Quando digo que o beijar é um ato de entrega, me refiro ao fato de que existem diferentes beijos que denunciam sutilmente o quanto estamos ou não a fim de entregar o nosso coração ao parceiro.
É mais ou menos igual a um abraço forte que abarca as reentrâncias e saliências do nosso corpo e que encosta o nosso coração ao coração do outro para passar o fluxo intenso de um sentimento que nada tem de um simples abraço amistoso.
Nem todos conseguem beijar dessa forma por medo de deixarem o coração à mercê do outro.
Um grande equívoco!
O beijo da entrega, por inteiro, corpo e coração, é inesquecível. Traz gozo para a alma e sensação de extrema felicidade para ambos, considerando que a entrega é recíproca, uma troca tão intensa, capaz de oferecer uma eternidade de sensações por alguns minutos de beijar.
Uma sensação que independe de viver para sempre com o parceiro que beijou e, sim, de ter passado pelo paraíso.
Beijar, beijando de verdade deixa para sempre o gostinho úmido, voluptuoso, gravado nas profundezas de uma memória sagrada, como se fosse um estoque energético de alguma partícula cósmica, ampla e resplandecente, que nutre e mantém sempre acesa a chama do prazer pela vida!