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Que delícia que é ver bandinhas carnavalescas passarem em Natal

Infinidade de bandinhas carnavalescas tomaram conta de Natal, no Rio Grande do Norte. Quando elas passam a ordem é 'sacudir o esqueleto e ter samba no pé'...

Bom mesmo é exaltar nossos músicos e dar a eles espaço que merecem. Os músicos tocam, tocam seus instrumentos na raça, andando e brincando junto com o povo. As bandinhas carnavalescas animam o carnaval de rua e representam o mais genuíno de nossa cultura.

A turma da foto é a Banda Clarim Kids que animou a festa da criançada numa escola arretada da capital potiguar. 

Gostoso demais é sambar na praia e brincar com o povo que nada.Nada de nadar neste mar sem fim com muita coragem e condicionamento físico. Nesta turma entrei de gaiata como nadadora, ou melhor enganadora (ainda aprendiz e com fé e esperança que um dia troco o ‘e’ por ‘a’ – passando a (e)nadadora).   O Bloco do Mar sambou em brincou ao lado da Orquestra  de Frevo do Alexão e a organizadora, nadadora campeã potiguar Madalena Nunes não deu chances para tristeza e fez todo mundo ‘esquentar as canelas e sacudir o esqueleto’, como diz ela.

Madá e Humberto Maurício são os porta-vozes da turma de nadadores. Humberto criou a TV NPN…

Confesso que estou adorando fazer parte desse time, que acolhe gente que quer também comungar com o mar…

Os recados são todos por grupos de WhatsApp, um lado do bom da tecnologia que também foi motivo de desunião. Mas estamos evoluindo gente!

Mas a folia não parou por aí. Tem o tradicional Bloco dos Poetas que sai sempre da Praça dos Gringos. Nesse até a governadora prestigiou e Paula, minha filha não se conteve tietagem.

Nem condomínio ficou para trás. Alguns levaram a bandinha para animar o frevo ou samba refrescando o corpo na piscina. Genteee… Que delícia que ver a banda passar!

Carnaval é isso! 

É festa na rua.. E vou reproduzir aqui um texto lindo que resume esta festa importante no calendário do Brasil.

 

“No mundo cada vez mais individualista o carnaval assusta porque afronta a decadência da vida em grupo. Cria laços contrários a diluição comunitária, fortalece pertencimentos  de sociabilidades e cria redes de proteção social nas frestas do desencanto. A festa coisa de desocupados? Fale isso para trabalhadores e trabalhadoras da folia. O carnaval é também para muita gente, sobra-vivente, alternativa de sobrevivência material, afetiva e espiritual. O Brasil não inventou o carnaval, é certo. Mas o povo do Brasil vivenciou de tal forma o carnaval na pluralidade de suas  manifestações, que ocorreu o inverso. Foi o carnaval que inventou um país possível e original às margens de horror que historicamente nos constituiu. É perturbador para certo Brasil, individualista, excludente, sisudo, trancafiado, inimigo das diversidades, lidar com uma festa coletiva, alegre, inclusiva, diversa e rueira. Tenso e intenso,  com lâmina e flor, o carnaval assusta porque nos coloca diante do assombro da vida”.  Texto Luiz Antonio Lima. Retirado do Instagram Pedro Munhoz  oficial

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