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Inesquecível mostra que tratou da “Elegância do alimento”

Uma inusitada exposição de roupas e acessórios inspirada em alimentos uniu alta costura e comida na Italia, em 2015. Vale a pena ver de novo em fotos...

De um bom gosto impecável os italianos mostraram nesta iniciativa que o alimento inspira a moda. Jamais esquecerei desta mostra, cujas obras eram assinadas por grandes nomes da alta costura como os diferentes acessórios, como o colar de Gianni di Benedittis, que utiliza em seu desenho o formato de garfos e macarrão ( A foto que abre a matéria).

 

Tiziano Guardini. Um longo inteiramente elaborado com raízes de alcaçuz (liquirizia) pela empresa Amarelli. 

Um brinco na forma de garfo e com o detalhe do macarrão. Assinado por Gianni di Benedittis.

Sorvetes bordados em vestidos assinados pelo italiano Enrico Coveri.

Outro modelo insólito é o vestido-ovo da estilista espanhola, Agatha Ruiz della Prada,

Bolsa em tecido decorado com cerejas, de Louis Vuitton. Isso é ainda é pouco, tem mais.

Guillermo Mariotto por Gattinoni – Coleção Primavera/Verão 2015. Blusa bustiê de pão feito com espigas de trigo verdadeiras e calças de juta com pretzels e biscoitos cristalizados. 

Patrizia Fabri. Coleção Mediterraneo 2015. Chapéu elaborado com palha de decoração em Parasisol e resina.

O objetivo da exposição, segundo os curadores, era de mostrar o diálogo entre a moda e o alimento. “A  moda alimenta a mente, o alimento nutre o corpo”, justificaram os curadores Stefano Dominella e Bonizza Giordani Aragno.

 

O destaque dado pelo PanHoramarte é puramente para entretenimento de seus leitores.

Apresentar essa mostra incomum e ao mesmo tempo tão refinada, tem a finalidade de oferecer ao leitor a dimensão do significado alimento e moda na visão dos italianos e como eles valorizam o que é deles. Dois temas que se unem, sem divisões e fronteiras e com total liberdade de criatividade. Talvez no Brasil seria considerada brega e motivo de zombaria, até para encobrir aquele velho complexo de “vira-lata” que muitos brasileiros insistem em alimentar.

 

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Um segundo de ‘selfie’ perde-se o presente que é um presente para nós

Viver o presente é realmente um presente que você pode se dar. Há anos atrás fui assistir um espetáculo do Cirque du Soleil. Um belo espetáculo inesquecível, porém no final da apresentação aconteceu algo frustrante que nunca vou esquecer.

Aquela apresentação era tão maravilhosa aos meus olhos, que pensei que deveria guardar para sempre. Eu queria registrar para nunca mais esquecer. Então resolvi filmar os minutos finais. Fiquei olhando para tela da câmera o que se passava e quando fui olhar novamente a cena de verdade e não mais na tela, o show já tinha terminado.

Imagem não identifica o Circo de Soleil. Aleatória de circo - 2004, by Mari Weigert

A minha sensação era tão frustrante, que tinha vontade de gritar: “Voltem, façam novamente!!! Eu quero ver!!!” Até hoje, quando lembro, me causa uma “coisa ruim”. Jamais esquecerei que perdi aquele “grand finale”

Foi algo ruim, mas que me rendeu muitos pensamentos, sobre o quanto deixamos de viver o momento para projetar o que virá lá na frente. Na tentativa de jamais deixar de sentir a felicidade por aquele espetáculo no futuro, eu esqueci de estar presente na cena de verdade. E por mais que eu diga que não se deve fazer isso, sabemos que é praticamente impossível em certos ou em muitos momentos. A “tal” da ansiedade é parte da nossa vida

Imagem não identifica o Circo de Soleil. Aleatória feita de um cortejo circense em Curitiba. by Mari Weigert
Imagem by Mari Weigert. 2004

 E pensar nos projetos de futuro também é muito importante. Isso é o movimento da vida, mas quando o presente se torna insuportável, pois a ansiedade é tanta, precisamos rever e buscar alternativas para entender como lidar com isso.

Por isso, desejo que você encontre caminhos para viver o espetáculo da vida, aproveitando e desfrutando cada vez mais do percurso que ela tem para te oferecer. Uma boa semana!

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Queremos mais Arianos Suassunas e Movimento Armorial

A ideia foi dele, Ariano Suassuna. O Movimento Armorial começou em 1970 e foi um rebuliço cultural brasileiro. A genialidade de Ariano valorizou o que o Brasil tem de mais genuíno - a arte e a cultura. Mais Arianos e mais movimentos nos moldes do Armorial, que combina erudito e popular, para dar visibilidade aos nossos talentos em todas as artes que temos de sobra.

O dramaturgo, professor, pintor e escritor Ariano Suassuna (1927-2014), deixou ainda como legado a peça premiada O auto da Compadecida, que inspirou filme e até hoje é sucesso de bilheteria, foi fundamental em todo o desenvolvimentos do movimento. A iniciativa foi um despertar, sobretudo da cultura popular nordestina, pela literatura de cordel, que influenciou as artes plásticas, como as obras de Gilvan Samico e Manuel Dantas Suassuna, Aluíso Braga, Fernando Lopes da Paz, entre outros. Na música misturou sons de pífanos, rabeca e viola com elementos eruditos, criando a Orquestra Armorial. Na dança e teatro trouxeram  representações populares como reisado, maracatu, autos populares.Elementos do mamulengo e do teatro medieval. O resultado dessa combinação entre o popular e o erudito, tudo junto misturado com nossas raízes ibéricas, indígenas e africanas,  foi um acervo inestimável para a história da arte no país e  referência na valorização da identidade brasileira. 

Gilvan Samico - A chave de ouro do reino do vai-não-volta, 1969. Xilogravura.
Iluminogravuras é um neologismo, mas serve para designar um objetivo artístico ao mesmo tempo remoto e atual

Toda beleza e a magia do movimento com mais de 140 obras e relatos em vídeos estão reunidos na mostra Movimento Armorial 50 anos, que já percorreu diversas capitais brasileiras e agora encontra-se em Natal, até domingo (2), no Palácio da Cultura – Pinacoteca Potiguar. Visitá-la é querer mais Arianos Suassunas para Brasil. A curadoria é de Denise Mattar e consultoria do artista plástico Manuel Dantas Suassuna (filho de Ariano Suassuna) e o poeta e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Newton Júnior. 

O termo armorial se refere a um conjunto de brasões, armas e escudos ou emblemas heráldicos associados a famílias, instituições, cidades ou países.  

Zélia Suassuna – Sem titulo, cerâmica. Sua obra é composta de pinturas, litogravuras, esculturas e tapetes. Zélia, mulher de Ariano coloca em suas obras a beleza da Zona da Mata de Pernambuco.

Guerreiros, rainha e figurantes de um auto popular do ciclo do reisado, 1970.

A onça Caetana é a anfitriã da mostra. Existe em torno dela, todo um histórico da infância Ariano Suassuna, que perdeu o pai assassinado por questões políticas. A onça foi o ponto fundamental para  o trabalho criativo de Suassuna. 

Enfim, os meus escritos neste rápido artigo sobre a mostra Armorial 50 representam uma infinitesimal dimensão do que representa a riqueza de material exposta no conjunto de obras da mostra. Os meus escritos e fotos não chegam nem de perto na condição de transmitir a energia que emana da proposta do movimento,  pela poética de uma cultura plena de ritmo, alegria, cores e muita magia.  Espero que dê tempo. Visite-a e confira…

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Nadar e praticar SUP no mar foram presentes em 2024. Empenho para 2025

A comunhão entre eu e o mar foi perfeita em 2024 e coloquei como meta: empenho em 2025!
Confesso que aprender a nadar com estilo e técnica e praticar stand up(SUP) nas águas azuis da enseada do Morro do Careca, em Natal, foi uma revelação sobre a minha capacidade de superação. Me dei bem!

Iniciei um novo movimento na minha vida. O movimento físico(rss..). Natação e stand up estiveram presentes e foram um presente em 2024 para mim.  

Dessa forma, faço o jogo de palavras e repito que nadar e remar numa prancha sob as águas do mar foram um incrível “presente”. Aproveitei as oportunidades e segui em frente…

 Talita Schmidt foi quem deu a primeira dica. “Vai lá, não importa que só sabe nadar cachorrinho, nada, bóia, descansa”, disse ela.  Fisioterapeuta e osteopata que manda embora minhas dores.

Madalena Nunes que me colocou nos grupos de nadadores como se eu fosse a atleta do dia. Grande marqueteira essa nadadora incrível, campeã e colecionadora de troféus,  que sabe estimular o povo a praticar natação. Por isso, lidera a Associação de Nadadores de Ponta Negra.

Morro do Careca. Pegunto: Não é um lugar abençoado por Deus, onde o arco-íris termina? Foto Mari Weigert

Márcia Lima, nadadora, estimuladora do esporte em Camurupim( praia da região Sul de Natal) e amiga paciente que me acompanhou na tentativa “esbaforida”de chegar na plataforma Dubai, só no nado cachorrinho,( mil metros da areia da praia). “Você tem medo do mar e precisa aprender mais técnica”, afirmou num jeito suave e apontou para o CTF. “Olha, ali tem uma escola que é muito boa, vai lá”. Fui… 

Márcia Lima é a de azul ao meu lado e do Gustavo. Self de Madalena.

Assim… comecei o ano de 2025 a todo vapor nas atividades físicas. Em 2024 adquiri conhecimento sobre o como lidar com o mar. 

E vejam, todo esse percurso evoluiu de uma dor terrível no pescoço que me levou a Talita e Talita me levou a Madalena e Mada me levou a Márcia e como o mundo é pequeno Márcia é vovó do amigo mais amado de minha neta Gabriela. Com isso aumentei o meu círculo de amizades!

Portanto, aproveitei as oportunidades e tive a sorte de encontrar instrutores fantásticos neste aprendizado de se transformar quase em atleta, quase.  (rsss…) 

 

Foto da Travessia de Camurupim organizada por Márcia Lima.

Depois de quase um ano de treino, tentando perder o medo dos humores  do Poseidon* consegui, junto com uma turma de instrutores e outros alunos do CTF -Assessoria Esportiva, chegar na famosa Dubai – uma plataforma que serve de apoio para os nadadores de Ponta Negra, localizada a mais ou menos 1000 metros da praia. Foi um batismo muito desejado desde o tempo que só nadava “cachorrinho”…..

Foto CTF- Assessoria Esportiva

Mas vamos dar o crédito também a turma do stand up. Antes de chegar nadando fui de prancha até Dubai. Jonathas Costa é um talentoso fotógrafo e um bom instrutor, claro sem deixar o Jota fora desse time. 

foto Jonathas Costa

No entanto, não posso deixar de ressaltar as qualidades dos meus instrutores. Maravilhososss, Jonathas (standup), Jota(standup) e Geilson e Fernanda (CTF), sem deixar de citar o orientador do CTF, que às 4 da manhã já está mandando recado pelo whatsapp e começa “sacudir o povo para nadar e caminhar”, o Cézar. Grande Cézar que, no mundo virtual, ensina e dá muitas dicas das “manhas”do mar e estimula a turma a se mexer. 

Só agradeço este pessoal animado que ama o que faz, reúne, acolhe e te faz sentir-se campeã, pelo menos na vontade.

Agora entendo os nadadores, surfistas e os que praticam standup porque estão sempre no mar. É um vício que acalma a mente e aquece a alma. É encontrar-se consigo mesma!

Foto Jonathas Costa/ standupNatal

Este batismo foi muito especial. Um ano de preparação e esforço para aprender como lidar com as manhas do remo e da prancha. O pulo realizado da Dubai, assim meio cambaleando, mas  é uma grande conquista de uma etapa vencida.

A empolgação foi grande da minha parte. Maravilhoso foi a palavra por demais citada. Maravilhoso isso, maravilhoso aquilo… Mas estava mesmo. O penúltimo dia do ano ensolarado e com um balanço das ondas que não assustaram esta principiante que ainda precisa de muito treino. 

As imagens são do CTF- Assessoria Esportiva. A nadadora sou eu, que me surpreendo ao assistir e lembrar daquela iniciante entrava até somente a cintura no mar, dava uns pulinhos com as ondas e saía rapidamente. “O mar é traiçoeiro”, dizia meu pai. Assim, aquele horizonte sem fim de águas me assustava.

Hoje respeito a grandiosidade das águas abertas e estou aprendendo quando estão “mexidas” e até aonde posso chegar, sem querer desafiá-la, seja qual mitologia  a escolher, a grega ou romana – Poseidon ou Netuno.

Foto CTF - Assessoria Esportiva

Nadar em águas abertas é desenvolver a criatividade, a concentração, a paz interior e conexão consigo mesma. Por que desenvolver a criatividade? A resposta é simples: o mar é um ser vivo e intensamente criativo.

Foto CTF - Assessoria Esportiva

 Cada dia, apresenta-se com características que nos obrigam a analisá-lo com atenção. “Como está o mar hoje?, pergunto a Ana, do standupNatal. “Está um pouco mexido”, responde… “Dá para arriscar”. 

Foto Jonathas Costa - StandupNatal

Neste arriscar, aprendo o equilíbrio do corpo em sintonia com o movimento das ondas, procuro flexionar um pouco os joelhos quando as marolas chegam e neste embalar das ondas se tiver sorte, é até possível ver uma tartaruga nadando por perto, ou golfinhos brincando em grupo. Na natação é a mesma situação. Quando nado e coloco a cabeça  dentro da água e faço o movimento de respiração do crawl, a sensação é de acolhimento no mar pacífico e morno do Morro do Careca. Sinto-me parte daquele santuário ecológico! Que Deus proteja o Morro do Careca nesta fase da engorda tão precipitada…

O grupo de nadadores de Natal, que acredito, passa de 400 pessoas e começou há muito tempo, como Poseidon, é animado e está sempre marcando encontros para nadar. A norma é nunca sair sozinho e sempre com flutuador.  Certamente, que as características do mar, mais tranquilo, sem correntes perigosas ajudaram a fortalecer e fazer crescer em número, claro, aliado a criação de grupos pelo whatsapp.

Por que me coloquei em primeiro plano neste artigo?  Não só para me exibir. Será que não?  Talvez…. só um pouquinho para massagear o ego. 

Mas acima de tudo, muito mais para dar exemplo e deixar como recado para todos que se consideram limitados com a idade ou por deficiências físicas. Não desista e vá em busca de uma atividade física, seja ela qual for. Não envergonhe-se das tuas limitações! Ouse em 2025!