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Il lato oscuro dell’anima: Fyodor Dostoevskij

Il russo Alexey Remyzov, durante l’esilio a Parigi nel 1927, ha scritto: “La Russia è Dostoevskij, non esiste senza Dostoevskij”.

Quando ero bambino, la nostra casa era piena dei classici della letteratura mondiale, in particolare di romanzi. Scrittori americani, russi, europei e tanti altri erano a nostra disposizione. Per questo motivo ho conosciuto molti scrittori e tra questi Dostoevskij. Fin dalla tenera età lo ho trovato diverso dagli altri perché nelle sue opere mostrava il lato oscuro delle nostre anime. Ho concluso che gli scrittori erano divisi tra due classificazioni: Dostoevskij e gli altri.

“Chi non vuole uccidere suo padre? “

Il scrittore è nato a San Pietroburgo, città nota per le sue attività culturali e gli edifici storici, nonché per la sua fama sull’arte.
Oggi è accetto da alcuni biografi, ma senza prove concrete, che il Dr. Mikhail Dostoevskij, il padre dello scrittore, sia stato assassinato dai propri domestici della sua proprietà rurale nella città di Daravói, indignati per i maltrattamenti per loro sofferti. Ecco perché lo scrittore ha scritto la famosa domanda nel suo capolavoro “I fratelli Karamazov”: “Chi non vuole uccidere suo padre?” Secondo alcuni critici e Freud, questo libro è la migliore opera della storia.

Nei suoi libri ci sono numerose frasi del poeta romantico tedesco Friedrich Schiller e Gogol, scrittori che lo hanno influenzato.

Dostoevskij è riuscito conquistare fama con il suo primo romanzo, Povera Gente.

Anche il suo altro libro “Delitto e Castigo” è un romanzo indimenticabile.
Le sue opere esercitano una grande influenza sui romanzi moderni.

Il Circolo di Petrasevskij

Dostoevskij fu arrestato il 23 aprile 1849 per aver partecipato a un gruppo intellettuale liberale chiamato Petrashevski Circolo, con l’accusa di cospirazione contro Nicola I di Russia. È stato in carcere in Siberia. Liberato nel 1854. Dopo anni di carcere le sue idee cambiarono completamente e queste esperienze furono raccontate nel suo libro Memorie dalla casa dei morti.
Tra tutti i suoi libri, i miei preferiti sono “Fratello Karamazov”, “Delitto e castigo”, “L’idiota” e “Memorie dalla casa dei morti”.

Alcune frasi dei suoi libri sono speciali. Quelle che mi piacciono sono:

“Non mi sono inginocchiato davanti a te, ma a tutti il dolore umano.” Delitto e castigo

“Se vuoi conquistare il mondo intero, conquisti prima a sé proprio ” , Gli indemoniati o Gli ossessi. – I demoni
“È meglio essere infelici, però consapevoli di questo, che essere felici e vivere come un’idiota.” L’idiota
“L’inferno è la mancanza di fiducia.” I fratelli Karamazov”.

Il russo Alexey Remyzov, durante l’esilio a Parigi nel 1927, scrisse: “La Russia è Dostoevskij, non esiste senza Dostoevskij”.
L’influenza di questo scrittore è immensa in Hemigway, Hermann Hesse, Marcel Proust, William Faulkner, Albert Camus, Franz Kafka, Yukio Mishima, Garcia Marquez ecc.
Per tutta la sua vita lo scrittore ha sofferto a causa della mancanza di denaro. Morì nel gennaio 1881 e è stato sepolto nel cimitero di Tikhvin presso il monastero Alexander Nevsky a San Pietroburgo. È ancora uno dei grandi scrittori della storia e credo che lo sarà per molti altri anni.
Se vuoi dare un’occhiata al lato oscuro della tua anima, suggerisco di leggere le sue opere. Garantisco che non sarai deluso.

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O lado escuro da alma: Fiódor Dostoiévski

O russo Alexey Rémizov, durante exílio em Paris, em 1927, escreveu: “A Rússia é Dostoiévski, ela não existe sem Dostoiévski”.

Quando era criança, nossa casa era cheia de clássicos da literatura mundial, especialmente os romances. Escritores americanos, Russos, Europeus e outros estavam a nossa disposição. Por esse motivo conheci muitos escritores e entre eles Dostoiévski. Desde cedo o achei diferente dos outros por mostrar o lado escuro de nossas almas. Conclui que escritores se dividiam entre duas classificações: Dostoiévski e os outros.

“Quem não quer matar seu pai”?

Ele nasceu em São Petersburgo, uma cidade conhecida por suas atividades culturais e prédios históricos, além de sua fama sobre a arte.
É aceito hoje por alguns biógrafos, porém sem provas concretas, que o doutor Mikhail Dostoiévski, pai do escritor, foi assassinado pelos próprios servos de sua propriedade rural na cidade de Daravói, indignados com os maus tratos sofridos. Por isso o escritor escreveu a famosa pergunta na sua obra prima “Os Irmãos Karamázov”: “Quem não quer matar seu pai?” Segundo alguns críticos e Freud, esse livro é a maior obra da história.

Em seus livros há inúmeras frases do poeta romântico alemão Friedrich Schiller e de Gogol, escritores que o influenciaram.
Dostoiévski logrou atingir sucesso com seu primeiro romance, Gente Pobre.
Outro livro dele “Crime e Castigo” é também um romance inesquecível.
Suas obras exercem grande influência nos romances modernos.

Círculo Petrashevski

Dostoiévski foi preso em 23 de Abril de 1849 por participar de um grupo intelectual liberal chamado Círculo Petrashevski, sob a acusação de conspirar contra o Nicolau I da Rússia, cumpriu pena na Sibéria. Foi libertado em 1854. Depois dos anos na prisão suas ideias mudaram totalmente e essas experiências são contadas em seu livro “Memórias da Casa dos Mortos”.
De todos os seus livros, os meus prediletos são “ Os Irmão Karamázov” , “ Crime e Castigo” , “O Idiota” e “Memórias da Casa dos Mortos”.

Algumas frases dos seus livros são especiais, minhas prediletas são essas:
“Eu não me ajoelhei diante de ti, mas diante de toda a dor humana.” Crime e Castigo
“Se queres vencer o mundo inteiro, vence a ti mesmo’.“ Os Demônios ou Os Possessos
“É melhor ser infeliz, porém estar inteirado disso, do que ser feliz e viver sendo feito de idiota.“ O Idiota
“O inferno é não confiar.“ Os Irmãos Karamázov
O russo Alexey Rémizov, durante exílio em Paris, em 1927, escreveu: “A Rússia é Dostoiévski, ela não existe sem Dostoiévski”.
A influência desse escritor é imensa em Hemigway, Hermann Hesse, Marcel Proust, William Faulkner, Albert Camus, Franz Kafka, Yukio Mishima, Garcia Marquez etc.
A sua vida toda o escritor sofreu com a falta de dinheiro. Ele morreu em janeiro de 1881 e foi enterrado no Cemitério de Tikhvin, no Monastério Alejandro Nevsky, em San Petersburgo. Ainda é um dos grandes escritores da história e acredito que será assim por muito anos mais.
Se você quiser dar uma olhada no lado escuro da sua alma, sugiro ler as obras dele. Garanto que não haverá decepção!

 

Erol Anar

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“As Crianças da Ferroviária”

 Há anos  atrás  li o livro intitulado “As crianças da Ferroviária”  e continuamente me recordo dele.

Quando acabei a leitura estava identificado com a experiência dessa história, como uma daquelas crianças. Um parte da minha vida, durante a infância, passei andando pelos trilhos de uma ferroviária, era o trajeto a caminho da escola e era assim quase todos os dias. Partíamos em grupo para a escola,  a pé, íamos brincando uma variedade de jogos durante o percurso.

Do tempo das nossas infâncias, eu e meus amigos partilhamos duas recordações  fortes: a primeira, de um riacho que passava atrás das nossas casas. E a segunda, da ferrovia. As duas imagens agora caminham para longe e levam com elas nossos sonhos . Através da lembrança do brilho do sol, refletido nas águas do riacho e em cima das linhas formadas pelos trilhos,reencontramos a alegria da vida.

A ferroviária foi o nosso principal caminho para chegar até a escola. Não havia trânsito e nem multidão . Gostávamos de caminhar fluindo para longe, junto com os  trilhos do trem, isso nos dava uma sensação de liberdade. Assim como a luz do sol brilhando sobre o rio, o brilho dos trilhos  era como um raio capaz de iluminar nossos corações. Essa sensação dava nos uma alegria imensa,  experenciada  em nossos corações infantis.

Íamos andando pelos caminhos do trilho do trem, conversando sobre muita coisa. Às vezes, íamos fumando nossos cigarros, mas escondido dos professores que usavam o mesmo caminho para chegar até a escola. Escondíamos os nossos cigarros, segurando-os com as palmas das mãos fechadas e soltando a fumaça para o vento a distanciar.

Andávamos ao lado dos trilhos vagarosamente, íamos para a escola da mesma maneira do ensino infantil até alcançar o ensino médio. As casas nas ruas  laterais  dos trilhos pareciam saídas das fábulas, com  arquitetura  diferenciada e isso as tornavam únicas. Então, quando  era criança desejava morar numa daquelas  casas misteriosas. A ferroviária transmitia uma sensação de liberdade profunda, porque os trilhos estão sempre indicando caminhos longínquos, levando nossos sonhos junto,  para longe. Essa sensação  nos dava o desejo de poder sentir bem a vida.

Na época, queríamos pegar um navio ou um trem para ir embora, como os personagens vagabundos nos livros de Steinbeck. Lembrando um livro de Jack London chamado  “Os Vagabundos da Ferroviária”.A história relatava a experiência dele e seus  amigos vagabundos passeando de trem de um lado para outro, no interior dos Estados Unidos, como passageiros clandestinos.

Nós adorávamos  esses  personagens vagabundos desse romance, eles nunca abaixavam as cabeças , eram rebeldes, almas livres . Queríamos passear como eles, sem destino, sem intenção. Era presente um desejo inevitável de ir para muito longe.

Anos depois  realizei meu sonho, fui mesmo para muito longe. Um vento me levou  para longe demais. Nunca sabia exatamente o por quê tinha esse desejo, parecia só um instinto inevitável. Tem pessoas que não podem ficar onde nasceram, precisam ir para longe, sem muitas vezes saber a razão. Eu sou uma dessas pessoas. Têm outros tipos de pessoas  mais parecidas com as estátuas de pedra, nunca gostam de se mexer e ficam na sua terra até morrer.

Da ferrovia, me lembro ainda das  mulheres idosas  perambulando por ali. Elas eram tão pobres, por causa disso procuravam por carvão já  queimados, eles iriam lhes servir, os queimavam novamente para aquecer suas casas durante as nevascas. Quando os achavam,  os recolhiam e colocavam nas suas sacolas.  Elas eram a imagem viva da pobreza e andavam pela ferroviária quase todos os dias. Pareciam retiradas dos clássicos romances  russos.

Atras  da ferroviária haviam grandes madeiras redondas abandonadas. A gente entrava dentro delas . Tinha um pequeno labirinto lá dentro,  entrávamos por um lado e saíamos pelo outro.  Tínhamos muitos brincadeiras entre nós.

O inverno era muito bonito. O caminho para a escola, era tão gelado!!! Sentíamos nossos rostos congelando a medida que caminhávamos pela via férrea.Quando finalmente chegávamos à escola, às vezes não sentimos mais nossas mãos e pernas, apesar  de estarmos muito agasalhados, usávamos todos os apetrechos possíveis, luvas, bonés, cachecol, etc.

Às vezes nossos cães nos seguiam, eles nos acompanhavam até a  escola. O meu se chamava Ceylan. Especialmente Ceylan era muito lindo, era um cão de caça peludo e nos seguia  pela ferrovia. Quando eu mostrava a direção de nossa casa ele  queria que eu também retornasse com ele até lá. Eu  fingia estar bravo e mandava:

“Ceylan vai para casa, agora!”

Ceylan parava por um tempo, como se fosse  culpado,  não olhava mais para mim e abaixava sua cabeça , mas depois continuava nos seguindo. Da escola ele voltava correndo para nossa casa, gostava mesmo de nos acompanhar a caminho da escola.

Caminhar pelos trilhos exigia atenção, pois ficava escorregadio porque as crianças iam deslizando pela neve pisoteando o chão ao redor, acabavam por endurecê-lo. Dessa maneira o caminho criava uma pista deslizante de gelo endurecido. Por causa disso, andávamos cuidadosamente, para evitar cair.

Ao menos em meus sonhos, a ferrovia ainda vive, pois as vezes  ainda perambulo por ela.  Caminho parte do seu percurso,  coberto pela neve e pelo frio. Ainda  ecoa  ali as vozes dos meus amigos de infância e é uma doce lembrança.

 

Erol Anar

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Paradoxo do sucesso

 

Para mim, não existe autoridade que definirá o valor literário e estético, ou mesmo ético das obras escritas. Se aprofundarmos nossos conhecimentos na história da literatura e da vida de famosos escritores, encontraremos muitos exemplos disso.

Gombrich escreveu no livro de sua autoria ‘‘ História da Arte’’ , no primeiro parágrafo : ’’na realidade não existe arte, existem somente artistas’’. Se pensarmos nessa idéia, e fizermos uma comparação , não há literatura, mas somente escritores; ou não há poemas, mas sim poetas; nãoo há romances, mas sim romancistas.

Há autoridade na literatura? Quem irá determinar que escrito tem valor literário e estético ou não? Se existe esta autoridade, quem será? Escritor, crítico de literatura , editor ou leitores? Será a mídia?

Para mim, não existe autoridade que definirá o valor literário e estético, ou mesmo ético das obras escritas. Se aprofundarmos nossos conhecimentos na história da literatura e da vida de famosos escritores, encontraremos muitos exemplos disso.

Quando o grande escritor Dostoiévski escreveu seu livro Gente Pobre ,sua estréia literária, que revela uma impressionante maturidade se considerarmos que tinha então apenas 25 anos; Bielinski, grande crítico literário da época, elogiou-o muito. Ele iniciou sua carreira literária muito bem. Mas os livros seguintes, Bielinski, Turgeniev também outros críticos e escritores da época, o criticaram negativamente; e as críticas negativas foram pesadas. Até Dostoiévski morrer a situação não se modificou. No entanto hoje, ele esta no topo da literatura, a maior parte dos críticos atuais o colocam como o melhor escritor de todos os tempos.

Um escritor de vanguarda da literatura norte-americana, Jack London, não tinha publicada, curtas histórias que escrevia e enviava para revistas de literatura durante anos. Suas curtas histórias retornavam para ele com educadas recusas para publicação. Contudo, hoje essas mesmas histórias são exemplos para a literatura norte-americana.

O escritor brasileiro Paulo Coelho, durante anos não teve publicado seus livros, ele disse que: ‘‘trinta e duas editoras rejeitaram a publicação do seu primeiro livro’’, ele pensava que sua habilidade como escritor estava comprometida. A Academia Brasileira de Letras também o rejeitou como membro . Mais tarde esta mesma instituição o aceitou como membro, recebendo-o com todas as honras, numa cerimônia. O que mudou? Paulo Coelho é o mesmo escritor! O que mudou foi que seus livros foram traduzidos para inúmeras línguas ao redor do mundo, vendeu milhtes de livros e tornou-se sucesso na Europa, EUA, e outras partes do mundo.

Então, ninguém, nem editores, nem outros escritores, nem críticos de literatura são os que definem a medida do sucesso do escritor. O escritor tem força para passar por eles e chegar ao topo da literatura universal.

Erol Anar