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Jardim artificial de Hito Steyerl é a parte lúdica na Bienal de Veneza

A  vídeo instalação ‘This is the Future’ tenta integrar o espectador a um jardim que na realidade não existe porque é pura tecnologia. No entanto, é a parte mais lúdica da 58a Bienal de Veneza 2019, mas um lúdico um tanto desolador..A ampla sala montada com passarelas, telas de projeção e paredes de smart glass é o jardim que a artista austríaca Hito Steyerl decide encontrar depois de escondê-lo no futuro para protegê-lo.

O visitante percorre este jardim mágico, repletos de flores digitais que brotam, florescem e murcham sem nunca existirem de verdade. Embora estimule o espectador, que caminha  pela passarela, a harmonizar-se com o mundo pela beleza das flores, não o acalma porque as flores não existem e não podem existir porque residem no futuro e ele não está escrito, segundo a artista.

“Hito Steyerl se pergunta se a “Inteligência Artificial” tem a capacidade de predizer o futuro, a resposta é um claro não. Ela só pode fazer ressoar resultados prováveis do que é previsível. Em uma época em que o mundo da arte fica de ‘boca aberta’ diante da primeira obra de arte realizada pela IA e o mercado da arte a legitima o status, Steyerl levanta questões sobre o papel que desempenhará em nossas vidas”. Bienal de Veneza

Hito Steyerl é um cineasta, artista visual , escritora, inovadora em ensaios documentário. Seus principais tópicos de interesse são mídia, tecnologia e circulação global de imagens. Steyerl é PhD em filosofia pela Academia de Belas Artes de Viena . Atualmente, ela é professora de New Media Art na Universidade de Artes de Berlim , onde co-fundou o Centro de Pesquisa para Proxy Politics , juntamente com Vera Tollmann e Boaz Levin.  Fonte:Wikipédia

 

 

 

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Artistas chineses na Bienal de Veneza expõem o poder

A instalação Trojan  2016-2017, de Yin Xiuzhen,  as obras Dear – 2015 e   Can’t help myself ambas ,de Sun Yuan e Peg Yu, são leituras do poder no mundo moderno, na 58a. Bienal de Veneza 2019. Trojan é uma colossal escultura confeccionada com roupas usadas, argila e metal. A figura de uma mulher que se posta curvada, à primeira vista, ao visitante que percorre o Arsenale.

Na realidade, a ideia da artista é dar destaque aos inúmeros indivíduos que usaram aquelas roupas e que se afogam em uma época de homogeneização, lembrando-nos ao mesmo tempo da poluição e do consumismo incessante associados à indústria de roupas.

Dear

A grande poltrona branca confeccionada em silicone é ameaçadora em seu conceito permanecendo protegida por paredes de Plexiglas. Por que ameaçadora?

Porque  lembra o poder, o autoritarismo, a repressão. Isso quando um tubo de borracha colocado no meio da poltrona começa a receber sopros de ar altamente pressurizado e acaba chicoteando o entorno, num barulho ensurdecedor.  A obra Dear é inspirada num poltrona imperial romana que também é a poltrona de Abraham Lincoln,  no Lincoln Memorial,  EUA. Entre uma periódica erupção e outra, o que mais chama a atenção é a poltrona inerte em sua imponente posição.

Can’t help myself

Uma construção robótica que está constantemente tentando deter um líquido vermelho. “Não posso me ajudar” é uma obra impressionante e nos remete a violência e a tentativa de não deixar vestígio.

Um braço mecânico está protegido por parede de  plexiglás e move-se para conter um líquido viscoso muito semelhante ao sangue. Ao fazer isso, ele executa ações que não são apropriadas para ele, como dançar, arranhar, apertar as mãos e até mesmo apertar. A maneira completamente desajeitada com que ele se move faz o “sangue” espirrar nas paredes de proteção.

 

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Shilpa Gupta deu voz aos poetas presos e silenciados por suas crenças

A instalação sonora “For In Your Tongue, I Can Not Fit -100 Jailed Poets”, no Arsenale, na Bienal de Veneza 2019,  é visceral. Atinge a sensibilidade do espectador e o faz pensar naqueles que lutaram e morreram por suas crenças. Essa é intenção de Shilpa Gupta, artista indiana, ao dar voz aos poetas presos e silenciados por suas poesias e crenças. São 100 folhas impressas espetadas em barras de metal, acompanhadas por microfones e a gravação dos poemas.

É uma obra profundamente sensorial, eloquente, pelo ambiente projetado pela artista que pesquisou poetas desde o século VII até os dias de hoje. Entre as poesias encontra-se a do poeta de Immadadin Nazimi, do Azerbaijão, que viveu no ‘século XIV e foi esfolado vivo em Aleppo.

Na medida que visitante se aproxima do microfone é declamada a poesia que consta na folha impressa. Os idiomas são variados, árabe, turco, inglês, indiano e russo. A obra destaca a fragilidade e vulnerabilidade de nosso direito à liberdade de expressão hoje em dia – e a bravura daqueles que lutam para resistir. Ao longo de uma hora, cada microfone, por sua vez, recita um fragmento das palavras dos poetas, faladas primeiro por uma única voz e depois ecoadas por um coro que se desloca pelo espaço.

 “O título da obra é inspirado em um poema do poeta do século XIV conhecido como Nesimi, nascido no que é hoje o Azerbaijão moderno e executado pelas crenças religiosas expressas em sua poesia que contrariam as doutrinas contemporâneas dominantes. Este é um dos vários poemas históricos incluídos na obra (com os primeiros datando do século VII). A grande maioria dos poemas, no entanto, decorre do século XX até os dias atuais, refletindo o envolvimento particular do artista com a ascensão do Estado-nação e as lutas sociais e políticas relacionadas à autodeterminação e acesso à democracia e aos direitos humanos”. Fonte: Architeraldigest

Shilpa Gupta nasceu em Mumbai, 1976,  e diz que a sua pratica é muito fluída e que trabalha com o cotidiano. Usa desenho, fotografia, vídeo, escultura, som e performance.

 

Microworld , 2018 - Liu Wei. China

“Interesting Times” dalla Biennale 2019 a Venezia

È la quinta volta che visito la  Biennale di Venezia, consecutivamente.  Questo anno il mio giro è stato breve, pochi giorni, ma è stato possibile capire “May You Live In Interesting Times”. Il titolo evoca l’idea dei tempi difficili e forse minacciosi, ma le opere sono un invito a vedere e analizzare l’essere umano nella sua complessità. Non mi interessa ripetere quello che è già stato divulgato sulla più antica biennale d’arte, ma, piuttosto mettere in evidenzia le opere che mi hanno toccato per il loro concetto.

A ogni tempo, la Biennale di Venezia è un evento apoteotico che rivela i tempi in cui viviamo, e le opere della Biennale sono già grandiosi  dallo spazio che la installa: la città di Venezia è un’opera d’arte unica al mondo. Se il soldi mai mancare anche la salute buona sarò sempre visitando la Serenissima e soprattutto la biennale.

 

Sempre e sempre sarò a volteggiare come una ballerina in una serata, nell’enorme Piazza San Marco, come una princepessa nel più elegante salone del mondo. Dopo siederò in uno di quei caffè da prendere un ‘prosecco’ e tra ogni sorso sentirò tutta la storia mescolando in un unico momento  il presente, il passato e il futuro attraverso le emozioni ancora al suono delle classiche della musica.

Giardini

Il mio primo percorso è sempre sui Giardini, dove  sono i padiglioni. Questa volta sono andata molto velocemente. Quando ho iniziato a camminare per i padiglioni, ho pensato a me stesso che erano presenti la cultura e gli aspetti politici del paese che lo aveva costruito il padiglione.

Ad esempio, ogni biennio la mia aspettativa è molto alta per il Brasile, conoscendo gli incredibili talenti che esistono in tutto il paese. Tuttavia, ciò che ho visto non ha ancora rappresentato il significato del mio paese nella diversità e nell’arte.

Quest’anno, senza sminuire il concetto di Swinguerra, soprattutto in questo momento politico incui la capisco come un grido della minoranza e dei giovani della periferia del Brasile, non penso che sia un’installazione di videoarte, ma un documentario. Un documentario è un’installazione artistica?

Il padiglione della Russia sempre è sorprendente in rispetto alla storia del paese. Quest’anno il padiglione ha portato un tema biblico. Lk. 15: 11-32. La parte del Vangelo che tratta della parabola del “figlio prodigo” di Luca che insegna il perdono, la pietà e la compassione.

Gli Stati Uniti si occupano delle opere che emanano “libertà”. Il padiglione finlandese è quasi perso tra l’edera e il fogliame che lo circonda e i temi delle sue opere sono sempre legati alla natura. Ad ogni modo, è meglio descrivere separatamente e analizzare alcuni dei padiglioni più interessanti.

Arsenale

Se la visita ad alcuni padiglioni ha lasciato a me un po annoiata, chiedendomi quanta vanità politica ed aspetti economici fossero coinvolti nella scelta degli artisti e dei curatori che rappresentavano ogni paese, l’impatto di quello che ho visto in Arsenale mi ha lasciato in uno “stato di grazia “. Opere incredibili, magnifiche e sorprendenti.

A questi voglio prendere tempo ed evidenziarne alcuni che vale davvero la pena pensare. “La nostra missione è semplice e non facile: offrire agli artisti uno spazio di dialogo gratuito per i sei mesi della mostra e offrire ai visitatori un intenso incontro con l’arte”, ha dichiarato il presidente della Biennale di Venezia. Paolo Baratta.

E noi del PanHoramarte `parteciperemo a questo dialogo!