Boa pergunta. A Inteligência Artificial está revolucionando o mundo da arte e hoje gera questionamentos, curiosidade e espanto entre as conversas digitais. Cada vez mais artistas estão interessados em sublinhar as diferenças entre arte e artifício.
A IA pode criar obras de arte de forma autônoma, analisando e aprendendo com milhões de obras de arte existentes. Este processo de aprendizado de máquina permite que a IA gere obras de arte únicas e inovadoras.
A tecnologia esteve presente na arte a partir da invenção da fotografia. De lá para cá, o artista usa os recursos tecnológicos em sua poética artística. Escher e Le Parc que ilustram este artigo, em suas obras, representam dois momentos na história da arte e destacam a inquietude do artista em traduzir o mundo a partir de suas obras e o espírito de curiosidade de inovar e usar dos recursos da contemporaneidade.
Lumière Alternée, do artista franco-argention, Julio Le Parc ilustra nossa matéria e mostra que luzes e efeitos estavam expostos na Bienal da Luz, 2015, em Curitiba.. Era pura arte. Lumiére Alternée
A instalação fazia fachos de luz incidirem sobre a superfície, alternando o movimento.
Como você analisa Lucia o futuro da arte com a Inteligência Artificial?
Lucia Helena Fernandes Stall é uma pesquisadora e amante da arte, mas percorreu outro caminho profissional. Formou-se em em Direito na UFPR, hoje advogada acredita que sua profissão também não deixa de ser a arte da defesa dos direitos do homens. ‘Não sou nada.Nunca serei nada.Não posso querer ser nada.À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”, Fernando Pessoa (A Tabacaria)..
Pessoalmente acho que vai acontecer como a fotografia, o rádio e a televisão quando surgiram no mundo…..
Inteligência Artificial será outra vertente na arte.Mas o mais sério é que IA é mercado, diferente da invenção da fotografia. Mari Weigert
Mas são os jovens, só jovens mais usando tecnologia. Ir no museu vai ser canseira para eles. Gosto disso, não. Lucia Stall.
Éramos três mosqueteiras atrás de mostras de arte. Eu, Lucia Stall e a artista Zizi Lans, amiga Suzel. Percorremos algumas bienais em Veneza, mostras relevantes na Europa e no Brasil. Depois do percurso sempre um café para discutir o que vimos, uma espécie de momentos atrelados a crítica de arte. Alimentava nossa alma.
Enfim, este descontraído bate-papo entre eu e a amiga Lucia foi pelo Whatsapp e empolgou as duas sobre o futuro da nova tecnologia que está deixando todo mundo em alerta.
As duas ilustrações de M. C. Escher fascinam pelo papel visionário do artista holandês que gostava de usar técnicas para mostrar uma outra realidade. Ele criou obras no início do século XX, algumas com ilusão de ótica. O Olho- é a foto manchete é de 1946 e reprodução de próprio olho a partir de um espelho côncavo. Olho Mágico dele, é uma obra instigante que reflete uma caveira na pupila em conexão com o cone, que na foto feita por mim não é possível visualizar.
Vale a pena dar uma olhadinha neste vídeo da DW, Alemã sobre Inteligência Artificial e Arte. Divirtam-se e pensem em uma resposta convincente. Já passei acima a minha….