Saio por este grande e poderoso portal e me deparo com ela do outro lado da rua. O velho “palazzo” histórico abriga diversos apartamentos e o B&B Savoia.http://www.bedandbreakfastsavoia.it/
Madonnelle
Os pequenos santuários embutidos nas paredes dos edifícios, em centenas de esquinas do centro de Roma, estão inseridas de tal forma na paisagem urbana da cidade que as pessoas nem prestam mais atenção ao fato. Com isso, o passante distraído deixa de perceber a beleza artística das “Madonnelle”, denominação dada à imagem de Nossa Senhora, às vezes esculpidas, outras em mosaicos, pinturas, sobretudo obras originais e interessantes, com conteúdo histórico, com memória de fé que permanecem desafiando a passagem do tempo.
Esta é, sem dúvida, uma das manifestações mais populares da fé romana e pode ser vista em quase todas as esquinas das pequenas ruelas antigas da capital italiana, basta erguer a cabeça e se deparar com uma imagem de Nossa Senhora e junto a ela uma vela acesa ou um ramo de flores.
As chamas das velas colocadas para orações nas Madonelles davam um ar fantasmagóricos às ruas de Roma da antiguidade, segundo relatos de estudiosos no assunto.
Calcula-se que, atualmente, no centro histórico de Roma existam cerca de 500 “Piccole Edicole”, um pouco mais de 10 por cento dos 3 mil santuários que existiam em meados do século XIX, e que desapareceram com a restruturação do local. Pouco se sabe do porquê e quando construíram estes pequenos altares dedicados à Nossa Senhora.
Romanos piedosos
Os historiadores acreditam que começou na Idade Média e se disseminou também durante o Renascimento. Romanos piedosos contam que até o final do século XIX a iluminação noturna em Roma era proveniente de poucas lâmpadas e da luz das velas das “Madonnelles”.
Uma forma única e simples, mas muito especial de obra de arte religiosa popular, que ainda é marcante nas ruas de Roma. Cada “Madonnelle” tem uma história, um milagre, e sua força dentro do coração das pessoas. Vale assistir este vídeo do youtube chamado Le Madonnelle di Roma para perceber melhor a beleza desta arte cristã na cidade eterna.
Você lembra da primeira vez que se apaixonou? E da segunda? E da terceira?
Parece até loucura mas recontei outro dia, todas a vezes que me apaixonei e que, por alguma razão ou por outra não deu certo.
Algumas, sinceramente tive que agradecer. Essa imagem que projetei de determinadas pessoas que não faziam mais que parte da minha imaginação.
Quantas vezes terminei dizendo em voz baixa “Graças a Deus ele não me quis” ou acabei pensando “que bom que me dei conta a tempo que ele não era pra mim”. Paixões e desilusões, muitas vezes, parecem que vão de mãos dadas.
Por que será?! Sei lá: mas parece que a vida foi sábia comigo; e parece que eu fui sábia com a vida. Não todas as vezes, mas algumas certamente agradeci minha sabedoria, outra tive que a gradecer ao “cosmos” por me livrar dessa. Com desilusão ou sem, a verdade é que se apaixonar é muito bom. Essa sensação de friozinho na barriga, essa felicidade que transcende os lábios ou o sorriso das pessoas.
Esse brilho tão intenso nos olhos. As vezes buscava esse estado de plenitude o tempo todo. E a verdade é que a única maneira que encontrei foi me apaixonando pela vida. Não da vida no seu sentido mais lúdico, mas no viver em si. Viver no trabalho, na casa, nas viagens, nas conversas com os amigos. Me passo as vezes tardes rindo a toa, lembrando de coisas, lendo livros; deleitando-me com cada momento, seja ele aquela dormidinha da tarde, aquele domingo que a gente não tira o pijama, ou aquele chá que você prepara quando está sozinha em casa.
Apaixonei-me de repente, pela minha nova casa, pelos meus móveis, em colocar tudo no seu cantinho; apaixonei-me pelo meu gato, que todos os dias de manhã me espera acordar pra pedir carinho. Apaixonei-me pelas tardes perdidas (ou ganhas) com os meus amigos. Apaixonei-me por Milan Kundera e Marta Medeiros; pelo dia de sol e pelo dia de chuva; pela família que mesmo longe sinto que está tão perto; pelos meus irmãos, meus pais; meus tios; todos com seus defeitos e virtudes.
De repente descobri que a vida é finita, e resolvi me apaixonar por ela.
Por Luiz Ernesto Wanke – A primeira evidência de que nossos índios americanos são descendentes dos chineses, com perdão da brincadeira, ‘saltam aos olhos’. Sim, os olhos puxadinhos comuns nos chineses e em todos os índios da América. No meu livro ‘Brasil Chinês’ de 2009, conto e provo que eles chegaram na América por volta do século V de nossa era, se imiscuindo nos povos aborígines modificando suas crenças e suas culturas. A genética também diz que esses nossos índios americanos tem genes compatíveis aos chineses. São bons ‘rastros’ sim, mas além do aspecto físico e genético foi a religião o principal motivo para que esses povos pré-colombianos (paleoíndios) deixassem vestígios comprobatórios desta intervenção.
Os costumes são passíveis de variações, mas na religião existe uma ‘cola’ que se fixa nas crenças transmitindo de geração para geração conceitos fixos e pouco mutáveis. Foi assim que descobri este aspecto da formação do homem americano, causalmente, ‘traduzindo para o português atual’ um diário de um viajante francês chamado Genettes, que ao visitar no século dezenove uma aldeia coropó, virgem da presença europeia, registrou no seu diário que ouviu de uma menina a palavra ‘Tao’ para significar Deus. Tao é a referência chinesa dos ensinamentos de Lao Tse e que na metade do século III d.C. foi transformada em religião com a introdução das sagradas escrituras indianas. Então esses índios eram taoistas? Ele mesmo – Genettes – não chegou a concluir isto, mas se admirou e admitiu existir uma ligação misteriosa entre os coropós e os povos orientais.
É importante observar a arte dos índios pré-colombianos sob a visão religiosa, já que é derivado da crença chinesa. Existem vestígios nas civilizações indígenas mais cultas (maias, incas e amazônicas) que os aspectos simplistas e rudes desses índios foram modificados a partir do século V para padrões muito mais refinados e artísticos de origem chinesa. São sinais gráficos produzidos pelos indígenas, mas com conceitos chineses. Como os taoties que são cabeças disformes com finalidade de espantar os maus espíritos, sem a mandíbula e geralmente zoomorfas. Elas estão presentes tanto na cultura chinesa como na dos índios americanos.
(Orelha do ‘Brasil Chinês’)
No meio livro nomeio muitas dessas evidências, inclusive a situação da China no século V e o motivo da imigração chinesa para a América.
GEOGLIFOS
Uma arte desenvolvida pelos índios americanos são aqueles imensos desenhos feitos no solo e que a maioria só pode ser vista do alto, com veículos voadores modernos e outros, somente por fotografias a partir do espaço. São os geoglifos e encontram-se espalhados por toda a América, mas é nos desertos eles se conservaram. Normalmente são considerados misteriosos e desconhecidos e sobre eles se desenvolvem teorias, inclusive a da intervenção de seres extraterrestres, mas olhando-os sob o prisma da cultura religiosa chinesa descobrimos que não é nada disto e são explicáveis.
Na realidade os índios desenharam aquelas imensas figuras no chão para que ficassem invisíveis. Somente eles – os autores – e os deuses poderiam admirá-los! E através dos geoglifos esses índios pediam aos deuses tudo o que estivesse precisando. Água, principalmente, no caso dos nazcas. Para isto desenhavam coisas relacionadas com a água como peixes, baleias e plantas aquáticas. Também foram encontradas em lugares cerimoniais, conchas, pedras roladas de rio e restos cerâmicos de recipientes para água principalmente junto às pedras demarcatórias das linhas dos geoglifos.
Mas os incas também gostavam muito de fazer geoglifos com a forma de espirais. Por quê?
É que eles construíram um sistema de canais subterrâneos que trazia a água das montanhas para o deserto. E o acesso era através de um declive em forma de espiral! Por isto a espiral passou a ser um login que significava ‘água’! (Aí eles desenhavam espirais adoidadas em tudo, inclusive, na cauda de um macaco).
Os chineses – tal como os nazcas – acreditavam na montanha e na água como divindades, juntamente com os espíritos dos antepassados (crença de origem taoista). Faziam oferendas e sacrifícios de animais e humanos. Foram encontradas restos dessas ofertas cerimoniais no alto das montanhas andinas. Ainda hoje, no Peru, perdura a tradição de levar oferendas para cima do monte Cerro Blanco. (Os chineses até hoje têm o costume de homenagear seus antepassados em cima das montanhas). Não é coincidência de que o ideograma chinês na forma de um tridente ‘shan’ (montanha) foi escrito pelos indígenas em geoglifos em cima de uma montanha e que o ideograma ‘sang’ (árvore) seja um geoglifo desenhado em Paracas no hoje Peru e voltado para o Oceano Pacífico.
No Brasil os geoglifos foram desenhados sobre o solo vegetal e têm maior desgaste. No Acre, predomina os desenhos ou de círculos ou de quadrados. O que quer dizer? Ora, para os chineses o círculo significa o céu e o quadrado, a terra. Portanto nossos geoglifos estão em perfeita sintonia com o pensamento oriental.
Também foram encontrados geoglifos no sul do Brasil, na região Mafra-Rio Negro, entre os Estados de Santa Catarina e Paraná. São desenhos incas de machados e aves do cotidiano inca. Sabe-se que existiu uma ligação entre o oeste andino e o leste brasileiro através do famoso Caminho de Piabiru. Este contato inca deixou marcas em pedras, principalmente de círculos concêntricos no litoral de Santa Catarina.
Mas o mais espetacular geoglifo desenhado por indígenas que viveram ao longo do Rio Colorado está abaixo e só agora foi revelado com os recursos modernos de fotografia espacial da Nasa. Foi feito no deserto de Blythe, California e tem a forma de um tridente (montanha). Além disso, está escrito em cima de uma montanha! E nem é somente um simples geoglifo de índios pré-colombianos escrito em ideograma chinês. É mais porque está escrito no estilo kaishu, o jeito especial de escrever tal ideograma, quando os chineses chegaram na América no século V. É a datação e prova de que os chineses chegaram na América naquele século!
E se imiscuíram com os nativos. Daí seus olhos puxadinhos como começamos comentar neste artigo.
A prova definitiva da datação: os antigos chineses escreviam o ideograma shan desta maneira no século V d.C., isto é, como um tridente simples. Portanto, os índios pré-colombianos sabiam escrever em chinês!
Ora, esta é datação da chegada dos chineses na América.
Basta visitar uma benzedeira para reconhecer que está diante de um verdadeiro anjo, exemplo de amor e caridade. Estas interessantes personagens tradicionais da cultura popular brasileira correm o risco de não existirem mais no futuro. A maioria tem mais de 80 anos.
Longe de se preocuparem com a alta do dólar ou o consumo exagerado do mundo moderno, elas passam horas e horas de seu dia benzendo bebês e pessoas contra mau-olhado, quebranto, inveja, retirando dores do corpo, curando machucaduras, peito aberto, osso quebrado, olho gordo, cobreiro e nossos mais íntimos lamentos…
A paulista Terezinha conta que recebeu esta missão divina de sua mãe e que quando era jovem não queria esta herança. “A gente não escolhe simplesmente recebe o sinal”, lembra que aconteceu logo depois que sua mãe faleceu.
Dona Carmem que vive no Tanguá, em Curitiba, também recebeu a missão de benzer depois que sua mãe morreu. Hoje ela está com 86 anos e não sabe se sua filha terá a mesma disposição de usar parte de seu tempo benzendo quem a procurar na sua casa, a qualquer hora do dia, sem cobrar um tostão. Carmem, já está curvada pelo tempo, tem a fala doce e dedos delicados que curam qualquer luxação ou nervo fora do lugar.
– “Conheço todas as enervações do corpo”, tagarelava ela, enquanto tratava de minha filha, que tinha uma dor incômoda ao lado, na cintura, que segundo diagnóstico médico era causada por uma costela solta no tórax. Para os especialistas, era um fato normal, meio osso e meio cartilagem, que em algumas pessoas incomodam e flutuam de um lado para outro sem solução prática, pois trata-se de uma disposição própria da anatomia do corpo.
Milagrosamente, nunca mais doeu e parou de flutuar a tal costela.
Pode?
No universo divino das benzedeiras tudo é possível…
Nenhuma mãe brasileira que se preze deixará de levar em uma benzedeira um bebê que se agita demais e não dorme à noite, depois de uma semana sem dormir. “Precisa tirar o quebranto”, dizem as mulheres sábias da antiguidade.
Todo mundo conhece a frase célebre: Ihhhh! Isso só cura com reza brava!
Assim faz dona Rosa, a senhorinha que atende nas segundas, quartas e sextas-feiras em sua casa nas imediações da rua Nilo Peçanha,em Curitiba, os bebês agitados e os adultos de coração aflito. Dá-lhe reza brava!
Nem de longe as pessoas imaginam que aquela senhora de estatura pequena, de olhos azuis perspicazes ( herança de avô europeu), de pele negra, teve 12 filhos e uma vida muito sofrida ao lado de um marido alcoólatra que a espancava quando bebia.
“Há 39 anos benzo as pessoas e recebi este dom por intuição”, conta ela em tom de orgulho.
Em nenhum momento demonstra impaciência e falta de vontade. Efetivamente, parece um anjo quando está em prece fervorosa sentada ao lado do altar de seus santos e madonas, buscando em sua reza a melhora de quem a procura. “Não cobro nada não”, diz. “Não posso cobrar o que Deus me deu de graça, se quiser me ajudar com alguma coisa para comprar velas para os meu santinhos e Nossa Senhora, aí tudo bem”, admite.
À domicílio
Por incrível que pareça, em pleno século XXI, as pessoas ainda procuram estes atendimentos tão tradicionais. Carmem, Rosa, Terezinha e outros anjos espalhados por este Brasil afora não têm quase tempo livre para suas atividades pessoais de tanta gente que atendem à domicílio.
Salvem as benzedeiras!….As velhas mães sábias e instintivas, que conectam sua alma com Deus e em união divina oferecem, com caridade, abnegação e amor, preces para diminuir a dor do seu próximo.
* O artigo foi escrito em 2012. A benzedeira Dona Carmem do Tanguá faleceu no final deste ano e não deixou substituta até o momento. Que Deus a conserve pertinho dele.
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