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‘Cade la pioggia forte dentro di me’

 

Dopo la pioggia ero innamorato, ma pensavo nel finale di questo amore e presto, prima che la pioggia finisse sono uscito subito, perché non mi piacevo vivere fino al finale.
Tutto succede in un periodo e i momenti sono belli mentre succedono, ma tristi e nostalgico quando diventano passato. Paghiamo i momenti di felicità guadagnando la tristezza con il ricordo. Tutte le cose finiscono e rammentano la morte perché nostra vita sta esaurendo ogni minuto. Ora non volevo che la vita finisse, volevo aumentarla in tutto.

Così,non esisterebbe più debito con la tristezza, né per te, né per la solitudine. Prima dobbiamo pagare il nostro prestito personale e chi non lo fa, non è in grado di provare la sua solitudine, sua malinconia e sua felicità. Già siamo nati con i prestiti propri e anche abbiamo ricevuto dell`umanità. Chi non paga i suoi prestiti personali, non pagherà nemmeno all’umanità, poi cadrà per terra.

Poi il ricordo del mio primo amore, quei giorni in cui avevo 40 gradi di febbre e stesso così, io volevo andare a scuola soltanto per vedere la sua faccia. Nel fra tempo tra una lezione, mettevo una lettera d’amore dentro della giacca sua, sentindo paùra. Lei si identificava con la sua giacca rossa. Dove sei e che fai adesso? Non lo so! Mas noi due siamo dimenticati e ci deterioriamo come quella giacca rossa e le lettere d’amore. Anni fa ho ascoltato che lei aveva sposato e era professoressa. Aveva figli o sarà felice? Forse a volta lei anche si ricordava dalla nostra infanzia, come un’acqua torbida.

Abbiamo perso molti amori

Non soltanto abbiamo perso i fogli del calendario dei giorni e mesi che sono passati, anche abbiamo perso i nostri amori. Io non volevo essere un viaggiatore che ha perso il suo treno, né volevo andare nei treni degli altri. Un giorno sono svegliato dentro di una densa foresta, buia e verde e andavo con difficultà dentro di lei e il mio corpo sanguinava .Lentamente ho continuato a camminare. Nostre vite non sono cosí? Sempre avanti e soltanto noi ci fermiamo quando arriva il nostro fine.

Arrivo nella montagna, nel mese della malinconia e nella stazione della solitudine. Lì, ho incontrato con un gruppo di lupi affamati. Non mi hanno fatto nulla, soltanto mi guardavano con gli occhi affamati, tristi e pieni di malinconia. Loro hanno capito la mia missione di salire fino all’alto, dove finalmente io sono arrivato. Lontano da me valli e terre correvano, tutta la natura era bianca, come se vestisse di bianco mentre la luce del sole che brillava timida. Ho gettato il mio corpo sulla neve e mi sono immerso dentro del mio cuore.

                                                     Te l`ho dimenticato nella strada lontana

                                                                E là mi sono ricordato di me

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Caíam chuvas fortes dentro de mim

 

Por Erol Anar / Depois das chuvas fiquei apaixonado, mas pensava sobre o final desse amor e antes da chuva acabar saí rápido, pois não gostava de finais. Tudo existe num momento, os momentos são bonitos enquanto acontecem, mas melancólicos quando recordados. Pagamos os momentos de felicidade ganhando a tristeza da lembrança. Todas as coisas que acabam lembram a morte porque nossa vida esta acabando a cada minuto. Mesmo assim eu queria aumentar tudo.

No resto não havia mais dívida com a tristeza, nem para você, nem para a solidão. É importante primeiro pagar nossos empréstimos pessoais e quem não faz isso fica incapaz de vivenciar sua solidão, sua melancolia e sua felicidade. Já nascemos com empréstimos próprios e também herdamos da humanidade. Quem não paga seu empréstimo pessoal não irá pagar para a humanidade tampouco, depois cairá ao chão.

Depois me recordei do meu primeiro amor, daqueles dias nos quais tinha 40 graus de febre e mesmo assim queria ir à escola só para ver o rosto dela. Nos intervalos das aulas colocava cartas de amor dentro da jaqueta dela, sentindo medo. Ela se identificava com a sua jaqueta vermelha. Aonde ela esta e o que faz agora?Não sei! Mas nós dois estamos esquecidos e nos deterioramos como aquela jaqueta vermelha e as cartas de amor. Anos atrás escutei que ela havia casado e tornara-se professora. Será que tinha filhos e estava feliz? Talvez ela de vez em quando também relembre da nossa infância, como uma água turva.

 Perdemos muitos amores

Não perdemos apenas as folhas do calendário dos dias e meses  que se passam, perdemos nossos amores também. Eu não queria ser um viajante que perdeu seu trem, nem queria andar nos trens dos outros.

Num dia acordava numa densa floresta escura e verde, andava com dificuldade nela e meu corpo sangrava. Vagarosamente continuava andando. Nossas vidas não são assim? Sempre temos que ir em frente e só paramos quando chega o nosso fim.

Cheguei até uma montanha, no mês da melancolia e na estação da solidão, ali encontrei com um bando de lobos famintos. Estes não fizeram nada, só me olhavam com seus olhos famintos e tristes, cheios de melancolia. Eles compreenderam minha missão de subir até o topo dela, no qual finalmente cheguei. Vales e terras corriam para longe, toda a natureza era branca como se estivesse vestindo-se de branco enquanto a luz tímida do sol brilhava. Joguei meu corpo dentro da nevasca e mergulhei dentro do meu coração.

Eu te esqueci nos caminhos distantes

E por lá me lembrei de mim …

 

© erol anar

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Uma história de amor escrita no vidro

Uma mão invisível virou me pescoço em direção à janela suada pelo frio lá fora e vi a mensagem no suor da vidraça: Te amo, te amo!

O dia tinha sido exaustivo e cheio de situações interessantes que fizeram Leila esquecer um pouco seu drama pessoal. Entrou naquele quarto de hotel depois de ter passado a manhã e a tarde conversando com índios para realizar sua pesquisa de mestrado, andando no meio daquela mata exuberante, com pinheiros centenários e aproveitando dos benefícios curativos de um banho de cachoeira. A água cristalina purificou o seu corpo, lavando a alma machucada pela falta de João em sua vida – seu namorado.

Tinha falado com ele por telefone ainda no hotel, bem cedinho, antes de passar o dia nas Reservas Indígenas perto de Guarapuava. Aquele contato serviu apenas para definir na cabeça de Leila, que a relação não teria mais volta. Saiu para o trabalho com o peito ardido de dor e voltou um pouco melhor. Tinha 47 anos e já estava na segunda relação de amor, depois de um casamento desfeito, com um saldo de três maravilhosas filhas.

Assim, pensando em sua vida Leila se percebeu alinhada na frente da porta aberta do banheiro.

O quarto era um cômodo pequeno e a distância de pouco mais de um metro dava condições de enxergar a sua imagem refletida no espelho do armário da pia. Teve um sobressalto. Aquela imagem que se apresentava diante do espelho era de uma mulher envelhecida pelo vida, diferente de um rosto cheio de rugas.

Era como se ela tivesses apagado todas as conexões elétricas que lhe davam brilho na pele.

Que as células do seu corpo estivesse sem energia, desidratada, seca. Deu alguns passos em direção ao banheiro e aos poucos foi se aproximando do espelho, sem perder de vista aquele rosto sem expressão.

Naquele diálogo vazio entre o espelho e sua alma, Leila subitamente teve a sensação que alguém segurou a sua cabeça e a fez virar para o lado da janela do banheiro. Seu coração disparou quando leu no vidro embaçado“Te amo… Te amo… Você é o amor da minha vida. Eu não vivo sem você!”

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Foto Internet. http://rosascompimenta.blogspot.com.br/2013/05/vidro-embacado.html
Que bálsamo!

Num segundo a luz voltou a refletir dentro dos seus olhos ao ponto de aquecer o seu coração.

Sentiu-se a mulher mais feliz do mundo pois era amada por aquele indivíduo desconhecido que se declarou no vidro embaçado. A maravilhosa sensação de relaxamento a fez se jogar na cama e adormecer totalmente.

Acordou no dia seguinte leve como uma pluma.

Entrou no banheiro e imediatamente foi até a janela verificar se a declaração de amor ainda continuava lá ou se não era apenas um sonho.

Estava lá, sim, e descobriu também que foi traçada com a massa de um sabonete. Para confirmar que a declaração foi feita de verdade e não era algo etéreo, misterioso, foi até o box do banheiro e encontrou o pequeno sabonetinho de hotel com a ponta achatada, como se tivesse sido pressionado como um giz para escrever aquelas palavras maravilhosas.

Provavelmente foi um casal apaixonado que ocupou o quarto um dia antes dela entrar e a camareira não limpou os vidros e a frase se destacou no momento em que o banheiro estava cheio de vapor.

De qualquer forma, esta descoberta não a deixou decepcionada.

A declaração foi escrita para outra mulher, mas aquela mão invisível que virou o seu rosto assegurou que aquela declaração de amor, naquele momento de angústia, era dedicada somente para ela – pensou Leila sonhadoramente.

Ela é para mim também! – exclamou.

Assim, certa que era amada por alguém que se conectava diretamente com o seu coração, talvez um anjo, aqueles seres invisíveis que estão sempre zelando pelas almas oprimidas, sentiu-se outra mulher e seguiu para o trabalho segura e feliz.

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As Cores do Sagrado: legado de Carybé para o Brasil

O artista argentino Carybé (1911-1980) deixou um legado precioso para o Brasil: a história do Candomblé da Bahia contada com cores e arte em 128 aquarelas.

Um total de 50 foram selecionadas e fazem parte da mostra ‘As cores do Sagrado’, aberta para público até o dia 27 de julho, em Recife, no prédio também histórico da Caixa Cultural, no marco zero da cidade.

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Sede Caixa Cultural Recife. Marco Zero. Antigo banco inglês. Foto por Mari Weigert

A sugestão é aproveitar as duas oportunidades, visitar a exposição e de conhecer o centro histórico da capital pernambucana, hoje totalmente revitalizado, incluindo a restauração da sede da Caixa, que abrigou uma sociedade bancária inglesa por mais de 60 anos.

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Oxalufã – Opô Afonjá. foto por Mari Weigert
Pintor italiano que amava o Brasil

Pintor, escultor, ilustrador, desenhistas, ceramista, historiador, pesquisador e jornalista Hector Julio Paride Bernabó, viveu e tornou-se conhecido por Carybé. Apaixonou-se pela Bahia num visita que fez em 1938, “ano em que fui definitivamente tarrafeado por sua luz, sua gente, seu mar e sua terra”, como escreveu uma vez.

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Tempo dançando numa perna só. Foto por Mari Weigert

O sonho de voltar para aquele mundo que tanto o fascinava fez Carybé retornar em 1950 para nunca mais sair. Ali começou a documentar todos os deuses africanos que fazem parte do livro “Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia”.É um trabalho de pesquisa de valor inestimável para história brasileira.

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Iansã – Olga do Alaketu. Foto Mari Weigert
“Este trabalho só tem a pretensão de ser um documentário honesto e preciso das coisas do Candomblé.

Há desenhos de 1950 até os deste ano de 1980 mostrando festas, trajes, símbolos e cerimônias por mim vistas e vividas nesse mundo prodigioso que os escravos nos trouxeram e depositaram nas profundas do coração da Bahia. Mundo amorosamente zelado pelas Iyalorixás e pelos Babalorixás, mundo dos deuses modestos e humanos que até hoje enfrentam os dois terríveis e vorazes deuses contemporâneos: a Ciência e o Progresso”.

Esse foi o texto de apresentação escrito pelo próprio artista para apresentar o seu trabalho.

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Oxossi- Opô Afonjá (Logun Edé – divindade da caça)