Existem livros de histórias que enchem nosso coração de amor e alegria… E isso também diz respeito às histórias infantis, que sempre fizeram parte da minha vida.
Ler para os “pequenos” é encantador, mas ler para acordar a criança que há em mim, sempre foi delicioso. Acho que isso tem a ver com o fato de não querer deixar meu coração endurecer e não me tornar apenas uma “pessoa grande”, como diz meu querido companheiro de cabeceira, o Pequeno Príncipe.
O menino que florescia
Eu procuro ler livros de histórias infantis para continuar acreditando em fantasias puras e no faz de conta. A sensação de leveza é deliciosa e faz da minha vida muito mais alegre.O último livro infantil que tive a oportunidade de ler foi “O menino que florescia”, uma historinha linda de duas crianças com suas peculiaridades.
O querido Vicente, um menino, cujo corpo nascem flores dependendo do sentimento ou do momento em sua família um tanto estranha. Além dele, há também Angelina, uma doce menina com uma perna mais curta que a outra, que faz parte de uma família de dançarinos.
Angelina
Ela tem mais um charmoso segredinho…..
Contudo recomendo que deixe sua criança interior despertar para que a “pessoa grande” não te endureça e consiga fazer com que se envolva em leituras como esta, deste lindo livro. E se quiser saber do segredo de Angelina e entender a razão do Pequeno Príncipe falar das pessoas grandes, deixo aqui estas dicas…boa leitura!
*O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry.
*O Menino que Florescia de Jen Wojtowicz.”
L’opera Primavera, di Sandro Botticelli, è una delle più noti del Rinascimento, sia per la bellezza e la perfezione del lavoro dell’artista, sia per la sua complessa allegoria. Ho avuto il piacere di verdela due volte, nell’originale, alla Galleria degli Uffizi, a Firenze. Ma ho voglia vederla di nuovo. Questa volta con uno sguardo che viaggia attraverso i dettagli della mitologia.
Questi giorni ho letto una pubblicazione dall’amico, professore di Lettere, Antonio Puleo, di Crotona, nel Facebook. Lui ha parlato dei dettagli e del concetto mitologico inserito nel dipinto. Per due volta ho osservato nell’originale la bellezza e la maestria del lavoro di Botticelli. Tuttavia, leggendo i commenti del mio amico Puleo, ho sentito intensamente, con un sguardo più ingrandito. Come conseguenza, ho intensificato il mio desiderio: condividere con voi lettori del PanHoramarte ciò tutto che c’è dietro la creazione da un’opera d’arte. La primavera di Botticelli affascina!
Sandro Botticelli. Autorittrato
Mitologia
Questo stupendo dipinto a tempera su tavola, del fiorentino Sandro Filipepi, detto il Botticelli, è del XV secolo ed è esposto nella Galleria degli Uffizi.È uno dei dipinti più noti e apprezzati del Rinascimento e fu realizzato, secondo gli studi più accreditati, per un cugino di Lorenzo il Magnifico.
Il soggetto è di tipo mitologico e richiama il mondo classico greco/romano. Se si osserva con attenzione l’opera, a destra è visibile Zefiro, il vento prinaverile, che insegue la ninfa Cloni, figlia di Zeus, di cui è innamorato.
Cloni però è irraggiungibile e si trasforma in Flora che è la personificazione della primavera . Al centro c’è Venere, dea dell’amore ed in alto Cupido…
che scaglia le sue frecce verso una delle tre Grazie.
Infine Mercurio, che dirada le nuvole che minacciano la primavera in arrivo. Il significato del dipinto è simbolico e misterioso e varie sono le interpretazioni dei critici, discordanti tra loro”. Ricerca di Antonio Puleo. Italiani e oriundi. dal mondo arte, cultura, luoghi.
Botticelli
Sandro Felipepi è nato a Firenze. Figlio di un conciatore di pelli. Il giovane Sandro è apprendista da un orafo, forse Botticelli. Per un periodo fu allievo di Filippo Lippi, fino al 1466, all’età di 21 anni.
Nel 1475 iniziò a dipingere per i Medici e il loro entourage, realizzando le sue opere più celebri, tutte agli Uffizi, oltre a temi allegorici: Primavera, Nascita di Venere, Palade e il Centauro. Altri di carattere sacro come L’adorazione dei Magi e con molti ritratti d’epoca.
La sua carriera culminò nell’era dei Medici. A Roma realizza tre affreschi per la Cappella Sistina ed è uno degli artisti più importanti di Firenze sotto la protezione di Lorenzo il Magnifico.
Quando la politica cambia e la caccia dei Medici è determinata, la crisi spirituale influenzata dalle prediche di Savonarola, l’artista sceglie isolarsi e dedicandosi a opere misticheggianti come Calunnia degli Uffizi (1495), Crossifissione (1497), Natività Mistica (1501). Botticelli muore quasi dimenticato e in disgrazia. Ricerca: Uffizi, arte, storia, collezioni – Giunti.
O artista Siron Franco, com a obra Rua 57, sobre o acidente com Césio-137 em Goiânia, reafirma o potencial da arte em registrar tragédias humanas e sociais. A mostra foi apresentada em ‘Afinidades Afetivas’, na Bienal de São Paulo de 2018 . O paralelo entre Cuba e a obra de Siron é para refrescar a memória, para dar um ‘soco na boca do estômago’ de quem questiona a competência do sistema de saúde cubano.
O testemunho de Siron Franco na Rua 57 nos remete a Cuba porque foi o país que tratou das pessoas atingidas pela radiação e por ser a ilha cubana, na época, o único país no mundo a ter experiência em tratamentos adequados em caso de radiação. Quando ocorreu o vazamento de Chernobyl, na Russia, Cuba montou uma clínica próximo a Havana para atender mais de 3000 vítimas do acidente russo.
Um registro na Folha de São Paulo, de outubro de de 1997, relata a ida dessas pessoas à Ilha. Texto minúsculo, sem grandes manchetes.
Tragédia em Goiânia
Esse foi apenas um parêntese feito a partir da arte de Siron Franco, que é um testemunho de uma história trágica provocada pelo descaso e pela ignorância. O acidente aconteceu em 1987, em Goiânia, quando um catador de sucata encontrou uma máquina de raio X abandonada em um terreno baldio na rua 57, do Bairro Popular.
Sem saber dos riscos que corria, abriu parte da máquina e encontrou uma cápsula de césio 137, substância altamente radioativa usada para fins terapêuticos e que deveria ser descartada profissionalmente e não jogada no lixo comum. O catador ficou fascinado com a substância, que brilhava no escuro, e a levou para casa, onde a mulher e filha brincaram com ela.
Em 24 horas, diversas pessoas adoeceram gravemente. Assim que a causa foi identificada, foi declarado estado de emergência nuclear em Goiânia, o mais grave acidente depois de Chernobyl, na época. A cidade inteira ficou de quarentena e toda a população e os produtos do estado de Goiás, sob suspeita.
Rua 57 de Siron
Siron Franco, que cresceu a poucos quarteirões do local do acidente, voltou a Goiânia naquela época e começou a produzir uma série de desenhos para registrar as imagens chocantes do desastre. “Eu chamei o que fiz na época de ‘reportagem visual’. Tem pessoas que morreram, cachorros que adoeceram, o sujeito que aproveitou a confusão para roubar uma TV, Fiz muita coisa. Produzi tudo em dois meses. Foi uma catarse”, disse ele ao Nexo.
O artista, hoje com 71, abordou temas ambientais, sociais por intermédio de sua poética artística. Mas foi com o tema relacionado à tragédia do Césio-137 que enfrentou o maior desafio, o de pincelar algo que era invisível. “Quando lida com água, com o fogo, você vê o problema. Quando lida com o material radioativo não”. Fonte: Nexo.
Cuba
O Centro de Proteção Radiológica de Cuba enviou na época um biofísico para acompanhar especialmente a crianças atingidas pelo Césio 137 no Brasil. Omar Garcia deu entrevista à Folha de São Paulo, em outubro de 1997, e segundo o registro, Cuba recebia os pacientes no aeroporto e em seguida eram encaminhadas aos hospitais, ou em chalés, com capacidade até 10 pessoas, para receberem atendimento.
Testemunho artístico
Siron Franco registrou em sua obra uma tragédia social e ambiental porque tem consciência da participação do público na apreciação de uma obra de arte. A importância de cada vez mais torná-lo sensível as questões de seu tempo.
Rua 57 não só nos conta uma triste história, como também pontua um fato: que prevalece a ignorância em grande parte da sociedade brasileira.
Descaso com o lixo tóxico na época, e desrespeito aos médicos cubanos, que deveríamos agradecer pelo que fizeram ontem e hoje. O esforço do artista Siron Franco é emocionante. Porém, em época de notícias falsas, dos fakenews, da pós-verdade, será que conseguiremos sensibilizar a quem precisa?
Atenção leitores de plantão. Atenção todos aqueles que adoram ler livros sobre a cotidiano da vida e singeleza do belo. Atenção a aqueles que amam a literatura e que ainda não leram nada de Italo Calvino. Sugiro colocar ele na sua lista; aliás… coloca no topo da lista!
Italo Calvino chegou nas minhas mãos ainda quando estudava Italiano, e queria poder ler alguns autores em língua original. Minha professora então me disse que se eu quisesse ler um escritor que escrevesse muito bem em italiano deveria ler Italo Calvino. Alexia, a professora, esqueceu de me dizer sobre o maravilhoso mundo que estava por descobrir quando um dos seus relatos chegou as minhas mãos.
Marcovaldo
Ali estava Calvino, Marcovaldo* e eu. Buscando na cidade grande a poesia que ela esconde. Quem é Marcovaldo? Marcovaldo é o personagem principal da novela que se titula com o seu nome. Marcovaldo é o homem simples da cidade grande. Aquele que ninguém fala, ninguém viu; que se esconde detrás de milhões de caras da classe trabalhadora do meu e do seu país.
Como Calvino próprio descreve; Marcovaldo é uma alma simples, um pai de família numerosa, que trabalha ora de pedreiro ora de recadeiro de uma empresa. Malcovaldo vem do campo, ou isso entendemos. Porque a poesia em forma de prosa desse livro de Calvino é justamente sobre esses pequenos detalhes que um pai de família sofrida, pertencente a classe trabalhadora, pode encontrar na cidade.
E assim o livro começa:
“No meio da cidade de cimento e asfalto, Marcovaldo vai em busca da Natureza. Mas, ainda existe? O que ele encontra é uma natureza rancorosa, contra propósito, comprometida com a vida artificial”.
E assim olho todos os dias para essa cidade.A que eu vivo. Assim como olhava outrora para Curitiba. Parece que em meio a tanta casa, a tanto shopping, a tanto parque temático vamos perdendo a humanidade das cidades… estamos transformando-as em monstros em pró do avance, em pró da lógica pós-moderna.
E onde ficou os cidadãos? Condenados a andar de carro numa cidade sem calçada?! A entrar em centros comerciais sem janelas e que escondem a saída para que você se perca em meio a tanto consumo. Durante muito tempo eu vivi nessa dinâmica. Na dinâmica americana tão aclamada no Brasil.
Treze anos atrás, quando cheguei na Europa, tudo me parecia estranho. Essa coisa de fazer compra na rua, de andar de um lugar ao outro sem carro, de tomar café com os amigos, de fazer quem tenha carro pague mais e mais impostos. Aqui eu vi o humano que pode ser uma cidade.
Andar de metro, caminhar no centro, se encontrar em cafeterias, passar dias chuvosos do cinema (que está na cidade, não no shopping) e os dias ensolarados no parque.
Aqui eu vi que é preciso sim, ter lugares bonitos, construções bonitas e que elas entrem em consonância com a natureza existente. Cidades mais humanas. Assim a chamamos. Exemplos não faltam: Bruxelas, Amsterdam, Hamburgo, Lisboa, Roma, e a lista segue.
Andando pelas ruas de Madrid, a prefeitura tratou de colocar frases, uma poesia em cada passo de zebra. Ali mesmo no asfalto, no chão… Enquanto estamos esperando pelo semáforo, podemos parar e ler essa frase, esse pensamento, essa poesia…
Daí, quem sabe essa frase leve a uma ideia, a um pensamento que faça brotar dentro de nós um olhar distinto a tudo que nos rodeia.
Essa é a ideia do livro de Calvino. De colocar num personagem simples, a possibilidade de olhar para uma cidade como nenhum outro. De ver poesia e graça aonde ninguém veria e de levar dia a dia a sua vida ingrata melhor que muitos que vivem comodamente.
“Esse Marcovaldo tinha um olho pouco adequado para a vida da cidade: avisos, semáforos, vitrines, letreiros luminosos, cartazes, por mais estudados que fossem para atrair a atenção, jamais detinham o seu olhar, que parecia perder-se nas areias do deserto. Já uma folha amarelando num ramo, uma pena que se deixasse prender numa telha, não lhe escapavam nunca: não havia mosca no dorso de um cavalo, buraco de cupim numa mesa, casca de figo se desfazendo na calçada que Marcovaldo não observasse e comentasse, descobrindo as mudanças da estação, seus desejos mais íntimos e as misérias de sua existência”.
Marcovaldo é uma lição de vida para todos aqueles que não sabem ver além do umbigo que vida é uma poesia em si mesma. Marcovaldo é a prova que qualquer um, por mais humilde que seja tem a capacidade de viver e levar uma vida cheia de aventura e magia, e que não é preciso ter estudos ou ser intelectual para apreciar um por do sol, o crescimento de uma planta, ou a lua cheia no verão.
Masrcovaldo é feliz com o cheiro da marmita, com dormir num banco de praça no verão, com ir no cinema no outono e com o crescimento de uma planta que está no escritório do seu patrão.
Marcovaldo é feliz por viver. Eu to aprendendo com Marcovaldo… e com Calvino… que a felicidade é aquilo que eu decido e outorgo poder…
Shopping Basket
Gerenciar Consentimento de Cookies
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência do nosso site. Ao continuar a navegação, entendemos que você esteja de acordo.
Funcional
Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos.O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.