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As Cores do Sagrado: legado de Carybé para o Brasil

O artista argentino Carybé (1911-1980) deixou um legado precioso para o Brasil: a história do Candomblé da Bahia contada com cores e arte em 128 aquarelas.

Um total de 50 foram selecionadas e fazem parte da mostra ‘As cores do Sagrado’, aberta para público até o dia 27 de julho, em Recife, no prédio também histórico da Caixa Cultural, no marco zero da cidade.

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Sede Caixa Cultural Recife. Marco Zero. Antigo banco inglês. Foto por Mari Weigert

A sugestão é aproveitar as duas oportunidades, visitar a exposição e de conhecer o centro histórico da capital pernambucana, hoje totalmente revitalizado, incluindo a restauração da sede da Caixa, que abrigou uma sociedade bancária inglesa por mais de 60 anos.

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Oxalufã – Opô Afonjá. foto por Mari Weigert
Pintor italiano que amava o Brasil

Pintor, escultor, ilustrador, desenhistas, ceramista, historiador, pesquisador e jornalista Hector Julio Paride Bernabó, viveu e tornou-se conhecido por Carybé. Apaixonou-se pela Bahia num visita que fez em 1938, “ano em que fui definitivamente tarrafeado por sua luz, sua gente, seu mar e sua terra”, como escreveu uma vez.

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Tempo dançando numa perna só. Foto por Mari Weigert

O sonho de voltar para aquele mundo que tanto o fascinava fez Carybé retornar em 1950 para nunca mais sair. Ali começou a documentar todos os deuses africanos que fazem parte do livro “Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia”.É um trabalho de pesquisa de valor inestimável para história brasileira.

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Iansã – Olga do Alaketu. Foto Mari Weigert
“Este trabalho só tem a pretensão de ser um documentário honesto e preciso das coisas do Candomblé.

Há desenhos de 1950 até os deste ano de 1980 mostrando festas, trajes, símbolos e cerimônias por mim vistas e vividas nesse mundo prodigioso que os escravos nos trouxeram e depositaram nas profundas do coração da Bahia. Mundo amorosamente zelado pelas Iyalorixás e pelos Babalorixás, mundo dos deuses modestos e humanos que até hoje enfrentam os dois terríveis e vorazes deuses contemporâneos: a Ciência e o Progresso”.

Esse foi o texto de apresentação escrito pelo próprio artista para apresentar o seu trabalho.

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Oxossi- Opô Afonjá (Logun Edé – divindade da caça)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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