É difícil escolher qual é a obra mais genial de todo o Festival Internacional de Arte Naif, na sua terceira edição em Guarabira, na Paraíba.
Todas são maravilhosas e explodem em cores na retina de quem fixar o olhar. É a arte mais pura, que brota no coração de quem a cria e fala pelas imagens sobre as questões sérias da humanidade. Com certeza, os jurados tiveram dificuldade em escolher as finalistas que podem ser apreciadas no site do FIAN.
A potiguar Ivanise Lima, com seu Passeio no Parque e mais mais quatro artistas ganharam a medalha de Menção Honrosa. A curadora Jaqueline Finkelstein coloca em destaque esta terceira edição que reuniu artistas de todo o mundo, sobretudo a homenagem ao artista naif, Orlando Fuzinelli, conhecido internacionalmente. O Museu Internacional de Arte Naif do Rio de Janeiro o denominou “Fuzinelli, um capira de raiz”.
Segundo a curadora, a seleção das obras focou na importância de destacar artistas naifs e suas práticas livres, ingênuas, autodidatas, autênticas e espontâneas. “Assumimos o compromisso de nortear aqueles que através da sensibilidade, atentando para liberdade de expressão, transmitiram em suas obras valores implícitos de sua vida e origem sem a preocupação de efeitos e convenções”, afirma Jaqueline em sua mensagem no site do Festival.
Na sequência ele conta que no passado os artistas naifs receberam diversas denominações como: pintores de domingo, do coração sagrado, primitivos, espontâneos, incitas e instintivos. As obras foram avaliadas considerando a ausência de formação acadêmica, sua trajetória de vida e seu currículo artístico, acima de tudo a obra em si, a qualidade e o potencial em transmitir emoções.
Escrever tratados e textos sobre arte ingênua ou naif é perder tempo precioso e não aproveitar em se deleitar com as cores e os temas desenvolvidos pelos artistas que foram finalistas no Festival. Todos revelam em suas criações a sensibilidade por aquilo que vivem ou acreditam, a sua vida e o que pensam sobre determinado assunto. Um exemplo, é a obra do Gulfidan Hitt, provavelmente um árabe ou turco ( não foi possível achar mais informações sobre ele na internet), com sua obra “Peace of mind at home”- Paz na mente em casa”.
A paz na mente em casa mostra o potencial que a arte ingênua tem de revelar aspectos do cotidiano e uso e costumes de um povo. “Peace of mind at home” foi uma das obras selecionadas pelo FIAN
Aproveitamos a seleção conjunta postada por Geolagens Oliveira dos artistas que receberam Menção Honrosa.
“A Sala das Rendeiras”, de Olympia Bulhões. Não é preciso dizer absolutamente nada pela belezura dessa obra e sim apreciar a os detalhes e a graça.
Regina Pucinelli – Praça onde a vida passa.
Não é admirável!
Rodrigues Lima – São João na roça.
Não precisa falar nada sobre a obra de Shila Rodrigues – Mãe do Filho Morto.
O artista Paisdalomba, assim que assina, mostra em sua obra Consequências, o drama dos indígenas com a destruição da floresta.
Rosangela Politano, fez o mundo virar um mar de flores na obra, Capinando na rua , num cafezal em flores.
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