Mais pensamento crítico em 2026 para dar um basta nas mentiras que circulam pela internet. Pensar criticamente é um gesto de resistência e de responsabilidade social.
O pensamento crítico é uma força silenciosa, que não se impõe pela violência,e mesmo assim provoca a transformação social. Pensar criticamente é fundamental em tempo de inteligência artificial – que deixou de ser uma ferramenta experimental para tornar-se parte integrada no cotidiano das pessoas, tanto profissional como na vida privada.
Esse cérebro robô que simula a mente humana, uma base de dados acumulativa e não crítica, portanto desprovida do dom humano de discenir o que é verdade ou mentira. Mas a pergunta é: como a IA filtra, quando a mentira circula tanto que se consolida como verdade na base de dados e…. na cabeça oca de gente que pensa pouco?
É aí que entra nossa capacidade de questionar, analisar e compreender as estruturas que organizam o mundo.
Não foi sem motivo que coloquei o famoso ponto turístico da Pedra da Boca, localizada em Araruna na Paraíba, quase coladinha no município de Passe e Fica, no Rio Grande do Norte para ilustrar o último artigo de 2025. E mais ainda este toten imponente que está instalado na 36a Bienal de São Paulo, do artista camaronês Tanka Fonta.
Todas as duas insinuam uma leitura mais sutil sobre a questão da comunicação. A Pedra da Boca, uma rocha rígida de forma arredondada como uma cabeça, que o tempo esculpiu uma fenda semelhante a uma boca. Neste caso, fica a critério do observador ligando ao assunto sobre pensamento crítico e o que falamos. A rigidez, a pedra e a comunição.
A viagem do artista Tanka Fonta no conceito de sua obra é profunda. “Fonta apresenta o conceito de ‘perceptividade intercampos’ – em que campos de percepção se sobrepõem nos âmbitos molecular, sonoro, intuitivo e filosófico. O Brasil é apresentado não como um cenário local, mas como um espelho da condição humana, convidando o público a uma reflexão poética e imersiva sobre a existência, as inteligências e a natureza expressiva do ser.” Vejam que isso tudo registrado nesta imensa coluna colorida instalada no espaço da Bienal cheia de significados.
Concordam que a arte é uma ferramenta para desenvolver o pensamento crítico? O papel da arte não é de oferecer respostas e sim de estimular o observador a pensar.
Arte verdadeira é a forma mais sofisticada e mais intensa de resistência” (Leia mais aqui)
Uma sociedade mais justa não se constrói apenas por leis ou políticas públicas, mas por cidadãos conscientes, capazes de reconhecer desigualdades, identificar manipulações e refletir sobre seus próprios privilégios e limites.
Na educação, na arte, no jornalismo e na cultura, o pensamento crítico amplia os horizontes. Todos esses meios criam espaços para a escuta e o debate, incentivam a pluralidade das narrativas e fortalecem a democracia ao recusarem o autoritarismo das verdades únicas.
“Os maiores crimes do mundo não são cometidos por pessoas que violam as regras, mas por quem as segue. São pessoas que cumprem ordens, que soltam bombas e massacram aldeias”. Banksy – (saiba mais aqui – o artista que não se revela).
Nossa bandeira para 2026 é de fortalecer o pensamento crítico! “Com arte, ciência e paciência mudaremos o mundo”, Estados Gerais da Cultura.

