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Roma antiga castigava mulheres que bebiam vinho

Às mulheres negavam uma saborosa taça de vinho em Roma

Saborear um bom vinho hoje é um hábito comum às mulheres modernas que o degustam em companhia de amigas, família, com seu parceiro ou até mesmo sozinhas, tal é o grau de independência conquistada por elas ao longo de toda a história da humanidade.

Infelizmente, nem sempre foi assim  e o ‘néctar dos deuses’ como preferem alguns denominarem  o prazer de degustar uma das bebidas mais antigas apreciada pelo homem era proibido para mulheres

Vocês sabiam que nos tempos da Roma mais arcaica era absolutamente proibido mulheres beberem vinho?

A inebriante bebida, de fato, era reservada exclusivamente aos homens.Se flagradas, as mulheres eram castigadas severamente.

Inicialmente em doses muito reduzidas e só em determinados momentos para as mulheres. Se fossem flagradas por tal culpa, a pena era gravíssima, chegando até à pena de morte pelas mãos dos próprios parentes.

Houve, de fato, uma prática muito particular pela qual o marido e a família muito próxima tinha o direito, se julgar necessário, de beijar na boca da mulher para sentir o odor do hálito. Se a mulher não tivesse superado a prova teria um triste fim às vezes atroz. Eram mortas de fome!

Ainda não é claro o motivo pelo fosse necessário essa proibição tão rígida: alguns sustentam que é por uma questão de decência e modéstia feminina. No costume da época, o vinho abalava e fazia vacilar; outros por motivos religiosos, sendo o vinho, ao menos em origem, considerado sagrado.

Felizmente com o passar dos séculos os costumes dos romanos se modificaram!”

Arcaica e ignorante

Viva! Brindamos nós mulheres pelo tempo que enterrou essa atitude arcaica e ignorante. Em fevereiro, a edição do PanHoramarte publicou o artigo Baco Divino: o prazer do vinho que fala sobre essa bebida que transita entre o sagrado e o profano.

Vale repetir o que finaliza a matéria de fevereiro por definir com sensibilidade a sensação que o vinho nos traz, sobretudo às mulheres!

” “Profundas alegrias do vinho, quem não as conheceu? Se não foi aquele que tinha um remorso a aplacar, um recordação para evocar, um dor para afogar, uma fantasia para enaltecer, todos, enfim, foram invocações ao vinho, ao deus misterioso escondido nas fibras da vinha. Grandes são os espetáculos do vinho, iluminados por meio do sol interior! 

Verdadeira e ardente esta segunda juventude a qual o homem chega….

Se o vinho desaparecesse dos produtos  humanos, creio  que na saúde e no intelecto do planeta se criaria um vazio, uma ausência, uma falta muito mais terrível de todos os excessos dos quais o vinho é acusado. De resto, bebendo o homem malvado se transforma em repugnante, assim como o homem bom se transforma em excelente“.

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A Imortalidade de Milan Kundera

‘A Imortalidade’, do escritor tcheco Milan Kundera, é um livro surpreendente. O autor trata de um tema subjetivo, num texto leve, mas pragmático.É uma leitura tranquila, sem tramas intensos, quase um “livro de cabeceira” sobre o comportamento do homem e do seu desejo de imortalidade.

Será bem provável que o leitor irá se identificar com as situações que Kundera define com simplicidade, como é o capítulo  A Adição e a Subtração.

Para conseguir a originalidade do eu as pessoas ou adicionam ou subtraem para se identificarem.  “Em nosso mundo, não é tarefa fácil para o homem querer confirmar a originalidade do seu eu e conseguir convencer-se de sua inimitável unicidade. Há dois métodos para cultivar a unicidade do eu: aditivo e subtrativo”

Aí cita seus personagens como exemplos. Agnes ( a principal) que é reservada, subtrai de seu eu tudo que é exterior e emprestado, para chegar a sua essência pura, e Laura, a irmã, extrovertida e manipuladora, é o inverso, usa sem cessar novos atributos, aos quais tenta se identificar.

Também faz uma comparação interessante sobre o papel de uma gata na personalidade de Laura. A gata que adquiriu para ajudá-la a enfrentar a solidão de um divórcio. “De tanto viver com ela, falar dela com seus amigos atribuiu a essa gata, escolhida mais por acaso e sem grande convicção (pois afinal a princípio quisera um cachorro!), uma importância cada vez maior: em todos os lugares elogiava seus méritos obrigando todos a admirá-la. Via nela a bela independência, o orgulho, a desenvoltura, o charme permanente (bem diferente do charme humano que se alterna sempre com momentos de inépcia e de falta de graça); via um modelo em sua gata; via-se nela”.

Kundera cria Agnes a partir de um gesto que capturou numa mulher mais velha. A introdução do livro é sobre a imortalidade de um gesto, que seduz pelo tom reflexivo. “Esse sorriso e esse gesto eram cheios de encanto, enquanto que o rosto e o corpo não eram mais. Era o encanto de um gesto sufocado no não encanto do corpo. Mas a mulher mesmo que não soubesse que não era mais bonita, esqueceu isso naquele momento”.

No entanto, na sequência do texto, Kundera, não se curva à  vida cotidiana de Agnes. Se aprofunda no significado da imortalidade e a apresenta nas suas diversas faces.  Em meio a narrativa, insere Goethe, Betina, Hemingway e exalta a imortalidade para quem vive nesse mundo. A imortalidade da memória da posteridade, da permanência na história da humanidade.

” Trata-se de uma outra imortalidade, profana, para aqueles que permanecem depois de mortos na memória da posteridade. Qualquer pessoa pode esperar por essa imortalidade, ou maior ou menor, mais ou menos longa, e desde a adolescência pensar nisso”.

O texto não segue uma estrutura literária comum. O leitor tem a sensação de que o autor se confunde ou talvez, ao contrário, o autor quer confundir o leitor.

Kundera esmiúça o significado da imortalidade para os homens que a buscam. É soberba a maneira como ele recoloca no cenário o encontro em Napoleão e Goethe, que realmente aconteceu em 1808, em Erfurt, embora nesse caso o foco era refletir sobre a a morte e imortalidade do poeta imortal e de um imortal estrategista. Essa riqueza literária ocorre também nos encontros com Hemingway.

‘A imortalidade’ não é um livro previsível, muito menos em seu final. Mas certamente o conteúdo estará para sempre na memória do leitor.

 

 

 

 

 

 

 

Oxente, J.Borges chegou no Vaticano!

 Sagrada Família do poeta, gravurista pernambucano, J. Borges foi presenteada ao Papa Francisco pelo presidente Lula, quando de sua visita ao Vaticano. Bela homenagem a um dos mais importantes xilogravuristas do Brasil.

Quando presenteamos uma obra de arte popular, com um tema universal como a Sagrada Família, vale destacar todo o contexto que envolve o trabalho do artista, principalmente se a obra é criada a partir dos olhos de um poeta. José Francisco Borges produz arte intensamente ainda com seus 87aanos e encanta seus seguidores, em sua página no Instagram, MemorialJBorges. Não apenas seus seguidores, mas encantou o mundo pela sua criatividade e determinação.  quando na década de 70 com seus temas que tratam da saga do nordestino como retirante, da alegria de um Forró, da exuberante natureza brasileira, da devoção, com aquele jeito único de poeta e cordelista, que se apaixonou pelo mundo apesar da agruras da vida.

MarcoTemporalNão

Que presunção é essa do homem branco achar que pode decidir sobre a vida e a morada dos indígenas? #marcotemporal!Não, #PL490NÃO

Uma luta que nunca acaba, que começou nos primórdios do Brasil, alastrou-se da colônia aos tempos de hoje. Os indígenas são povos originários que foram perseguidos, dizimados e escravizados pelo colonizador que pisou em solo brasileiro para explorar as riquezas que a terra, pela floresta lhe oferecia com todo seu potencial produtor e exuberância de uma natureza primitiva preservada por quem sabe que dependemos dela. Esses povos da floresta já viviam nessas terras muito antes do europeu.