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Homeopatia funciona sim

 

Quando leio uma matéria como a divulgada essa semana pela revista Superinteressante, sobre a pesquisa do Paul Glasziou, intitulada Agora é oficial: homeopatia não funciona“, imediatamente me vem a pergunta: Por que tanta necessidade em provar o contrário sobre a segunda ciência médica mais utilizada no mundo?

Essa preocupação em tentar desacreditar a Homeopatia tem objetivos muito mais escusos e provavelmente não são voltados à saúde e bem-estar das pessoas.

A Homeopatia funciona, sim, doutor Glasziou!

Funcionou em mim, em minha família, amigos, e centenas de pessoas  que optaram por esse tipo de tratamento no mundo. Eu me refiro exclusivamente a Curitiba, no Paraná, onde a Associação Médica Homeopática é uma das mais antigas do Brasil. O  fundador, Javier Salvador Gamarra, também um cientista, deve estar se revirando em seu túmulo.

Para começar a falar sobre Homeopatia é importante citar que desde 1980 é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e em 1990, passou a constar do Conselho de Especialidades Médicas da Associação Médica Brasileira. Portanto, é ciência e se escreve com letra maiúscula.

O tratamento médico homeopático pode ser comparado a construção de uma rede transmissão de energia elétrica. Se um fio estiver fora do lugar ou a ligação não estiver certa realmente a luz não passa. Se o médico não for perspicaz  para perceber os detalhes sutis de seu paciente ou a farmácia não manipular com cuidado ou seriedade, a medicação não funciona. É energia pura em gotas ou glóbulos.

No meu entendimento não é possível aceitar uma afirmação como a publicada recentemente, sem que se apresente os métodos da pesquisa. A matéria da revista é curta, com um título que chama a atenção. O link sugerido pela Superinteressante ao blog de Glasziou não ajuda. Ele mesmo comenta no final, que as considerações escritas no blog representam apenas o seu pensamento.(Competing interests: While I chaired the NHMRC report on homeopathy, the contents of this blog are my own thoughts, and not those of the NHMRC or other committee members.)

Certa vez falei sobre a “sagrada alquimia dos remédios homeopáticos”  e vou transcrever o artigo, sobretudo agradecer aos médicos homeopatas  Sirlene e Gerson Cretella, Patrícia Silveira, Paul Jakobi, Ivan Mattos, que me ajudaram e ainda me ajudam na manutenção da saúde  de minha família  e especialmente dedico este texto ao pai das minhas filhas, Eraldo Kirchner Braga, já falecido, que durante anos foi um dedicado médico homeopata, exemplo de amor ao próximo, razão pela qual é sempre lembrado com carinho por aqueles que já foram seus pacientes.

“Durante 15 anos acompanhei um jovem doutor apaixonado pela medicina homeopática. Nesse período me empenhei em entender essa fascinante ciência.

No entanto, por mais que me esforçasse naquele período não conseguia entender  qual era o processo de elaboração de um medicamento homeopático, sabia apenas que era necessário bater na palma da mão para que se tornasse mais eficaz o seu efeito.

 O vidro âmbar com água e uma porcentagem de álcool contendo uma substância extraída de uma planta, de um mineral ou de um animal, tinham uma razão de ser. Âmbar para proteger da luz e álcool para conservação da medicação.

Mas como a curiosidade sempre foi uma qualidade que nunca me abandonou e graças a ela me situei como jornalista, dia desses, depois de anos, consegui uma explicação traduzida para linguagem dos leigos, isto é, nada científica, por jovem amiga, Química, que trabalhava numa farmácia homeopática.

– Renata, me esclareça uma dúvida antiga?, a interpelei. Sei que o remédio homeopático para se tornar remédio precisa ser sacudido inúmeras vezes que dizem ser uma  potencialização. Que significa estas sacudidas? Como o princípio ativo da substância curativa se mistura com aquela água alcoolizada?

A menina adorou a ideia de me explicar e falou… falou com toda a empolgação o que tinha aprendido no curso sobre manipulação de remédios homeopáticos que eu também fiquei maravilhada em descobrir os segredos da sagrada alquimia.

A minha assimilação foi  a “grosso modo” ….. pois é difícil entender e desenvolver um raciocínio científico, muito embora o suficiente para me deixar  ainda mais fascinada por esta ciência.

Então vamos lá……o medicamento é colocado na água com medidas exatas e números específicos de batidas, de um modo em que se sacode o recipiente com água de cima para baixo ou de baixo para cima com a base em pé. Até aí tudo bem. Mas com qual objetivo?

 O objetivo é de sacudir para romper as moléculas da água para que a substância externa penetre e se estabeleça uma simbiose – esse é  um jeito meio rude de explicar, para que a água carregue as propriedades da substância e a deixe mais potente com a força das sacudidas. Como se o sacudir fosse criar forças para a substancia se expandir como uma eletricidade dentro da água. O  álcool é colocado em mínimas doses para ajudar na conservação.

É uma alquimia sagrada! Com certeza vão concordar depois que eu contar como o médico alemão, Samuel Hahnemann ( o pai da Homeopatia ) formulou esta descoberta em 1779.  Quando tratava de pessoas doentes na sua comunidade e em outras próximas e nas visitas médicas levava os equipamentos e os vidrinhos de remédios junto. O percurso fazia ou a cavalo ou de charrete, trotando e sacolejando até não querer mais naquelas estradas difíceis do passado.

O trotar era, na verdade, o que  potencializava o remédio.A água misturada às essências, ervas, minerais, venenos, se sacudiam muito.

 Então mataram a charada. Hahnemann como bom cientista começou a observar que os seus pacientes de comunidades mais distantes melhoravam mais rápido e os da sua cidade, a cura era mais lenta.

A partir deste pequeno detalhe detectado pelo olhar aguçado do médico alemão, num passado remoto e sem recursos, a ciência homeopática hoje avançou…. e avançou de tal forma que as potências chegam a milhões de batidas e são feitas por intermédio de equipamentos tecnológicos, além disso milhares de substâncias novas de cura foram descobertas .

No outro lado do mundo, um experimento contemporâneo realizado no início da década passada pelo cientista e médico japonês, Massuro Emoto,  provou fotografando as moléculas da água, que elas se alteram como se fossem cristais formando belas figuras  de acordo com a vibração que se emite no ambiente. Emoto teve uma explicação bem didática sobre a alquimia entre água e a substância curativa potencializada que vou transcrever:

“É notório que a água é portadora de energia e este conhecimento vem já sendo utilizado na cura das doenças… A Homeopatia foi desenvolvida na primeira metade do século XIX pelo médico Samuel Hahnemann, mas sua origem é muito mais antiga. Já entre os séculos V e IV a.C o mesmo método terapêutico esta documentado por escrito pelo médico grego Hipócrates. O método consiste em curar o semelhante com o semelhante (Homeopatia) e  o neutralizar o veneno com o veneno( isopatia).

Por exemplo, é possível curar uma pessoa que mostra sintomas de envenenamento por chumbo dando-lhe de beber água em que se encontra o mesmo chumbo, em tal diluição que a nível material não é mais possível encontrar alguma molécula de chumbo. Numa diluição deste gênero na água não existem mais moléculas da substância em objeto, e todavia, se encontra o efeito específico desta substância. Esta água se transforma num antídoto pelos sintomas que se apresentam no envenenamento do chumbo.   

Em outras palavras, com o aumentar das diluições na Homeopatia (o que chamam de potencializar) a eficácia aumenta. O que significa que uma doença não é curada com o efeito da matéria, mas com a informação transmitida pela água: uma informação que neutraliza o veneno. Portanto, se pode afirmar que a água assume e armazena a informação”.

É  por isso que nestes meus escritos desejo mostrar, de um jeito simples, porém com uma boa argumentação, os benefícios da sagrada alquimia homeopática. Reverenciar os médicos que acreditam nela e por horas escutam as lamentações seus doentes quando, ao mesmo tempo, se debruçam a um verdadeiro jogo de ponto marcando ali e acolá, dados que o paciente lhe repassa e que são preciosas informações para ajudar a encontrar o remédio que lhe dará o equilíbrio e cura. Os itens que se assemelham às reações dos remédios com os sintomas da doença do seu paciente.  

É uma medicina que exige observação e agudeza de espírito, sensibilidade, paciência, pesquisa e a cura não depende apenas do diagnóstico médico, como também de um bom farmacêutico que saiba manipular com cuidado o remédio.

Num mundo em que tudo deve ser rápido e superficial, o tratamento homeopático entra como ensinamento por intermédio do exercício de fé na sabedoria do Universo.  Mais ainda….. a Homeopatia torna-se uma grande aliada a serviço das demais medicinas.

Se tratar com homeopatia é dar chances ao corpo de buscar o equilíbrio com as forças puras da natureza!”

* foto internet – www.abchomeopatia.com

 

 

 

 

 

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Nada é eternamente

Por Luiz Ernesto Wanke – Festejando uma folga repentina no meio de uma aula chata de Física, os alunos desceram as escadas do seminário numa algazarra desconcertante. Lá atrás da fila – como tocando uma boiada – seguia distraído o professor Mário. Por inércia, não sai de seus pensamentos um impasse surgido diante de um problemão de circuitos elétricos que estava resolvendo no quadro negro quando as atividades foram interrompidas. Não é que tinha aparecido uma resistência nula no meio daquele emaranhado de números, gráficos e rabiscos? Refletiu que, felizmente para ele, se tivesse cometido algum erro no exercício só ele sabia e, portanto, seria um segredo eterno dele mesmo.

Quando chegaram ao jardim – na verdade o estacionamento – tiveram que andar mais um pouco para encontrar com o resto dos alunos das outras classes. Os jovens rodeavam o canteiro que tinha sido preparado pelo irmão Jonas e onde deveriam plantar uma muda de árvore. No centro, o padre diretor empunhava a plantinha envolvida num saquinho preto de plástico e discorria sobre a importância do dia da árvore. Nenhuma novidade para o professor que todo o ano tinha que ouvir as mesmas balelas em solenidades semelhantes nos diversos colégios que lecionava. Por isto conseguiu fechar os ouvidos para os arroubos ecológicos do diretor e se fixou no impasse causado por aquela maldita resistência. Mesmo porque, lembrou-se, durante toda a vida de professor nunca tinha visto vicejar uma dessas solenes plantas. Até sorriu com os cantos dos lábios ao se recordar da última, acontecida num ginásio estadual (o Kennedy, hoje posso revelar), quando foi plantada uma araucária debaixo da fiação elétrica.

O professor parou nas divagações quando ouvia a voz do padre num tom mais imponente:

– Esta é uma legítima descendente das árvores que testemunharam o calvário de Cristo!  Anunciou aos altos brados o padre mestre, levantando a plantinha ao nível dos olhos da garotada.

Apesar de toda a má vontade, causada principalmente pelo seu erro no problema de circuitos elétricos, o professor não tinha como desconsiderar o efeito explosivo da declaração que despertou todos… Até a maldita resistência perdeu sua importância.

O diretor continuou:

– Na minha última viagem à Terra Santa, visitei o caminho de Nosso Senhor dos Passos e reparei que ao longo da estrada e em baixo dos cedros havia sementes espalhadas no chão. Guardei algumas e depois que voltei, plantei-as. Três germinaram e esta é uma delas! Nada mais adequado para nosso seminário que ter nos seus jardins uma árvore cujos antepassados testemunharam a Paixão de Cristo!

Que relato! Uma solenidade banal, mas com valor agregado?

E tanto deu certo que os alunos fizeram fila para ver a frágil plantinha. No final, todos ficaram felizes, mesmo porque o sinal de fim de aula bateu e o professor mentalmente resolveu sua dúvida, desconsiderando sabiamente aquela resistência ridícula.

Com o passar dos anos a planta cresceu. O professor, orgulhoso de ser uma testemunha original, olhava-a de longe. Porque sua importância caiu no esquecimento geral dos presentes daquele ato longínquo e só os dois – o professor e a planta – tinham sobrevivido da renovação dos ciclos escolares. Os alunos há muito tinham partido e o próprio diretor tinha morrido ao cair de um andaime na inspeção da construção do anexo do seminário.

Imerso nessas lembranças nostálgicas, certo dia o professor estacionou o carro à sombra do cedro. Estava atrasado para as aulas, mas por um instante ficou ali parado, pensando saudoso naquele ato e, principalmente, no diretor ausente. Seria justo plagiar seu ato colhendo algumas sementes daquela árvore, plantá-las e tal como ele fizera e ainda ser possuidor de mudas históricas? Abaixou seus olhos e no chão viu esparramada grande quantidade de bagos secos de vagens…

Vagens? Como vagens? Protestou mentalmente! Ora, vagens são de leguminosas! Que diabo! Não fazia sentido para um cedro descente.

Correu avisar seus alunos que a aula ia atrasar e, desesperado, correu atrás de uma explicação. Mas nem o pessoal da secretaria, nem colegas, conhecia a história. Muito menos, um cedro do Líbano! Enfim, com muito custo um dos padres o remeteu ao irmão Afonso, mas nem ele tinha certeza que era um remanescente daquele tempo. Mas pura decepção, o irmão nada sabia… Que fazer?

Algum tempo depois, o mesmo irmão interrompeu uma aula sua:

– É sobre aquela planta que o senhor me perguntou. Falei com o irmão Jonas por telefone e não é que ele se lembrou?

– O cedro?

– Pois não era para ser a árvore de Jesus?

– Essa mesmo!

O professor contorceu-se de curiosidade.

– Muito simples, respondeu o irmão. Aquela plantinha morreu na primeira geada… Essas plantas vindas do estrangeiro não aguentam nosso frio. Aí o diretor – Deus o tenha – mandou que plantasse outra no seu lugar.

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Da falsario ad artista

La storia di Rizvan Rahman inizia con la vendita delle opere d’arte di artisti del dopoguerra, è accusato di falsario, è condannato a scontare diciotto mesi di detenzione alla prigione, dove dipinge per occupare la mente.  Dopo, quando libero, diventa artista e si dà bene a causa da un talento nato e grazie all’aiuto di un benefattore che decide lo sostenere economicamente.

Pubblicazione originale nel Exibart 

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Rizvan Rahman

“Per due anni Rizvan Rahman si è guadagnato da vivere vendendo opere d’arte contraffatte di artisti del dopoguerra.Nell’ottobre del 2011 è stato condannato a scontare diciotto mesi di detenzione alla prigione di Ranby nel Nottinghamshire, in Inghilterra, ma nessuna prova ha dimostrato che fosse lui l’autore dei falsi. Rizvan ha sempre negato di aver realizzato le copie, ma le sue doti da artista avevano fatto sorgere più di un dubbio.

Liz-Rizvan-RahmanDurante i mesi passati nella sua cella Rahaman ha avuto la possibilità di dipingere e di usare l’arte per evadere e per occupare il tempo, come anche la mente.

In questo periodo di “pittura forzata” ha realizzato 22 grandi oli, attualmente in mostra nell’esclusivo distretto di Mayfair, a Londra. Una volta scontata la sua pena e dopo aver rimborsato tutte le persone truffate, Rizvan ha infatti intrapreso la carriera d’artista, con la speranza che i suoi lavori siano giudicati senza pregiudizi. Strano a credersi, ma una volta uscito di prigione ha notato un accresciuto interesse per le sue opere, al punto che un anonimo benefattore ha deciso di sostenerlo economicamente per permettergli di continuare a dipingere senza preoccupazioni. (Giulia Testa)”.

 

 

 

 

 

 

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Adeus, grande mestre

 

Quando o mundo perde um escritor como o italiano Umberto Eco, perde alguém que estimula o  homem a pensar. “Quem não lê, aos 70 anos terá vivido uma só vida: a própria! Quem lê terá vivido 5000 anos: existiu quando Caim matou Abel, quando Renzo casou com Lucia, quando Leopardi admirava o infinito….. porque a leitura é uma imortalidade de trás para frente”.

O artigo publicado no site italiano Exibart reflete para seus conterrâneos o vazio deixado pelo grande mestre.

“Tinha 84 anos o professor Umberto Eco. Semiólogo, filósofo, escritor, ensaísta, Eco foi um dos pensadores mais profundos do breve século. Foram infinitos os reconhecimentos que teve na vida, a começar pela Cavalaria da Grande Cruz da República Italiana à Legião de Honra francesa.

Livre, incômodo, o autor de “Obra Aberta”, volume que havia dado uma pista definitiva também para as práticas artísticas do século XX, às vezes mostrou-se impopular, e talvez por isso decisivamente mais verdadeiro do que outros ilustres colegas.  Há poucos meses, fez uma das declarações mais famosas, dizendo que as praças públicas das redes sociais tinham dado liberdade de expressão para os imbecis.

Sua carreira começou na RAI, em 1954,com Furio Colombo e Gianni Vattimo,  foi um dos que apoiou o Grupo 63, e em 1961 – sobre a mídia e televisão – escreveu à frente de seu tempo com o incrível “Fenomenologia do Mike Bongiorno”, enquanto é de 1964 o volume  Apocalíticos e integrados.

Diretor do Instituto de Comunicação do DAMS, de Bolonha, onde criou o curso  universitário de Ciências da Comunicação. Também nos anos 70 escreve textos “Por uma guerrilha semiológica”,  “Fascismo eterno”, ambos investigaram a cultura de massa em relação ao fenômeno das ditaduras e outros fenômenos mais modernos, como o culto de ação para ação, a discordância como uma traição , o medo das diferenças, o apelo às classes médias frustradas pelo poder.

Colaborador desde a sua fundação  do L’Espresso, também La Stampa, Corriere della Sera, La Repubblica, Il Manifesto, Alfabeta, e traduziu também os exercícios de estilo de Raymond Queneau. Foi curador convidado no Louvre, para uma série de eventos culturais em 2010, em 1971, também estava entre os 757 signatários da carta aberta ao L’Espresso sobre o caso do assassinato de Giuseppe Pinelli, que esteve envolvido no Banco Agrícola da Piazza Fontana em Milão, em 1969. Umberto Eco incorporou o engajamento cívico, a consciência política; foi crítico da cultura italiana, irônico, personagem quase ficção, observador atento, jornalista sem medo de esgueirar-se. Homem livre, portanto, pronto para contestar e deixar-se criticar e debater.

Será difícil indicar agora um herdeiro, talvez impossível. Mas a imensidão da sua produção de pensamento, sua interminável escrita vai nos impor um dever significativo: de continuar estudando. Para saber como evitar essas aberrações que, durante mais de 50 anos o grande Mestre nos fez conhecer, colocando-nos em guarda. Adeus professor, você realmente nos fará falta!”(MB).