ocean-art-2015-jeff-milisen-1500

A melhor foto de quem habita no fundo do mar

  Uma enguia em estágio larval foi a obra prima do concurso de fotografias do 2015 Ocean Art Underwater Photo Competition. “Feeling Exposed”, de Jeff Milisen, ganhou o primeiro lugar na categoria macro. No total foram 12 categorias que dividiram o prêmio em dinheiro de 70 mil dólares. Os vencedores foram divulgados nesta primeira semana de janeiro.

O concurso, em seu quinto ano, atraiu participantes de mais de 50 países e é uma iniciativa do Guia de Fotografia Subaquática.  Os juízes foram fotógrafos subaquáticos profissionais e o editor do guia, Scott Gietler.

A foto de Jeff Milisen foi tirada à noite, a quatro mil pés, na costa de Kailua-Kona, no Havaí. Segundo o fotógrafo, a imagem foi captada quando mergulhava com um membro da família Roddenberry (donos da franquia de entretenimento, Star Trek), para mostrar o desfile de animais esquisitos e exóticos subaquáticos e foi quando a enguia passou por eles, naquelas águas negras.

O estômago externo ajuda os peixes em desenvolvimento cresceram tão rápido quanto possível. O editor do guia, Gietler, disse que um flagrante como este é muito difícil de encontrar e que Milesen é um verdadeiro vencedor.

Milisen acrescentou: “Foram quatro mergulhadores aquele dia e tivemos mais de mil mergulhos em águas negras e nenhum de nós tínhamos visto algo igual”.

3--underwater-photos--160108Os habitantes do fundo do mar desafiam a estética nas formas e cores e vão muito além da nossa imaginação. É mundo à parte que hoje, graças à tecnologia, podemos apreciar pelas lentes sensíveis de um fotógrafo apaixonado pelo tema.

Globicephala melas

img_02531

Women who know how to make lace in Brazil

The bobbin lace of Maria do Carmo are for sale in a tourist spot in the Barra of Tabatinga, south of Natal, Rio Grande do Norte, in the same way that many other lacemaker women make to sell their work in various Brazilian coastal regions and to help the familiar income. It is uncertain the origin of the bobbin, labyrinth and renaissance.

It is only known that the tradition of making lace is passed from mother to daughter and remains until today in the north (Pará), northeast (Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia and Sergipe), in southeast (Rio de Janeiro), and south (Santa Catarina).

Maria do Carmo Alves learned to make bobbin by the hands of his mother, as a child, and now, over 70 years, shows for anyone interested her ability to move bobbins and produce the most beautiful wefts in wires fixed on the large pad filled with straw of banana tree. While she moves with dexterity the piece of wood, Maria do Carmo tells with  naturality that she make lace, just like almost every women in her community, and that learning to make lace is “something that is taught from woman to woman, among family”.

renda_de_bilro

A research of the Institute for State Patrimony of Cultural Heritage of Rio de Janeiro, presents a study about the lacemakers of the coastal region in the state. “The bobbin lace is, without doubt, one of the oldest and richest art manifestations of our people.It is almost always done by women of humble condition that apply their skill, dexterity and creativity in the art that are driven by a true devotion “.

Labyrinth

img_02531The labyrinth lace is also artesanal activity of traditional culture developed at the Northeast, especially in Paraíba and Ceará. It is a type of lace made by reeling off the fabric, uniting wires and filling the spaces with serging in line, forming a wide variety of designs and whose end result is a unique delicacy. There are a few data about the origin of the labirynth lace, but it was certainly brought by the portuguese women.

Adeilde Ferreira de Menezes is artisan from João Pessoa who is proud in showing how much has appeared in newspapers and magazines for the beauty of her work on labirynth lace. She is 70 years old and confess that has learned how to make lace with the neighbor when she was still a child. “I fled from the view of my mother through the kitchen door, that did not let me go to anybody’s home, and stoood there watching the neighbor embroider”, she says.

Probably the art of lace in Brazil has been widespread since the nineteenth century, considering that at the beginning of colonization a few were the Brazilians who dressed in fabrics, nobler than fine fabrics imported from Europe and the East. The slaves and Indians wore simple and crude clothes.

Regardless of the origin, if it was Portuguese woman (spindles and labyrinth) or nuns (Renaissance), is not as relevant now as the fact that the Brazilian lacemakers are part of the popular imagination, especially in the Northeast, and they are transmitters of knowledge through the ages, artists in potential because with patience and mastery follow making laces just as many generations of women in her family did, updating and revising old points, and keeping the tradition alive.

img_02531

Rendas que enfeitam o Brasil da mulher rendeira

Ohhh.. Mulher rendeira do Brasil. Ohh… Mulher rendá

As rendas de bilros de Maria do Carmo estão à venda num ponto turístico na Barra da Tabatinga, ao sul de Natal, no Rio Grande do Norte.

A artesã está sempre ali. É seu ponto de venda, da mesma forma que inúmeras outras mulheres rendeiras  fazem para vender seus trabalhos em diversas regiões litorâneas brasileiras. Normalmente fazem isso para ajudar na renda familiar. Esse é o Brasil da mulher rendeira.

renda_de_bilro

É incerta a origem dos bilros, do labirinto, da renascença.

Sabe-se apenas que a tradição de fazer renda é passada de mãe para filha e que permanece até hoje em diversas regiões brasileiras.  Principalmente no norte (Pará). No  nordeste (Alagoas, Ceará, Maranhão,Paraíba,Pernambuco,Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia). No sudeste (Rio de Janeiro),e no sul (Santa Catarina).

Aprendeu quando criança

Maria do Carmo Alves  aprendeu a fazer bilros pela mãos de sua mãe, quando criança.

Hoje com mais de 70 anos, mostra para quem se interessar a sua habilidade em movimentar bilros e produzir as mais belas tramas  nos fios fixos na grande almofada preenchida com palha da bananeira.

Enquanto movimenta com destreza as peças de madeira, Maria do Carmo conta com naturalidade que ela faz renda, igual a quase todas as mulheres de sua comunidade. Aprender a fazer renda é “coisa que se ensina de mulher para mulher, entre família”.

img_02531

Uma pesquisa do Instituto de Patrimônio Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, apresenta um estudo sobre as rendeiras do litoral.

“A renda de bilros é, sem dúvida, uma das mais antigas e mais ricas manifestações da arte do nosso povo. É feita quase sempre por mulheres de condição humilde que aplicam sua habilidade, destreza e criatividade numa arte a que são levadas por verdadeira devoção”.

Labirinto

A renda de labirinto é também atividade artesanal de tradição cultural desenvolvida na região nordestina, principalmente na Paraíba e no Ceará. É um tipo de bordado que se faz desfiando o tecido, unindo os fios e preenchendo os espaços com cerzimento em linha.

Esse movimento forma os mais variados desenhos e cujo resultado final é de uma delicadeza sem igual. Existem poucos dados sobre a origem da renda de labirinto, mas a certeza de que foi trazida pela mulher portuguesa.

Adeilde Ferreira de Menezes é artesã de João Pessoa que se orgulha em mostrar o quanto já apareceu nos jornais e revistas pela beleza de seus trabalhos em renda de labirinto. Tem 70 anos e confessa que aprendeu a bordar com a vizinha quando ainda era criança.

“Eu fugia da vista da minha mãe pela porta da cozinha, que não deixava ir na casa de ninguém,  e ficava lá olhando a vizinha bordar”, conta.

Século XIX

Provavelmente a arte das rendas no Brasil foi difundida a partir do século XIX. Isso se for considerado que no início da colonização poucos eram os brasileiros que se vestiam com tecidos.  Somente os mais nobres que importavam tecidos sofisticados do Oriente e da Europa.

Os escravos e índios usavam roupas simples e grosseiras.

Ninguém sabe ao certo quem trouxe para o Brasil

Independente da origem, se foi mulher portuguesa (bilros e labirinto), ou freiras (renascença), não é tão relevante neste momento. O mais importante é o fato de que as rendeiras brasileiras fazem parte do imaginário popular, sobretudo no nordeste.

Elas são transmissoras de conhecimento através dos tempos. Artistas em potencial pela paciência e maestria que seguem fazendo renda da mesma forma que muitas gerações de mulheres da sua família faziam.  Sempre atualizam os pontos antigos mantendo viva a tradição.