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Mãos. ‘Imagem vale mais que mil palavras’

Mãos tão significativas na imagem que não me contive em fotografar. Sem olhar a quem pertence podemos exercitar nossa criatividade e divagar nas linhas de sua vida. 

Mãos femininas, sem vaidade. Apenas a aliança dourada para lembrar da promessa que fez, de viver com ele até que a morte os separe.Certamente não são mãos levianas e nem fúteis. Carregam nas veias que saltam em linhas sinuosas sob a pele, toda a força que usou talvez para plantar, lavar roupa, fazer comida, embalar crianças e acariciar. Será que teve tempo para ternura…

Esta imagem das mãos vale mais que mil palavras. Lembrei dessa frase porque é dita  no filme “Palavras e Imagens”, com Juliette Binoche e Clive Owen, ambos excelentes artistas e um ótimo filme. Uma pintora e um professor de literatura competem tentando provar o que vale mais, a imagem ou a palavra.

Apesar amar escrever e apostar na força das palavras. Apesar usá-las e abusá-las delas sempre, reconheço que a imagem é  forte e que provoca reações e emoções instantâneas na mente das pessoas.

 

A imagem foi a primeira forma de comunicação do homem das cavernas. A palavra foi o aprimoramento de sua psique. A palavra foi constituída a partir da imagem, embora ambas estão no mesmo nível de importância em nosso atual estágio de evolução.

Palavra e imagem me remetem ao nome site: PanHoram(arte)  Fiz o caminho inverso. Voltei ao que era a palavra panorama, de origem grega. Pan, o todo. Horam, visão. A ‘visão do todo’. Na transliteração se transformou em panorama.   

 “Propositalmente ao retornar às origens da palavra panorama (a visão do todo) destacamos a importância da etimologia e a unimos a arte, por ser também a visão do todo no sentido criativo”.

 

 

A foto foi feita há cinco anos de uma das passageiras, dentro de um micro-ônibus que me levava a Pipa, praia famosa perto de Natal, no Rio Grande do Norte. Era um transporte coletivo fora do circuito turístico e que transportava pessoas da comunidade. Portanto, aquelas que não frequentavam os hotéis da praia e talvez até trabalhassem para eles.

Aquelas senhora recostada no banco, vestida de forma simples, com sandália havaiana no pé, representa o nosso no Brasil excluído …. “que vai em frente sem nem ter com quem contar”, frase de Gente Humilde, música de Garoto, Chico e Vinícius. “Aí me dá uma tristeza no meu peito e com despeito de não ter como lutar. Eu que não creio, peço a Deus pela minha gente”,

‘É gente humilde que vontade de chorar’. –

 

 
Feira do Alecrim. Natal. RN

Lo spettacolo dei colori dalle fiere in Brasile

La originalità e il colore delle fiere brasiliane sono tale che camminare tra le vie dove ci sono le bancarelle a cielo aperto è una attrazione unica in Brasile. Queste fiere sono veri spettacoli, stravagante, esuberanti nella colore delle frutte che ci sono in abbondanza, nei cereali, nelle erbe e nei carni di tutti i tipi.

Ho conosciuto la Fiera del Alecrim, a Natal, Rio Grande do Norte, e a Maceiò, in Alagoas, vicino al mercato della città, entrambi nel nord-est.

Feira do Alecrim. Natal.
Feira do Alecrim. Natal.

Maceió

A Maceió, capitale della regione di Alagoas, famosa per le belle mari, nel nord-est brasiliano, la fiera è permanente e si estende per quasi un quartiere vicino al mercato della città. Lì si vendono carni, erbe, verdure, pentole, vestiti, candele e immagine del Candomblé ( religione africana).

Le bancarelle sono accanto all’altra e cosi insieme si formano tra sè i vicoli oscuri e misteriosi attraendo le persone cercando di catturare immagini di questa vera e propria arte che è  il “essere” e ” il “ avere”di un popolo che vive nel nord-est che é un altro Brasile in contrasto con il Sud.

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Le persone si resteranno sorprese con il rumore delle pentole appese nelle bancarelle e conforme il vento suonano una musica esotica o si ammireranno  con le erbe più stravaganti, pomate, unguenti, pozioni, saponi, con la promessa di curare tutte le malattie del mondo.

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Indio

Questa é la bancarella che offre la conoscenza sacra dell’indio. I nostri sciamani che detengono la conoscenza delle piante curative brasiliane, corteccia, foglie, radici che lasciano un profumo della clorofilla nell’aria o quelli profumi che lasciano i nostri sensi aperti all’esperanza della vita d’avere una vita con salute.

Un profumo inebriante!

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La Feira do Alecrim, a Natal, Rio Grande do Norte, anche nord-est, si realizza ogni sabato e si trova in uno dei quartieri più antichi della capitale Potiguar. La fiera è cantata in prosa e verso dal poeta-menestrello, la presenta come un spettacolo che mescola i colori e i profumi.

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Natal

Rio Grande do Norte è uno dei principali produttori di frutta del Brasile, dove incontrano tra le più conosciute come mango, banana, anacardi, avocado, ananas, anche fino a quelli specie esotici come ceriguela, caja, imbu.

“Te lo dico io amico, si mette a posto in questo sabato che noi insieme faremo un giro nella  Fiera del Alecrim e cose meravigliose te lo mostrerò  “.

Con questi versi il poeta (cordelista) Elinaldo Gomes de Medeiros, anche nominato “Bocca di Miele”, inizia la storia della Fiera del Alecrim raccontata in un poema suo chiamato la “ Fiera del Alecrim onora i suoi eroi”.

Lo sguardo Critico

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Le fiere a cielo aperto sta resistendo e sfidando  i giganti consumatori, i supermercati con i suoi scaffali inodori e senza vita. La tradizione della fiera è una forza viva, immagine culturale di un popolo a dimostrare come vive la gente di quel luogo.

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Il giro deve essere  in silenzio sentindo l’emozione tra la poetica e la ricerca a vedere che cosa è più evidente nelle bancarelle, i tipi dei frutti o verdura, i colori, cereali che sono consumati o come la gente mette in vendita i produtti a vista.

Se è in promozioni molti venditori urlano i prezzi  al  vento per il mondo ascoltare o rimangano in modo silenzioso, però con un buon prezzo, e molti altri dettagli che si può sentire con  lo sguardo raffinato.

Una vera arte… arte del cuoco!

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Toccare

Questo esercizio sensoriale e artistico di andare in una fiera deve essere trasmessa di madre a figlia o figlio come una eredità.

Noi brasiliani abbiamo bisogno di toccare con la mano per sentire se il frutto è davvero maturo e pronto per essere gustato.

La papaya deve essere morbido, cocomero si deve colpire leggermente il guscio, il melone dobbiamo premere la stremità e se è morbida sarà proprio per mangiare e cosi via. L’uso del plastico inquina e ritira questa svolgimento dei sensi.

La cosa importante è stabilire un contatto sensoriale con il cibo che dobbiamo mangiare.

As Rosas. 1925 - 1926. Claude Monet

Monet sempre marca presença nas primaveras européias

O brilho da primavera européia estará sempre presente nas telas impressionistas de Claude Monet. E para quem deseja apreciar a arte de um artista que abriu a janela de seu atelier e deixou a luz e a cor entrar, a mostra Monet em Roma está especial. O pintor que imortalizou as Ninféias era fascinado pela natureza, sobretudo flores. “Amo a água, mas amo também as flores”, deixou registrado para a posteridade.

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Londres. O Parlamento. Reflexos sobre o Tamisa. Claude Monet – 1905

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Hoje, os recursos multimídia aproximam o amante da arte às telas famosas recriando para o observador os detalhes e a sensação de sentir-se parte da obra.

Se não é possível conhecer a casa e o jardim de Monet, em Giverny, na Normandia, ou apreciar os gigantescos painéis das Ninféias, no Museu L’Orangerie, em Paris, ao menos o visitante poderá ter a sensação de estar visitando esses locais com a força da imagem e a emoção da música ambiente.

Esse é a proposta da mostra Monet, no Complesso  del Vittoriano, Roma, que convida quem a visita, a percorrer um longo corredor simulando água no chão e o exuberante jardim do pintor em Giverny, nas paredes laterais. Ela permanece até 3 de junho.

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No interior estão expostas 60 obras vindas do Museu Marmottan Monet de Paris, as mesmas obras que o artista conservava em seus últimos dias em Giverny e que foram doadas pelo seu filho Michel ao Museu.

Impressionismo

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Ponte Japonesa. Monet. 1918-1919

A visão do mundo impressionista compreendia o velho, o novo, natureza e indústria, beleza e banalidade e marcou o início da era moderna na arte. A invenção da fotografia certamente impulsionou as tendências deste movimento pictórico do século XIX e transformou o mundo.

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palheta, óculos e cachimbo do pintor.

O impressionismo empurrou o pintor para fora de seu ateliê e lhe mostrou o mundo real que precisava ser pincelado. Ao contrário daquele proposto pelos  delírios da aristocracia francesa e a competitiva e poderosa igreja católica européia (Itália, Espanha e Portugal).

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Efeitos do sol num entardecer. 1875

“ Escancararam as janelas e deixaram  entrar o sol e passar o ar”, escreveu Edmond Duranty em 1876, sobre as telas impressionistas.

Charles Baudelaire

Da mesma forma outro crítico e também poeta, Charles Baudelaire, deixou registrada a sua indignação sobre a fotografia e arte em cartas enviadas aos seus amigos.

“Como a fotografia nos dá todas as garantias desejáveis de exatidão (eles crêem nisso, os insensatos!), a arte, é a fotografia. A partir desse momento, a sociedade imunda pôs-se à rua, como um só Narciso, para contemplar sua imagem trivial sobre o metal”, disse ele.

Grande loucura industrial

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Mais adiante escreve que:

“ A cada dia a arte diminui o respeito por sim mesma, se prosterna diante da realidade exterior, e o pintor torna-se mais e mais inclinado a pintar, não o que sonha, mas o que vê. Entretanto, é uma felicidade sonhar, e seria uma glória exprimir o que se sonha; mas, que digo eu! 

Conhece ainda o pintor tal felicidade? O observador de boa fé afirmará que a invasão da fotografia e a grande loucura industrial são estranhas a este resultado deplorável? É permitido supor que um povo, cujos olhos se acostumam a considerar os resultados de uma ciência material, como os produtos do belo não acabe por ter diminuída, singularmente, ao fim de um certo tempo, sua faculdade de julgar e de sentir o que há de mais etéreo e imaterial?”, afirmou Baudelaire, durante o “Salão de 1859”. “O Público Moderno e a Fotografia./

Na antiguidade os pintores faziam o papel dos fotógrafos de agora e pela sua arte deixaram um testemunho da história da humanidade. O impressionismo é exatamente a transição entre a aceitação da nova tecnologia e a arte se adaptando às mudanças.

 Pensem qual seria a reação de Baudelaire hoje com os celulares e a explosão dos selfies!

 

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Antônio Nóbrega e sua arrebatadora música e dança

 “Esses cantos, esses toques e essas danças são as pedras do meu céu e as estrelas do meu chão. Com eles, soletro, penso e disperso meu sonho humano. Com eles aprendi amar meu país e seu povo”. Eles são o meu Lunário Perpétuo.”

A homenagem do PanHoramarte ao talento insuperável de Anônio Nóbrega, no dia do seu aniversário. Um artista completo na sua arte que espalha as raízes brasileiras em prosa, verso,canto e dança pelo mundo.

Arrebatadora música

Arrebatadora  é a pessoa de Antonio Nóbrega, sim, Ariano Suassuna, como de fato disse e imortalizou a frase sobre o talento de seu amigo. Aos simples mortais cabe apenas se  deixar levar pelo prazer intenso que  proporciona os espetáculos criados por este pernambucano que já cantou e dançou descalço para quase meio mundo.

Uma arte que mostra os ritmos e a cultura das raízes populares do Brasil e quão comovente e pura é a essência original deste povo.

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Foto internet. Site Antonio Nóbrega
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Foto Internet. Site Antonio Nóbrega
Um homem de corpo miúdo, mas que se torna gigante no palco.

Encanta o público, mesmo num visual quase único – chapéu de coco, pés descalços, vestes simples e um violino ao lado do corpo, ou violão.Vale a pena acompanhar o trabalho deste artista mesmo que seja em vídeos, ou acompanhar as apresentações de seus próximos espetáculos pelo seu site Antonio Nóbrega.

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Foto Internet Site Antonio Nóbrega
É violinista desde criança.

Entre 1968 e 1970, já participava da Orquestra de Câmara da Paraíba e da Orquestra Sinfônica do Recife. Em 1971, foi convidado por Ariano Suassuna a integrar o Quinteto Armorial, grupo precursor na criação de uma música de câmara brasileira de raízes populares.

Mais informações sobre o seu trabalho, sobre a Companhia Antonio Nóbrega de Dança, funcionando em São Paulo, no Instituto Brincante, são encontradas em seu siteE mais ainda, se quiser conhecer um pouco daquilo que é Antonio Nóbrega, entre em seu blog e veja suas ideias sobre a vida.

“De minha parte, eu ao longo deste últimos 30 anos, aprendi toques, instrumentais, cantos, loas, danças, com os brincantes, com os tocadores de alfaias, com os cantadores e emboladores e fui recriando isto em vários e vários espetáculos.

Por certo, é fechar com chave de ouro este pequeno escrito, sem pretensões, seja a de mostrar e pontuar aqui os talentos genuínos que se tramam na diversidade brasileira. Precisa escrever mais?

Viva a internet e o youtube que não dão a oportunidade de apreciar um trabalho extraordinário como é desse brasileiro!