Depois de vivermos um período de trevas e retrocesso, o Brasil cultural ressurge das cinzas como Fênix para alçar grandes voos. Com destaque ao fato de que a rota está sendo iluminada pelas mulheres!
O Pan-HoramArte celebra esse momento, que começou com o reconhecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na importância do papel das mulheres em sua vitória; que seguiu com sua decisão de nomear 11 personalidades femininas para comandar ministérios importantes de seu governo, e por fim, a retomada do Ministério da Cultura e fortalecimento de suas instituições vinculadas.
Ana Moser: Esporte, Anielle Franco: Igualdade Racial, Cida Gonçalves: Mulheres, Daniela de Souza Carneiro (Daniela do Waguinho): Turismo, Esther Dweck: Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Luciana Santos: Ciência, Tecnologia e Inovação. Marina Silva: Meio Ambiente. Margareth Menezes: Cultura, Nísia Trindade: Saúde, Simone Tebet: Planejamento e Orçamento, Sônia Guajajara: Povos Originários.
Abram alas que elas querem passar!
Para sentir a força e a garra dessas mulheres basta assistir as cerimônias de posse. Emociona!
Confesso que senti uma emoção intensa ao assistir Margareth Menezes em seu discurso, o seu canto na posse da Ministra Cida Gonçalves, junto ao Ministério da Mulheres . Maria Marighella, na Fundação Nacional de Arte (Funarte). Muito mais ao escutar o Hino Nacional interpretado pela voz do cantor Caio Prado, durante a cerimônia da Funarte e me arrepiar pela vibração da platéia ao fazer coro no final.
“Terra adorada, entre outras mil és tu Brasil, Ó Pátria Amada. Dos filhos deste solo, és mãe gentil Pátria Amada, Brasilll.
Sem fome e com muita cultura!” , encerra Caio.
Lembrei de toda luta dos movimentos que participei, os Estados Gerais da Cultura e o SOS Cultura, este último com os ex-funcionários do MinC. Os inúmeros manifestos publicados contra os absurdos cometidos pelo desgoverno passado. O SOS chegou aos ouvidos do Lula, felizmente. A reconstrução será um trabalho de harmonia e equilíbrio e se for sincronizado não perderá a base. Alunos da Escola Nacional de Circo provaram que possível esse equilíbrio no show de abertura da posse de Maria Marighella, atriz e ativista. Arte presente na essência, poesia, canto e espetáculo.
Por que tantos vídeos num artigo só?
Pelo simples fato de fazer permanecer na mente das pessoas um momento histórico que deve ser exaltado e lembrado a todo instante. São promessas, sonhos e utopias neles contidos e que devem ser revistos de tempos em tempos.
Ao destacar a mulher em sua data deixo aqui o testemunho da luta em busca do reconhecimento que é possível com “Arte, ciência e paciência mudar o mundo”. O lema dos Estados Gerais da Cultura, um belo movimento criado por gente que acredita na arte como meio de transformação.
É preciso acreditar, como acreditou Chiquinha Gonzaga (1847-1935) em toda a sua vida que era possível vencer o preconceito, a violência. Ô Abre alas, cantou ela, porque queria passar e inspirou o título desse artigo. Mulher, mestiça, educada como sinhazinha que se rebelou e se tornou uma talentosa musicista.
Tão guerreiras no passado como são elas hoje. Mulheres Protestando, do pintor Di Calvalcanti, uma obra de arte de 1941, que testemunha a força de luta das mulheres que não brincam quando defendem uma causa.
Um viva a todas nós mulheres brasileiras anônimas ou célebres, que no seu dia a dia lutam por construir um país melhor para se viver!
O Dia das Mulheres é todo dia!
Senhores, abram alas que as mulheres querem passar …..
Viva a arte!