Mulheres leitoras - Vladimir Volegov

Biblioterapia – revisão 2017

Eu sei que já passei o ano comentando sobre os livros que li. Mas como estamos começando o ano, e 2017 foi um ano muito produtivo no tema leitura, gostaria de fazer uma revisão sobre esse maravilhoso tempo que passei em companhia desse amigo inseparável.

2017 foi meu recorde de todos os recordes no quesito leitura. Li 38 livros, algo insuperável nos meus passados anos. Mas não quero falar disso como se fosse um número. Como se o que eu tratasse de fazer fosse somente ler e ler somando um a mais na minha lista. Porque se fazemos a revisão, há livros sobre todos os temas: 9 livros sobre vinhos, 2 de filosofia, 2 de auto-ajuda da School of Life, 3 biografias históricas, 1 de poesia, 6 peças de teatro e 15 livros de literatura.

Literatura

Todos aproveitei ao máximo a sua leitura, mas posso dizer que os que não saem da minha cabeça são os livros de literatura. Quem sabe se eu me interessasse pela literatura antes, todos esses livros já teriam passado pela minha mão. Mas o gosto pela leitura e pela literatura foi algo que brotou em mim tarde, e agora, morando sozinha me vejo tentando recuperar o tempo perdido.

Um dos grandes logros desse ano foi ter lido Anna Karenina e Madame Bovary. Junto com Os Maias e La Regenta, são as novelas realistas por antonomásia. E uma das que eu mais desfrutei. Fiquei com muita vontade de ler Guerra e Paz, mas acho que esse livro vai ter que esperar um pouco. Anna Karenina e as suas 1200 páginas me absorveram anos. Madame Bovary por outro lado foi uma pequena decepção perto desses outros romances. Tinha muita vontade de ler, e no fim me pareceu uma das novelas mais pobres em comparação com as outras. Não que não seja interessante, e acho que elas mantêm sua categoria de clássico sem dúvida, mas sinceramente acho que existem romances realistas que descrevem melhor o lado psicológico dos personagens.

La Lectura - Mauro Cano
La Lectura – Mauro Cano

Outro romance realista que li e que me fascinou foi A Relíquia de Eça de Queiroz. Pela sua ironia, pela sua acidez e pela sua forma de escrita. Assim como Machado de Assis, em Quincas Borba, ambas histórias me deixaram com gostinho de mais.

Seguindo pelo século XIX, e deixando América e Europa de lado, vamos para Rússia. Outra das minhas recomendações é ler os contos de Chekhov, dos quais eu desfrutei muito “The Lady with the Little Dog” e “A Boring Story”. E a parte de Anna Karenina que já citei, outra novela russa que adorei foi “La Dulce” de Dostoievsky, uma história curtinha mas potente. Acho que terminei de lê-la no mesmo dia de tão intrigante que era o argumento.

Milan Kundera

Outra conquista importante foi ter terminado de ler toda a obra de Milan Kundera. Todos seus livros passaram pela minha mão, e acho que no século XX e XXI não há outro escritor que entenda melhor a natureza humana que ele. Milan Kundera entrará para a história como o autor do século. E sinceramente acho que muita das suas obras devem ser de leitura obrigatória na vida.

Meu objetivo é reler esses livros uma vez mais, pelo muito que me aportaram para o entendimento do ser humano e de todas suas caras. Recomendo muito “A insustentável leveza do ser”, “A Ignorância”, “O livro do riso e do esquecimento”.

E terminando meus romances do século XX, meu último livro do ano foi “Fiesta” de Hemingway. Esse também foi um romance que aproveitei muito, já que que este ano fui passar uns dias em Pamplona e justo ali foi onde comecei a ler o livro. E para quem não sabe, Fiesta é a história de um grupo de amigos americanos, jornalistas, artistas, etc., que estão morando em Paris, no começo do século XX e decidem ir a Pamplona para as festas de San Fermin.

É um retrato perfeito sobre a Espanha do começo do século, e como um estrangeiro nota essas diferenças culturais em relação a ambos países. Pude descobrir todos os cantinhos que Hemingway descrevia a olho nu, fazendo um paralelo sobre a Pamplona de antigamente e a Pamplona de hoje.

Ano Maravilhoso

2017 foi um ano maravilhoso para mim e para as letras. A literatura me permitiu viver muitas histórias, entender muita gente, tomar pontos de vista diferentes e entender melhor o meu entorno. Enfim, a literatura me fez mais humana.

Num mundo em que milhões de coisas passam a cada segundo, parece que estar em casa lendo é de certa forma uma perda de tempo. Mas ainda lembro um amigo meu que sempre me ligava para pedir conselhos em como atuar com determinadas pessoas e situações e lhe dizia que eu nunca tinha vivido isso pessoalmente, somente tinha lido nos livros. A sua resposta me iluminou. Ele disse:

-Lendo se vive muitas vidas.

Certo. Foi lendo que comecei a entender o poder da literatura, dos clássicos sobre nós. Vejo que as pessoas que mais aproveito conversar são pessoas que leem muito e a diário. Essas pessoas parecem mais equilibradas, mais felizes e emocionalmente, mais fortes. Porque de alguma forma aprenderam tanto com os livros, que se tornam mais empáticos a situação de um terceiro. De repente, certas coisas nunca vão acabar acontecendo com a gente porque a vida é curta e a história de um é realmente singular; mas ao viver através dos olhos de outros, ao ler essas histórias e vive-las como se fosse nossas, aprendemos a ter um olhar mais humano às coisas.

Ao ano 2018 não coloquei um objetivo de ler mais livros que no ano passado. Na realidade, 20 livros são mais que suficientes. Mas, sim, coloquei alguns objetivos dos livros que quero ler. Toda a saga de “Em busca do tempo perdido” é um exemplo. 1984, de Orwell, alguma novela de Dickens ou “Proud and Prejudice” de Austen.  Também alguns outros muitos clássicos que estão na minha estante esperando por mim. Sempre e quando a literatura for esse prazer que me proporciona nas horas mais escuras da minha vida. Sempre e quando ler seja uma opção e não uma imposição.

Filosofia

Também quero ler mais filosofia, e mais biografias. Platão, Stefan Zweig foram outros autores que li em 2017 e que quero voltar a ler. Recomendo muito a biografia de Montaigne e de Erasmo de Roterdam escritas por Zweig. Por não falar a de Maria Antonieta, uma das melhores biografias que li na minha vida. Quem sabe ainda consigo ler Brasil, o país do Futuro, escrita por ele, esgotado em todas as livrarias aqui na Espanha.

Enfim, que 2018 seja um ano repleto de muitos outros livros para comentar. Porque ler é um prazer a ser descoberto. Ler é uma de estas pequenas coisas da vida que dão significado a muitos porquês que fazemos a diário, ao porque estamos aqui. Leia!

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Muito além do olhar. Dar asas à imaginação

Uma arbusto tremulava sobre a água de um pequeno canal, numa das vielas impregnadas de história, em Veneza, na Itália. O efeito da luz e sombra refletindo sobre a planta na água criava uma composição fora do comum. Imediatamente parei, fotografei, filmei o que o meu olhar interpretou. A palheta de um pintor misturando algumas matizes do verde e do dourado. 

A diferença era que a natureza fazia o papel do artista na criação de uma obra de arte instantânea. Mostrei a foto para outras pessoas e escutei novas interpretações: é uma imagem de satélite, um quadro abstrato…

(Imagens de Mari Weigert – Música Rhythm Changes, John Deley and 41 Players. Autorizada pelo Youtube. Veneza/2017).

Acho fantástico ampliar o olhar e descobrir o que pode resultar de uma composição singela. No meu caso, o exercício de ampliar o olhar é constante, às vezes sem querer já estou dando asas à imaginação..

Imagens da Infância

Exercitar a criatividade, ampliando o olhar, é alcançar o  mundo da imaginação. Já é praxe da minha parte, considerando que desde criança uso dessa viagem mental, que  no fim das contas se transforma num refúgio contra o tédio….

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A lembrança de tentar imaginar o que as nuvens  formavam no céu é terna e doce, aliás com sabor de algodão doce. Especialmente porque meu pai era quem estimulava essa brincadeira.

A recordação de olhar pela janela e viajar pelos mais belos sonhos nas aulas de religião, quando era ainda menina, é engraçada. Confesso que aula era um tédio. Sem citar que foi assustador o dia que a freira mestra me perguntou, de surpresa,sobre o tema da aula. Com o tempo aprendi a exercitar a audição, consigo agora me manter atenta nos dois universos ao mesmo tempo.

Fotos que dizem mais

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As fotos que fazem parte do “Diálogos com a Água”, que mantenho no site está dentro desse contexto. É um delírio, certamente. Deixei meio mundo maluco perguntado sobre a mulher que enxerguei no jato de água que jorrava de uma fonte romana da Vila Borghese, na Itália. Jamais consegui outras iguais.

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A foto do antigo poço que fornecia água aos cristãos na Capadócia tornou-se minha preferida. O fundo azul me fez imaginar diversas situações. A energia que se mantinha perene dentro daquele túnel, no mundo subterrâneo construído nas rochas, foi captada pela foto. Coisas desse nível, cujos pensamentos voam  com liberdade, sem auto-censura.

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Bienal de Veneza/2017. Artista: Jelili Atiku – Nigéria. Obra: Mama Say Make

Acredito que por fazer esse exercício mental tenho tanta afinidade com arte contemporânea. Os artistas dão a oportunidade às pessoas de viajarem livremente em seus conceitos projetados nas obras de arte.

Minha neta mais velha, Catarina (6 anos), adora quando começo a inventar histórias. Conseguimos até mesmo fazer um peixinho dourado visitar as estrelas ( que era o sonho dele) num balão portando um aquário. A história de Joãozinho e Maria (inventada) e contada tantas mil vezes, transformou-se em sonífero para ela. rsss… Que adora! Pois inventamos sempre.

“No mundo da imaginação vale tudo”, digo a ela.

A cineasta francesa Claire Denis, disse numa entrevista algo que me tocou muito. “O cinema reflete a realidade e faz dela um sonho”, para justificar sua paixão em dirigir. Claire encontrou um modo de viver o sonho.

Adoro essa foto. Eu e minha irmã dançando no entardecer na Praia do Forte, em Florianópolis, Santa Catarina, 2010.
Adoro essa foto. Eu e minha irmã dançando no entardecer na Praia do Forte, em Florianópolis, Santa Catarina, 2010.

Adoro essa foto. Eu e minha irmã dançando no entardecer na Praia do Forte, em Florianópolis, Santa Catarina, 2010.

Convido meus leitores a aprenderem a ampliar o olhar ( quem não o fez ainda) em 2018 e dar asas à imaginação! A vida tem mais graça quando nossos pensamentos são livres para alcançar nossos sonhos… 

Nascer do sol em Pézenas

Balance 2017. Rumo 2018

Fim de ano e é hora de fazer balance. Tem gente que nunca faz isso, até porque se deprime com o ano que passou. Eu faço todos os anos, pelo menos para ter uma ideia de como foi, os aspectos que devem melhorar e as coisas que conquistei. No fim das contas sempre temos pontos positivos e negativos.

2017 está acabando e é hora da revisão. Essa frase parece fim de telecurso 2000 mas ela é séria.

Fazer balance não significa ver o êxito ou o fracasso que foi a ano anterior. Fazer balance significa olhar para trás e saber reconhecer tudo com humildade, visão crítica e olhar para frente sabendo o que devemos fazer para melhorar ou para manter aquilo que foi conquistado.

2016 foi um ano turbulento para mim. 2017 foi o grande êxito da minha vida, que não seria possível se eu não tomasse decisões no ano 2016. Fazia muito tempo que eu dizia pra mim mesma o que eu deveria fazer para ter uma vida satisfatória e de certa forma esse ano foi minha grande conquista.

Não conquistei grandes coisas na visão de outras pessoas: sigo no mesmo trabalho, não aumentaram meu salário, nem me deram uma super-promoção, coisa que aconteceu em 2016. No entanto, conquistei minha liberdade, meu saber estar só e feliz comigo mesma. Conquistei amigos, redescobri a escrita e a leitura, fiz voluntariado, viajei, aprendi francês, participei no projeto WWOOF, aprendi a fazer vinho, comecei uma pós-graduação em Marketing do Vinho e montei minha própria pagina web.

Li, li e li. Até agora levo um balance de 38 livros lidos no ano. E vou a caminho do número 39. Praticamente não vi TV, só o jornal. Voltei a fazer esporte: pilates, escalada e trilhas em paisagens lindos. Aprendi a dançar salsa… bom, só um pouquinho, e a desfrutar do nascer e por do sol.

Tive momentos conturbados também, de difícil digestão, mas que foram enfrentados da forma mais positiva que pude, e nisso ando muito orgulhosa. 2017 foi um ano que cresci como pessoa. E nisso, posso dizer que foi a grande conquista. A conquista que durante anos estava em busca e que não era capaz de fazer por algum motivo que me impedia. Esse ano foi redondo, bonito e feliz. Não estive doente nenhum dia, e até reduzi o colesterol. (risos)

Foi engraçado que ontem estive no médico fazendo minha bateria de exames anual. A enfermeira pergunta sobre tudo: hábitos saudáveis, comida, bebida, relações sexuais, problemas sociais, familiares ou laborais, etc, etc e tal. Depois de responder tudo, quando me perguntou sobre meu nível de auto-estima comecei a rir e disse:

-Nas alturas.

Quem lê isso deve pensar: que pretensiosa. Não vou negar. Minha grande pretensão de ser feliz faz com que a minha auto-estima esteja lá no céu.

2018 pode melhorar? Com certeza!!! Esse caminho não tem volta e como dizia Clovis de Barros Filho, para trás nem para pegar impulso. Agora tudo consiste em focar nos objetivos e nas realizações. Não que tudo seja fácil. Posso escrever esse post super feliz mas sei bem que chegar aqui não foi um mar de rosas… deve ser por isso que ando mais e mais feliz com o balance do ano.

Quando tudo vai bem é difícil ver o lado positivo, porque de certa forma damos por sentado que ele existe. Mas quando as coisas não vão bem e finalmente vemos a luz no fim do túnel, o prazer de sair dele é a eterna recompensa de quem sabe o verdadeiro significado da felicidade.

Não tenho mais que agradecer por esse ano, por tudo que passou e por todas as pessoas que estiveram sempre incondicionalmente do meu lado. Não tenho mais que agradecer por tudo que me deixaram fazer, e o muito feliz que fui. 2017 foi um ano intensamente vivido: cada hora, cada minuto, cada segundo. Quem sabe o ano que vivi mais o presente que ninguém. E o ano que esses minutos presentes foram realmente um presente.

Desafios 2018:  o mais difícil já está lançado – seguir com essa atitude positiva. Com objetivos e metas com certeza, mas desfrutando de cada pequena conquista, de cada pequeno detalhe, de cada minuto que me deram para tirar proveito dessa fração de tempo que chamamos vida.

Desejo-lhes, do mais fundo do meu coração um feliz 2018, cheio de alegria, paz de espírito, vinhos e muitos momentos de felicidade. Momento esses que não queremos que se acabe nunca, momentos que sabemos que dão significado a tudo aquilo que buscamos. Que a colheita 2018 seja próspera, e que plantemos muitas sementes de felicidade, amor e carinho nesse mundo desiludido com tudo.

Que a nossa vinda ao mundo não seja em vão. Que ela seja um pequeno átomo de felicidade que faça a diferença. Não pense grande, senão pequeno. Tuas pequenas atitudes diárias movem montanhas. Isso é o importante. Dar significado a esses pequenos momentos que os fazem sorrir.  Feliz e próspero 2018!!!

Natividade, Josefa de Óbidos - 1650-60

Descubra que existe magia no Natal

Pensar no Natal é associar reunião de família e confraternização. Faz parte da nossa cultura ocidental. As luzes e o clima de meditação da festa máxima do cristianismo, aliada ao consumo, pode nem sempre ser um momento de alegria, sobretudo quando vivemos a perda recente de um ente querido. É nesse momento que o amor e a fé tornam-se os melhores antídotos.

Essa pequena introdução é para dar minha receita de como preencher o vazio de uma perda, num período em que se exalta a sensibilidade e a emoção. Também para falar que na arte da vida, atitudes singelas e aparentemente insignificantes despertam a magia do que existe por trás do Natal.

Quando minhas filhas ficaram sem o pai, a mais velha com 14 anos, a outra com 11 e a caçula com 6 anos, acreditei que jamais poderia celebrar natais semelhantes aos que vivemos juntos, com a família completa.

A magia é a criatividade!

Lembro, que entre tantos recursos que usei para amenizar a dor da perda no coração delas, um deles fez parte desse período do Natal e envolveu a minha menina do meio, Marcela, na época com 15 ou 16 anos, que hoje é ilustradora, designer gráfica. Isso porque além da falta, eu como mãe aprendi administrar as diversas fases de crescimento das filhas, mesmo trabalhando muito fora de casa, tentava estar sempre presente para perceber as dificuldades e crises existenciais normais na pré e adolescência.

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Estimulei Marcela a ilustrar um livreto que reunisse os símbolos do Natal, pinheiro, coroa do advento, presépio, estrelas, entre outros. Eu faria o texto e ela os desenhos usando pela primeira vez os recursos do computador, que na época era artigo de luxo – cerca de 20 anos. A ideia era de usar a publicação nas reuniões familiares que fazíamos quatro domingos antes  do Natal, que era apenas desculpa para celebrar com alegria o nosso convívio.

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E o livreto saiu e fez sucesso entre nós. Tornou-se referência para os ‘adventos’ familiares. Um jeito de dar sentido ao que usamos como enfeite ou visualizamos tanto nas ruas e nas vitrines. É claro que foi um livreto artesanal e nunca editado para publicação. Talvez um dia, numa nova versão…

Portanto, aqui vale repetir o que o médico amigo disse o ano passado. “O verdadeiro natal é o do coração”. São atitudes nossas que mudam o olhar em relação aquilo que se define como verdade absoluta. Quem disse que não podemos ser felizes passando o Natal sozinho ou longe da família, mas comungando com a paz interior.

Isso mesmo Paz. Respire fundo e transcenda. Aproveite e pegue carona na luz que enfeita o mundo essa época.

Sinta-se uma estrela. Elas são inatingíveis, porém encantadoras. Para os antigos  astecas elas eram o alimento do sol. Para os maias, os olhos do céu. Para os incas, a representação de cada ser humano, projetada para perto do Criador.

Deixe esses significados mágicos tomarem conta de sua mente e a essência dessa luz fluir  através de você.

Vai descobrir que é  possível capturar  uma das coisas mais maravilhosas dessa ocasião tão particular:  o verdadeiro sentido da vida, o amor. Aí, com o coração mais leve e com a compreensão pelas agruras que passamos na nossa caminhada aqui na Terra, de júbilo pelos momentos felizes vividos durante a nossa jornada, entendemos o milagre da criação e nos tornamos verdadeiros seres humanos, com  erros e acertos, mas amorosos.

Então, a receita é manter este sentimento dentro de nosso coração e lançar para o  mundo um novo olhar, mais ampliado e compreensivo. Traga para dentro de seu coração todas as pessoas de quem gosta e o mundo, enfim.

Envolva-as nesse amor e transforme-se numa estrela luminosa que encontrou seu lugar mais perto do criador.