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A história de Julieta seria banal se não fosse contada pela cineasta Pedro Almodóvar num filme. O drama de relacionamento entre uma mãe e filha é o último trabalho do famoso diretor espanhol que coleciona fãs no mundo inteiro.
Almodóvar começa o filme apresentando Julieta,uma mulher madura, que está prestes a mudar de país, mudar de vida. Daí para frente, a história se desenvolve com o toque mágico do diretor espanhol, um excelente contador de histórias, que se apropria novamente do universo feminino nessa sua última produção cinematográfica. É o relato da vida de uma jovem (Adriana Ugarte) que se torna mãe prematuramente. As cenas intercalam o passado e o presente e a atriz Emma Suarez interpreta a personagem 20 anos mais tarde.
Para definir com poética artística o trabalho de Almodóvar, é possível dizer que todas as cenas são bem pinceladas, na busca de uma obra prima. Até as telas penduradas na parede, inseridas como pano de fundo, para aqueles que são aficionados por cinema e por artes plásticas, têm o sentido visual de conjunto que promovem a interação entre o espectador e o filme. São técnicas sutis utilizadas para intensificar o relato.
Para muitos, o filme aborrece pelo drama sombrio. Talvez jovens que estão habituados com o cinema de ação e dos efeitos especiais. Mas não decepciona o expectador que opta em analisar o que uma história de vida representa para cada indivíduo nesse planeta.