Como é visitar famosos museus em diferentes partes do mundo

Imagem Uffizi. Vista externa da Galleria degli Uffizi
Galleria degli Uffizi em Florença, na Itália. Vista externa.

Em 2015 não só completei 10 anos na Europa como também consegui completar um objetivo quando cheguei em território europeu: conhecer alguns dos mais famosos museus do mundo. Sempre adorei arte e estar no coração de onde tudo começou, não só é um privilégio, mas também um grande gosto pra mim.

Um programa de TV apresentou seis museus mais famosos

 

Faz muito tempo, assisti um programa na TV que falava sobre os seis maiores museus do mundo: o Louvre, em Paris, na França; o Prado, em Madri, na Espanha;  o Ufizzi, em Florença, na Itália;  a National Galery, em Londres, Inglaterra;  o Hermitage, em São Petesburgo, na Rússia; e o Metropolitan, em Nova York, EUA.

 Cada museu está localizado em um país diferente, e cada país guarda nesses lugares, séculos e séculos de historia, de beleza, de estética… enfim, de arte. 

 

A possibilidade de estar em cada um desses lugares se revelou surpreendente. Alguns deles eu conheço cada sala e cada cantinho e outros ainda tenho a esperança de voltar e ver de perto, de novo, por horas e horas a sua coleção.

National Gallery - Londres
National Gallery – Londres

National Gallery

Tem várias em cada país da Europa, mas essa que eu me refiro é a de Londres, na Inglaterra. Morei em Londres de 2005 a 2007 e tenho um conhecimento profundo dos seus museus.

Acredito que a Inglaterra é o país mais capitalista da Europa, mas o país mais socialista em relação a cultura. Os museus são todos gratuitos; e acredite ou não, uma entrada para a ópera, ou balé ou teatro custa mais barato que muitos países da Europa.

Sendo de graça, tive a oportunidade de visitar esse museu muitas vezes durante a minha estadia. Era um dos meus lugares preferidos. Todos meus dias livres, fazia uma excursão a um museu que não conhecia ou voltava ali. Cada dia provando um recorrido diferente.

Aconselho muito as pinturas flamencas e o grande quadro de Jan Van Eyck, “O casamento dos Arnolfini”, um marco no século XV da pintura flamenca e a colação de Canaleto e os seus quadros de Veneza.  Outra parte que, na minha opinião, é imperdível é a sala com quadros dos séculos  XIX e XX, que marcam o começo de uma novo tipo de arte. Entre Monets, Manets, Renoirs, Serrats, Van Gogh, a coleção não tem fim.

Quem gosta de arte deve guardar um dia inteiro para conseguir pelo menos ver o museu inteiro. Agora, se você quiser ver com bastante atenção eu aconselho pelo menos uns três dias, um em cada andar da galeria.

Louvre dentro - Paris
Louvre dentro- Paris

Louvre

Esse é um museu que tenho que voltar com certeza. Estive no Louvre em 2008 com meu irmão. Nunca tinha ido a Paris, e justamente naquele inverno, tivemos problemas com as nevadas na região que impedia as pessoas se moverem a outro país.

Minha experiência no Louvre foi contraditória: por um lado estava no museu mais famoso do mundo, que albergava as obras mais famosas e valorizadas do mundo; por outro lado senti que todas as pessoas que entravam ali não tinham nenhum interesse em estar ali. 

O museu é fantástico, chega a ser um genocídio artístico aos olhos do espectador.

 

As salas estão superlotadas de obras, umas em cima das outras; não há espaço para respirar entre um quadro e outro. Quem gosta de arte, acaba supersaturado de tanta informação nas primeiras horas de visitas.

Fiquei cinco horas ali dentro, não consegui ver tudo e minha cabeça explodia. Precisava de pelo menos um mês inteiro visitando esse museu diariamente, para começar a entender a dinâmica do seu acervo.
A Venus de Milo - Louvre
A Venus de Milo – Louvre

A grande quadro do mestre Leonardo da Vinci, a Monalisa, é pequeno em dimensão, mas também é revelador. Ver a obra de perto te permite ver matizes que a fotografia não alcança.

Pra falar a verdade, chegar perto dela foi complicado. Na minha frente só via japoneses, chineses, europeus, americanos, etc. tomando coca-cola e fotografando a Gioconda sem o menor respeito. Parecia um monte de paparazzi.

 

Aconselho aos mais exigentes, que façam a visita ao museu em um dia especial, no horário da noite, ou com visita programada.

Museu Hermitage - San Petesburgo
Museu Hermitage – San Petesburgo

Hermitage

Esse museu corresponde a minha viagem a Russia em 2010. Moscou e São Petersburgo eram os destinos. E um dia inteiro reservado ao Hermitage, o maior museu do mundo.

Russia é um tópico aparte. E o Hermitage o museu mais atípico que eu já vi. Assim como o Louvre, o Hermitage foi um palácio, onde viviam os reis da Rússia. Quando falo em atípico, não me refiro somente a arquitetura mas também ao acervo que possui.

Na sua maioria são mobiliários, antiguidades e poucos quadros. Dizem ter mais de 5 milhões de peças no seu acervo, mas só 1 milhão são mostradas ao público. As outras estão guardadas num armazém.

 

Museu Hermitage - San Petesburgo
Museu Hermitage – San Petesburgo

Quanto a parte artística, o museu tem om coleção interessante de Matisse, além de outros de arte moderna. Claro que essa parte é a ultima do palácio quando você já está com dor no pé de tanto andar. Fiquei oito horas dentro do museu e sei que ainda perdi bastante coisa.

Um dado importante, estudantes não pagam entrada.

Ufizzi - Florença
Ufizzi – Florença

Ufizzi

imagem Uffizi. Galleria degli Uffizi reúne arte, história e coleções
Galleria degli Uffizi reúne arte, história e coleções.

As galerias  Ufizzi estão localizadas em Florença, na Itália, uma das cidades mais renomadas na época do Renascimento. Estive ali em 2013, na minha segunda visita a cidade. Como ia ficar só um dia em Florença e já tinha a conhecido antes, decidi passar meu dia dentro da galeria, apreciando os grandes quadros de Botticelli.

Ufizzi - Florença
Ufizzi – Florença

O museu não é tao grande, acho que pode ter uma boa perspectiva com três horas de visita. E vale muito a pena ver O Nascimento da Vênus e Alegoria a Primavera.

Prado

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Museu do Prado em Madri.

Eis o museu que conheço cada detalhe. Vivendo mais de seis anos em Madrid,na Espanha, não tem como eu não visitar constantemente esse museu.

Tenho que confessar que é um dos meus preferidos. Não é o maior, nem o mais imponente, mas é o mais organizado e com um grande acervo. São 27000 obras, num lindo palácio localizado no centro de Madrid, ao lado do Jardim Botânico da cidade. 

Entre Velazquez, Goya, El Greco, Ticiano, Rubens e El Bosco o museu logra concentrar “la crème de la crème” ( expressão muito utilizada que significa mais ou menos o melhor dos melhores, o top) em um único lugar.

Esse museu tive o privilegio de visitar todas as semanas do ano, principalmente quando era estudante. Como “Amiga do Museu do Prado” tinha acesso exclusivo a todas as horas do dia, todas as exposições privadas e todas as conferências e visitas guiadas que o museu oferecia. Todas as semanas dedicava meu tempo a uma sala diferente, em que podia apreciar diferenças de pintores, épocas, pinceladas e correntes artísticas.

Esse museu está no meu coração; e quem vier a Madrid e não visitar o Prado considere que nunca esteve aqui. Esse museu é o coração da cidade. As duas últimas horas do dia o museu é grátis.

Metropilitan - NY
Metropilitan – NY

Metropolitan

Finalmente chegamos ao ultimo museu desse artigo, não o menos importante, e tampouco o mais importante. Como esse museu não está em terras europeias, demorei muito a conhecê-lo. Mas foi em 2015, quando encontrei ofertas de voos super baratos a Nova York e disse a mim mesma que não podia perder essa oportunidade.

Foram 10 dias na Big Apple, e o Metropolitan só deu pra “molhar o bico”. Também é um museu tão grande que tive que selecionar o trajeto da visita, as salas que eu queria conhecer porque seria impossível ver tudo. E ali, solicitando conselhos para apreciar o melhor do museu me indicaram diretamente as salas de pinturas e esculturas europeias. Pude apreciar Rodin, Degas, Van Gogh e muitos outros em apenas poucas horas.

Esse museu me deu vontade que “quero mais” e assim como a Louvre, voltarei e dedicarei dias e dias em explorar o seu acervo.

 

Geralmente os museus estatais em NY são todos grátis, no entanto, há uma tarifa que eles consideram que seria o ideal para pagar, em forma de contribuição ao trabalho e manutenção das obras. Geralmente todo mundo paga, mas se você está com pouco orçamento no bolso e não quer perder a oportunidade é só falar com eles.

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La differenza tra João Dória e Gucci

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foto via Exibart

La nota griffe di moda, Gucci, di origine italiana, presente in tutto il mondo, ha cominciato a concentrarsi su arte urbana, street art, al contrario del sindaco di San Paolo, Brasile, João Dória, che trova nociva all’ambiente di una città questa manifestazione artistica.

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l’arco di Janio che saranno cancellati per decisione del sindaco. foto via uol

Recentemente eletto, il sindaco della capitale della regione di San Paolo, la maggiore metropoli del Brasile, sta cancellando tutti dipinti, graffiti, realizzati da artisti nel centro della città, come stratagemma di marketing che arriva vicino al ridicolo.

Dória ha optato per il tono grigio all’invece delle parete colorate piena di vita creata per artisti, mentre la famosa casa di moda ha pagato all’artista californiano, Jayde Fish, per produrre un graffiti  in una parete nel Soho, a New York.

Questa è la differenza

La domanda è: Perché l’ Operazione Città Bella, progetto dal sindaco, non ricupera il fiume Tiete che passa per tutto il centro di San Paolo e emana un terribile odore di inquinamento, o meglio di merda, fogna? Soprattutto a San Paolo che ha mancanza di acqua potabile.

E’più facile far passare la vernice grigio sopra il graffiti che raccontano una storia, che parla attraverso l’immagine colorata e in silenzio su questioni sociali e politiche della sua gente.

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Foto via BBC.

Non sarebbe meglio fare la restaurazione dei graffiti più interessante e coinvolgente che sono già parte della storia di San Paolo. Per Barbara Goy, artista di uno dei pannelli eliminati nella capitale, è necessario valutare l’importanza del grafiti per lo sviluppo turistico della città.

Mura e pareti perfetti, tutto grigio, significa pulizia a Doria che non senti l’odore fetido del fiume. Che confusione di concetti – Operazione Città Bella!

Sarà che l’olfatto del sindaco è nullo…

Un commento sull’ultima combinazione di Gucci e arte di strada è stato pubblicato in italiano Exibart.

“Cosa c’è di più lontano da una nota griffe di moda e l’arte di strada? In mezzo dovrebbe esserci un mondo intero, da una parte il lusso, i few people che si riconoscono nello smalto di un brand d’alto bordo e dall’altra l’espressione artistica più spontanea, meno compromessa con il mercato (almeno fino a poco tempo fa) e anche più politica.
E invece, miracolosamente, i due poli convergono. Giorni fa, in una strada di Soho, a New York, è comparso un nuovo pezzo di Street Art realizzato dall’artista californiano Jayde Fish. Ovviamente legale, perché Gucci è il committente.
È la prima volta che una celebre maison entra nel campo street. Il risultato forse non è il massimo. Ma, come tutte le prime volte, c’è sempre tempo per migliorare.”
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A diferença entre João Dória e Gucci

Enquanto Gucci enfeita as ruas de Nova York com street art, João Dória prefere a cor cinza para São Paulo.

A griffe de moda, Gucci, de origem italiana, presente no mundo inteiro, começou a apostar  em arte urbana, street art, ao contrário do prefeito de São Paulo, João Dória, que possivelmente não gosta dessa manifestação artística.

O recém eleito prefeito da capital paulista está apagando todos os murais pintados, os grafites, criados por artistas no centro da cidade, como jogada de marketing que chega a ser piegas.

Essa é a grande diferença!

Dória optou pelo tom cinza nos muros coloridos pela vida da arte de rua, enquanto a famosa casa de moda contratou o artista californiano, Jayde Fish, para grafitar uma parede no bairro de Soho, em Nova York.

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“Arcos do Jânio” grafite de São Paulo que serão apagados por decisão do prefeito João Dória. foto via uol.

Para a equipe da prefeitura de São Paulo é bem mais fácil passar a tinta cinza em cima de grafites que contam história, que falam por meio da imagem colorida e silenciosa sobre as questões sociais e políticas de seu povo, do que recuperar o rio Tietê que corta a cidade e exala um cheiro medonho ou melhor de merda, de esgoto a quem passa vizinho ao rio.

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Para Bárbara Goys, criadora de um dos painéis apagados na ação da prefeitura. Foto via BBC

Não seria melhor restaurar os mais interessantes e contundentes grafites que já fazem parte da história de São Paulo. Para Bárbara Goys, criadora de um dos painéis apagados na ação da prefeitura, é preciso valorizar a importância do grafite no desenvolvimento turístico da cidade

Cidade de paredes e muros perfeitos cinzas e polidos e com rio de cheiro fétido.  Que confusão de conceitos – Operação Cidade Linda! Ou será que o olfato dos senhores públicos não está tão aguçado?

 

Um comentário sobre a mais recente combinação entre a Gucci e arte de rua foi publicado no Exibart italiano.

“O que é mais distante que uma famosa grife de moda e a arte de rua? No mundo inteiro nos conhecemos, de um lado o luxo e algumas pessoas que se reconhecem num esmalte de uma marca de classe e de outro, a expressão artística mais espontânea, não comprometida com o mercado (pelo menos até pouco tempo atrás era assim), e também mais política.

E ao contrário, milagrosamente, os dois pólos se convergem. Alguns dias atrás, em uma rua da Soho, em Nova York, aparece uma nova peça de arte na rua realizado pelo artista californiano, Jayde Fish. O que é mais legal, obviamente, é que Gucci é o contratante.

É a primeira vez que uma célebre casa entra no campo da Street Art. O resultado talvez não é o máximo. Mas, como todos na primeira vez, existe sempre um tempo para melhorar”.

O que é arte urbana ou grafite

São manifestações artísticas desenvolvidas em espaços públicos. “Atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana – em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade”. Fonte: Wikipédia.

É uma forma de expressar arte que começou no século XX e cada vez mais toma vulto no século XXI (só Dória que perdeu o bonde da história ), como forma de humanizar as grandes metrópoles.