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Encontre a alma das palavras no Museu da Língua Portuguesa

Aguardamos o seu renascimento a partir das cinzas, como Fênix, ressurgindo com toda a sua grandiosidade!

O Museu da Língua Portuguesa foi destruído pelo fogo em dezembro 2015. O Brasil viu seu tesouro maior ser consumido pelas chamas. A matéria abaixo resume toda a paixão da jornalista, pelo que considerava um dos mais belos museus do mundo. Foi publicada antes do incêndio.

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Encontro marcado

Todo o brasileiro que se preza deve marcar um encontro com as palavras no Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo.

O visitante chega ao local e descobre que irá  fazer parte de uma viagem, com um roteiro criativo e repleto de informações sobre a origem, a alma das palavras que formaram o idioma que hoje é falado no Brasil.

O Museu da Língua Portuguesa é um legado inestimável para todo cidadão brasileiro e um verdadeiro deleite para os que amam etimologia.

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O encontro com este mundo é inovador.

A tecnologia é utilizada para provocar, instigar, estimular o público a pesquisar, a saber mais sobre a língua portuguesa, de um jeito diferente, em que o computador, a multimídia dão lugar à caneta e ao papel e tornam-se recursos fantásticos, rápidos, e de grande motivação para ajudar o adulto ou a criança a buscar dados sobre nosso idioma. Como por exemplo, quais são as palavras do idioma Banto (africano) que contribuíram para compor os falares em nosso país, assim com o Tupi (indígena), e inúmeros outros, o espanhol, italiano, francês, alemão, vindos pela imigração.

De começo, na entrada, a “Árvore das Palavras”, uma escultura que chama atenção pelo tamanho – de 16 metros de altura – criada por Rafic Farah, na  qual o visitante encontra palavras que contribuíram para formação do idioma português e do português falado no Brasil, assim como a representação em objetos e animais.

No interior dos elevadores que dão acesso às exposições, para completar a sensação de estar entrando num túnel do tempo, é possível ouvir as palavras “língua” e “palavra”, como uma espécie de mantra,  em vários idiomas, composto por Osvaldo Antunes.

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Galeria

A Grande Galeria é parada obrigatória para ouvir e ver, numa tela de 106 metros, filmes sobre pessoas falando nas diversas formas de se comunicar em português: do povo simples caipira, do cantor, do nordestino, que vivem neste Brasil afora. Logo ao lado estão localizadas as “palavras cruzadas”, vários totens com computadores repletos de palavras portuguesas e as suas verdadeiras almas, como é o caso de abajur, cuja origem é francesa – abat-jour – que significa abaixar a luz.

A linha do Tempo mostra a história da língua portuguesa, num painel que começa em 400 AC e termina no ano 2000, do século XXI.

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Estes setores são apenas uma pequena parte do que é possível explorar nos 4,3 mil metros quadrados de muita informação e criatividade. As exposições permanentes – Grande Galeria, Linha do Tempo, Palavras Cruzadas, Beco das Palavras e Mapa dos Falares – estão no segundo andar. O primeiro é dedicado às mostras temporárias.

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O auditório para projeção do filme sobre a história da língua portuguesa localiza-se no terceiro andar. O roteiro encerra na Praça da Língua: espécie de “planetário da Língua”, composto por imagens projetadas e áudio. Uma antologia da literatura criada em Língua Portuguesa, com curadoria de José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski.

Vá em frente que será um passeio inesquecível. Apenas deixe uma tarde inteira para esquecer de tudo e mergulhar nas vidas passadas das palavras que fazem parte do vocabulário que hoje você fala no Brasil. O ingresso é baixo, custa R$ 6,00 e mais informações poderão ser obtidas no site do Museufoto10

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Filha de artista aponta com o dedo em riste para Damien Hirst

 

O britânico Damien Hirst, polêmico e um dos artistas mais bem sucedidos comercialmente da geração contemporânea, parece não se preocupar com seus detratores. O fato de Mary Moore, filha de Henry Moore, escultor inglês do início do século XX, acusar Hirst de provocar um retrocesso na arte britânica, foi o suficiente para romper com o silêncio do jovem artista que é avesso à debates.

Hirst está mais preocupado em organizar o seu novo espaço ao Sul de Londres, que será dedicado à arte moderna e contemporânea e que abrirá ao público no  verão europeu de 2015, pelo menos é o que se presume depois de sucessivas prorrogações na data de abertura.

 

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A crítica ácida vinda da filha de Henry Moore, escultor inglês, desequilibraria qualquer cidadão comum, mas, pelo visto no caso de Hirst, o debate está em aberto.

Henry Moore

“Henry Moore foi um dos artistas britânicos mais importantes do século XX. Um escultor visionário que se tornou famoso por suas obras abstratas em bronze e mármore grande. O artista viveu e trabalhou em Londres durante a Segunda Guerra Mundial e, em seguida, mudou seu estúdio e sua casa para Perry Verde, em Hertfordshire, onde agora abriga a Fundação Henry Mooore. Em 1986 faleceu e deixou um legado revolucionário sobre o conceito de arte que tinha se estabelecido durante a era vitoriana. Por intermédio de suas obras rompeu com os rígidos cânones do final do século XIX.

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Mary Moore

Mary Moore, a filha do escultor, cresceu ao lado do pai e do círculo de amigos do artista, lança acusações contra Damien Hirst, líder dos jovens artistas britânicos. De acordo com a mulher, o artista excêntrico está provocando um retrocesso na arte britânica de um século.

Hirst, segundo ela, estaria destruindo o trabalho duro feito por Moore para derrubar os padrões clássicos do passado. “O retorno novamente de uma arte contextual e narrativa, como foi feito na época dos pré-rafaelitas”.

Mary Moore salienta que a arte do pai não resume em narrativa ou contexto, mas estritamente sobre a exploração do objeto que você está enfrentando “. A obra de Damien Hirst segunda filha de Moore não é, portanto, o resultado de um instinto criativo puro, mas sim um cálculo racional e, para ser plenamente compreendida, deve ser colocada numa moldura, com um rótulo inserido nela.

Em vez disso, a genialidade de Henry Moore  tinha uma abordagem visceral, que se rebelou às  imposições rígidas da arte vitoriana. O debate entre os detratores  continua em aberto, mas sem a de Hirst. É certo que o jovem artista britânico nunca para para discutir”. fonte Exibart.

Damien Hirst

Em setembro de 2008, enquanto a empresa financeira  Lehman Brothers anunciava sua falência, em Nova York, EUA, e iniciava uma das maiores crise econômica da história nos países do primeiro mundo-  em Londres, a obra O Bezerro de Ouro, do britânico Damien Hirst, era vendida por US$ 15 milhões, na casa de leilões Sothey`s. A peça expõe um animal morto e mantido sob formal adornado com as patas e chifres de ouro de 18 quilates.

Damien Hirst é uma artista plástico bastante criticado por alguns colegas e jornalistas. Alguns artistas não concordam com a sua metodologia de trabalho. David Hockney, por exemplo, que denuncia que o colega não produz pessoalmente muitas obras atribuídas a ele. Hirst emprega assistentes para produzirem as obras elaborada com pontos e segundo artigo publicado recentemente no New York Times, o artista criou apenas cinco das 1.400 telas de pontos existentes. Hockney, 74 anos, abriu um exposição no início do ano, na Academia Real de Londres, e declarou que colocaria um cartaz dizendo: “todas as obras aqui foram feitas pelo artista pessoalmente”.

“Texto publicado originalmente no site italiano Exibart“.

 
 
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Por que Mafalda agrada todas as idades

A simpática Mafalda, inquiridora e crítica, criada pelo cartunista argentino Quino, em 1964, permanece no imaginário das pessoas há 50 anos. Por que?

É com um sorriso nos lábios que os adultos, principalmente os que nasceram nas décadas de 60 e 70,  se referem a Mafalda e relembram as deduções lógicas  da menina que também encanta crianças, talvez, por ser singela e ter a leveza de um desenho de traços simples , em preto e branco.

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Não perdeu a atualidade

Porque a personagem faz indagações e tem inquietudes em relação ao mundo que coincidem com os sentimentos da maioria das pessoas. Nós nos identificamos com a Mafalda e suas críticas, que com suas tiradas inteligentes manifesta com humor muitas questões que a nos incomoda, como problemas sociais, ambientais e políticos. A Mafalda somos nós.

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Quino foi genial em criá-la nos anos de chumbo. Num período em que a Cortina de Ferro e os EUA estavam se digladiando para mostrar quem tinha mais poder. O comunismo cinzento e a democracia capitalista e colorida. Assim que pintavam o cenário do mundo, na época.Num tempo em que a maioria dos países das Américas, tanto Central e quanto do Sul estavam subjugadas a um ditador ou nas mãos de militares.

Mafalda estréia oficialmente na história em quadrinhos em setembro de 1964. Nesta época apareceram apenas a Mafalda e seus pais.Em 1965 é incorporado Manoelito – Manoel Goreiro. Em 6 de junho de 1965 estréia Susanita,em 1968, nasceu Guille, seu irmão e por último se incorpora Libertad.Em junho de 1973, Quino faz com que os personagens se despeçam dos leitores.

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As inquietações da Mafalda não perderam a atualidade 50 anos depois

Persistem ainda os mesmos problemas sociais, ambientais e políticos que inquietavam os pensamentos da Mafalda

Os mesmos problemas sociais, ambientais e políticos que inquietavam os pensamentos da Mafalda, a menininha precoce, crítica, lúcida e enfática, criada pelo cartunista argentino Quino, em 1964, continuam a tirar o sono daqueles cidadãos que torcem para que o mundo seja um lugar melhor para se viver. No entanto, já se foram 50 anos e os temas como as guerras, destruição da natureza, a fome e desigualdade social são ainda as principais pautas da mídia em todo o planeta.

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Cinquentona

A cinquentona Mafalda, que não perdeu a pureza infantil, está entre os personagens mais populares da história em quadrinhos da América do Sul. Seu humor é inteligente, ideológico e reflexivo e seus questionamentos foram traduzidos em 26 idiomas, além de ter sido eleita uma das dez argentinas mais influentes do século XX – apesar de ter um corpo de papel.

Esta menininha portenha está fazendo sucesso na Praça das Artes, em São Paulo, e agrandando tanto crianças quanto adultos, numa exposição interativa, “O Mundo Segundo Mafalda”. após bem sucedida temporada em sua terra natal. A exposição foi cedida pelo Museu da Criança de Buenos Aires.

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Entrar na exposição é sentir-se no mundo de Mafalda como se estivesse do lado dela, de seus amigos e família. Já na entrada encontramos ela dentro de um carro de verdade, num modelo muito parecido ao do pai de Mafalda, um Citroen 2CV. Este modelo foi ícone da classe média dos anos 60 e 70 na Argentina, assim como o fusca foi no Brasil em um período da história.

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Daí para frente, é só seguir o caminho e conhecer a  casa dela, que também é réplica do que seria nos anos 60, colocar a criança, se tiver, a participar das atividades interativas, assistir alguns quadrinhos criados para tv e observar os mundos enfraquecido, sujo, doente, entre outros e brincar com os balões de pensamentos de Mafalda. Certamente, será bem divertido e horas irão passar muito rápido. A mostra foi prorrogada e permanece até sexta-feira (06), na Praça das Artes.