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Perguntas e dúvidas, muitas! Queremos respostas sobre a engorda da praia de Ponta Negra

Qual é o prazo de validade da engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, que justifique um orçamento tão alto ? Considera-se no projeto as mudanças climáticas que vivemos hoje?

As dúvidas são muitas… e inúmeras perguntas sobre a obra de aterro hidráulico em Ponta Negra – popularmente conhecida como engorda da praia. A prefeitura de Natal anunciou o início das obras ainda neste primeiro semestre do ano, com a aplicação de um orçamento milionário – R$ 73 milhões.

É certo que há décadas a praia de Ponta Negra vem sofrendo os efeitos da erosão, com a redução da faixa de areia. Porém, em tempo de tragédias climáticas como a que ocorreu no Rio Grande do Sul, nos perguntamos: será essa a solução?  Não será preciso mais aprofundamento nas consequências futuras?

Num simples e livre exercício de cidadania fomos em busca de opiniões sobre ser “a favor ou contra” a obra. Igor Carneiro, mestre em Oceanografia Física, foi o primeiro a alertar sobre o prazo de validade de uma obra cara, cujo custo final  sai do bolso do contribuinte, e também destacar que será a população diretamente afetada pelos impactos negativos – sociais e ambientais. “Não sou a favor e nem contra porque não me aprofundei tecnicamente, mas como cidadão tenho muitos questionamentos com base na minha experiência profissional”, afirmou.  Igor atualmente trabalha com Geofísica.

Cadê os estudos de modelagem numérica? “Não vi ainda”, diz ele. De onde essa areia vai ser tirada, como vai ser colocada, qual será o comportamento dela…

As fotos by Mari Weigert. O vídeo é de Jonathas Costa, que além de instrutor de stand up e surf, trabalha com imagens.  Todas foram captadas na enseada do Morro do Careca. A foto com o céu que se vestiu de rosa foi uma das primeiras feitas por mim e a acolhida mais amorosa que recebi da praia de Ponta Negra, em dezembro de 2011.

Da mesma forma, como cidadão, o professor  titular da UFRN, geólogo Ricardo Farias do Amaral, expõe sua preocupação:  

“Tenho muitas dúvidas em relação a essa ação de engorda da praia de Ponta Negra.
Vejo muita gente sem entender o que está acontecendo e que os espaços de discussão abertos e as ações de divulgação sobre os impactos negativos possíveis, foram absolutamente insuficientes”,  argumenta. 

Ricardo Farias do Amaral

“Estamos passando por um processo de avanço natural e contínuo do nível do mar e a gente precisa parar de brigar com o mar.  Parar de construir cada vez mais perto do mar, querer engordar as praias. Como cidadão não vejo nenhum estudo aprofundado mostrando, por exemplo, a manutenção dessa engorda numa praia aberta como Ponta Negra. Acho que deveríamos discutir com mais cuidado e com planejamento o futuro dos moradores de Ponta Negra e quais serão os reais benefícios para a população natalense”

Igor Carneiro

“Em meu trabalho consideramos a área costeira a mais sensível em relação ao oceano, por ser a área que sofre de imediato os eventos da natureza. Muito mais visível nas áreas costeiras ocupadas e de mangue. Dentro de um cenário em que os padrões atmosféricos pretéritos já não cabem mais, precisamos pensar se estaremos preparados para enfrentar eventos climáticos mais intensos que o normal”.

Neste áudio Igor questiona como cidadão que vive em Ponta Negra qual será impacto efetivo, financeiro e social, qual é o prazo que esta obra tem para justificar todo esse gasto. Qual é a durabilidade desse projeto? Confiram!

O que posso conjecturar, diz ele, seria mais a durabilidade dessa obra e o impacto que teria para essas comunidades que vivem da pesca e mesmo a área de turismo.  

  A pergunta é se Ponta Negra poderá enfrentar situações como a de Recife, que perdeu sua praia para os tubarões. Igor responde que a cidade de Recife foi construída em cima do mangue e o mangue é um berçário natural para a fauna marinha. Confiram no áudio suas análises em relação ao assunto e comparações a Ponta Negra.

“Eu também gostaria de ter mais metros de praia”, diz. Mas a geografia daqui é diferente. Cita Camboriú e a engorda que foi feita lá, porém que é sem comparação porque é uma praia localizada no sul do Brasil e clima, relevo tudo diferente. A orla de Ponta Negra é feita de dunas e falésias, sobretudo falésias que caem e não tem o que fazer. Portanto, vai ser injetado um tanto de aporte financeiro sem a garantia da durabilidade. Não é uma questão de ser contra ou favor.

Mas será que não existe uma outra prioridade para esse dinheiro todo? 

Se você não consegue iluminar Ponta Negra, dar segurança adequada, saneamento necessário… Se isto não é prioridade!…

 

Instalação em 2019, no Morro do Careca, assinada pelo artista grafiteiro Rafa Santos, atualmente com ateliê em Pipa.

Infelizmente existe um descaso muito grande da administração pública para as questões básicas que correspondem a toda a faixa da praia de Ponta Negra até o Morro do Careca, sobretudo perto do morro, onde a água frequentemente está imprópria para banho devido a índices acima da média de coliformes fecais. 

Não são poucos os problemas atuais, não tem iluminação adequada, segurança, especialmente à noite, sujeira, ratos na praia, cheiro insuportável de esgoto pelos banheiros públicos abandonados e prováveis ligações clandestinas de  esgotos ligados às galerias pluviais. Justifica então injetar tantos recursos numa obra de risco, se nem  questões básicas de saneamento e segurança conseguem oferecer aos moradores de Ponta Negra?  

Como cidadã e como jornalista considero fundamental provocar uma discussão mais aprofundada sobre a realização dessa obra. Tenho em pauta buscar mais opiniões a respeito do assunto.  Como moradora e frequentadora da praia de Ponta Negra sinto as mesmas preocupações do professor Ricardo Farias do Amaral e compactuo com os questionamento do oceanógrafo Igor Carneiro. A tragédia climática no Rio Grande do Sul é um alerta para todos nós sobre o descaso do homem em relação a natureza. 

Atualmente, temos quilômetros de  rios sem matas ciliares ( quando o Código Florestal prevê 36 metros a cada margem); aquecimento dos oceanos e praias com erosão porque perderam suas áreas de restingas e mangues, áreas necessárias que fazem a proteção na zona de arrebentação costeira. Isso pela ocupação desordenada. Florestas inteiras derrubadas, povos originários sendo expulsos de suas terras. A ganância e poder deixando um rastro de destruição!

 A enseada do Morro do Careca é um santuário ecológico!

Ali ainda é possível visualizar golfinhos, tartarugas, cardumes de peixes de pequeno porte. O vídeo acima foi feito por Jonathas Costa instrutor de stand up e surf na praia do Morro do Careca. Um desses dias foram surpreendidos com um belo grupo desses mamíferos marinhos numa dança aquática maravilhosa, cujas imagens foram captadas certamente para nos lembrar da importância da biodiversidade.

A presença de golfinhos numa área marinha significa vida ainda preservada. Isso não tem preço!

Dismaland/Banksy 2015

“Arte verdadeira é a forma mais sofisticada e mais intensa de resistência”

A frase é do advogado e professor de Direito, Pedro Serrano, sobre o papel da arte e da cultura como meio de transformação social. Não foi sem motivos ilustrar com a obra de Banksy e sua Dismaland.

Assim como lembrar de tantos outros artistas ativistas que fazem crítica social, política e econômica por  meio de suas obras. O gualtemalteco, Anibal Lopez, os brasileiros Cildo Meirelles, Artur Barrio, entre outros, que pontuaram pela arte os desacertos na história da humanidade.

Dismaland,  de Banksy, um Parque Temático (agosto -setembro 2015) que funcionou um mês numa pequena cidade da Inglaterra, é uma crítica ácida à cultura do entretenimento. 

“Não tenho qualquer problema com a Disney, não sou um Hipster, por isso não acho que uma coisa seja má ou fútil, só por ser popular a marca Dismaland nada tem a ver com a Disney, apenas um enquadramento que diz: ok, aceitamos que fazer arte nos coloca no terreno da indústria do entretenimento, e vamos tentar pôr-nos a  esse nível – mas à esquerda.”, Banksy. ( mostra Gênius or Vandal)

 

Protesto de artistas que ficaram fora da Bienal de São Paulo- 2010

Seguindo o raciocínio sobre a cultura do entretenimento voltamos ao Pedro Serrano, e ao que ele falou durante um debate com o coletivo Estados Gerais da Cultura, há três anos. Na época, o desgoverno do inominável estava tentando destruir a base cultural do país. EGC foi criado em protesto a extinção do Ministério da Cultura. Seu raciocínio nos conduz ao entendimento de o porquê a arte e a cultura são as primeiras a serem sufocadas.

Ele situa o mundo capitalista de hoje, com suas novas economias, como uma sociedade que considera a arte espontânea, ou seja a verdadeira, como inimiga,  sobretudo em sistemas políticos autoritários. Isso porque esses sistemas trazem a política e o mercado para dentro da subjetividade.

“Todo nosso ambiente do imaginário passa ser um espaço da economia e da política. Se inverte a regra, de que a demanda condiciona a oferta, quer dizer a oferta passa a produzir demanda. Isso implica numa aniquilação do que pra mim é a essência da liberdade.

Passamos a ter um sistema que não atua para atender o desejo das pessoas. Como Steve Job falava:  ‘eles não desejam, mas sei que eles vão desejar. Eles não sabem o que eles vão desejar, nós vamos criar para eles’.

 

 Serrano segue em seu raciocínio para mostrar o grande perigo da manipulação pela cultura dominante: “A ideia da liberdade está na espontaneidade. A arte representa isso imensamente. Vai liquidando com espontaneidade.  

Primeira coisa temos que entender. A cultura é vitima da essência desse sistema. Esse sistema que busca dominar a subjetivada humana e produzir desejo nas pessoas.

A maior ditadura que mundo conheceu sempre dominou o corpo. Ela aprisionou torturou e matou. Esse mecanismo que nós vivemos hoje domina nossos desejos, é o ápice de qualquer sujeito que ambiciona o poder sobre o outro. 

Quero que o outro deseje o que eu deseje o que ele deseje.Isso implica em aniquilar a espontaneidade humana obviamente coloca a verdadeira arte, a verdadeira cultura como inimiga. Mesmo sem a arte querer, mesmo tendo que mediar com o entretimento, para obter recursos, ela é posta como inimigo porque não convive.

A essência afetiva da arte não é monetizável Isso que agride o sistema. Como também certos afetos humanos são postos como inimigos. Como amor, por exemplo. O amor não é monetizável. 

 

“A espontaneidade que é o movimento de resistência a esse processo de vulneração da nossa intimidade e desejo. Portanto, essa arte espontânea que é que inimiga para um sistema facista, autoritário. Para eles, precisa ser eliminada.”

Pedro Serrano

“Mais do que nunca fazer arte verdadeira, cultura, é a forma mais sofisticada e mais intensa de resistência que nós temos que ter. Isso é muito importante. 

Obra de Angelo Campos - artista muralista que retrata a realidade na qual vive na comunidade da Penha.

O fascismo, o autoritarismo não ganham quando nos torturam  porque a gente sobrevive e volta para luta, quando eles nos matam porque a gente vira símbolo e outras pessoas tocam a nossa luta. Eles ganham da gente quando nos transformam em algo parecido com eles”.

Intervenção urbana - Anibal Lopez.Guatemala 2003. Caminhão basculante joga livros na rua.

Entre os exemplos citados, nos quais a arte surge como resistência a um sistema, no início  da pandemia, a intervenção urbana feita pelo artista Nuno Ramos e o Teatro Vertigem, na Avenida Paulista, chamou atenção do público pelo descaso do governo para conter a disseminação do coronavírus.  Em agosto de 2020.

Foi às dez horas da noite que o Teatro da Vertigem deu início à performance-fílmica MARCHA À RÉ, idealizada em colaboração com o artista visual Nuno Ramos. A carreata ocupava a via emitindo uma sinfonia incomum. Não buzinas, nem músicas, mas o som alto dos respiradores utilizados nas unidades de tratamento de Covid-19. 

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‘Turma do mar’ curte o entardecer da lua cheia de maio no Morro do Careca. Um espetáculo!

A 'Turma do Mar' celebrou num animado 'luau' o espetáculo da lua cheia de maio na praia do Morro do Careca. O ponto de encontro: a plataforma Dubai.

Quando me refiro a “Turma do Mar” estou marcando uma galera de gente! Os grupos de nadadores de Ponta Negra, os que praticam stand up, aqueles que curtem sair de  caiaque  e os instrutores de atividades no mar, (conheçam pelo Instagram CTF um deles)  e mais  ( Standupnatal).  Além desse povo que ensina, tem a líder da turma de Nadadores de Ponta Negra, Madalena Nunes. 

Uma turma relativamente grande que se reúne e troca ‘figurinhas’ sobre como e quando vão nadar juntos. O ponto de encontro é ou o João ou o Nego do coco.  Esses dois abençoados senhores têm barraca na praia do Morro do Careca e olham pelos pertences dos nadadores. A norma é: nunca ir até a Dubai ( 500 metros da praia em maré seca) sozinho, sempre com mais um nadador.

Os créditos da fotos e dos vídeos são para Madalenas Nunes (grupo de Nadadores), JhooSant (standup), Humberto Maurício (nadadores) e FCO(Assessoria Fitness).

Foto by FCO(assessoria fitness)

O único objetivo é reunir-se para nadar ou deslizar numa prancha. Dias de grande eventos são aqueles combinados para apreciar o espetáculo gratuito do amanhecer e entardecer juntos ou fazer travessias solidárias ou de competição. 

Todos são UM nesses momentos de interação com o mar!  Uma comunhão de almas e natureza, que transcende as desavenças naturais e independe de ideologia e religião.

Crédito para Madalena Nunes que registrou momentos de muita descontração.  Os grupos  de nadadores são vários e até tem uma a Associação oficial com estatuto e tudo. Além disso, em WhatsApp acredito estarem ativas  umas 300 pessoas. 

Crédito para Humberto Maurício (nadador) que criou a TvNPN, com canal no Youtube e rádio NPN.

Essa mobilização toda também envolve um trabalho social muito atuante. As travessias, os eventos, muitas vezes têm um fim tanto educativo quanto de inclusão social. Os atletas paraolímpicos estão dentro desse trabalho também e inserem as pessoas dentro dos grupos.  

Vejam bem leitores do Panhoramarte!  Estão imaginando que cheguei até a Dubai e participei dessa alegria. Eu acompanho todos os grupos. Todos pelo WhatsApp… vixe! rsss… 

Não participei presencialmente do Luau.

Isso porque estou  em fase de aprimoramento da coragem para nadar até a Dubai. Mas de stand up já cheguei lá, não sozinha,  é claro que com Jonathas, o jovem mestre em surf e prancha, que me dá dicas e segurança para deslizar pela enseada. JoohSant (Jonathas dos Santos Costa) como assina suas fotos atua com Ana Paula Piszter e Jailson Matias Leandro (Jota). Eles são ótimos.

Confesso que me sinto parte como se estivesse chegado a Dubai e comungado com a animação da turma e sentindo na alma a beleza de todo o conjunto desse santuário ecológico que é o Morro do Careca.  Mas chego lá. Me aguardem!

foto by Madalena Nunes. Da esquerda para direita, eu, Márcia, Gustavo e Madalena.

Essa sensação de pertencimento ao grupo de nadadores de Ponta Negra devo a Talita  Smith, que é nadadora e também uma boa osteopata. Ela me disse: vá nadar no Morro do Careca. Lá tem uma plataforma uns metros da praia fantástica. Mas só sei nadar ‘cachorrinho’, respondi para ela. Não tem problema disse, “vai nadando cachorrinho com flutuador que você chega lá”.

Eu acreditei!

Pensem… E foi Márcia Freire ( minha madrinha) que me colocou na real. Teve a paciência de me aguentar nadando e me esgoelando na respiração. Um desastre!  Até a Dubai? Nada.. no máximo uns 100 metros e olha lá. 

“Você tem medo do mar e precisa aprender mais a técnica”, disse Márcia. “Por que não vai ali no CTF”, e apontou para a escola pertinho do morro… E foi assim achei a minha praia…

Até canoas havaianas estão chegando pelas bandas do Morro do Careca. Vejam só!

Foi apresentado pelo Cézar, que dirige o CTF – Assessoria Esportiva. Neste vídeo feito pelo Cassiano Pereira (nadador), Miguel que é  responsável pelas canoas explica e dá instruções de como entrar nelas.

A praia de Ponta Negra, próximo ao Morro do Careca,  é uma enseada extraordinariamente bela, ao reunir ao entorno, no morro,  a  mata nativa e em toda faixa litorânea  dunas e mais, junto com essa riqueza um centro urbano.

Só olhe para o mar. Não se atenha a orla que deixa muito a desejar. Precisa de cuidados na iluminação, na fiscalização dos esgotos clandestinos, na limpeza…. Pensam em engordar a praia… Claro tem muita grana para isso. E as outras praias com as falésias que estão desmoronando, como Tabatinga? Deixa lá. Não importa porque não tem grana e as casas podem cair junto.

Enfim, voltando ao que o Universo nos oferece como dádiva é muito privilégio para uma cidade ter um espaço tão precioso pertinho de todos que vivem ali. O Morro do Careca e sua linda enseada estão todos os dias apresentando-se  iluminados pela ensolarada Natal – a capital potiguar, num espetáculo de encher os olhos. 

Foi com muito entusiasmo que alguns da turma receberam e a visita de um bando de golfinhos brincando por perto do Morro. As imagens foram captadas pelo JoohSent, do standupnatal. Vejam no final dessa minha despretensiosa crônica. Um belo presente de Jonathas como registro para posteridade.

O ‘criador’ está cumprindo a sua parte e oferecendo a nós todos os dias um espetáculo deslumbrante gratuitamente. E o bicho homem? 

A guru da Terapia Quente e Frio completa 90 anos! Conheça sua história

Pasmem Geralda, a guru de muita gente, completa 90 anos com a mesma mente inquieta e olhos brilhantes. Suas rugas são apenas marcas de sabedoria por uma vida dedicada a curar pessoas.

A sua alma fica gigante quando  começa a falar sobre a terapia que criou e que usa água, sal e o toque para equilibrar o ‘quente e o frio’ no corpo. O Yin e o Yang da Medicina Chinesa que foi abrasileirado por ela em ‘frio e calor’.

Uma longa história com mais de 30 anos que começou em Curitiba, no Paraná. Começou no momento que essa senhora decidiu fazer da busca pela saúde e harmonia física a sua poética de vida e adotar a humanidade como seus filhos. Seus olhos ficam marejados de lágrimas quando refere-se aos seus pacientes e pessoas queridas que a ajudaram a defender e colocar em prática suas ideias.

Ideias de vanguarda, mesmo que chocasse quem a visse na terapia, na qual as pessoas são envolvidas em toalhas, bolsas de água quente e paninhos úmidos.

 “É tão simples manter a saúde equilibrada usando a água quente e o toque para ativar a circulação e não deixar os músculos endurecerem”diz ela. “A pessoa mesma pode fazer isso”,  complementa. E numa certa ansiedade, como se não quisesse perder mais seu precioso tempo, chama a atenção para o fato de que a “humanidade precisa saber que o corpo não envelhece e não trava com esses cuidados”. Como se quisesse apregoar por todos os cantos do mundo que o corpo equilibra-se quando a temperatura está em harmonia. “Cabeça fria e os pés quentes”.