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A identidade dos povos na Expo2015 de Milão

A Expo2015 de Milão, na Itália, é gigante!

O mundo está ali representado para realizar negócios em alto estilo, cada qual dentro de seu pavilhão, apresentando o que de melhor produz em seu país.

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Mas o que interessa para o PanHoramarte é a estética na linguagem da arte. Nisso a Expo de Milão revela na arquitetura que identifica o pavilhão de cada povo. A identidade dos povos na Expo2015 se apresenta no traços e nas formas.

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Ao fundo o pavilhão da China

A China, por exemplo, nem precisaria colocar o nome ou bandeira, tal é a delicadeza de suas linhas compostas no design do pavilhão. Equador é outro exemplo. Malásia, Chile, Japão. Basta percorrer com esse olhar e verificar que a cultura está impressa nas linhas arquitetônicas. É fantástico!

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Pavilhão da Turquia

Conclusão:pela Arquitetura se descobre a linguagem cultural do povo. A Ásia e África ainda preservam os traços originais de seus hábitos e costumes. Não se perderam na globalização.  Na Europa e nas Américas a identidade está comprometida, com pouco conteúdo próprio nas formas. As diferenças são muito sutis.

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O Brasil traz para o público uma atividade lúdica. Andar sobre uma rede. O balanço e ginga estão presentes em nosso pavilhão, que apresenta internamente uma instalação chamada CasaMatta, de Laerte Ramos, na qual expõe uma série de habitações inspiradas em ninhos. Além, é claro, de apresentar painéis sobre a produção e a indústria brasileira.

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Pavilhão Zero

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O pavilhão Zero se encontra logo no início e está direcionado à alimentação no mundo. Ao entrar nele, o visitante se depara com dois grandes portais situados numa parede imitando madeira e cheia de pequenas gavetas, com um design de biblioteca. Ali o mundo está presente nas pequenas gavetas e cada qual com seu conteúdo. Dentro uma tela em 3D, gigante, passa um filme sobre o início, quando o homem começou a desenvolver técnicas de alimentação.

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O recipiente para guardar grãos foi inspirado nas mãos. No ato de colher e acolher surgiu as ânforas. O tronco de um árvore centenária se mantém no meio do pavilhão e seus galhos se expandem para fora do telhado, para deixar o público viajar na reflexão dos conteúdos.

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A Expo2015 de Milão começou em maio e encerra no dia 31 de outubro. A entrada para a feira é 39 euros. Caro para os brasileiros, que podem optar em comprar o ingresso no centro de Milão, por 25 euros e ver um espetáculo do Circo de Soleil às 9h e pagar a entrada para exposição mais 5 euros.

 

 

 

 

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Cadê a criança que vive dentro da gente…

Concordo com Neruda  e creio que a criança interior faz o adulto ir em frente, criar, trabalhar bem-humorado e enxergar a vida de uma forma mais leve.

A frase deste poeta admirável me faz refletir sobre as pessoas, especialmente um primo do meu pai que era poeta, escritor e engenheiro civil. Eno Theodoro Wanke* tinha uma inteligência perspicaz e aguçada.

Papai e tio Eno ( como eu o chamava) eram quase como irmãos – o primo viveu durante muitos anos na casa de minha avó enquanto estudava engenharia.  Por esta ligação afetiva com meu pai, Eno e a mulher, Irma, frequentavam a nossa casa.

Assim, cresci ouvindo meu pai fazer comentários sobre o primo, fatos de infância, sobre seus escritos, poemas e criações. “O Eno desde criança gostava de ler. Não sabia subir em árvores porque  passava horas e horas lendo e fazendo histórias em quadrinhos”, recordava papai.

A tendência intelectual da infância, pelo jeito, não prejudicou a criança que vivia dentro de Eno quando se tornou adulto. Sempre trazia um sorriso de menino em seu rosto. “A psicóloga disse que o primo tem uma célula infantil que não se desenvolveu no cérebro”, contou meu pai, certa vez, para justificar excentricidades do meu tio.  Por várias vezes eu vi o próprio Eno rindo desta situação

Pronto. A célula infantil resolvia todo o problema e estava ali justificando o que para alguns seria sem justificativa. Eno era espirituoso e  quando o entrevistei para o lançamento de seu livro a Saga dos Imigrantes – uma pesquisa que fez sobre a imigração alemã no Paraná – ele próprio me contou fatos de sua vida. Quando lhe perguntei como conseguia atuar em dois extremos, engenharia e poesia, e porque foi viver no Rio de Janeiro, trabalhar na Petrobrás e deixar sua pequena cidade, Ponta-Grossa, que sempre cantou em prosa e verso, sua resposta foi rápida: “Ninguém dava casa para engenheiro poeta construir numa comunidade pequena e com alguns preconceitos e eu tinha que sustentar a minha família. Fiz concurso e passei e não tive dúvidas em mudar de cidade,” explicou sorrindo.

Este poeta foi morar em Cubatão há mais de 40 anos, pode imaginar uma cidade fundada em função de uma refinaria, numa época em que as leis ambientais não eram muito rígidas!  Um local que liderou durante anos o primeiro lugar na lista das cidades mais poluídas do mundo e foi receber um pouco mais de atenção para melhorias, depois que ardeu por inteira num incêndio provocado por vazamento.

No entanto, Eno morava em Santos e de ônibus ou de veículo oficial percorria alguns quilômetros para trabalhar em Cubatão. “Neste percurso escrevia e criava meus poemas”, revelou.

Simples conexão que o libertava do massacre diário de um trabalho extenuante.

Talvez, ele não considerasse tão estressante….

Um teste vocacional feito dentro da empresa provou  a ele e aos outros que estavam com dúvidas, que o poeta tinha tudo para ser um bom engenheiro.  Mesmo lúdico e vivendo nas nuvens junto com seus escritos,  Eno foi o primeiro colocado no teste técnico.

Paradoxal!

Contou-me que amava tanto a matemática quanto poesia e literatura. “O dia que entendi o número PI , a medida da circunferência, fiquei fascinado pela matemática”, lembrou ele.

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Meu destino se encerra num grave e eterno conflito: meu corpo é de terra e meu coração, de infinito!

Eno Theodoro Wanke se encaixa bem dentro da reflexão de Pablo Neruda. A meu ver, ele nunca perdeu de vista a criança que tinha dentro dele, mesmo que na infância não jogava bola e não subia em árvores, pois a criança interior mostra que é possível ter retidão de caráter,  sem precisar ser austero, descontraído e não desordeiro,  alegre e não arruaceiro, sensível e não fraco….

 Despertar a criança que vive dentro da gente é um exercício diário que nos ajuda a enxergar a vida cheia de graça!

(releitura do site anterior)

* ENO THEODORO WANKE (1929-2001) nasceu em Ponta Grossa, Paraná, a 23 de junho de 1929.  Em 1957 ingressou, por concurso, no curso de Refinação de Petróleo, da Petrobrás, no Rio, passando a trabalhar em 1958 na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, SP, residindo em Santos, onde viveu onze anos. A partir de 1969 passou a residir no Rio de Janeiro, onde fez carreira dentro da Empresa. Começou a escrever desde os doze anos. Poeta, Trovador, Contista, Cronista, Biógrafo, Ensaísta, Historiador, Fabulista e Prefaciador, entre outros. O escritor transitou do CLÁSSICO ao MODERNISMO com elegância e competência, passando pelo lirismo, romant. (Fonte: www.usinadeletras.com.br)

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Le madonnelle proteggendo gli angoli di Roma

 

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Quando esco del antico palazzo, dalla grande porta di uscita, vedo la madonna mi guardando, mi benedicendo dall’altra parte della via. Il “palazzo” è storico, con diversi appartamenti tra di loro il B&B.Savoia.http://www.bedandbreakfastsavoia.it/

Le immagini della madonna incastonate sui muri di edifici in centinaia degli angoli del centro di Roma fanno parte del paesaggio urbano della città di tale forma che le persone neanche fanno caso della loro esistenza.

Con questo, il cittadino disattento e il turista lasciano di osservare la bellezza artistica delle madonnelle, denominazione data alla madonna che è presentata in sculture, in mosaici, pittura, sopratutto opere originali e interessanti, con contenuto storico, con memoria di fede che rimangono li sfidando il passaggio del tempo.

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Bellezza e arte

Questa è, senza dubbio, una degli manifestazioni più popolare della fede romana e può essere guardata nei diversi angoli delle vie antiche della capitale italiana, basta alzare la testa e subito si trova la immagine della madonna e insieme a Lei una candela accesa o un ramo di fiore.

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Calcolasi che attualmente nel centro storico di Roma esistono circa di cinquecento “piccole edicole”, un poco più di dieci per cento dei tre mila santuari che sono esistiti nella metà del novecento, e che sono spariti con la ristrutturazione del luogo. Gli storici credono che ha cominciato nel medioevo e si è diffuso anche nel
Rinascimento. Romani pietosi raccontano che fino a una parte del novecento li illuminazione notturna di Roma era proveniente da poche lampade e anche della fiamma delle candele.

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Una forma semplice, però molto speciale di opere di arte religiosa popolare, che ancora tira l`attenzione nelle vie di Roma. Ogni Madonnelle ha una storia, un miracolo, e sua forza spirituale dentro del cuore delle persone. Vale guardare questo video del yotube che si chiama Le madonnelle di Roma  per sapere meglio sulla bellezza di questa arte cristiana nella città eterna.

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As esquinas protegidas de Roma

 

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Saio por este grande e poderoso portal e me deparo com ela do outro lado da rua. O velho “palazzo” histórico abriga diversos apartamentos e o B&B Savoia.http://www.bedandbreakfastsavoia.it/

Madonnelle

Os pequenos santuários embutidos nas paredes dos edifícios, em centenas de esquinas do centro de Roma, estão inseridas de tal forma na paisagem urbana da cidade que as pessoas nem prestam mais atenção ao fato. Com isso, o passante distraído deixa de perceber a beleza artística das “Madonnelle”, denominação dada à imagem de Nossa Senhora, às vezes esculpidas, outras em mosaicos, pinturas, sobretudo obras originais e interessantes, com conteúdo histórico, com memória de fé que permanecem desafiando a passagem do tempo.

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Esta é, sem dúvida, uma das manifestações mais populares da fé romana e pode ser vista em quase todas as esquinas das pequenas ruelas antigas da capital italiana, basta erguer a cabeça e se deparar com uma imagem de Nossa Senhora e junto a ela uma vela acesa ou um ramo de flores.

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As chamas das velas colocadas para orações nas Madonelles davam um ar fantasmagóricos às ruas de Roma da antiguidade, segundo relatos de estudiosos no assunto.

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Calcula-se que, atualmente, no centro histórico de Roma existam cerca de 500 “Piccole Edicole”, um pouco mais de 10 por cento dos 3 mil santuários que existiam em meados do século XIX, e que desapareceram com a restruturação do local. Pouco se sabe do porquê e quando construíram estes pequenos altares dedicados à Nossa Senhora.

Romanos piedosos

Os historiadores acreditam que começou na Idade Média e se disseminou também durante o Renascimento. Romanos piedosos contam que até o final do século XIX a iluminação noturna em Roma era proveniente de poucas lâmpadas e da luz das velas das “Madonnelles”.

Uma forma única e simples, mas muito especial de obra de arte religiosa popular, que ainda é marcante nas ruas de Roma. Cada “Madonnelle” tem uma história, um milagre, e sua força dentro do coração das pessoas. Vale assistir este vídeo do youtube chamado Le Madonnelle di Roma para perceber melhor a beleza desta arte cristã na cidade eterna.