Mas enfim, a morte propriamente dita efetivamente chegou. O dia que recebi a notícia do falecimento de minha avó , estava em uma conexão, no meio do caminho para minha cidade natal. Tomando um café com pão de queijo no aeroporto, chorei sozinha naquele momento e me senti muito solitária. Desejei estar perto da minha família.
Enfim, de certa forma, foi um misto de tristeza, mas também de alívio por saber que minha avó querida não estava mais presa naquele corpo e cérebro que não tinham mais suas funções adequadas para viver e a família que sempre foi muito unida, tinha se tornado um caos nas relações.
Estávamos tristes pela forma como tudo que tinha acabado. Com esta doença, não só a vida da minha avó foi terminando, mas também a união da família foi colocada em “xeque”. Porém, a questão mais estranha que aconteceu, que me fez escrever esta crônica, foi o dia do seu velório e consequentemente o enterro.
O velório como todos, acabou sendo um evento de família, onde pude encontrar tantas pessoas que há tempos não via. Quando olhei para minha avó no caixão, assim como o momento de despedida, antes do enterro e o próprio enterro, me causou uma grande dor. Chorei imensamente, chorei a tristeza de saber que há anos já não tinha minha querida e alegre vó, chorei por saber que nunca mais poderia abraçar e sentir aquele cheirinho delicioso que só ela tinha no aperto de nossos corpos.
Mas por outro lado, os demais momentos do velório foram de muita conversa e em quase todas as horas que lá estivemos, além das conversas muitas lembranças, piadas regadas com muito riso e até com direito a gargalhadas entre primos, tios e familiares próximos. Disfarçávamos para manter a postura diante de conhecidos que chegavam para dar os pêsames, já que a morte para todos queria dizer algo muito triste.
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Que delícia de crônica Paula! A vida é
mesmo bela! Beijos com carinho ! 🤗🤗😘😘
Paulinha! Que delícia de crônica! A vida é maravilhosa! Beijos com carinho.🌼🌼🤗🤗😘😘👐