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Obrigada O.G.Ugolotti! PanHoramarte no ‘Sentieri tra lo Scibile’

A revista bimestral italiana ‘Sentieri tra lo Scibile’ (em português Caminhos entre o Conhecimento), de Gênova, Itália, elaborada e composta por autores associados, publicou no biênio de setembro/outubro, o texto Minha mulher parece uma artista, de Mari Weigert, publicado nesse site, em abril.

IMG_6694O texto, que trata da passagem do tempo e se inspira num flagrante vivenciado pela autora, com amigos na Itália, atrelado às reflexões do livro Imortalidade, de Milan Kundera, foi traduzido para o italiano e publicado na revista, o mesmo que está na versão italiana do site – Mia moglie sembra un’artista

PanHoramarte agradece o editor e coordenador do ‘Sentieri tra lo Scibile’ , o genovês  Ottavio Giorgio Ugolotti (ugiot), artista, escritor,dramaturgo, ator e diretor.  Entre livros seus publicados A dinastia da Sobrevivência( La dinastia della sopravivenzia). “É interessante trocar contos, crônicas, ensaios, poesias, para alargar conhecimentos de nossos produtos”. disse ele, em correspondência trocada pela autora. A revista está no número 125, é se mantém há 27 anos.

IMG_6693Sim, Ugolotti, sem dúvida, a internet aproxima, sobretudo aqueles que amam as mesmas expressões artísticas – cinema, teatro, literatura, artes plásticas – apenas pela mente e pelas afinidades que falam a língua universal da emoção ao ler um poema, ao se sensibilizar por um texto extraordinário, apreciar uma pintura, escultura, ou qualquer expressão de arte. A internet foi um belo presente do século XX para mundo moderno, mesmo que não seja tão democrática ou ofereça também riscos.

O biênio setembro/outubro da revista traz textos de Ferruccio Gemmellaro (A Guerra dos Analfabetos), Maruca Vidal (poema Nostalgia), Rita Biggio Casassa ( O vinho na provincia de Genova), Yvonne Mercatelli Rosazza (Quando o sublime se transforma em farsa), entre outros. Para lê-la é preciso ir a Gênova ou solicitar a Ugolotti pelo blog

Transcrevemos aqui um dos textos de Ugiot (O.Giorgio Ugolotti) publicado nesse biênio:  

A idade justa

“Não tenho idade….” era letra de uma canção famosa há anos, um pedaço da canção e nada mais, mas me vem muitas vezes à mente, especialmente quando estou direcionando minhas ações ao trabalho, a fazer algum esporte, ou a um encontro sentimental. Sim, também sentimental porque ninguém jamais pode estabelecer qual é a idade certa entre dois seres humanos; sim, porque para os animais essas questões não existem e eles apenas resolvem ao seu próprio critério, no momento certo ou mais favorável. Nós, seres humanos, desculpem se pretendo pertencer a essa espécie, temos a característica de complicar nossa vida, tanto quanto possível, invés de facilitá-la.

E a principal complicação é se preocupar quase que exclusivamente com o que “os outros” podem pensar de nossas ações. Então, se a decisão de aventurar-se em qualquer coisa que se queira, não vem determinada pelo individuo, mas pelo julgamento dos outros. É quase impossível evitar de permanecer sob essa veste de chumbo num conjunto de situações,  a qual chamamos conforme o caso de: as leis ideológicas, as leis físicas, leis da natureza ou leis determinadas pelo próprio homem, fatores quase abstratos que nos impedem, ou pelo menos não nos permitem agir com a simplicidade animalesca sobre a qual já mencionamos.

Mas voltando ao nosso “Não tenho idade”, que provocou em mim toda essa série de insultos contra as leis em que os seres humanos se sujeitam, ou se rebelam ou fazem um autojulgamento, talvez, seja físico ou intelectualmente.

“Cada coisa no seu tempo”, dizia um sábio, mas um outro me advertia que as partes de Romeu e Julieta são interpretadas como realmente teria entendido Shakespeare, somente quando os autores tenham superado a idade física para poderem serem acreditados e atuarem no palco.

Uma coisa é certa, pelo menos a que me diz respeito: Eu não tenho a idade física para fazer uns 100 metros em 10 segundos, mas penso que intelectualmente posso interpretar vocalmente, a parte de Romeu e, com os meios técnicos de hoje, dublagem, poderia dar voz a uma pessoa fisicamente adequada “na idade certa”. Mas não seria certo, seria artificial. Porém, ao invés de falar de comédias, se começasse a perguntar como um homem interpreta a vida, aí, sim, retorna o problema da idade justa.

E o protagonista absoluto nessa comédia da vida é, e sempre foi, um só: o amor ou o seu contrário, que é apenas uma degeneração do próprio amor. O amor de uma companheira, ou perseguida, por toda a vida, do nascimento até o final; no amor ou na falta dele,  te arrebata em cada momento e acende uma chama que dá luz e calor, mas também perigo de queimaduras e intoxicações, ao teu terreno percurso vital, sem nunca fazer a pergunta se a idade é aquela justa, porque, como diz o meu cardiologista, o coração nunca envelhece”. 

Este vídeo apresenta uma das peças do autor, Um parmo di naso (Um palmo de naso).

Obrigada!

 

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A vida que vale a pena a ser vivida

Quando eu era pequena, costumava sempre escutar aquela música do Nando Reis,  “Dessa vez”, que diz assim: “É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer”. Com 16 anos já me comportava como se tivesse 50, pensando no passado, o pouco passado que tinha, e fazendo dele uma novela.

Faz pouco tempo completei 30 anos, e justamente hoje faço meu décimo aniversário fora do meu país. Sigo sendo a mesma menina dos 16 anos, aquela que pensa no passado, aquela que sente vertigem do que passou, mas aquela que também encara o futuro (com tudo que ele tem pra oferecer). Sei que tudo isso soa muito piegas, e se falar do passado com 30 anos deve soar um absurdo, não quero imaginar o que as pessoas pensavam de mim quando falava sobre o passado com 16.

Sempre me falaram “estuda que você vai longe”; e olha onde estou – a 9000 km da minha casa dando razão a minha mãe.

Essa razão que todo mundo sabe que mãe tem mas que só começa a admitir depois de anos.

E la se foram 30 anos… e la se foram 10 anos. E ainda acredito que o melhor esta por vir. Por que por alguma razão, não paro  de pensar que a vida sempre pode me surpreender mais. E se esses 30 anos foram tão bons, que o que pode vir nos próximos 30 deve ser genial.

A verdade é que não há forma de prever o futuro. Também não tem como ser todos os dias felizes. A parte do Facebook, nossa vida é normal: todos dormimos, acordamos, trabalhamos, estudamos e temos rotinas que são chatas e que nem todos os dias estamos dispostos a cumpri-las. Todos nós temos nossos momentos de dor, de raiva e de apatia: quem sorri todos os dias da sua vida muito certo não está. Aprender a conviver com a  dor e com a alegria é uma tarefa diaria; e uma imposição da vida. Nenhum desses dois sentimentos podem ser negados.  Nem hoje, nem amanhã, nem nunca.

Sentimentos esses, muito bem explicados no filme “Inside Out”. Assim como a alegria é um estado de espirito necessario, a dor também tem a sua função: da maturidade, do crescimento (interior e exterior). Nega-la pode ser extremente perigoso.

Por outro lado, uma das lições que a vida nos ensina, e uma das mais importantes, é o relativismo. Nem tudo na vida é absoluto, e relativizar problemas é uma maneira bem sábia de colocar a vida em perspectiva e verificar se aquilo que nos preocupa é realmente significativo. Basta pensar no monte de bobeiras que nos preocupavamos quando eramos adolescentes e que hoje em dia são as coisas mais banais do mundo.

Ademais de relativizar problemas, podiamos prestar a atenção nos pequenos detalhes da vida. O que nos provoca uma risa? O que nos faz sorrir? O que nos faz triste? Porquê me entristeço com isso ou com aquilo? Responder essas perguntas é fundamental para o crescimento pessoal. Entender a si mesmo não é uma tarefa facil, mas é imprescindivel si queremos ter alguma paz de espirito agora e sempre.

A maioria das pessoas que falam sobre os arrependimentos passados são aquelas que nunca quiseram parar e pensar sobre ela. E quando se deram conta: a vida passou. E não é que a vida é curta. Para quem sabe aproveitar, como por exemplo foi a caso da minha vó, a vida tem o tempo certo: só depende de você fazer valer a pena.

Antes de nos profissionalizar pra uma carreira, pra uma profissão, deveriamos nos professionalizar para a vida. De certa forma, acho que o mundo anda muito amador sobre esse tema. Pensar, reflexionar é um dos dons que nos foi outorgados para fazer uso dele. Já dizia Sócrates que “uma vida não reflexionada é uma vida que não vale a pena a ser vivida”. Então; começamos já?!

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Cos’è Dostoevskij

Ho visto su internet un reportage alla TV turca, con le persone essendo intervistate, la domanda era: “Che cosa è Dostoevskij?”.

La maggior parte delle persone non conosceva chi era Dostoevskij e nemmeno quello che era. Incredibilmente una persona dice che Dostoevskij è un cibo. Un’altra persona parla che il Dostoevskij è il presidente del Kosovo.

Nella maggior parte del mondo le persone ignorano Dostoevskij, ma il numero dei lettori è ancora più basso. Un contadino lavorando in luogo lontano, ermo, conosce il nome dei giocatori di calcio in molte squadre, ma ha mai sentito il nome di Dostoevskij.

Ignoranza

 La dimensione dell’ignoranza non ha alcun legame con diploma di laurea, perché il sistema capitalista crea i laureati ignoranti e i professionisti non si interessano per nulla, che non sia il suo mestiere. La maggior parte delle persone, neppure per la loro area professionale, cerca la conoscenza. Il tempo in cui viviamo è anti intellettuale e quanto più ignorante voi siete, più possibilità avete in questo sistema.

L’era degli idioti

La chiamo “L’era degli idioti”.  Il capitalismo è una fabbrica di produzione di medici, avvocati, giudici, ingegneri, scienziati, ecc … per essere utilizzati dal sistema. Persone che non leggono niente fuori dal loro tema. Un giocatore di calcio che mai ha letto, guadagna milioni e fa fama mondiale, piuttosto, chi non segue la regola del sistema di governo, uno scienziato o studioso che ha dedicato la sua vita alla scienza, rimane sconosciuto.

Se si domanda alle persone chi è Noam Chomsky, quasi nessuno lo saprà che è uno dei più grandi intellettuali vivi.

Stiamo vivendo tra le ignoranti senza laurea e laureati ignoranti, il sistema capitalista fa questo attraverso i media. In questo sistema le persone si dedicano al loro lavoro, non c’è tempo per nulla, lo scopo della vita è la carriera, e fare un sacco di soldi. Questo è lo slogan del capitalismo: sii ignoranti in giro, consuma tutto, competi con gli altri senza alcuna etica e se lo fai, la tua ignoranza sarà premiata. Tutto è permesso in questo sistema dal momento che il risultato sia il successo ignorante.

Il neoliberismo ha creato un prototipo che pensa in consentire tutti nella società, soprattutto alle giovani generazioni, è così: essere apolitico, non leggere, umiliare gli investimenti nella conoscenza, non credere ai valori, l’unica preoccupazione è fare soldi di qualsiasi modo e essere essenzialmente egoista.

Il bersaglio sono i soldi facili e veloci, e diventare famoso senza contenuto! Per questo motivo rimangano nella TV i programmi televisivi come idoli, il Grande Fratello, ecc. Questo prototipo non si preoccupa con la conoscenza e ancora la insulta! E non si vuole fare qualcosa per gli altri, per una migliore convivenza dell’umanità.

La gente non sa  che il sistema la incarcera, quanto più soldi guadagnano più ansiosi restano, più depressivi e con altri problemi che il denaro inevitabilmente portano. Accanto alle persone come queste non c’è etica, emozioni profonde …

Allora, cos’è Dostoevskij?

Dostoevskij è l’espansione della conoscenza all’altro lato della parete, il lato che non possiamo ancora vedere!

È un po’di noi stessi che rinchiudiamo in una cella, lui non rientra in questo periodo che viviamo… è una luce brillante nel fango in cui ci troviamo.

Lui è il Raskolnikov della nostra coscienza parlando delle verità su di noi che non vogliamo sentire.

Sono i nostri sogni dimenticati ..

Ancora una volta, andiamo a fare la domanda: “Che cosa è Dostoevskij?”

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O que é Dostoiévski

Na maior parte do mundo as pessoas desconhecem Dostoiévski, mas o número de seus leitores é menor ainda.

Assisti na internet uma reportagem de um canal de TV turco entrevistando pessoas, a pergunta era: ” O que é Dostoiévski?”. A maioria das pessoas não conhecia Dostoiévski, nem quem era e  nem o que era. Até uma  pessoa disse Dostoévski é uma comida. Outra pessoa  fala que o Dostoievski é o presidente da Cosovo.

Na maior parte do mundo as pessoas desconhecem Dostoiévski, mas o número de seus leitores é menor ainda. Um agricultor trabalhando em qualquer lugar ermo sabe o nome dos jogadores de futebol de diversos times, mas nunca escutou o nome de Dostoiévski.

O tamanho da ignorância não tem conexão com diplomas universitários, porque o sistema capitalista cria ignorantes diplomados, os profissionais não se interessam com nada para além de suas profissões. A maioria das pessoas, nem pela sua área profissional, busca o desenvolvimento.Essa era que vivemos é anti intelectual, quanto mais ignorante mais chance você tem nesse sistema.

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Chamo de “Era dos Idiotas”.

O capitalismo é uma fábrica produtora de médicos, advogados, juízes, engenheiros, cientistas, etc… que servem para o sistema, sem ler sobre conhecimentos fora da sua matéria. Um jogador de futebol que nunca leu, ganha milhões e ganha fama mundial, ao contrário, quem não segue a regra do sistema, um cientista ou intelectual que dedica sua vida para ciência, permanece como um grande desconhecido. Se perguntarmos ao povo quem é Noam Chomsky, quase ninguém saberá e trata-se de um dos maiores intelectuais vivos.

Estamos vivendo entre ignorantes sem diploma e diplomados, o sistema capitalista faz isso através da mídia. Nesse sistema as pessoas se dedicam ao seu trabalho, sem tempo para nada, o alvo da vida é carreira, subir e ganhar muito dinheiro. Esse é o slogan do capitalismo: Seja ignorante por aí, consuma tudo, concorra com os outros sem ética alguma e se você fizer isso, sua ignorância será premiada. Tudo é permitido nesse sistema desde que o resultado seja o sucesso ignorante.

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O neoliberalismo criou um protótipo que pensa em permitir tudo na sociedade, especialmente na nova geração, é assim:  ser apolítico, não ler, humilhar  o investimento no conhecimento, não acreditar em valores, a única preocupação é se salvar ganhando dinheiro de qualquer forma  e sendo essencialmente egoísta.

O alvo é dinheiro fácil ,rápido e ficar famoso sem conteúdo! Por essa causa permanecem os programas de TV como ídolos, Big brother, etc. Esse protótipo não liga para conhecimento e ainda o insulta! E nem deseja fazer nada para os demais, para a melhor convivência da humanidade. As pessoas não sabem que o sistema os amarra, quanto mais dinheiro ganham mais ansiosos ficam, mais depressivos e com outros problemas que o dinheiro vai fatalmente lhe trazer. Ao lado das pessoas não existe ética, emoções profundas…

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Então, o que é Dostoiévski?

Dostoiévski é a expansão do conhecimento para o outro lado da parede, o lado que ainda não conseguimos enxergar!

Ele é um pouco de nós mesmos  que trancamos numa cela, ele não cabe nessa era que vivemos..é uma luz brilhante dentro da lama que nos encontramos.

Ele é o Raskólnikov da nossa consciência falando verdades sobre nós que não queremos ouvir.

Ele é nossos sonhos esquecidos..

Mais uma vez, vamos perguntar: ” O que é Dostoiévski?”