You and I, Horizontal II- 2006 - Anthony McCall, Bienal da Luz/2015

Escola Superior da Paz é luz na escuridão

Poetas, pensadores, artistas uni-vos... A Escola Superior da Paz tem como alvo um mundo sem fome e miséria. "As armas serão o amor e o afeto".

Somos utopistas! É a primeira afirmação da Doutrina de Segurança Emocional que norteou a criação da Escola Superior da Paz, pelos Estados Gerais da Cultura.

A Doutrina e a Escola Superior da Paz são parte de um projeto maior dos Estados Gerais da Cultura. Tudo começou com a extinção do Ministério da Cultura (MinC) e com o desmantelamento sucessivo das instituições  e programas em andamento no país. Artistas e profissionais literalmente foram calados, paralisados, sem trabalho e sem desenvolver sua arte. 

O primeiro Manifesto lançado pelo cineasta Silvio Tendler foi a bandeira para o início da mobilização, que se consolidou num encontro virtual com mais de 100 pessoas, entre artistas, profissionais e gente que gosta de arte. 

 Célio Turino foi convidado pelos EGC para ser reitor da Escola Superior da Paz pela sua grande capacidade de semear ideias inovadoras.  O movimento nasceu da inquietação de todos aos rumos dado a cultura no país. Falta liberdade para fazer arte e cultura e falta empregos para artistas e profissionais afins. É fome de tudo, de comida e de arte!

.Engaje-se  nesta luta e faça parte de um movimento que acredita na cultura como um meio de transformação social

 

 

Katya Teixeira cantando na abertura do encontro virtual, Célio Turino, e foto do artista com livro de Ana Cristina Campos, marca EGC por Rafinha Agostinho

O historiador e escritor Célio Turino é um semeador de ideias sobre a importância da cultura para o bem-estar dos povos.Como reitor, recém empossado na Escola Superior da Paz, num encontro virtual, na sua Aula Magna, perguntou: 

 

“Por que não propomos uma mudança, o mundo em 2014 gastou 1.8 trilhão de dólares em orçamento militar e se utilizarmos 1,5% deste total, teríamos 27 bilhões, isso nos permitiria assegurar um soldo de 100 dólares por mês, em um ano para 10 milhões de jovens no mundo, que receberiam capacitação para disseminar uma cultura de paz!

Creative Commons O Vermelho

Este projeto foi apresentado ao Papa Francisco em 2016,  pelo historiador com o nome de Pontos de Encontro.  Os 10 milhões de jovens significariam  200 mil pontos instalados, isto é, a multiplicação de organizações comunitárias espalhadas pelo mundo que atuariam em nome do desenvolvimento cultural. 

“Imaginem isso em 20 anos. Seriam 200 milhões de pessoas envolvidas em cultura da paz. O quantitativo precisa ter uma força para que a transformação aconteça. Quantitativo depois se converte em qualitativo”.

 

Para quem acha piegas este lirismo em relação ao futuro, lembramos de Albert Eisntein que acreditou em seus sonhos. “Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano. Sempre que alguém descobre esse poder, algo antes considerado impossível,  se torna realidade”.

Também a frase célebre do grande poeta português Fernando Pessoa. “Eu sei que não sou nada e que talvez nunca tenha tudo. Aparte isso, eu tenho em mim todos os sonhos do mundo”.

 Com o mesmo raciocínio dos Pontos de Encontro , Célio sugere trazer a ideia para o universo brasileiro. Usar uma ínfima parcela do dinheiro destinado às Forças Armadas, no raciocínio de Célio Turino, promoverá a paz por intermédio do desenvolvimento cultural e educacional.

 Na hipótese de utilizar o orçamento militar brasileiro, segundo os cálculos de Turino,  10 %, de cerca de  114 bilhões  este ano, resultaria em torno de 11 milhões. Com esse dinheiro seria possível envolver um milhão de jovens recebendo R$ 400,00 por mês, em um ano, o que resultaria em 32 mil Pontos de Encontro.

“O que vocês acham levar uma proposta como essa adiante”, questionou ele. Uma proposta que fará o caminho inverso desta política perversa marcada pelo genocídio dos indígenas, holocausto aos povos africanos, maus-tratos aos caboclos, aos caiçaras, mestiços, imigrantes, pelo desprezo ao nosso povo”.

A Aula Magna foi proferida em auto estilo, com o direito a escutar o canto da esperança de Katya Teixeira abrindo e fechando o encontro virtual e a leitura do Doutrina de Segurança Emocional por Eduardo Tonaghi. 

Tempo de Esperança ( Katya Teixeira e Gildes Bezerra). 

Somos utopistas! 

Combateremos nossos “inimigos internos” usando as armas do  afeto e do amor para reconstruir um mundo de bem-estar social, sem fome e miséria. Habitações saudáveis, arejadas, com água pura e rede de esgoto. Boa alimentação, educação de  qualidade para todos, com escolas laicas e gratuitas; excelência na atenção a saúde, transporte público confortável e eficiente. Bibliotecas, gibitecas, cineclubes, teatro, lazer e todas as expressões das artes para promover a inclusão social. Não Pedimos Muito; defendemos sem trégua uma vida de qualidade para todos. Nosso movimento é movido pela esperança de um futuro melhor.

CONTRA A CONCENTRAÇÃO DE FORTUNA PARA POUCOS. NA LUTA PELA JUSTIÇA SOCIAL!

Estes são alguns dos princípios básicos da Doutrina de Segurança Emocional.

 

 

* Obra de Anthony McCall foi apresentada na Bienal da Luz, em 2015.  Na ocasião, o artista estimulou o espectador a pensar sobre o que é a luz?  O que é este espaço que a luz atravessa criando formas visíveis, embora virtuais?  Para nós, a luz é o feixe de esperança dentro de todos os corações.

 

 

 

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