golconda

Surrealismo às avessas do ano que vai embora

Provavelmente André Breton está revirando no túmulo junto com Dalí, Miró, Magritte, com a comparação entre o surrealismo e  2016.

Sem desmerecer o movimento, que marcou época e exaltou o inconsciente no processo criativo ao comparar a um ano tão fora de regra, o uso da palavra foi com o objetivo de reforçar o irreal, o absurdo, sem a poética artística. Às avessas.

Um ano em que a corrupção no Brasil mostrou a cara, sem pudores e sem que fosse possível mudar o curso da história. Também o ano em que a educação e a cultura brasileira foram relegadas a segundo plano. No mundo o sentido bélico continuou fazendo parte do sistema e sustentando a hipocrisia da sociedade. Horrores, certamente, foram cometidos em nome de Deus e do dinheiro.

Ano conturbado

Mas nesse meio de informações conturbadas, o homem comum vive o seu cotidiano, com momentos felizes ou amargos, pelo qual o mais importante é ter um emprego, colocar seu filho numa boa escola, uma casa e um carro e ter um dinheirinho para as férias.

Por isso, para ilustrar esse pequeno texto sem retrospectivas anuais de praxe a tela do artista belga, René Magritte, remete ao absurdo e muitas viagens poéticas. Magritte com a sua Golconde, homens iguais que parecem estar flutuando ou caindo sobre um casarão, parecem executivos ou políticos?

“Golkonda é uma cidade em ruínas, na Índia, que a partir de meados do século 14 até o final do 17 foi a capital de dois reinos sucessivos. A fama que adquiriu por ser o centro da lendária indústria de diamantes da região era tal que o seu nome continua a ser sinônimo de mina de riqueza. O rosto de Louis Scutenaire, um amigo poeta de Magritte que sugeriu o nome da pintura, está retratado no homem grande em frente da chaminé da casa à direita da imagem”. Fonte: arte

A poética de Magritte fica à cargo de cada um interpretar!

O mais importante para o homem comum é ter um emprego, uma casa, comida na mesa, e filho na escola…

 

 

 

 

 

 

 

 

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