de onde surgiu a zica?

País emergente. Que balela! 

1
um resumo do dia….

Para justificar esse desabafo, vou citar um exemplo que vivencio diariamente quando estou em Natal, no Rio Grande do Norte.

18
Foto em frente do Blue Marlin e do bar do flat, Hemingway. Pobre do escritor deve estar revirando no túmulo por ter a desonra de estar diante da sujeira brasileira…
2
saldo do que ficou num guarda-sol em Ponta-Negra, Natal.

A praia de Ponta Negra seria paradisíaca, se não fosse a sujeira de alguns veranistas, a omissão da fiscalização da prefeitura da cidade e a falta de consciência ambiental dos hotéis, bares e comércios à beira-mar, que na cara dura jogam seus esgotos na praia e alimentam, com água lodosa uma canaleta, construída para escoar a água da chuva, no entanto, serve para manter um líquido sujo, resultado de sabe lá o quê dos hotéis. Garantindo, dessa forma, o local ideal para o Aedes viver em paz.

16

Visual hotel e Blue Marlin (flat) são os que mantém a valeta fedida no calçadão de Ponta Negra há anos. Faz aniversário de sujeira. O Blue Marlin é um flat construído por noruegueses. Imaginem, Noruega, exemplo em tanta coisa, mas nesses confins, num mundo subdesenvolvido e colonial não é preciso manter a classe.

IMG_20160209_153622
Flat construído e pertencente a noruegueses….

A denúncia foi feita aos órgãos competentes e dizem que vão tomar providências. Quando?

O jeito é contar. Sim, contar e mostrar para todo mundo o  que está errado. Mesmo que seja apenas como um alívio pessoal. Afinal tentou-se mudar.

Mesmo se tornando inconveniente juntando a lata de cerveja ou refrigerante que está jogada na areia próximo às pessoas que estão refesteladas em suas cadeiras de praia indiferentes ao lixo que voa, para lá para cá, como se fossem brinquedos lúdicos no ar.

O leitor pergunta, cadê a arte, literatura do assunto. Nem tudo é deleite na arte e a denúncia faz parte do trabalho do artista. No entanto, cabe ao segmento viagem, uma viagem à triste realidade brasileira!

O pós-carnaval é o momento apropriado para tratar do tema, considerando o estado lastimável que amanhecem as cidades depois de uma noite de folia, a praia nem se fala. É lata de cerveja e copo de plástico por todo o canto. Não deixa de ser uma OBRA SURREAL, DE UM BRASIL AINDA COLONIAL!

Mas, gente, estamos no século XXI  e a arte mostra nas instalações contemporâneas que tudo no mundo está mergulhado no lixo consumido pelas pessoas!

Mãos à obra, vamos acabar com o Aedes aegypti  e provar que é possível reverter o quadro somente com uma ação conjunta de conscientização e limpeza. A vacina que estão tentando criar é paliativa e tem efeitos colaterais, a raiz do problema é a sujeira brasileiro!

 

 

 

 

 

 

2

O castelo

Por Luiz Ernesto Wanke –

De longe é branquinho

E suas torres terminam no céu,

Bonito de doer

(Estou sendo piegas?)

Os pinheiros a encobrem aumentando a imponência

Num tapete verde escuro

Como moldura, as montanhas da Serra do Mar

Pré-Cambrianas.

A brisa roça a pele, o som é o do vento e o cheiro, o do mato.

 

De perto, uma cerca…

De arame trançado,

Que já assusta:

– Meu Deus, onde fui me meter?

 

Porque:

 

O castelo não é castelo

Mas uma sólida fortaleza

As torres? São guaritas

Cheia de guardas,

Armados

Mirando os desarmados

Paredes alvas? De perto, não!

São altos muros que projetam sombras

Sinistras!

As janelas? Não, buracos trancados com ferro.

 

Ali vivem feras

Perigosas

Cerradas pelo concreto

E mais fios de aço farpado

Vigiando o muro, outro alambrado;

Entre eles, cães ferozes,

No meio de um mar de cocô.

 

E onde foram os pinheiros?

Só ficaram os tocos.

E as velhas montanhas?

Tem os dorsos pelados pelas pedreiras,

Lembrando as companheiras ratazanas,

Com as costas peladas pela lepra.

 

Elas, livres

Entram e saem pelos buracos do chão.

 

Para a sociedade, um monte de lixo inútil.

Mas por baixo dele,

Num monte de folhas secas

Dorme uma perigosa urutu,

Cruzeiro,

Inerte e traiçoeira

Potente

Para o bote fatal!

desfile-rj-1

Carnevale nel Sambodromo: come un racconto delle fate

Lo spettacolo del carnevale sulla Avenida Marques de Sapucai, nel Rio de Janeiro, è sicuramente l’unico al mondo.

I colori, la musica, il ritmo e la gioia sono il risultato di uno sforzo congiunto delle persone, ricche e povere, che vogliano dare un tempo ai disagi e per alcuni ore sognare, come in un racconto delle fate, però brasiliana.

Guardalo, sia nel Sambòdromo – l’opera di Oscar Niemeyer, progettato da Darcy Ribeiro, il nostro antropologo che ha capito l’anima del Brasile – sia in televisione, è un gusto instancabile per la varietà dei temi, i costumi, la bellezza dell’arte che sfila all’occhio dello spettatore.

Lyslane Costa è una donna che  vive a Curitiba,sud Brasile, e ha scritto nel Facebook quello che rappresenta il pensiero di molti brasiliani:

“Quando guardo la sfilata delle scuole di samba del Rio, immagino si c’è qualcosa uguale, che corrisponde a questo spettacolo nel pianeta.

Opere e musicale, offuscati da piume e pailleté, svaniscono in palcoscenico più nobile, però purtroppo, tanto poveri paragonato al Sambodromo. E che cosa dire della gioia? Degli oltre tremila voci  cantando storie felici che hanno scelto di raccontare? E ‘sicuramente il più grande spettacolo sulla terra.Poi che mi dà l’orgoglio di essere presente in Brasile.

Sia il giudice, l’ imprenditore, il dottore o l’attore … qualunque cosa … rispetto è tutto per la bellezza delle nostre donne, che tale come dee o dive, dall’alto dei suoi salti, transitano a zig-zag nel sentieri di purpurina.

Che pianificazione è questo che riunisce migliaia in tale cadenza perfetta. Voglio ancora,  un giorno, essere parte di tutto questo.”

Scuole di Samba

Le scuole di samba Vila Isabel, San Clemente, Portela, Imperatriz, Mangueira, Beija-flor, i principali, sono maestosa sfilando. Senza trascurare le piccole che stanno lottando per aprire un posto di rilievo in Sapucai.

Fantasias-Vila-IsabelVila Isabel quest’anno ha fatto l’omaggio al politico Miguel Arraes, celebrando la poesia e cultura della regione del Pernambuco, in B3rasile.

 

3

San Clemente ha parlato di pagliacci, ispirata nella musica brasiliana de carnevale, “Più di mille Clown nel saloto”, mostrando l’irriverenza e la gioia, i colori di uno dei personaggi più importanti nel mondo dell’arte.

Il tema di Portela era Viaggi, Salgueiro un inno al’imbroglione, Imperatriz celebra il 50° compleanno della carriera della cantante Maria Bethania. Tutto, insomma, rappresentano fatti della nostra storia e temi che fanno parte della fantasia popolare.

La frase più detta in Brasile nell’inizio dell’anno è che il paese soltanto funziona solo dopo il Carnevale. E allora?

Ora tanta miseria nel mondo perché il popolo non ha diritto alla baldoria e alcune trasgressioni per alcuni giorni. Ognuno è responsabile per suoi atti e si non, paga il prezzo per  l’irresponsabilità fatta.

Nessuno sa davvero l’origine del carnevale. E ‘noto che è stata anche benedetta dalla Chiesa in passato, per eliminare i demoni nascosti nella psiche umana, in pochi giorni durante l’anno che ha permesso tutto.

 

desfile-rj-1

Carnaval no Sambódromo: Contos de Fada brasileiro

O espetáculo do carnaval na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, é certamente o único no mundo. As cores, música, o ritmo e a alegria são resultados de um esforço conjunto de ricos e pobres que desejam dar um tempo às agruras pessoais e sonhar  em alto estilo, como num conto de fadas, mas desta vez brasileiro.

Assisti-lo, seja no Sambódromo, obra de Oscar Niemayer, idealizado por Darcy Ribeiro – nosso antropólogo que entendeu a alma brasileira – seja na televisão,  é um deleite incansável pela variedade de temas, fantasias, beleza e arte que desfilam diante dos olhos do espectador.

A opinião da curitibana Lyslane da Costa postada no Facebook, reflete o que pensa um grande número de brasileiros e brasileiras: “Quando assisto desfile das escolas de samba do Rio, fico a imaginar se existe, neste planeta, espetáculo que se equipare.Óperas e musicais, ofuscados por plumas e paetês, desaparecem em palcos tao mais nobres, coitados, tão pobres. E o que dizer da alegria? Das mais de três mil vozes, cantando felizes a história que escolheram contar? É com certeza o maior show da terra.
Ai que orgulho me dá de ser deste Brasil. Seja desembargador, empresário, médico ou ator… tanto faz... a reverência é toda para a beleza das nossas mulheres que, tal como deusas vedetes, do alto de seus saltos, transitam ziguezagueando em rastros de purpurina.Que planejamento é este que reúne milhares em cadência tão perfeita. Ainda vou fazer parte disso tudo“.

Vila Izabel, São Clemente,Portela, Imperatriz,Mangueira, Beija-flor, as principais, são majestosas no desfile. Sem desmerecer as pequenas que estão lutando para abrir caminhos e um lugar de destaque na Sapucaí..

Fantasias-Vila-Isabel
http://www.joaoalberto.com/2016/01//fantasias-para-desfilar-na-escola-de-samba-vila-isabel/

Vila Izabel este ano trouxe como tema a homenagem ao político pernambucano Miguel Arraes, numa poética que exalta a cultura e a vegetação do estado.

3São Clemente falou dos palhaços. com o seu Mais de Mil Palhaços no Salão, mostrando a irreverência e alegria, cores de um dos mais destacados personagens do mundo artístico.

O enredo da Portela foi Viagens, do Salgueiro um ode à malandragem, Imperatriz é o amor, e Mangueira celebra os 50 anos de carreira de Maria Bethânia. Todas, enfim, representam fatos da nossa história e temas que fazem parte do imaginário popular.

Esse artigo não tem a função de cobrir as principais etapas e acontecimentos sobre a nossa festa máxima, que estão em todos os jornais e blogs na internet.

A frase mais comum no Brasil é que ele só funciona depois do carnaval. E daí?

Já com tanta miséria no mundo porque não dar direito à folia e algumas transgressões por alguns dias. Cada qual é responsável pelos seus atos e se caso não for vai pagar o preço pelas irresponsabilidades feitas.

Ninguém sabe direito a origem do carnaval. Sabe-se que foi até abençoada pela Igreja no passado, para expurgar os demônios ocultos na psique humana, em alguns dias durante o ano em que se permitia tudo.

Se para os simples mortais que sonham um dia a fazer parte do apoteótico desfile da Marquês de Sapucaí, escolhendo a escola e pagando a fantasia (tem de todos os preços),  que no momento não é possível ou não teve ainda coragem, pode optar por brincar, pular pelas ruas, sair atrás de blocos e trio elétrico em todos os cantos do Brasil.

É sério! É importante brincar. Pablo Neruda disse um dia: A criança que não brinca não é criança, mas o adulto que não brinca perdeu para sempre a criança que vive dentro dele.